Recife poesia

Pensei
Que tinha
Perdido
Você
A linha
Caiu
Me senti
Uma pipa
Sem vento
Que bom
Que voltou
Pra mim
De onde
Nasci
Vim
Pra vida
Poesia
Recife

Amor e Luz

O que me impulsiona
A escrever
Vem de você
Que não esconde
O horizonte
Não me deixa só
Em nenhum
Instante
Sabe escolher
Sem por a mão
Na ferida
E cura
Por mais
Que não veja
Com amor
E Luz

Abrindo os olhos

Entre a dúvida
E a certeza
A proeza
De um beijo
Estou junto
Quando bate
Mais forte
O sentimento
De que tudo muda
Abrindo os olhos

Pressa de viver

Vou dormir
De novo
Amanhã
Te conto
Se ainda
Estou vivo
E saindo
Pelo avesso
Despertando
O suor
Que namora
Sem fim
A pele
De quem
Tem pressa
De viver

Vôo caminho

Do que me cerca tanto
Me faz de ilha solitária
Erguida de sonhos e mares
Profundos olhares
Que busco alcançar
Quando percebo
O mergulho que sou
Diante de cada desafio
Saio do ninho
Pra que seja
Um vôo caminho
Esse amor
Que chamo
De vida

Prazo de validade

Fale mais
Das estrelas
Das suas dúvidas
De ser feliz
De acreditar
No sorriso
Das manhãs
No beijo
Da lua
Que não esconde
O desejo o sonho
De amar
Nua poesia
Dia após dia
Todos temos
Prazo de validade

Um toque de amor

O que não me diz
E não cabem
Em palavras
Voam
Sem precisar
De vento
Ou asas
Mesmo
Que o olhar
Entregue
Desembrulhar
O presente
Da vida
Pede muito
Em cada sentimento
Um toque de amor

Grito de liberdade

Não tenho ficado tranquilo
Quando vejo o galho caindo
Perdendo o ninho frágil
E que  talvez seja preciso
Voar ir além do muro horizonte
De idéias presas por paredes
Criadas no tempo que passou
Ninguém desata o sentimento
Preso na garganta pedindo
Um grito de liberdade

Nasceu você

De que lugar
Guardei
Beijei
A saudade
Sonho
Estranho
Esquecer
No bolso
O vazio
Que faz
O sentimento
No peito
Jeito de amar
Sem olhar
O que ficou
Pra trás
Nas cores
Da solidão
Nasceu você

Na luz

Sabia que viria
Aconchegar
O coração
Libertar
Todas
As lágrimas
Enxugar
O chão
Pra não
Escorregar
Dessa vez
Nunca
Deixe
De acreditar
Na luz

Vem pra cá

Quem sabe seja
O momento de apreciar
Teu de fio de luz
Bem devagar
Sentir saindo
Do infinito
Horizonte
Um olhar
Que faz
Mudar
O dia
Deixa
O amor
Nascer
Espalhar
Vem pra cá

Teu coração cigana

Venci antes
E perdi também
Muitas vezes
Conheci o equilíbrio
Esnobei a balança
Dancei sem música
Com os lobos
Uivando pra lua
Um chamado
Teu olhar
Na fogueira
Incendiava
Teu coração
Cigana

Em fantasias

Sei o quanto
É difícil
Mergulhar
Na saudade
Ficar despedaçado
Sem saber
Por onde ir
Chegar
A um ponto
Que nada
Parece
Ser real
Somos feitos
De tantas aparências
Que nos perdemos
Muitas vezes
Em fantasias

Ilusão poesia

A paisagem guardava
Muito do que já passei
Queria ficar mais perto
O que o tempo não leva
Muda sempre no olhar
Faltou colo pra sair
Do ninho caminho
A chuva só passa
Quando saímos
Das nuvens
Que criamos
Ilusão

Sede de viver

Existem momentos
Que preciso pausar
Refletir meditar
Sentir o grão
De areia escorrer
Entre os dedos
Do deserto
Que criei
Na busca
Do oasis
Veio o amor
De se caminhar
Com sede
De viver

Amar sempre

Fui conhecer
Merecer o horizonte
O que sai de lá
E irradia tanto
Dando luz
Nascente
Espalhando
Vida que sorrir
Solte as lágrimas
Só assim abrir descobrir
Pra que o coração saiba
Dessa árvore os frutos
Não se cansam de crescer
Amar  sempre

Mudando de estação

Será
Que a diversão
Não acaba
Nunca
Como pousar
Sem perder
O pulsar
Das nuvens
Folha caída
Mudando
De estação

Queijo na boca

Se cada símbolo
Significado conceito
Fosse eleito
Um chão de estrelas
Forrado de tantos
Sentimentos espalhados
Jogados no sopro
Do vento feito
Assobio feliz
De ver
Tuas asas
Soltas
Tem gosto
De beijo
Queijo
Na boca

Tua cereja na poesia

Se eu te contar
Você vai amar
Confortar
E tirar
O sossego
Da paz
De querer
Voar
Toda vez
Que ousar
Mais
Que o encostar
Encontrar
Seja
Dos lábios
Está faltando
Tua cereja
Na poesia

Banco vazio

Um banco vazio
Tem muitas
Muitas estórias
Pra se contar
Espaço no coração
De quem fica
Esperando
Alguém
Sentar
No destino
Escolha
De um amor
Banco vazio

Eu me chamo gaivota

Quem disse
Que viria
Ficou esperando
Namorando
Ver o sol
Nascer
Escondido
Entre
As nuvens
Num horizonte
Bailava
Na crista
Da onda
Um vôo
Digno
De tanta
Liberdade
E luz
Um olhar
No coração
No mar
Com você
Eu me chamo
Gaivota

Voou poesia

Como extrair do coração
Descobrir o tom
Caminhar sem dono
Nem horizonte
Onde foi parar
O sentimento
Âncora
E o som
Do mar
Amor perdido
Ou foi um beijo
Que me deixou
Voou

Amargo e poesia

Ando um tanto amargo
O que me faz sorrir
Vai de encontro a flor
Na essência presença
Pétala amor
Bate no peito
Com jeito preso
Lágrima escondida
Quem transborda
Conhece a emoção
Ando um tanto amargo

Caminhar com amor

Puro prazer
Que saboreio
Creio na volta
Solta do vento
No eco escondido
Que as vezes demora
A responder com a voz
Familiar sempre
Um espalhar
Que vibra
Quando vai
De encontro
Ao desejo
Do criador
Quem tem
Sabe caminhar
Com amor

Amor na vida

Desde o princípio percebi
Que não seria fácil
A travessia de sentimentos
Alagados de emoções
Como nuvens algumas
Se dissipam no vento
Como se nunca tivesse
Existido ou imaginado
É quando criamos
A ponte que chamo
De amor na vida

Coração furacão

Quando fico quieto
Num canto qualquer
Vendo a chuva passar
Levar em gotas lembranças
Um quadro se pinta sem pincel
Usando os dedos no ar
Como desenhar
Todas essas asas
Que me envolvem
O coração furacão
Que sou

Despir no olhar

Despir no olhar
Arremessar
No vento
Uma pluma
Suave
Decolar
Quem me dera
Toda vez
Repousar
No colo
Que se aproxima
E insisto em teimar
Tirar do sério
O amor

Chegar pra você

De que vale assim
Um sorriso perdido
No meio da multidão
Calçadas apertadas
De tanto trânsito
Olhares esquecidos
Sem sinal aberto
Esperando bem
Bem no coração
Suor nas mãos
Mais que a pressa
Que tenho de chegar
Chegar pra você

Beijo estalado

Beijo estalado
Quebrando
O silêncio
Da solidão
Deve ser
Um agradável
Encontro
Prosa sem pressa
Um arregaçar
No olhar
Puro sorriso
Lábios afinados
Com a música
Do ambiente
Estrelas
E pássaros
Dançam
Tecem
A formidável
Poesia

Cego na vida

Foi num emaranhados
Sonhos que encontrei
Se existe o por acaso
Que namora demais
A coincidência
Não vejo jeito
De me afastar
Tanto desse
Amor
Que não vejo
E me faz sorrir
Cego na vida

Ninguém veio a passeio

Abra os olhos
Não peça
Tantas desculpas
Pelo que não fez
O desconhecido
Tem nome
Se chama
Caminho
Vida
Fé
Oração
O que mais
Quiser acolher
No coração
Não deixe
De sentir
O amor
Que emana
A todos
Ninguém
Veio
A passeio

O amor de uma vida

É do mergulho
Que surge
A coragem
Margem
Quem sabe
O silêncio
Caminha
Observa
Não entrega
Leva no colo
O amor
De uma vida

E chorei

Desejo de amar alguém
Pétala que descobre
A flor sem pressa
De chegar ao fruto
Namora a terra
Que tem sede
De plantar
Nos grãos
Um olhar
Dispara
No horizonte
Imaginei
Teu olhar
Pra mim
E chorei

Muito mais na poesia

Fugiu no pensamento
A inspiração sobrou
Na esquina apertada
Encontrou um beco
De um só fôlego
Sorriu e abriu
Ficou na calçada
Um ar de quem
Passou deixou
Muito mais
Na poesia

Brotando você

Estiquei o olhar
Até onde dava
Pra espiar
Os pés queriam
Voar pelo muro
Mal conseguia
Desgrudar
O sentimento
Que caía
Das folhas
Brotando
Você

Muitas loucuras

De muitas loucuras
Bastou a saudade
Sumir pela janela
Ganhar vôo
Boquiaberto silêncio
Me traz de novo
Pegadas soltas
Pequenas lembranças
Na areia desmancham
Meu jeito de amar
Beijando o mar

Amor com vento

Como pedir ao outro
O que não sentimos
Olhar de fora
Também ajuda
Um bom começo
Pra se enfrentar
O desafio interior
O coração é a mão
Que todos pedem
Amor com vento

Olhar de esperança

Só quebrando
O gelo da ansiedade
Pra contemplar
O berço sem ser
Esplêndido
Inédito seria
Um namoro
Da lua
Com o sol
Nesse trono
O coração
Encontra
A majestade
Do teu olhar
De esperança

Seja com amor

De um olhar leve
Claro horizonte
Os pássaros cantam
Anunciando sempre
Um despertar
Que anima
E em silêncio
Observa atravessa
Com um encanto
Alimenta o coração
Seja com amor

Luz e escuridão

Luz e escuridão
Confronto constante
Gangorra do universo
Dá e tira a todo momento
Tormento e alegria
Oscila namora
A brisa o vento
O mar a montanha
Se quer pescar
Precisa antes
De tudo
Aprender
A viver
Que o cacto
Depende do deserto
E o espinho
É o lugar
Que precisa
Mudar
Dentro
De você

O universo agradece

Guarde o silêncio
Que for necessário
Pra que caminhe
Em liberdade
E paz
O que torna
A vida tranquila
Vem do que emana
Aprenda e ensine
O universo agradece

Anjo amor

Quem sabe seja
De um lugar assim
Que busco sempre
De tanto olhar fora
Dentro lembro tem
Esqueci as asas
Do coração
No anjo amor

Namorando tempestades

Namorando tempestades
Esquecendo o descanso
O olhar que tanto amo
Das ondas esparramadas
Na areia e conchas
Que me faz sorrir
Além do furacão
Coração de saudade
Pedindo volte
Volte pra casa

Vento pra mim

Me apaixonei
Pelo vento
Veio limpando
O pensamento
Clareando o dia
Um eco amoroso
Insistia lá longe
Repetidas vozes
Pra mim pra mim

Descobrir o amor

Como flutuar
Até você
E deixar
Fluir
Como pedir
A chuva
Pra parar
De cair
Quando
O coração
Se agita
Entre
Trovões
E relâmpagos
Existe um espaço
Pra se descobrir
O amor

Carrossel

Rodopios presos
Num carrossel
De pensamentos
Tão variados
Fazem jus
A qualquer
Quebra cabeça
Pedaços encaixes
Seguindo uma trilha
Saborosa de cada olhar
Será que esse bar existe
O que pedir pra beber

Fases do amor

Me sinto muito confortável
Quando conversamos mergulhados
Num sonho crescente de caminhos
Vamos tecendo com raios um brilho
Que jorra pelas margens da intuição
Como não lembrar de tantas músicas
Letras obscuras perdidas no tempo
O amor e suas infinitas fases

Dessa vez o coração

Vejo que a necessidade
Ultrapassa o limite
De muitos corações
O que me leva a pensar
Por onde foi parar
O que tanto animava
Quem não sai da sombra
Não reconhece a luz
As vezes esperar
O que não vem
É a lição querendo
Dizer bem mais
Caminhe liberte
Dessa vez
O coração

Sabor de mel

Fiquei olhando
De longe
Namorando
Em silêncio
Tentando
Descobrir
O que escondia
Tão bem
Esses lábios
Sabor de mel
Na vida

Olhar de borboleta

Não tive desculpa
Fugiu de minhas mãos
O gosto que tinha
A liberdade
De ver voar
Cada sentimento
Cheio de lugares
Marcados no olhar
De tanto mudar
Pousei dessa vez
Encontrei o ninho
Onde repousa
Tão bem o coração
Existe outro
Meio de amar
Olhar de borboleta

Eu me chamo vento

Faria sentido
Se soubesse
A falta
Que faz
No frio
Ou no calor
Os olhos brilham
As nuvens
Abraçam
Vestem
Descabelando
O céu
Sinto
No rosto
Teu sopro
Quando quer
Mudar o tempo
A todo momento
Eu me chamo
Vento

Sereia areia

De muitas vezes
Sereia areia
Longos passeios
Beira  mar
Som inesquecível
Das ondas
Nunca cabem
No coração
Que sorri
De saudade
Onde foi parar
O que a maré
Nunca levou

A mesma música

Pra poder voar
Tirei os pés do chão
Beijei as asas
Da razão
Mergulhei
Na intuição
Num lago profundo
Rodeado de um olhar
Pedindo silêncio
Cansei de gritar
Pra o mundo
Que não preciso
Dançar
A mesma
Música

Bússola solitária

Passei sem olhar
E o quanto precisava
Ficar mais tempo
Demorei a observar
A obedecer a ordem
De como se expõe
A natureza
As estrelas
Esparramada
Constelação
Querendo
Me guiar
Bússola
Solitária
Saindo
Do ninho

Descobre o vento

Estalei o dedo
Pensamento mágico
Abrindo a cortina
Surpreende  a platéia
Pede o aplauso
Que não veio
Receio
Não gostaram
Da demora
Quem namora
Sabe onde
O beijo
Descobre
O vento

Lágrima de alegria

Como disfarçar
O que sai pelo olhar
Tomando rumo
Da emoção
Lágrima
De alegria
Desmancha
Qualquer
Tristeza
Presa
No coração

Olhar de estrela

Olhar de estrela
Aguçando o sentimento
Nas alturas
Ninguém segura
O vôo mergulho
Devora bem
Vontade forte
De dançar
Pés inquietos
Não sabem
A distância
Derretendo
Tudo dentro
Vento amor
Vem você

Saindo das nuvens

Saindo das nuvens
Deixando as lágrimas
Caírem pra encontrar
O desejo da semente
A flor descobre
Que a solidão
Tem um silêncio
Aconchego
Equilíbrio
Que poucos
Conseguem
Sentir
Ver
Com o coração
Saindo das nuvens

Roupas velhas

Precisei
Me despedir
Das roupas
Velhas
Cheias
De segredos
Que mal cabiam
De tantos mistérios
O que sobrou
Pra esconder
Veio  correndo
Matar a saudade
Em silêncio
Nasce o amor
Sempre

Como namorar o tempo

Como namorar
O tempo
Que vive
Fugindo
Escorrendo
Entre os dedos
Das lembranças
Acho que encontrei
Um jeito bonito
Vou colar forte
Dando um beijo
Melado talvez
Assim nosso olhar
Ganhe vez

Sem filtro

Falar
Sem filtro
Dói muito
Machuca
Arranca
Pedaço
Invisível
Sentimento
E pra sair
Do estaleiro
Leva tempo

No deserto do amor

Como esquentar
O que ficou
Tão frio
No tempo
E não passou
A saudade
Os lugares
Parecem
Retratos
Guardados
Na memória
Do coração
Quem sabe
Algum dia
Reconheça
Que sou apenas
Um grão de areia
No deserto do amor