31 de mai. de 2020

nosso batismo

Se fosse
Pra começar
Teria
Que ser
Bem cedo

Antes do café
Percorrer
O almoço
Sem transbordar
A sobremesa

E um lanche
Regado
Namorando
O por do sol

E um jantar
A luz de velas
Pedindo
Pra a lua

Esperar
O último
Vôo

Nosso batismo




poesia você

O que não cabe
No peito
Nosso jeito
Rasgado
Tímido

A gente
Sempre
Pensa
Que é depois

E acaba
Sempre
Sendo
No agora

Bem rouca
Seduz

Praticamente
Um casamento

Na poesia você

morde e assopra

Parece 
Que não quer
Nada

Se esconde
Na comida
Feito pimenta

Fica de tocaia
Pra dar o bote
Dentes afiados

Pra dilacerar
O sentimento
Sempre

Não tem 
Melhor jeito
De te amar

Morde e assopra

tô de olho em você

Tentei ficar 
Longe
De tudo

Criei
Barreiras
Muros

Subi 
Viadutos
Pontes

Percorri
Estradas
Sem horizontes

E nua
Era a  curva
Que insinuava

Tô de olho
Em você

bunda de pinguim

Já vi de tudo
Na vida
Até carne seca
Misturado
Com rapadura

E cada gosto estranho
Que dizem ser cultural
Tradição folclore

E o mais estranho
De todos
Que vem superando
Minha imaginação

Esse termômetro
Deve tá errado

Tô com uma
Bunda de pinguim

no teu colo poesia

Do que foi mesmo
Que estávamos
Falando

Quando a chuva
Caiu
Ninguém olhou

Nada ficou
Seco
Acendeu

Num olhar
Enlouquecido
Fugitivo

Como perguntar
O óbvio
Sendo eclipse

O coração
Se aventurou
Pendurado

Pra não cair
Deitou
No teu colo

30 de mai. de 2020

menina sardenta

Deixei na praia
Teu sorriso
Escondido
Na maré

Busquei
Nas ondas
Muitas saudades
Me apertou o olhar

Senti que podia
Abraçar o horizonte
O cabelo arrepiou
Na brisa

Se eu fosse
Um barco
A vela

Soprava 
Bem pra
Você

Voltar
Menina
Sardenta
No coração

seguindo na poesia

Desculpe
Se não
Acredito

Em elogios
Afagos
Insistentes

Aliás
Tenho
Perdido

Esse sentimento
Que abandonei
Na solidão.

De mãos
Dadas
Vamos

Seguindo
Na poesia

29 de mai. de 2020

tuas mãos nas minhas

Entre água e o vinho
Veio você descendo
A goela da dúvida
Um perdido sentimento

Nada pra se arrepender
Acontecer sempre
No roteiro da vida
Existe um lar

Ninho de pássaros
Inquieta fome
De conhecer
O sabor alimento

Vento que faz voar
Espalhando alegria
Contagia o olhar
Quando pousa

Asas 
Que se tornam
Tuas mãos
Nas minhas

apertando meu rosto

De onde vem

Essa febre
Que embriaga
O ser

Me dando

Muitas cores
De viver
Em paz

Namorando
De perto
O caos

E o olho
Do furacão
Mergulhar

Conhecer
Melhor
O amor

Apertando
Meu rosto

da vida com você

Quando estamos
Colando
É um grude só

Tipo bate bola
Velcro forte
Dos bons

De uma pressão
Formidável
Surreal

Se fosse
Um quadro
Perderia
A vergonha

Até a Monalisa
Ia me dar
Um sorriso

É bom 
Começar
O dia

Abrindo
A janela
Pra o prazer

Da vida
Com você

nossa vez

O que gosto
De você
Não vem
De agora

De muito tempo
Outros mundos
Vidas entrelaçadas
Sentimentos múltiplos

Nessa travessia
Os olhares
Se encontram
Os corações
Disparam

Os sinos tocam
Afirmando
Chegou
Nossa vez

vira lata

Teu olhar
Tem uma escada
De muitos degraus
Que tento subir

E seduz
O marmanjo
Que sou

É difícil
Não namorar
Cada momento
Me vestir
Com você

Eu me sinto
Inteiramente
Um vira lata

Perdi
Meu pedigree

28 de mai. de 2020

manhãs de outono

Não esqueci
De você
Quando fui
Dormir mais
Cedo

Fugindo
Do frio
Me encontrei
Nas cobertas
Na busca
De calor

O que me deixa
Muito feliz
É o sorriso
Que ganho
De voce
Quando acordo

Nessas manhãs
De outono

27 de mai. de 2020

lambidas

Sinto um frio
Na espinha
Quando chega
Sem avisar

Do susto vai
De encontro
Ao soluço

Que não engasga
De vez quando
Namora o beijo

Que de suor
Escorre
No pescoço

Deixando
Uma trilha
De prazer

De um gato
Eu sei
De suas lambidas

Quero conhecer


frio moda de estação

Quando sinto frio
Reclamo muito
Não suporto
O ranger 
Dos dentes
Ossos
Eu troco

Por uma fogueira
Bem no coração

E esse papo
De se vestir
Com elegância
Não me convence

Ou me confunde 
Demais

Será quem 
Ama o frio
Não gosta
De sentir
Frio

Ou é tudo
Uma questão
De moda
De estação

tantas receitas

Parece que só pensa
Em comida 
O tempo todo

Nunca sai
Dos temperos
E sabores

E o amor
Que flui
Vai além

Dos pratos
Tão especiais
Coloridos

Que fazem
O paladar
Voar

E alcançarem
Todas as sobremesas
Da vida

Tens o dom
Nato 
Do alimento

Que nasce
Quando sai
Da panela

De onde
Que vem
Tantas receitas

De amar

26 de mai. de 2020

acordar pra o amor

É no teu coração
De bailarina
Que danço

Vou até ao chão
E num pulo
Alcanço 

As asas
Invisíveis
De um sentimento

Que só precisava
Se soltar
Do ninho

Acordar
Pra o amor

trilha de conchas

É de lugares assim
Que preciso 
Pra me soltar

Desejar as ondas
Que namoram
A praia

E no sossego
Das gaivotas
Pintando
O amanhecer

Sem conhecer
O sentimento
Da saudade

Que não faz
Falta
Quando
Se ama

Numa trilha de conchas
É que te encontrei

25 de mai. de 2020

quando chega você

Na tua dança
Sinto a saia
Um olhar
Fixo
De misturar
Um jeito
Próprio
De muita
Sedução

Quem se distrai
Atrai muito
O desejo
Eu sei

Quando
Chega
Você

24 de mai. de 2020

impossível esconder

Sentir na pele
Dando arrepio
Mudança
De estação

Quem sabe
Nesse vale
Encontre
O distante
Desejo

E é no silêncio
Que descubro
O sorriso
Do beijo
Perfeito

Impossível
Esconder
Tanto
Amor



me secar em você

Estou pegando
A realidade
Das coisas

Fazer sentido
Beber da roda
Dar rodopios

E se algo
Acontecer
Tecer a vida

Despejar
No horizonte
Além da chuva

Me secar
Em você

23 de mai. de 2020

menos o coração

De quem reage 
E permite
Atinge

Não deixe
De existir
É na areia

Que habita
O deserto
Da vida

Uma trilha
Eterna
De valores

Como brinquedos
Espalhados 
Atrapalham

Uma oficina
Onde se conserta
De tudo

Menos o coração

21 de mai. de 2020

na sobremesa é teu par

Quase ia
Me esquecendo
Que a sobremesa
Tem seu lugar

Especial
No trono
Dos prazeres

Elegância 
Tão doce
Que faz
Do amor
Uma sede
Insaciável

E quem consegue
Chegar
No topo
Desse olhar

Na sobremesa
É teu par


amor de parmesão

Se foi 
Por falta
De arrepio

É que nunca
Enxuguei 
O gelo

E pra escorrer
O macarrão
Criei coragem

Me escondi
No primeiro
Talharim

Disfarcei
O gosto
No queijo

Um amor
De parmesão

omelete

Quero te encarar
Muito
Omelete
Capuccino
Tudo tão
Misturado

De quem
Atravessa
A emoção
No estômago

Que ronca
Mais que motor
Pedindo a ladeira

Me faça feliz
Dessa fez
Me aceite

Tenho fome de você

centauro

Nessa poesia
Existe um sagitário
Exagerado 

Atacado
De olhares
Mergulhos
Infinitos

Inspiração essa
Que vai
De um pote
De sorvete

Que não se cansa
De derreter
Em tantas
Emoções

Eu te amo
Centauro

natureza ímpar

Traz pra mim
O que é tão diferente
Natureza ímpar
De se colocar
Doar no coração

Tingir de cores
Na suave pele
Tremores evocando
Todas as manhãs

Prazer incomum
De cada encontro
Num desejo
Que não resiste

A saudade

20 de mai. de 2020

perto de você

É de enlouquecer
Cheiro de saudade
Chocolate amargo

De tirar o fôlego
E se não bastasse
Uma pitada
De sorriso 
De lua
Areia molhada

No espelho
Das águas
Passeia
O farol
Sem pedir
Licença

Namora
O que mais
Me deixa

Perto de você



marcas no pescoço

Dessa flor conhecer
Tecer sem medo
Bicho da seda
Casulo na vida

Me ensina o  feliz
Desejo de comer
Morder da fruta
De dar água
Na boca ferver

A sede sucumbir
Subir nas paredes
Crescer amadurecer
Deixo perder

A solidão doida
Que vem
Tem muito
A ver

Marcas no pescoço

muito você

A boca namora
O silêncio
De quem
Espera

As folhas
Sussurram
No vento
Tento

Sentir
Na dança
O bem te vi
Muito cedo

Sair do ninho
Lamber
As nuvens
Me abrir

Feito horizonte
Onde estou
Que não vejo
Ao meu lado

Muito você

19 de mai. de 2020

olhar de sereia

Foi de uma surpresa
Incrível ver o mergulho

Em ondas indo
E vindo

Crescendo o volume
Num tom que pensava
Nunca poder existir

Um banho de emoções
Em dose dupla
De deixar embriagado
Qualquer ser

E quem sabe
Uma doce ressaca

De um encanto
E magia
É onde encontro

Olhar de sereia

todo nosso amor

Do desencontro

Nasceu o diálogo
Despindo o prazer
Nem o vento afasta

O favor do suor
Responde sempre
O que aquece

Merece muito
Todo nosso amor

todos chamam de amor

De uma pétala
Descubro o grão

E insisto muito
No pólen de quem
Admira o verde
Sendo outras cores

Não amadureço
Quando pulo degraus

O corrimão me faz
Voltar de novo
E de novo
Pra o começo

Como me desaprender
Desse sentimento

Que todos chamam
De amor

18 de mai. de 2020

minha cama

Tenho a leve impressão
Que o mais importante
Está no impulso
Surreal impossível
De largar o sentimento
Que me alimenta
Tão bem
A essência
Que é sair
Começar
O dia
Quando consigo
Por o pé no chão

Ninguém acredita
Eu amo minha cama

aprendendo

Será que foi
No beijo
O eixo
O jeito
Das coisas
Se abrirem

Serem
Atitudes
Pensamentos

Sendo asas
Pedindo pés

Um pouso
Ouso
Ouço

Quem é você
Que me abraça

Me anima
Na poesia

Aprendendo

17 de mai. de 2020

apaixonado dentro de você

Estou apaixonado

Delírio completo
Na sensualidade
De uma salsa

Dança do ventre
Na balança dos chacras
Libertando no palco

Não seria um pouso
Forçado se não fosse
Por amor 

Como consegue
Palavrinha mágica
Devagar querendo

Agarrar colar
Morar dentro
Muito dentro

Dentro de você

pisciana poesia

Se o coração
Não aguentar
Namoro o caos
Do dedão do pé
Até a nuca

Da coluna
Ao cangote
E nas curvas
Me perder

Quem sabe
Um dia encontre
Esse peixe
E caia na rede

Me ensina
A te pescar

na bandeja você

Adoro quando
Você fica
Inteira
Pra mim

Nenhum pedaço
Solto pra contar
E descobrir 
O beijo

Como uma estória
A ser contada
Indo além
Das raízes

Pertencer
Aos galhos
Até virar
Fruto

De um único
Olhar
Que te admira
Todas as manhãs

Nessa bandeja
Só quero você

Aqui com você

Por mais
Que sejam
As ondas
E os medos
Desejos
Prazeres

Nenhuma
Chance
Escolha
Tem sentido
Quando o melhor
Lugar
É está

Aqui
Com você

16 de mai. de 2020

lagosta do amor

Como namorar
Teus lábios
Através
Do som
Do celular

Que vive
Caindo
Sem respeito
Tem cara
De ciúme

Feito uma tarde
Bem preguiçosa
Fica difícil
De sussurrar

É forte esse bicho
Solto beijo na orelha
Salada gostosa
Louco pra te comer
Não sei como
Em frente ao mar

Lagosta do amor

ávido

Estou ávido
De crescer
De me juntar
A você

Como conchas
Espalhadas
Na maré
Se escondem

Quando cheia
É a emoção
De me encontrar
Libertar

O sonho 
Acredito
Aceito
Confio

15 de mai. de 2020

no chão

Não tive tempo
De abrigar
O medo

Encontrei a coragem
Enchente no olhar
Emoções fortes

Nada faltou
Pra o coração
Amar

O privilégio
Vem do mérito
De arriscar

Quem nunca
Brincou 
De beijar
O chão

Sabe o valor
De cada lágrima
Na vida

nasci pra te amar

Eu sou sua única declaração de amor
Lágrimas jorram 
Apertando o sentimento
Solto e a gente livre

De mãos dadas
Pelo mundo
Somos duas asas
Em busca

De todos sorrisos
Sortidos
Que possamos
Encontrar

Pelo caminho

Eu nasci
Pra te amar

14 de mai. de 2020

rouca pra mim

Ei
Eu sei
Que é importante
Beliscar sentir
O momento
Quando a pele
Pede muito

E o suor
Não desconfia
E descubro
Teu cheiro
Liberdade
De viver
De bem
Com a vida

Sabe o que mais
Me deixa feliz
Te ver respirar
Rouca
Pra mim

que venha o amor

Estou livre
Pra você
E o tempo
Que quiser
E for preciso

Num caminho
De fronteiras
Diferentes
Lugares
De um sorriso
De causar
Inveja
A tristeza

O que era
Abandonado
Virou um jardim
Um mar aberto
É importante
Que saiba

Que somos
Os melhores
Dos encontros
Um presente
Do universo

Que venha
O amor

13 de mai. de 2020

cotó poesia

Não há substitutos
Pra segurar
As rédeas

O soluço vem
Do fôlego 
Apressado

Assanhado
É teu jeito
Cotó

De ser na vida
Sem rabo preso
Na verdade do amor

mamãe poesia

Deixa eu acampar em você
Mergulhar nas estrelas
Merecer o teu brilho
Roçar na pele
O desejo
De querer
Mais
Que um momento
E ver nascer
O beijo
Em  cada amanhecer
Sei que já esteve
Lá de pertinho
Esperando 
Por mim
Eu sou
A sua mão
O que dar
Calor
No coração

Eu vim através
Do seu amor

Mamãe poesia

puxei você pra mim

Aprenda a ser
Ágil na vida
Conhecer
As folhas
Flores
Espinhos

E de suas escolhas
O fruto doce amargo
Dando o seu valor

Como uma escada
O degrau acena
Com o sentimento
Aberto

Que bom
Puxei você
Pra mim
Viu

12 de mai. de 2020

desejando você

Desejando você
Morder os lábios
Abrir o horizonte
Perceber a fronteira
Sentir bem mulher
Pra mim

Atravessar
O peito
Suado
Mergulhar
Nos poros
Beber da fonte
Como saciar

O que tem
De tão especial
Nesse beijo

correndo pra você

Quero que me leve
Beba com loucura
De quem adianta
Sentindo o passo
O precipício feliz

Da dança muito
Mais do que os lábios
Conseguem alcançar

Em sussurros
Monótona cortina
Que namora
O vento

Vivo correndo
Pra você

11 de mai. de 2020

cigano das estrelas

Pra você
Conhecer
Onde estou
O que sou

O que começou
Não vem
De agora
E não tem
Fim

Superando
A batida
Do coração
Que libertando
Vai de encontro

Ao que tudo
Que era antes
Tem o teu sinal
O abraço tranquilo
De um ninho

Cigano das estrelas

10 de mai. de 2020

doido sentimento

Na verdade
Quero me aproximar
De você
E não me afastar

Tirar o longe
Doido sentimento
Namorar
O perto

Conquistar
O abraço perdido
E realmente
Ficar de olho
Nesse labirinto
De amor

Que são
Seus cabelos
Pra todos os lados
Acenando acendendo
O coração

9 de mai. de 2020

batom preto

Não sou
De admitir
Esse batom
Me tira
Do sério

Embriaga
Os sentidos
Merecidos
Suores
Calores

Não deixa
Em paz
O sorriso
Calado
De quem
Ama



8 de mai. de 2020

olhar de cachoeira

Se faça
O mergulho
Improvável
Momento

De quem
Revela
A lua
Escondida
No seio
Da vontade

Um desejo
Se abre
Entre as pernas
Um longo passo
Da criança semente
Nascente fonte

Olhar de cachoeira

7 de mai. de 2020

Nariz

Lutando com o nariz
Implacável
Gladiador


Sabe
Me levar
Até a arena


As vezes
Me poe
A nocaute


Como fazer
As pazes
Sem bandeira
Branca

Nem trégua

pijama

Lembra
Que preciso
Saber

Como sai
Das nuvens
E acorda

Me tirando
Da solidão
Do sono

No aconchego
Saindo da cama
De quem ama

Eu me chamo pijama

6 de mai. de 2020

panela queimada

Existem pessoas
Que não sabem
O tempo de calar
Semear de novo

De atravessar
O olhar
Com carinho
De descobrir

Que nem tudo
A saudade leva
O que se guarda
As lágrimas enxergam

Só dessa vez
Não deixe
Passar do ponto
Olha que já sinto

Cheiro de panela queimada

5 de mai. de 2020

oração do amanhecer

Do que se abre com a luz
E afasta a distração

Vamos construindo
Elevando o sentimento

O que nos torna melhores
Segue firme no coração

As mãos acenam
Libertam jogando
Fora o que já passou

Alimente o sorriso
Abra o dia
Que existe
Em você

Oração do amanhecer

4 de mai. de 2020

number one

O vento levantou
A saia
Dando um susto
No que antes
Era impossível

De se ver
Com o coração

E foi se distraindo
Nas curvas
De tantos sentimentos

Que resolvi
Pousar
De vez
No teu
Ninho

Number one

disparar poesia

Como domar
O teu tesão

Os olhares
Se confundem

Arreganhar
O sentimento

Cadê o desejo
Que se esconde
Entre o frio e o calor

Se a língua desliza
As palavras escapam
No que faz o coração
Disparar sempre

Por você

você pra mim

Entre tempestades
O encontro veio
Mar revolto
Somos um par
De corações
Aprendendo

De peles
Tão diferentes
Ciganos lugares
Pra que seja
Dessa vez
O amor

Conquistamos 
Sendo merecendo
O encontro

O universo
Nos deu
O melhor
De todos
Presentes

Você pra mim

3 de mai. de 2020

gourmet

Beijando 
Meu beija flor
Encontrei
O arrepio

Que o vento
Fez despiu
Cresceu 
Partiu

Numa salada
Devorei decorei
Pedaços pequenos
Que sobraram

Quero
Teu lugar
Especial
Gourmet


metade de você

Quando se sabe 
As respostas
Não importam
As perguntas

É na marca
Da calcinha
Que a pele
Fantasia

Pra que tirar
Se não combina
O que sai do armário
Tem cheiro inteiro

E não metade
De você


2 de mai. de 2020

dentro do amor

Poderia ser
Um arco e fecha
Esticar tanto
Dando adeus

A preguiça
De ficar só
Na paixão
E acordar

Dentro
Do amor

casamento poesia

Não tem tristeza que aguente

Sabe quando é muito bom
E assusta
De não querer largar mais

Um tempero forte
Que dá uma sede
De beber até última gota

 E beijar
O universo
E dizer
Valeu

Pelo presente
Que somos

Eu me chamo casamento


namoros

Tenho vontade
De muitos
Beijos
Escondidos

Uma verdadeira
Aventura
De segredos
E tesouros

Penso que estou
Numa ilha cercada
De  muitos olhares
E namoros

1 de mai. de 2020

erros e acertos

Estou longe
De descobrir
O que sou
A dor
Provoca
Arranca
O sentimento

Conversei
Com o passado
Tentei
Por uma pedra
Encontrei
Uma peneira
De pensamentos

Erros e acertos

Caio de boca

Não disfarço
Caio de boca
Percebo a lambida
Sincera do tempo

Do abraçado amassado
Apertando o peito
Sem jeito

De nunca
Querer
Descolar
De você

retrô

O passado
Era anágua
O lanterninha
Atrapalhava
O namoro

E o bombril
Virava antena
E a quitanda
Ganhou o hortifruti

E o biquini
Quase sumiu
No corpo

E a moda
É sentir
A ventilação
Quem rasgou
A minha calça

Vida retrô