Tenho ciúme
Do tempo
Que não tenho
Com você
Um desalento
Sincero
No coração
Desagua
Saudade
Você sabe
Quando fico
Muito em silêncio
31 de ago. de 2018
Silêncio
Deixa eu voar
Deixa eu voar
Sentir pelo menos
Um pouco de tua música
Invadir tomar de volta
O coração soltar
Deixa eu voar
Viver
Viver é está
Por sua conta
E risco
Rédeas da vontade
São como o vento
Dar pra sentir
Sem ver
Perceber
Que amar
Torna o desafio
Único caminho
A ponte deixa
De existir
No coração
Tem um abismo
Tempo de amar
De um deslize
Limpo é o rabisco
Sem deixar marcas
Beijando as curvas
Tortura quem
Procura um descanso
Onde não existe
Tempo de amar
Roupa
Tem que ficar de molho
Se pendurar no varal
Sentir no pregador
O apertar pra não soltar
O que precisa
Ficar suspenso
No abraço da roupa
Poeta das estrelas
Eu sou a floresta
A mata virgem
Tribo de lugar nenhum
Nenhum olhar
Estou em vários sons
Eu sou o rio sem margens
Correnteza que leva
Os sentimentos que resistem
Teimam com o amor
Eu sou o que mais
Mais desejar
Poeta das estrelas
30 de ago. de 2018
Cinto
Eu seria justo apertado
Se tirasse o cinto
A fivela não perde tempo
Sabe pra onde ir
Sem dar rodeios
Quando quer
Namorar muito
Coração de poeta
Se de tudo um pouco
Pudesse conhecer
Estaria muito
Muito satisfeito
Sei que dessa vida
O tempo é curto
E o espaço nunca
Nunca mesmo
Consegue dizer
Onde mesmo
A poesia dar vida
Coração de poeta
Saudade sempre
Entendo errado
A solidão o silêncio
Beijo partido
Encontros e despedidas
Salada sincera
Sentimento despido
Louco pra vestir
O calor que você
Faz em mim
Quando estou
Com frio
Saudade sempre
Viajante
Se eu fosse
Me distrair
Iria procurar
O que faz tanto
Teu olhar sorrir
Lagrimas soltas
Criaram rumos
Foi no canto
Do pássaro
Que se fez
Poesia
E veio
Nasceu
O viajante
29 de ago. de 2018
Onde a lua escolhe
Onde a lua escolhe
Uma paisagem
Que não vi
Respirou
Quem sente
Mente esconde
Quando penso
Que cheguei
Nunca descubro
Onde a lua escolhe
Geladeira
Me sinto cercado
Teia de aranha
Gaveta doida
Que emperra
Quando mais
Mais preciso
Guardado no freezer
Tem um frio
Que não adormece
Abrindo a geladeira
Águas rasas
Quando se olha
O coração esquenta
Pra que detalhes
Se o que faz bem
Remexe fundo
Pedindo carinho
Não se afogue
Em águas rasas
Redemoinho
Os momentos são sóbrios
Quando presenciamos
A clareza de cada sombra
Donos de muitas vontades
Como um redemoinho
Não sabe em que lugar
Vai parar o amor
Até você
Pra que soubesse
Que não adianta
Se afastar
De onde estou
Também sei
Que olha
A diferença
Que faz
As ondas
Que só querem
Encontrar
Teus pés
Na areia
A praia
Tem o gosto
Da poesia
Pra chegar
Até você
28 de ago. de 2018
Lenda azul
Depois de tudo
Fui te buscar
Não sei
Em qual vida
Te deixei
Teatro filme
Série sem fim
Não tem você
Como contar
A lenda azul
Batida
Correndo
Pra todos
Todos os lados
Arregaçando
As mangas
Abrir os braços
Se não der
Pra por no colo
Acompanhar
Cada batida
Doida
Que faz
O coração
Jumento
Acho que me perco muito
Não sabendo encarar
O sentimento simples
Enrolado vem o tímido
Pra se esconder
O palhaço salva
Quando vem
A multidão
Quem carrega
Tenho o tamanho
Que pede
O jumento
Estou muito perdido
Estou muito perdido
A depressão abismo
Me visitou
Deixei entrar
Fez a festa
Então olhei
Voltei pra alegria
Dei um beijo
Na tristeza
Na dor
Escolhi o amor
A incerteza
Sem espinho
Perco a rosa
Estou muito perdido
Pescoço
Eu sinto
Um alívio
Quando consigo
Te fazer
Sorrir
Abrir
A porta
Me penduro
Não quero
Largar
Teu pescoço
Fruta
Tento alcançar
No que precisa
Desliza
Como escorrega
Quem sabe
Eu caia
No chão
De maduro
A fruta
Namora
De onde veio
Teu coração
Pensando muito em você
Como de costume
Não deixei
O café esfriar
Avancei com a fome
De mil olhares
Namoros perdidos
Na lembrança
Que tive ausência
No abraço e beijo
Longínquo reside
Na solidão
A poesia
Do que fui
Pensando
Muito em você
27 de ago. de 2018
Óbvio virou saudade
Se fiquei
Lá atrás
Há um propósito
Óbvio virou
Saudade
Pendurado
No vento
Que parou
Simplesmente
De soprar
Açúcar
Correndo
Aqui na chuva
Sou de açúcar
Derreto fácil
Os sentimentos
Quando sei
Que amanhece
Teu olhar
Ferrugem
Fazia acontecer
Perder o medo
Querer a vida
Beijar o momento
Espantar a tristeza
Tirar do lugar
Ferrugem
26 de ago. de 2018
No colo um beija flor
Você é uma música
Que quero cada vez mais
Aprender a solar
Melodia harmonia
Cantar sempre
No colo
Um beija flor
Saber amar
Eu tenho um sonho
Aqui dentro vivo
Que toca
Muito a música
Saber amar
Como não te peço
Nada como o mar
Pode viver
Sem ondas
Eu chego
Num inesperado
Amor
Amor sincero
Olhando aqui debaixo
Uma luz mansa
Olhar de águia
Descendo
Fica aqui
Do lado
Como tivesse
De fora
Sorriso forte
Abrindo o caminho
Amor sincero
Olhar de poesia
Se fosse apenas
Um passeio
Diria
Que foi
Um sonho
Descobrir
Que havia
Sentimento
Sentido
Nas palavras
Soltas
Feito folhas
Na mudança
De estação
O chão beijando
Tantas flores
Olhar de poesia
Louco vinil
Se fosse dar
Dar voltas
Nessa agulha
Estaria muito
Muito apaixonada
Romântica flor
Que tece
Toda música
No seu tempo
Acredito na essência
Que jorra
Quando diz
Amor
Louco vinil
Castanho
Tento abrir os olhos
Pra despertar
Sentir o horizonte
O que diz
Em silêncio
Tem tom suave
Cor castanho
Do teu olhar
Buscando
O mel
Do seu
Dia
25 de ago. de 2018
Menina do Guarujá
Um pouco distante
Eu diria tá chato
Ver que a vida
Pede de boa
E prefiro
Bater a cabeça
Buraco na parede
Que nunca acaba
Largado no mar
Querendo praia
Só faltou a maré
Dizer é contigo
Mesmo que a vida
Tem mais sabor
Menina do Guarujá
Perco as paredes
Perco as paredes
Quando estou com você
Nada faz sentido
Quando o impossível
É permitido
De que adianta
O freio
Se evito
Cada vez
Perco as paredes
Estrela sem mar
Quando estou longe
Fico assim sem jeito
Apelo pra o silêncio
Quando mar está manso
Sem ondas viro concha
Estrela sem mar
Lampejo
É de um lampejo
Teu beijo
Jeito próprio
De crescer
Como andar
Pendurado
Quase caindo
Do ninho
Querendo ver
O chão
Ser de verdade
Me debruço
No teu peito
Pra descobrir
Teu receio
Creio
Que são
Nesses momentos
Que não deixo
A vida escapar
Ser de verdade
Quântico
Onde desapareci
Foi ontem
E estou presente hoje
Futuro que não lembro
Lento eu sou
Como o tempo
Que pode
Ser atrás
Na frente
E no meio
Quântico
Energia
Não sei
Se guardo
Bem
Só sei
Que vivo
Perturbando
Geral
Versos
Palavras
Soltas
Ideias
Lambidas
Aquecidas
Pra não serem
Esquecidas
Digeridas
Com energia
Na poesia
Luz
Estou muito
Dentro
De você
Que quase
Não vejo
É um grude
De fazer
Inveja
A qualquer
Sombra
Ou encosto
De tanto
Que irradia
Me cega
Com tua luz
Colchão
Só me lembro
Que a chuva caia
Muito forte
Relâmpagos
E trovões
Atingiam
Com sustos
E arrepios
Cama quebrada
Colchão no chão
Um olhar
No tempo
Abandonado
Nada do que me diz
Causa efeito
Estufa
Pra que surja
Quem tem fome
Na rua
Abandonado
Calçada
Nua
De sentimento
Pássaro calado
Já passei
Por apertos
Antes
E não é
Diferente
O sabor
Perdendo
A música
Que não sai
No assobio
Pássaro
Calado
Cavalo
É num celeiro
Repleto
De palavras
Que encontro
O feno
Cavalo
Cocheira
Solitária
De tantos
Carinhos
Opostos
Não deixe de amar você
Agora só presto mais atenção
No que diz e como diz
Percebo melhor
Os vários olhares
Cores roupas vestidos
E até vestem seus pés
Só falta ainda entender
Como o silêncio namora
O barulhento
Opostos
Mundo poesia
Pensei que poderia
Transmitir alegria
Com o calor do sol
E a lua o descanso
Descobri que cada
Cada um
Tem uma natureza
De como ver
Mundo poesia
Desafios
O desejo contamina a razão
Que por sua vez derrama
A ilusão de só beber
Das aguas que levam
Pras margens
Deixando de fluir
A correnteza
Basta abrir
Que o coração
Torna o caminho
Claro com teu ser
Desafios
24 de ago. de 2018
Não estou envolvido
Não estou envolvido
Me sinto um deserto
Sem chuva árido
Nem posso plantar
Pra que venha
A fruta
Que não provei
Detalhes
Não estou envolvido
Sabor cafuné
Sabe que nunca
É de leve
Encostar
Sentir
No cangote
Um quero mais
Sabor Cafuné
De muitos olhares
Tem você
Na poesia
Flutua
Caso fique
Descontente
Atire a concha
Pra quicar
Nas ondas
No olhar brilhar
Jeito de criança
Aprender
Que a vida
Só flutua
Quando amamos
Por cada desafio
Coqueiros
Quero escutar
O que tem
A dizer
Costurar
Cada momento
Retalho no tempo
Havendo uma pausa
Pra lembrar
Que a rede balança
Entre os coqueiros
Que ousei sonhar
Na poesia existem
Esses presentes
Sempre
Sementes do amor
Já que não tenho
Espaço suficiente
Pra pedir desculpas
Escrevo mais
Que uma poesia
De páginas abertas
Que ficarão
Em branco
Sementes do amor
Óculos
Queria te ver
Além da lente
Das cores
Luz escondida
Neblina no olhar
É assim o mundo
Pra quem
Precisa do amigo
Sempre na cara
Óculos
23 de ago. de 2018
Coração vagabundo
Coração vagabundo
Não se entrega
Fácil não
Namora a lua
De olho no gato
Que não cai
Do telhado
Nenhuma bebida
Consegue matar
A sede
Que faz a noite
Coração vagabundo
Aproximação
O que existe
Na aproximação
Está no fato tato
Que vai além
Além da pele
Dando ao olhar
A simples paisagem
De um quadro
A ser pintado
Esquecendo o pincel
Só sobrou você mesmo
Cristal
Já trouxe de volta
O pedaço que peguei
Emprestado quando tinha
Outra agenda tempo
No corredor um olhar
Sem palavras atingia
Em cheio o sentimento
Onde deixei o reflexo
Que imaginava
No espelho
Cristal
Diferente
Só queria que tivesse
Sido diferente
Outra onda
Sorrir com o mar
Que a maré
Soubesse
O quanto
Tenho de saudade
Sem tentar
Segurar tanto
Muitas lágrimas
Paixão
Só os loucos
Se apaixonam
Ignoram
O abismo
Não temem
A altura
Das emoções
Se alimentando
Da paixão
Dança
Seu corpo dança pra mim
O que não demora mora
Bastante tempo sendo
Muitas páginas letras
E canções melodias
Instrumento na mão
Escorrego dentro fora
Ninguém adia o amor
Seu corpo dança pra mim
Nos olhos da memória
Nos olhos da memória
Embarco em desafios
Anseios pra descobrir
Um esquecido sentimento
Segredo amor lugar
Longe do tempo
De quem andou
Querendo o sol
Pra adormecer
Com a lua
Nos olhos da memória
Coração distraído
Sou prisioneiro
De minhas emoções
Penso que me libertam
As vezes me sinto
Um balão vazio
E em outras
De tão cheio
Que não vejo
O espaço vazio
Que vivo deixando
Tanto no coração
Distraído
22 de ago. de 2018
Sem nome
Naquela parte do livro
Da minha memória
Diversas ilhas
Não saberia
Navegar
E por mais
Que ninguém
Soubesse
Eu me atreveria
Me perder
Num encontro
Que não tem nome
No coração
Asas de borboleta
Você fez o impossível
E agora onde estou
Só vejo estrelas
Caminho de cores
Infinitas vidas
Melhor do que sonhar
É saber que respira
Tão perto de mim
Asas de borboleta
Amor azul
Será que deu tempo
De pedir a saudade
Estrela cidade
Urbano asfalto
Olhar simples
De tua onda
Ouço falar
Amor azul
Fugir de mim
Não tenho dúvidas
O sentimento rola
Atropela a emoção
Se eu fosse um pneu
Já estaria careca
De tantas curvas
Que fiz pra te encontrar
Impossivel fugir de mim
Sem solidão
De princípio
Veio o beijo
A forma solta
De abraçar
O carinho
Do olhar
Quero
O perto
Sem solidão
21 de ago. de 2018
Música
Eu sinto falta
Do que não vejo
Em ninguém
Da música
Que não cala
Conversa
Abraça
Namora
Sem parar
Não quero
Deixar pra trás
O que vem junto
E nunca separa
O que muito
Me habita
Duo
É bom ouvir
Alguém
Que te faz
Vibrar
Sentir
O som
Sair
Lá do fundo
Dando um arrepio
Calado
Eu sonho
Em te ver
Tocar
Duo
Nosso amor em paz
Nosso amor em paz
Recanto perdido
Perdido vale
Cores fortes
Tem o arco íris
Que nunca descansa
Após a chuva
Nosso amor em paz
Suspiro
Como posso desejar
Um suspiro se não vejo
A gema nem o ovo
Só ficou a clara
Que viesse
O suspiro
Quem sabe
Seja
A receita
Da emoção
Na poesia
Na mão do poeta
Nadando na contramão
A poesia ver a correnteza
Um sinal de libertação
Dos sentimentos
Emoções palavras
Imagens de uma folha
Quando pousa
Na mão do poeta
Coração você
Coração de pedra
Parece que nada
Te atinge
Nem montanha
Coração de papel
Se molhar vira
Muitas lágrimas
Coração de saudade
Tenta segurar
O tempo todo
Música retrato
Filmes locais
Coração amor
Doa sem pedir
Dar o caminho
Sem nada em troca
Coração você
Grama
Buscando libertar
As amarras
Limpar o horizonte
Andava sem olhar
Onde pisava
A grama falava
Me sinta bem
Que te darei
O caminho de volta
Pra o teu coração
Metáforas
Nada do que possa fazer
Trará de volta o sentimento
O momento que foi
Tudo se torna lembrança
Memória viva
Retrato no coração
Que mapeia sem gps
Nunca sabe onde vai dar
Outra curva na vida
Sorrir tocar no silêncio
É ver que mais a adiante
Pedaços de vários inteiros
Metáforas
Oração e poesia
Se vale de uma coisa
É um absurdo o universo
Acompanhar o que quero dizer
O que nos deixa tão próximo
Um infinito olhar
De que tudo que somos
É um presente de Deus
Oração e poesia
20 de ago. de 2018
Cigana azul
Tente
Sei que consegue
Dançar com as estrelas
Surgir com a lua
Um amor que atravessa
Muitos mundos e vidas
Oasis deserto amor
Cigana azul
Vento
Eu me rendo
Aos teus pés
O humor muda
Clareia muito
O coração sabe
Que não precisa
Da teimosia
Quando o vento
Chega e abraça
Teu ser
Piano
Me encontro
Melhor com você
Boquiaberto silêncio
Um passeio no piano
Sonho de te ver
Tocar sem saber
A canção sempre
Tem nosso gosto
Numa estante com você
Quando escrevo pra você
Tudo parece se consertar
O vaso quebrado
Perde a importância
As flores não precisam
Sair do jardim
Se o mundo fosse
Uma estante
Não teria tempo
De te ler tão bem
Como na poesia
Só nossa
Nada disso tem valor
Sem teu calor de viver
Um pouco seria muito
Perto de mim
Quando chega
A noite e vejo
Que nas estrelas
Juntos somos
Uma música
Que ninguém
Pode tocar
Só nossa
Fermento
Fermento é um cara estranho
Estica sem ninguém reparar
Dar um recheio sem recheio
Incha como um balão
Quando fica de cabeça quente
Segue um caminho que tem
Tem nome de receita
É do tamanho que a vida dar
Quando fica pronto
Todo sentimento
Tem sua cara
Fermento
Chorar
Como faço
Pra parar o mundo
Quero saltar
Já apertei
Campainha
Da solidão
Buzinei
Megafone
No coração
Tô rouco
De tanto
Pedir desculpas
Tá lotado demais
O pensamento
Do que me faz
Chorar com amor
Bola de meia
Bola de meia
Pé descalço
Esfolado
Muito prazer
Suor vivo
Água de bica
Calçada cheia
Trave de chinelo
Ou de qualquer
Detalhe pra se criar
Um estádio cheio
De emoções
Bola de meia
Bagunça
Tenho essa bagunça solta
Dentro do armário
Porta escancarada
Não tem como fechar
O que quer sair
Desentupindo a vida
Calma
Te peço calma
Nada em especial
Todo o teu jeito
Sabor que dar sede
O que não se ver
Alguns chamam
De amor
Cantar você
Ninguém me contou
Microfone desligado
Gritei a toa
Só percebi
Que não tinha
Altura volume
Pra te namorar
Sentir as coisas
Que nunca saem
De moda
Cantar você
Vento no peito
Ousei provocar
A vontade em ondas
Rasgar a camisa
Sentir melhor
O vento no peito
Jeans esfolado
No asfalto
Sobrevive
Muitas vezes
É duro sorrir
Gotas de saudade
Parece que escorreguei
Sem sentido nenhum
Saindo do esconderijo
Feito casco de tartaruga
Num ritmo impressionante
De suas mãos aflorarem
Gotas de saudade
Teu lugar é comigo
Chão
Se soubesse
Diria mais
Que faltaram
Momentos assim
Que tive ausência
Sem o silêncio
Ouvi a natureza
Por outras trilhas
Pensei que o horizonte
Andava sem parar
Devagar fui descobrindo
Queria pintar um quadro
Do que estava vivo
Dentro de mim
Fui aonde não precisava
Nem ir tão longe
Me sinto uma folha
Pedindo chão
19 de ago. de 2018
Solar
Qualquer outro
Outro sentimento
Que embarca
Beijando o cais
Devora a noite
Aquieta a lua
E dorme engole
Quando o sol vem
Tem muito de você
Solar
Coração apaixonado
O que tanto pede
E não está fora
Farei poesia
Sobre a essência
Inspiração
Que vem
Por encantar
Cada vez mais
Coração apaixonado
Dramatizando
Nem quero nem ver
Quando fica assim
Num buraco sem fim
Dramatizando
Já sei demais
Quando vira
A escada
O degrau
Não esconde
O tombo
Pra que venha
A dor
Água de coco
Estou sujeito
Há tantas
Tentações
Que o juízo
Fica que nem
Nem coco
Querendo
Sacudir
A sapucaia
Matando a sede
Água de coco
Gentilmente você
Saberá dar valor
Bem no tambor
Solto o grito
Tão bem
Estampado
Que arrepia
Pedindo a pele
O canto no profundo
Olhar que bate
Teu coração
Gentilmente
Você
Vibrar o amor
O coração agradece
Com a música
Que você faz
Por essência
Num silêncio
Forte te escuto
Ecoando fazendo
Vibrar o amor
Que coração é o seu
Já fui
Há muitos lugares
E percebo que nunca
Estive junto
Só ia o corpo
A essência voava
Ia não sei
Pra onde
Aberto num olhar
Tive que pousar
Nesse mundo
Outras asas
Que coração
É o seu
Água com açúcar
Há quem goste
Água com açúcar
Fantasia sincera
De coisas boas
Navegar pelo mar
Mar calmo
Nunca mudar
Continuar
Onde está
Não existe dor
Quando somos
Água com açúcar
Luz no coração
Você que não disfarça
Quer sempre voar
Me sinto um boneco
Em tuas mãos
E quando pousa
Sabe como ninguém
O que diz o meu olhar
Luz no coração
18 de ago. de 2018
Exagerado
Meu coração está
Um exagero só
Como sabonete
Escorregadio
Ardente
Pra que decidir
Se pode se perder
Nas escolhas
Namorar a dúvida
Tenho pressa
Nada de comer
Pelas beiradas
Querendo colar
O sol com a lua
Te encontrei
Quero uma foto tua
Pra guardar
Não perder
Nenhum detalhe
Congelar o momento
Sendo mágico
Sentado num banco
O bem te vi canta
Me olhando
Em silêncio
Pode entrar
Te encontrei
Quando o poeta ama
No mesmo lugar
Velhas sílabas
Pra soltar
Nos lábios
Despejo
O solitário
Desapegado
Horizonte
De emoções
Quando o poeta
Ama
Saindo do abismo
Você sabe como mergulhar
Me tirar de onde estou
Tenho a impressão
Que o louco se apavora
Quando sente tua presença
Saindo do abismo
O águia e o lobo
Por mais distante
Que estejamos
O amor nos aproxima
Pra que horizonte
Se somos dia e noite
Lobo e águia
Que venha a borboleta
Lembrar que a vida
Muda sempre
O coração
Mar de poesias
Quando meu coração apagar
Minhas poesias estarão vivas
Pra quem quiser acompanhar
E criar outros e muitos mais
Mais que caminhos
Que esse mar
Precisar abrir
Eu sou
Um mar de poesias
No coração do poeta
Nada do que trouxe
Pode mudar
A fome de amar
Buquê de flores
Jardim suspenso
Desejo lugar
Por do sol
Vendo o mar
Um privilégio
De fazer inveja
A todos sentimentos
Que afloram no coração
No coração do poeta
Navio poesia
Estou inclinado
Com os desejos
Preso no corrimão
Escada doida
Que dar rodopios
Atravessando o teto
Cabelo preso nos olhos
Areia sereia desperta
Acerta em cheio
Navio poesia
Mãos dadas
De uma bela flor
Ligeiro abraço
Quis o tempo
Que fosse
Quem toma
Perde o melhor
Da correnteza
A escolha vem
Olhando as margens
O rio segue pedindo
Estou de mãos dadas
Que venha o mar
Na porta do coração
Sou um pouco disso
Que vem lá na frente
Mastigado arrotado
Cru na cozinha
Fundo de quintal
Fatal no sabor
Bastidores da vida
Não tenho campainha
É só bater forte
Na porta do coração
Ser vida
Já que deixei passar
Aproveitar vou
Que venha a onda
O delírio da nuvem
Que desagua meu olhar
De que a vez tem
Tem de tudo
Basta ser vida
17 de ago. de 2018
Quando a gente sorrir
Lendo a vida
Devoro páginas
Visitas inesperadas
Ouso esticar
Cada sentimento
Elástico coração
Quase não sobra
Tempo pra colorir
As lágrimas
Quase secam
Quando a gente
Sorrir
Oxigênio
O meu problema
É que respiro muito
Preciso descansar
O agito que faço
Sem parar no coração
Não entendo o alvoroço
De buscar o que está
Tão longe assim
Me perguntam sempre
O que você faz de diferente
Acredito que seja
O oxigênio
Olhar xamanico
Acho que estou
Sendo injusto
Cobrando
O que não sou
Nem quero
Ou pretendo
Ser
Como posso
Querer mudar
O que não largo
Da mão
Posso ser
Uma árvore
E se quiser
Asas
Preciso
Deixar
Que a natureza
Siga seu caminho
Olhar xamanico
Ser poesia
Sempre tive a impressão
De que o livro
Não perde o jeito
De abrir sempre
Novas páginas
Acredito que são
Corações entrelaçados
Na cor do som
Das palavras
Que descubro
Teu dom
De ser poesia
16 de ago. de 2018
Mesa vazia
Pra te traduzir
Revelar a sinceridade
Manteiga derretida
Pelo pão
O café vem
Nas tardes
Pra que conheça
O encontro sóbrio
Saindo do sonho
Mesa vazia
Pérolas
Nunca é o bastante
Palavra cheia
Espremendo quase
Como não sonhar
Sem tirar o chão
E ver nascer
Aquela pegada
De longe fiquei
Sabendo que viria
Me visitar
Sério é teu sorriso
Espalhado sempre
Pérolas
Barreira
O diferente contagia
E o igual estaciona
Barreira de rio
Que não encontra
Nem sabe
Que existe
O mar
Ilusão
De todas as vezes
O sentimento torna
A ilusão uma roupa
Que muito usada
Perde o valor
Mesmo distraído
Divertido é ver
Que danço sem música
E quem mais aplaude
Acenando com amor
Tenho você no coração
Por mais um dia
Não significa que vi
O tempo passar
Tantas páginas
O que não deu
Não ficou de pé
Erosão explosão
De sentimentos
Imaturos
A ignorância
Criou ferrugem
De cada esforço
Veio nasceu o suor
Mensagem viva
Agradecendo
Por mais um dia
15 de ago. de 2018
Tem dono
Teu toque alcança
Arranca suspiros
De olhos fechados
Não há segredo
Que resista
A pele revela
O arrepio
Tem dono
Outras madrugadas
De quem mesmo
Tive saudade
Sede de lembranças
Quando escurece
A noite estica
Alongando a insônia
Outras madrugadas
Lua diz pra mim
Onde está
Aquele olhar
Que não cansa
De confundir
Meu coração
Estátuas
Me sinto submerso
Afundando nas nuvens
De cabeça pra baixo
Devia ser assim
Chover pra cima
E o céu ficar no chão
Tem gente que não sabe
Sorrir e nem chorar
Caminha namorando
As estátuas da vida
Carrapato
Não precisa ser caro
Fazer soluçar o coração
Se fosse só sentir saudade
Parece música
De algum lugar
Quando existia
O violão cansado
Jogado no sofá
Vontade que não dói
E aumenta na solidão
Carrapato
Dando a vez a poesia
A gente se fala
De tempos em tempos
Não deixando o vento
Sossegar respirar
A paisagem que somos
Dando a vez a poesia
Horizonte
Se fosse tarde
Não estaria aqui
Esperando de novo
Outro olhar perdido
Pra que o amanhecer
Seja a música mais
Linda do mundo
Preciso abrir mão
E soltar o coração
Da lua pra que veja
Que o sol namora
Conhece a vida
Sem pressa
No horizonte
Horizonte
Se fosse tarde
Não estaria aqui
Esperando de novo
Outro olhar perdido
Pra que o amanhecer
Seja a música mais
Linda do mundo
Preciso abrir mão
E soltar o coração
Da lua pra que veja
Que o sol namora
Conhece a vida
Sem pressa
No horizonte
14 de ago. de 2018
Dar ideia pra maluco
Dar ideia pra maluco
Lavar roupa suja
Chutar o balde
Se nada disso
Funcionar
Desista
Já tá no caminho
Certo mesmo
Meu assunto preferido é você
Quando os olhos
Estão cheios
Não tem como
Segurar a maré
Me aproximo
E dou um beijo
Sincero no rosto
Do vento sendo
Agradecendo muito
Se segure coração
Meu assunto preferido
É você
13 de ago. de 2018
Conhecer você
De todos pensamentos
Não pude resistir
Nem quis evitar
Escapei do triste
Abandonei a solidão
E no abraço
O laço de um amor
Que de todas poesias
Veio pra conhecer
Você
Com você
Sinto que fico
Na mão dupla
Cadê o jeito
Não sei dizer
Como calo
O vento
Amarro
Deixando
Solto
A vontade
Que tenho
Sempre
Com você
Fica comigo
É mais do que tocar
Sentir tuas mãos
Muitas vezes
Em outro universo
Falar o que aproxima
Em cima de cada olhar
Estou te esperando
Não sei te dizer
Sem um silêncio
Nos lábios
Fica comigo
Asas
Me deixe um pouco
Do que deixou
Pra que eu saiba
O que vem no caminho
Acredito que já esteja
Vendo o que tanto preciso
Nas asas existe um anjo
12 de ago. de 2018
Eu não vejo
O que busco
Em você
Eu não vejo
Não existe
Nesse mundo
Sinto a música
Só sei
Que quero muito
Dançar sentir
Teu fôlego
Me perder
Nas alturas
Da águia
Travessia
Pra que enxugar
Se tenho tanto
Ainda pra molhar
O oásis só existe
Quando encontra
O deserto que
Cada um somos
Viver é uma travessia
Janela aberta
Durmo de janela aberta
Pra ver a lua entrar
Pra todas estrelas
Lembrarem
Que uma vez
Encontrei o infinito
Jeito de te amar
Uva
Tudo que tá acontecendo
Virando poesia harmonia
Beber da fonte inimaginável
Do que traz o cotidiano
Saborear o melhor vinho
Sem esquecer que a adega
Pede também o queijo
Um namoro imprescindível
Pra os que de fato amam
Uva
Ser pai
Os pais são mães
Sem jeito
De cuidar
E vão aprendendo
Desenrolar o coração
Com os filhotes
Alguns mansos
E outros rebeldes
De uma mistura
E essência sincera
Se fosse uma receita
O bolo certamente
Teria um sabor especial
As vezes amargo e doce
Ser pai é perder o medo
De ver a vida
como mãe também
Coentro
É dentro
O coentro
Salada sendo
No desafio sento
Descanso o momento
Um lugar a menos
De tanto que aguento
Um quebra cabeça sedento
De peças que são sentimentos
Na poesia mantenho
Sem amor
Sabe do que mais
Sinto muita falta
São as vezes
Que sorria
Sem mais ou menos
Tantas bobagens sinceras
Roupas lavadas
Ando sem jeito
De dizer
Que o poeta
Não vive sem amor
Cantar
Pra reunir
Você é de casa
Conhece a porta
Namora a janela
Dessa parede
Todos suspiros
Segredos revelados
Num silêncio a pouco
Vem correndo atrás
Pra que a música
Não perca o cenário
Que faz sua boca
Quero muito cantar
Andrômeda
Caminhos
Dentro de nós
Vagueiam
Por um absoluto
Horizonte
Clareando
Todos somos
Mensagens
Espalhadas
Ao vento
Que nos fala
Sem palavras
Ao som da música
Que seu coração
Possa unir
Andrômeda
Beleza oculta
Só não deixe
De perceber
A beleza oculta
O que voa
Dentro de você
E tem asas
Pra te levar
Onde quiser
Não se esqueça
Estarei onde estiver
Vamos juntos
Lembra
Somos
11 de ago. de 2018
Nostálgico
Os passeios mudam de figura
As cores são outras
As vontades outro ritmo
O escolher tem a paciência
De não encher a vez do próximo
E o melhor de tudo
Vive sorrindo
Nem lembra
Do que tanto corria
Nostálgico
Vontade
Sem exageros
O sabor perderia
Quem ousasse
Por o dedo no bolo
Lamber escondido
Marcas profundas
Eu te sinto
Com muita vontade
De criar poesia
Enigma
Não preciso de amarras
Nem cordas
Pra te apertar
Gosto de você solta
Livre sentimento
Segredo no espelho
Só sinto falta
Quando não consigo
Te encontrar
Enigma
Estrela solitária
Gosto da vista
Parece lua cheia
O que me intriga
Que preciso
Do por do sol
Pra a ouvir
Tua estrela
Solitária
Dilúvio
Me fez lembrar
Aquela flor
Malmequer
Ninguém me quer
Nada pra se fazer
Quando a água cai
Quando a barreira
Não segura a cachoeira
Pra limpar pelo visto
Precisando de um dilúvio
Feio
Somos feios
Quando não ajudamos
Somos feios
Quando a ignorância prospera
Somos feios
Quando o umbigo é tudo
Somos feios
Quando a preguiça é a urgência
Somos feios
Quando é fácil dizer
A culpa é do outro
E somos de verdade
Quando abrimos
O livro bonito
Que todos somos
Tecendo a vida
As dores do seu lugar
Caminho cigano
Pé no chão
Machuca sempre
Ficção sentimento
Ilusão de que mesmo
De quem vive
Tecendo a vida
10 de ago. de 2018
Joio do trigo
Só posso te prometer
O que sou
E como estou
A corda estica
Pra que não
Se perca
Sem forçar
Dar o apoio
Joio do trigo
Excalibur
Em pequenas doses
Na desculpa do equilíbrio
Como um polvo
De tantos braços
Como não desejar
De suas águas
Sai do lago
A espada
Excalibur
Tornozelo
Estou tentando
Ver se ainda
Estou vivo
Quando torci
O tornozelo
Mundo parou
Como mágica
Tudo encolheu
Pra um só
Só lugar
Dentro de mim
Pedi raízes
E ganhei
O vento
Lugar
Não quero perder
De jeito nenhum
Esse namoro
Em poesia
Trilha sonora
Se sinto falta
Estou no seu colo
Até que me convença
Que é o teu coração
Meu lugar
Passeio
Um sorriso
Saindo do forno
Pra te encontrar
Onde estiver
Atravessar desafios
E ver que nada na vida
Fica parado no tempo
Ninguém veio
A passeio
Escolhas
Entre tantas escolhas
Colhendo chuva
Com inveja
Das nuvens
Escondendo o sol
Esqueci de dizer
Que a saudade
Acompanha
Só quem escolhe
Chama
É torrencial
Essa vontade
De querer
Ficar perto
O tempo todo
Arder na chama
Você me chama
Muito sempre
9 de ago. de 2018
Troca de olhares
Troca de olhares
Perigo eminente
Tempero picante
Elegante sabor
Pra seduzir
Te sinto melhor
Quando sorrir
Sem dizer
Uma só palavra
Troca de olhares
Chiclete escondido
Eu sendo
Seus olhos
De qualquer forma
Gostaria que fosse
Um momento mágico
Sentado num banco
Espremendo quase
Todo espaço
A bicicleta
E de alguns jardins
Em volta
Trem nos trilhos
Quem sabe
Uma foto
Criando um intervalo
E nos dedos
Um namoro
Chiclete escondido
Impossível
O que a idade
Não permite
A mente agride
Resiste
Não tem essa
De dar a volta
Escalo a montanha
Se precisar despenco
Da teimosia nasce
O que antes
Ousei chamar
De Impossivel
Leque
Numa abertura
De emoções
Te ponho
Sobre a mesa
Somos um leque
Que não esquenta
Com abano
Se for pra ganhar
Ganhar o suor
Eu sou com tudo
Em você
Intervalo
É no intervalo
Da vida
Que tenho
Teu vento
Abro as asas
Te ponho no ninho
Das alturas
Namoro a essência
Da borboleta
A águia mergulha
Até teu coração
Só pra mim
Beijo
Queria que estivesse
Feito tortura
Tortura chinesa
Fazer cócegas
Com uma pena
Em teus pés
Me debruçar
No sabor
De um beijo
Química
Por tua delicadeza
De cristal
Tenho a vontade
Que nasce
De tantos
Arrepios
É muita
Muita química
De uma vez
Só
Diversas praias
Andei
Por diversas
Praias
Percebi
Que o mar
Tinha todas
As cores
Que o sentimento
Permite quando
O coração chama
Eu nado até você
Inevitável
Pra que consertar
Perder o melhor
De você
Quem me dera
Viajar muito
Descobrir a poesia
Que insistimos
Além de tudo
Inevitável
Encontro
Amar e amar
Queria me desculpar
Por não está presente
Em muitas ocasiões
Mesmo sendo sincero
Sinto que falta
Um espaço no universo
Disperso no olhar
Que ouso na poesia
Te desejar o melhor
O melhor de todos
O dias
Amar e amar
8 de ago. de 2018
Estou com você
Não perco
Por nada
Deste mundo
O que nasce
Nos lábios
Escorrega
Na boca
Namora a língua
Quando o amor
Sorrir pra valer
Estou com você
Devagar e sempre
Sente-se
Vai levar
Um tempo
Pra que
Eu mude
De ideia
Já percebi
Que correndo
Perco muito mais
Do que sou
Devagar e sempre
Olhar apaixonado
Não foi
Por falta
De aviso
Quero
Muito
Colar
O que tanto
A gaivota
Faz no mar
Olhar apaixonado
Ser com vida
Gostaria
De te ler
Sentir teus calafrios
Arrepios subindo
O olhar
Que não escondia
Muito o desejo
De misturar
Ser com vida
Passeio do amor
Tens o dom
De domar
O coração
Que se rebela
Amansa
Torna as águas
Mansas e também
Namorando a tempestade
Com qualquer faísca
Que todo ciúme
Consegue provocar
No passeio do amor
Erguendo a cabeça
O que nos traz
De volta
Pra superfície
Vem das profundezas
Que criamos
Tiramos a ponte
Querendo a ilusão
As cores do abismo
Na solidão o eremita
Erguendo a cabeça
Cuidando do coração
Seduz muito
Implacável
Atração
Forjada
Em chamas
Espada
Que sabe
Como a natureza
Tem seu caminho
Da semente a fruta
Teu escudo vem
Nas asas fortes
Que erguem os pés
Cuidando do coração
7 de ago. de 2018
Boca e olhares
É bom passear
Dentro de você
Me perco
O tempo todo
Pra que superfície
Se existe a vontade
Que não passa
Boca e olhares
Ninguém pesca ninguém
Impossível fisgar
Esse peixe
Que foge
Pela rede
Esticar
Nem assim
Só tem
Um jeito
Esperar
Que venha
Sem pressa
Ninguém pesca
Ninguém
Cachorro doido
Me sinto
Meio torto
Sem você
Dança doida
Querendo
Morder
Rodopiando
O próprio
Rabo
Cachorro doido
Atropelo
Eu sou
Um Atropelo
De gente
Que sente
Sem demora
Delira
Na fila
Longa
Morando
Perto
De cada
Poesia
De muitos
Poesia borboleta
Gostaria de mudar
O que sinto
Que transmuta
Fazendo longas
Viagens no olhar
Se todo chá
Fosse confusão
A fusão seria
Nossa única
Poesia borboleta
Toma conta de mim
Me dar um beijo
Segura minha mão
Atravessa a estrada
Diz que estou lá
Te esperando
Até encontrar
De onde vem
Toma conta
De mim
Amar tanto
Nos atracamos
Em várias poesias
Um duelo sincero
De quem agarra
Bem o coração
Tolera o silêncio
Que certas palavras
Fazem sempre
Quando ousamos
Amar tanto
Telhado
Não paro
De pensar
Em você
Quadro
Fixo
Na parede
Telhado
Molhado
Dando
A música
Que a chuva
Faz
Ecoa
Muito
Abismo
Desejo
Mergulhar em você
Quero mergulhar
Em você
Ficar dopado
De tanto desejo
Esquecido
No tempo
Onde a poesia
Repousa
Sem pressa
De libertar
Toda vez
Teu coração
Café colorido
Vamos tomar café
Um café colorido
Café da manhã
Agradecer sempre
Abrir o dia
Despertar o sentimento
Segredo em sonhos
Guardados na cama
Libertar a preguiça
Pão com manteiga
Desce bem
Inesquecível
Sabor
6 de ago. de 2018
Especialmente você
Eu não teria
Como te buscar
Estás dentro
Onde sempre
Soube ser
Um lugar
Que só cabem
Os que amam
De verdade
Especialmente
Você
Aquarela
De sua essência
Colorir
O desejo
Que desperta
De que nada sou
Quando estou
De verdade
Com você
Aquarela
Curvas
Pensando bem
Te quero inteira
Sem tirar
Os pedaços
Perdendo os traços
Que fazem a linha
Escolher outras curvas
Estarei de olho
Como consegue
Me ver tão bem
Dunas
Não ouso escrever
Teu nome
É quando some
Entre as dunas
Dilacerado ficou
Tempestade de areia
Varreu sem deixar
Um beijo no oásis
Acordando a saudade
Não escondo o rosto
Não escondo o rosto
Molhado em lágrimas
Tem um rio segredo
Que despejo no coração
Me segura nas margens
Quando a lua é cheia
Levando tudo embora
Não escondo o rosto
Fingir
Não é nada
Demais
Fingir
Está
Com
Alegria
O problema
Nasce
Quando
Nos contentamos
Em não mudar
5 de ago. de 2018
Mão azul
De que cor
É mesmo
O pincel
Escolheu
Perder
O sentido
Quando encontra
Lugar comum
Da inspiração
Mão azul
Conta gotas
No conta gotas
Demora a pingar
Cair a vez
Qual parte
Encaixe
Deixei
Pra trás
A gente
Quer mais
Pra que solidão
Pra que solidão
Pulando corda
Roda gigante
Não pára
O balanço
Não tire
A mão
Posso me perder
Pra que solidão
Olhando você
Ninguém pode arrancar
O que sinto muito
Quando se aproxima
Toda poesia nasce
Um pouco perto
Certo aperto
Na inspiração
Cheiro de mar
Quando sai do rio
Olhando você
Amor distraído
Amor distraído
Jardim despenteado
Flor descabida
Perdendo as pétalas
Medo de ficar
Vazio demais
O coração
Constelação
Porque não
Voltou a ser
Amor distraído
Estranho
Muito estranho
Não querer
Mergulhar
Sentir o oásis
De onde mesmo
Que veio
Essa sensação
De estranho
No ninho
Muito estranho
Brigadeiro de colher
Brigadeiro de colher
Delícia de tirar do sério
Desafinação no olhar
Desespero no coração
Te quero demais
Sede danada de boa
Elegante sabor
Brigadeiro de colher
Trocando ideias
Trocando ideias
É um caminho
Sem volta
Do vício
Vira um hábito
Um namorar
Que dar vontade
De colar
O tempo todo
Trocando ideias
Talvez
Talvez
Não goste
De ficar só
De lugares
Fechados
De corações
Tão apertados
É bom sentir
O coração
Do poeta
Abrir mão
Da solidão
Talvez
Estrela cigana
Estrela cigana
Na beira do rio
Nascente
De suas águas
Muito amor
Não espere
O sol se pôr
Além do mar
Nas estrelas
Borboleta azul
Não existe ponto final
Onde haviam reticências
Exclamações interrogações
Pra quem é viajante
Um olhar basta
Nem todas as palavras
Podem dizer
Um silêncio escapa
Quando a poesia
Encontra o amor
De cada encontro
A águia reconhece
A borboleta azul
Do seu jeito
De cada presente
É impossível
Não agradecer
Mesmo com bicão
Esperneia
Abre os braços
E grita
Eu sou vida
Isso é você
Do seu jeito
Dança cigana
Você é
Por pura
Essência
A dança
Que dar
Vida
Teu palco
Mostra
A todos
Todos lugares
Não existe
Tempo feio
Luz amor
Sabe espalhar
Mostrar
Pra que veio
Dança cigana
Nunca deixe de cantar
Me ensina
A Piscar
Tanto
Os olhos
Como você
Saltitando
O coração
Nunca deixe
De cantar
O que tanto
Tua boca pede
Quando somos
Nunca é fácil
Amar
O que ainda
É bruto
De uma eternidade
Somos como um grão
Nunca estamos perdidos
A solidão se perde
Quando somos
Ninguém pode
Apagar nosso sorriso
Namorar com o mar
Quero puxar
Teus pés
Te arrastar
Pra sentirmos
A maré cheia
Juntos
Sereia
Namorar
Com o mar
Amor das estrelas
Pensei que soubesse
Que de cada música
Sinto como a fantasia
Tem vida quando és
Além do jardim
Flor ímpar
Pétala de arco íris
Amor das estrelas
Colcha de poesia
Uma estrela
Que brilha
Ofusca
As sombras
Não teme
O desafio
Aprende
Com cada
Detalhe
Faz do retalho
Uma colcha de poesia
Poesia pra mim
O pra mim virou
Um tesouro no mar
Quando olho
Que veio
Como um vento
Sabe como ninguém
Balançar a árvore
Da vida
De coração
De tantas poesias
Veio a borboleta
Sincera de muitos
Muitos corações
Abrindo o caminho
Nas imagens
Voa sem pedir
Licença
Invade
Dizendo
Somente
Fique
Se for
De coração
4 de ago. de 2018
Em paz
Não fui embora não
Tô tão dentro
Que já não me ver
Me procura tão fora
Fora dos sentimentos
O deserto não abandona
Quem caminha em paz
Quero essa dança
Quero essa dança
Que nos faz melhor
Esnoba o caos
Lembrando que o cais
Se perde de vista
De suas lágrimas
Voltei com saudade
De que nada
Neste mundo
Pode mudar
O que sinto
Quero essa dança
O sorriso escorregou
O sorriso escorregou
Até encontrar
Quem soubesse
No delírio
Um cafuné
Que deslizava
Sem rumo
Fazendo cócegas
O sorriso escorregou
Segredos do amor
Deixei nas mãos
Marcas profundas
Cedendo a paciência
Me juntei a saudade
Do princípio ao fim
Ninguém viu as páginas
Que dediquei a você
Segredos do amor
Cinzas
Criei a despedida
Sentida
Fazendo frio
No coração
O que aquece
Saiu
Esqueceu
De por
Lenha
Virou cinzas
3 de ago. de 2018
Amor com chuva
Eu sei
Seu nome
Decor
Saudade
Não tenho
Medo
Que corra
Na chuva
Te alcanço
Onde estiver
Me chamo
Amor
Caboclo urbano
Nada do que disse
Me fez mudar de ideia
Geleia dando saudade
Da sobremesa e sabores
Mesmo que fosse possível
Desse relógio não me atrevo
Só falta ter que comer
Pelas beiradas sem queimar
A vida pede ritmo
Corre quem quer
Caboclo urbano
Leve com a vida
Não posso fingir mais
O que não sou
E vivo dando
Perdendo sangue
Que jorra muito
No coração
O balão só sobe
Quando somos
Leves
Leve com a vida
Adormecido
Posso ter demorado
Com a visão
Que tem
Do imediato
O que traduz
No que chama
De coração
Adormecido
2 de ago. de 2018
Pudim
Pode me dar
Seu pudim
Tô de olho
Encontro
Assim
Nenhum
Almoço
Merece
Passar
Em branco
Celebrar
Abrindo
O apetite
Não dou nome
Quando abro a janela
Penso ter o tempo exato
Tenho a presunção
Decolo perdendo os pés
Se nada tem o significado
Ponho sobre a mesa
Um jarro de flores
Não dou nome
Acredito que seja
Amor
Louco dentro de mim
Se estive longe
É porque não esqueci
De caminhar sempre
De ir além do olhar
O vento que sopra
As vezes tem
Um pouco
De onde estou
Tenho um louco
Dentro de mim
Cadê o grito
Dando
Uma mergulhada
Na memória
Vendo a imagem
De ver cada nuvem
Despejar chuva
Sombra viagem
Desse trem doido
Criei coragem
Me perco
Em estações
De nomes estranhos
Esquecendo algumas
Bagagens
Que não cabem mais
Dentro do bolso
Solto o que vem
Eu te digo
Cadê o grito
Poesia do coração
Eu me encontro
Melhor
Quando estou
Com você
Pendurado
No graveto
Pronto
Pra despencar
De bunda
No chão
Dessa árvore
Tenho toda lição
Poesia do coração
1 de ago. de 2018
Eu sou uma faca
Eu sou uma faca
Que provoca a dor
A ferida sem sangue
Me alimento do medo
Que trava censura
Cada passo
Sou o que dar
Todo motivo
Pra que a razão
Seja plena
O amor não deixa
Fazer o meu papel
Que é separar
Tudo e sempre
De todos
Eu sou uma faca
De vida e cor
Não somos
O que acontece
Fora
Querendo entrar
Dentro
Não pertence
O que voa
Ao redor
Na praça
Sento no banco
Vejo as pessoas
Passarem
Naquele momento
Estou como um lugar
Pintando um quadro
Que vive mudando
De vida e cor
Amor sem disfarce
Não tenho
A desculpa
De não te ver
E ser tão perto
De não reconhecer
O que diz sempre
Quando presente
Não existe ausente
O tempo pára
Pra que venha
Cada encontro
Amor sem disfarce
É o vento
Pode transbordar
Assim se ganha
O ritmo do amor
Abrindo o apetite
Se tem uma coisa
Que não passa nunca
É o vento
Em sua pura
Essencia
Cedo
De sua orla despir
Brincar nas ondas
Flutuar na música
Que habita o rádio
Correr era tudo
Só ficou o medo
Daqui pra frente
Cedo é meu nome
Apetecendo
Tento plantar
A sensibilidade
O gracejo da flor
Orvalho de lágrimas
Destino simples
De quem vai
Escrevendo
Percebendo
O acalanto
Apetecendo
Muito pouco
Coração inquieto
Beijo prolongado
Abraço justo
De tão apertado
Viramos
Uma confusão
Fusão
Quem é quem
Quando se quer
Muito pouco
Juntos
Desse delírio
Não quero
Descer
Demorei
A subir
Parece
Que cair
É tão rápido
Como um lírio
Pode encantar
Tanto o coração
Juntos na poesia