29 de fev. de 2016

Concha do mar

Despreocupado demais

Piso no prego

Esquecendo a dor

Atiro a pedra

Que quicando vai

Sentindo as ondas

Concha do mar

O anel e o dedo

O anel e o dedo

Circulam o coração

Travessia entre opostos

A ponte liga

O que sempre está

Separado pelos olhos

A solidão do estômago

Comer as pressas

Parece perder a beleza

De cada sabor

A fome do tempo

Revela um vazio

Um jeito diferente

A solidão do estômago

Ilha deserta

Ilha deserta

Tão cercada

O mar acompanhando

Tudo em silêncio

A brisa invisível

Sabe onde está

E como sair

Aqui chove dentro

Que só bastasse segundos

A goteira se aquece com a chuva

Panelas e baldes pelo chão

Uma feira de obstáculos

Um labirinto incomum

Aqui chove dentro

O pé nem sente mais

O pé nem sente mais

Sapato ou chinelo

Entre a meia

Talvez seja

O que basta

Pra que o caminho

Não canse

Que venha do coração

O que se precisa aprender

28 de fev. de 2016

Muito equilibrio

Faz um sentido maior

Perceber a flecha

Além do arco

O sentimento se encontra

Na tensão que pede

Muito equilibrio



O tempo voa

Lembrei da bola de gude

Jogo de pião

Balanço na pracinha

Gangorra maluca

Bicicleta sem rodas

Era o máximo

Do desafio de viver

O tempo voa

Nas cordas do cavaquinho

Seria dessa vez

Um beijo partido

Levado pela saudade

Filme de supense e mistério

O roteiro ganha recheio

Nas cordas do cavaquinho

Moleque

O moleque tinha um coração

Que desejava cada sorriso

Entre as ondas

Um novo olhar

Que pedia outro caminho

Só o que impedia

Era o fôlego

O moleque tinha um coração

Lupa

A lupa renova a visão

Vai crescer sempre

O que não se ver

Não abandona o mistério

Mergulha bem

Até encontrar

O que parece tão pequeno

Gosto de dias nublados

Gosto de dias nublados

Nem lá nem cá

As nuvens vestem

A cada momento

Uma nova paisagem

Despenteando o olhar

Entre o sol e chuva

Um novo arco iris

Cometa

O cometa tem uma trajetória

Que me faz sonhar muito

Atravessa o infinito espaço

Vazio na solidão

De tantos encontros

Sem nunca parar

Onde nunca se esquece a paciência

A árvore cresce

Nem percebo

Só as folhas

Que caem

Mudam de lugar

Um movimento simples

Onde nunca

Se esquece a paciência

27 de fev. de 2016

Atravessando a noite

Como se não soubesse

A maré namora o luar

No olhar que clareia

Sereno sentimento

Atravessando a noite

Lábios em silêncio percebem mais

Como te pedir essa dança

Se piso tanto nos seus pés

Tão sem jeito

Arrisco na timidez

Lábios em silêncio

Percebem mais

Ficar no seu ombro

Ficar no seu ombro

Aconchego e carinho

Sentir na pele

O suor de correr

Pra mais perto

Sair da gaiola

Perder o conforto

A luz da poesia

Bebi um pouco de você

E descobri que tem sede

Lembrei da fome

Que sacia o momento

Corri sem ver a hora

Mesmo estando atrasado

O dia não esperava

Pra te dizer

Nos versos nascem

A luz da poesia

A cor da amizade

De um colorido invisível

Que dispara o olhar

O coração ver além

Ganha todos

Dar o calor

Que a vida pede

Entre as mãos

A cor da amizade

26 de fev. de 2016

Queria alimentar a ilusão

Queria alimentar a ilusão

De esticar o por do sol

Em outras vezes

Me pendurar no luar

Esperando qualquer dúvida

Que venha do coração

Só me resta o amanhecer

Sobretudo amar

Teria que ser

Um lugar assim

Onde pudesse

Receber cada momento

Num jato de luz

Pintando o coração

Até as nuvens

Fazendo a diferença

Sobretudo amar

25 de fev. de 2016

Relógio de bolso

O lenço guarda as lagrimas

Beijando o tempo

Ficou a foto

O gesto do encontro

O simbolo submerso

Adormecido coração

Muito antigo

Relógio de bolso

Tempestade tropical

Sei que vai ser difícil lembrar

Seguir o conselho do vento

Uivar mais forte anunciando

A todo momento que vem

Pelo entardecer

Tempestade tropical

Que ninguem aprende com o igual

A semelhança agrada

Encanta o reflexo

É generoso no elogio

Que empata o olhar

Separar o diferente

Sem mergulhar

No segredo do mar

E assim demorei a entender

Que ninguem aprende com o igual

Na luz do coração

Quase sem jeito

Derrubo o copo

E por milagre

Fica inteiro

O que tá claro

Só vejo de óculos

O que a escuridão

Tem mais medo mesmo

Que eu acredite

Na luz do coração

Quando a música ecoa forte o silêncio vem e abraça

Me faz ficar com saudade

A piscina cria ondas

Chuva que esconde nas nuvens

Quando a música ecoa forte

O silêncio vem e abraça

Liquidificador da vida

Acho que deixei de lado

Um pouco de mim por aee

Espalhado e misturado

Liquidificador da vida

Numa peneira do coração

Que espera a solidão

Passar no olhar

Tatuí

Entre a maré

Areia molhada

Cavando buracos

Se escondiam

Nos dedos faziam

Cócegas no olhar

Eram muitas descobertas

Tatuí

24 de fev. de 2016

Nada como um dia de sol

Já despertei

De tantos pesadelos

Que perdi a conta

É quase como esquecer

Esquecer de sonhar

Com dias melhores

Nada como um dia de sol

23 de fev. de 2016

Na solidão que habita

Sempre imaginei que o infinito

Tem de sobra aquele presente

Guardado a sete chaves

Que pra chegar lá

Só basta clicar de verdade

Na solidão que habita

Que não sai do coração

Quero tanto

No canto esqueço

O desejo calado

De amar o momento

O leque anima o calor

Que não sai do coração

Sinto que ganhei o dia

Penso que estou lúcido

Quando vejo a brisa

Passear no meu rosto

Namorar aquele andar

De quem vem

Sem saber

Onde vai dar

Sinto que ganhei o dia

Espreguiçar é uma arte

Nascer assim

Como um espantalho

Se arrastando

Pela cama

Um bocejar

Nada contente

Um exercício de poucos amigos

Espreguiçar é uma arte

22 de fev. de 2016

Encontro das marés

O que não abandona

Vem buscar

Preenchendo o sonho

Como a perola na concha

Sentindo o repouso

Que o mar entrega

Encontro das marés

Faz tempo que não te vejo

Penso que posso enlouquecer

Perdendo o coração

Me escondendo nas lagrimas

Beijando forte a solidão

Um abraço de polvo

Fôlego no mar

Faz tempo

Que não te vejo

Café com leite

Como passar manteiga no pão

Pensar no miolo que não se perde

Impossível não sentir o sabor

Que dar água na boca

No deslizar da lingua

Misturando as manhãs

Café com leite

Tentando dar cor e vida

Tentando dar cor e vida

Uma oração silenciosa

De tantas escolhas

Que o armário fica

Cheio de roupas

Esquecidas na memória

Da criança que cresceu

21 de fev. de 2016

Pensamento longe

Tão distraído

Respiração ofegante

Uma piscina no olhar

Esperando o mergulho

Mais profundo

Propiciando o momento

Pensamento longe

No amanhecer um coração

De um tamanho diferente

Reconhece cada cantinho

Por onde passa

Seu esticar parece ir

Além dos olhos

Vai crescendo muito

No amanhecer um coração

20 de fev. de 2016

Uma feijoada de idéias

Queria aliviar esse desejo louco

Que tenho de comer

De me enfiar no prato adentro

Misturar os sabores

Do suave ao ardente

Onde a música delira

Pedindo mais

Uma feijoada de idéias

Dando bom dia sempre

Se não bastasse o silêncio dos seus olhos

A solidão do sol nas manhãs

Descobrindo o horizonte

Uma inspiração de longe

Acalentando bem o coração

Dando bom dia sempre

19 de fev. de 2016

O pensamento é uma ponte onde vem você

Seria de um sabor irreconhecível

Esse prazer que lembra os lábios

Pimenta malagueta

Ardente sede

Delírios de um oásis

Se esconde na miragem

O pensamento é uma ponte

Onde vem voce

18 de fev. de 2016

A todo momento o poeta

Notável maluco

Esquece a dor do mundo

Canta o que ninguem

Tem coragem de dizer

Nos versos nascem

O sentimento guloso

De viver intensamente

A todo momento o poeta

Gaivota azul

Me faltou sinceridade

Em admitir

Que seu vôo

Me causa muita inveja

Esse eterno baile

Entre as ondas

Gaivota azul

O que o calo dos pés ensinam

Já me ocorreu uma idéia

Que não ousei encarar

Talvez tenha perdido

A coragem dos tolos

Que pisam sem mais sentir

O que o calo dos pés ensinam

Cadê aquela mãozinha

Uma desconfortável coceira

No meio das costas

Tortura silenciosa

Entre o desespero

E o prazer de ser salvo

Cadê aquela mãozinha

O que mereço mesmo

Até que mereço

Esse descanso

Colo escondido

Desejo doido

Que invade a casa

Janelas e portas

Vou até o telhado

Querendo o quintal

O que mereço mesmo

Sinto seu folego perto do meu

Entre os galhos

Tantas folhas

Que debruçado vou

Sem despencar

Admirando a paisagem

Do lugar que estou

Sinto seu folego

Perto do meu

E sem palavras sorrir

Se atirar no infinito

Faz brilhar bem

Amanhecer azul

Descobrir o que tanto

O sentimento namora

E sem palavras sorrir

17 de fev. de 2016

E ficar com medo mesmo

Seria desculpa

Esquecer de encarar

O obstaculo do abismo

Censurar o sentimento

E ficar com medo mesmo

De algum lugar veio

De algum lugar veio

Ou será pura imaginação

Poeira de estrada

Que quanto mais anda

Mais levanta o chão

Esqueci o abraço

Esqueci o abraço

Perdido no tempo

Quando amadurece

Ver a falta que faz

A ilusão esconde

De verdade sempre

16 de fev. de 2016

O pincel sabe

Tinha sim

Todo um sentimento

Momento que diz

O silêncio escolhe

Cada passo a passo

Lembra um quadro

O pincel sabe

Pra que tantos detalhes

Pra que tantos detalhes

Se a ancora só escolhe

Um único cais

Além da tempestade

Tem outro olhar

Por que quem aguarda

Sabe o faz

Impossível é fugir do amor

Daquele barco namoro a ilha

Que não sai dos meus sonhos

Colore forte o pensamento

De tantos sentimentos bons

Que passo a acreditar

Impossível é fugir do amor

15 de fev. de 2016

Longe tinha um farol

Depois que te olhei

Busquei o sonho

Escondido na concha

Sentindo o repouso

Das ondas na areia

Longe tinha um farol

Esperando as estrelas

Esperando as estrelas

Fiquei olhando

Sentindo o repouso

O por do sol

Inocente brilho

Por esconder

Entre um olhar e outro

Nasce no olhar

Respira fundo

Pra  decolar

Saiba o coração

Num vôo simples

Sem fazer força

Nasce no olhar

Vaga-lume de estrelas

Não fiz muitas coisas

Por isso o entupido

Que remexe

Lá no fundo

Onde encontro

Quase esquecido

Uma luzinha que pisca

Um vaga-lume de estrelas

14 de fev. de 2016

Bloco de rua

Um teatro e ópera

Com um ensaio

Que nunca sai

O momento pede

Então vale fantasia

Ou qualquer folia

Bloco de rua

Tenho um sofá que vicia

Tenho um sofá que vicia

Parece uma cabana

Dificil de largar

Quanto mais fico

Mais gosto

Namoro intenso

O sol amanhece melhor

Algo em mim

Mudou de lugar

Não sei pra onde foi

Um constante movimento

Se agita no olhar

O coração pulsa mais

O sol amanhece melhor

13 de fev. de 2016

Nada está escuro

Nada está escuro

Nem a visão do cego

Que vira um tato

Tão apurado

Que desafia o coração

Com o olfato do amor

Quem se despede são sempre os lábios

Seria tarde demais

Caso soubesse

Que o beijo

Nunca perde

O sabor da vida

Quem se despede

São sempre os lábios

O sentimento encontra o que precisa em cada momento

Esquente o coração

Pra que fique suave

Sinta a folha

Que se desprende

Nada está longe

Das palavras que fazem

O sentimento encontra

O que precisa em cada momento

Bate o tambor da vida

É no chegar da luz

Que se inspira

No suor das mãos

Os calos doloridos

Amontoados de lembranças

Entre a corrente e o chicote

Sal grosso nas feridas

A cantoria do negro

Bate o tambor da vida

Todas as manhãs

Do que se é capaz vem

Sem rodeios

Próximo ao horizonte

Ganhando cor

Já vem

Respiro com você

Todas manhãs

12 de fev. de 2016

Onde a chuva se esconde tão bem da minha sede

Se fosse um delirio

Iria sair voando

Namorando as nuvens

Pra descobrir

Onde a chuva se esconde

Tão bem da minha sede

Camaleão

Tenho pena do camaleão

De tantas cores

Tem que escolher sempre

A que mais esconde

No perigo de viver

O tempo não é elástico

O elástico me intriga muito

Seu esticar parece ir além

Ganha um horizonte

Que beira o infinito

Num quase arrebentando

Cumpre o seu papel

Bem que poderia ser

O tempo não é elástico

11 de fev. de 2016

Rir de graça

Rir de graça

É um presente incomum

Não faz sentido

Porque não pede sentido

É um jorrar que vem

Forte assim

Sai dos olhos como lagrimas

Despecando até o mar

Um encontro surreal

A gargalhada original


O barco não afunda nunca

O barco não afunda nunca

A ilusão te puxa pra baixo

Com a vela e a brisa

O pensamento boia sem cansar

E ninguém admira a ilha

Que se esconde no coração







Sorrindo bom dia

Perco o embaraço

Sentindo na pele

O teu sonho

De ver brilhar

Quieto no canto

O olhar faz carinho

Sorrindo bom dia

10 de fev. de 2016

Além dos lábios

As vezes pressinto a fragancia

Antes da flor

Um passeio de vários sentidos

Um tato que vai ao coração

Rodeia tudo

Faz a pele arrepiar

Poderia dizer

Além dos lábios

Quarta-feira de cinzas

Olhar forte de verão

Vem da magia

Num calor imenso

Prazer no suor

Na apuração da vida

Renasce o samba

Muitas cores no olhar

Quarta-feira de cinzas

9 de fev. de 2016

De novo com você

Deixei escapar

No sorriso da manhã

Doce inspiração

Sentindo imenso

De encontrar

De novo com você

8 de fev. de 2016

Tem por onde passar

Tem por onde passar

Como uma gota

Que ultrapassa

Ganha horizonte

Beijando tudo

Sem perder

O pensamento sempre

Tem por onde passar

Infinito namoro

Aumenta o som

Esconda a voz

Converse com os olhos

Sinta o tato

O calor da dança

Um princípio louco

Infinito namoro

O beijo perdido

Gostaria de ser um sorriso

Que buscasse a presença

Esse pouco desejo

De acompanhar o vento

Em algum lugar vai dar

O beijo perdido

A saudade do desfile

Quando a fantasia cai

Fica só você

Nada ilude

O brilho continua

Só que ninguém ver

Vem como uma brisa

Disfarça o calor

Enquanto sopra

A saudade do desfile

7 de fev. de 2016

Que sol é esse tão dentro

Me sinto num hospício mental

Cadeira de balanço

Que entorta o equilibrio

Dar um prazer

De encher o olhar

De tanta luz

Que sol é esse

Tão dentro

Porque usa meia

Porque você usa meia

Talvez queira ser metade

Ou não saiba como

Usar meia é pagar menos

Meio olhar deve ser piscar

Até meia lua

Eclipse meio coração

Porque você usa meia

Só pra você

Uma bola autografada

Nunca sei onde vai acabar

Congelado no tempo

Quando amadurece

Ganha o troféu

O abraço grande

Bem apertado

Entre os dedos

Só pra você

O justo seria o equilibrio que dar o seu amor

Muitas vezes

O que fica distante

Dar tanta sede

Que nem tem mar

Ou Oasis pra sossegar

O justo seria o equilibrio

Que dar o seu amor

Um encontro com você

Esperei muito

Estou aqui sozinho

Lembrando o sorriso

Que acende o dia

Navega bem

No canto do olhar

Um encontro com você

Me samba que eu gosto

Fazia um tempo

Que não ouvia

O lamento da cuíca

A certeza da inspiração

Na mesa do bar

O cavaquinho ensaiava

Um namoro com o pandeiro

Me samba que eu gosto

6 de fev. de 2016

Sorrindo pra lua

Desejei tanto

Que o momento

Veio com o brilho

Um jeito de estrela

Que não abandona

O espetáculo da noite

Sorrindo pra lua

Enterro dos ossos

Fome doida

Que me devora

Arranca pedaço

O que sobrar

Nem sei pra que

Vai servir

Sopa de pedra

Enterro dos ossos

Pra que ser tão distante

Pra que ser tão distante

Onde tudo está junto

Respiração forte

Adrenalina a mais

Faz do momento

Um passo eterno

O que seus olhos escondem

O que seus olhos escondem

Sabem o lugar

Seguem o coração

E a inspiração voa

No alcance do seu sorriso

Escrever olhando pro mar

Escrever olhando pro mar

Dar uma alegria infinita

Sentir cada onda

Desejo doido

Que mistura tudo

Presente passado futuro

Não escondo da gaivota

O prazer da poesia

Leão valente

No subterrâneo do amor

Fico que nem tatu

Criando dramas

A solidão teima

Insiste sempre

Quer me conquistar

Leão valente

É um absurdo viver sem alegria

Querendo ganhar

A todo momento

Brilho de cristal

Um charme em cada olhar

Gato e cachorro

Como dois sentimentos

Me recuso a acompanhar

O rebanho no abatedouro

É um absurdo viver sem alegria

5 de fev. de 2016

Minha rosa

É lindo isso

Quando cai

No meu colo

Perdendo os espinhos

Ainda com perfume

Minha rosa

O desejo sempre

A ousadia cria os obstáculos

Dos que se opoem

Pedem as tradições

Quebrando regras

No silêncio do sentimento

O que parece diferente

Se esconde na roupa

O desejo sempre

Toda nua

É de um vento assim

Espalhando o calor

No passeio das mãos

Um leque de idéias

Atinge em cheio

Não dando descanso

Toda nua

Instinto selvagem

Sentir escorrer o suor

Que liberta a explosão

Desafia o cotidiano

Que quer impedir

O prazer de saborear

Rédeas soltas

Instinto selvagem

Pura sedução

Pra cada descoberta

Um caminho

Ninho nú

Precisando ser

O que muda

Estar lá esperando

Pura sedução

Lábios com sede

Só tem alcanço

Quando pousa

Bem devagar

Olhar atento

Magia amorosa

Lábios com sede

4 de fev. de 2016

Seu adeus me sufoca

Como uma estrada

Tem seus desvios

E curvas e sentimento

Atravessando o coração

O viajante descobre

O quanto vale

Por onde passa

Seu adeus me sufoca

Minha sereia

Ninguem aprovaria

Seria um beijo

Seria mágico

Que me invade

Sempre presente

Não sai do pensamento

Ganha todos horizontes

Um amor assim

Entre dois universos

Minha sereia

Cão sem dono

Me sinto assim

Entre a parede

O quarto e sala

Vou até o banheiro

Me escondo no espelho

No chuveiro sonho

A cachoeira da vida

Cão sem dono

O coração no amanhecer

Nada é difícil de colorir

Quando o pensamento livre

Percorrendo os sentidos

Folheando as paginas

De cada momento

Deixa encostar

O coração no amanhecer

3 de fev. de 2016

Por do sol azul

Onde a busca cresce

Com o tempo vai

Levando em conta

Que pra que houvesse

Cada passo um sentir

O que parecia descanso

Nada mais era

O bater do coração

Por do sol azul

Faz bem sempre

Só me resta

Sucumbir a excelência

E me atirar na rede

E ficar até o anoitecer

Sentindo que o vento leva

Os sonhos e sentimentos

Um longo olhar na paciência

Faz bem sempre

O sentimento está lá

Parece um desespero só

Mergulha na sede

Pede com paixão

Onde fósforo apaga

Resiste a chama

Num instante luz

O sentimento está lá

Doce beija flor

Ninguem acredita

Assim mesmo

Firme encaro

Dando muitos beijos

Que enlouqueço

Tentando perseguir

Cada flor no caminho

Doce beija flor

O brilho da vida

Ninguém melhora sem mudar

Largar o peso pra o balão

Voar sem prender a vontade

Mostrando que o sol amanhece

Pra que não esqueça

Que também merece

O brilho da vida

2 de fev. de 2016

Ganhando altura

Quem sabe

Esse pouco de vento

Me leve pra fora

E alcance a paz

No silêncio das nuvens

Onde encontro  a águia

Ganhando altura

Coração quântico

A liberdade se traduz num olhar

Sem a corrente de ideias

O pensamento lugar você

A energia distribrui

O que vai além ressoando

Coração quântico

Se é pra ser esquisito

Se é pra ser esquisito

Que venha do coração

Esse acordar que faz

Roncar o estômago

Num profundo lamento

Buscando o que pode

Alimentar a surpresa

De mais um dia

Onde será que complicamos

Sinto falta de tantas coisas

Seria um absurdo

E ao mesmo tempo prazeiroso

Entulhar o tempo

Num breve olhar

Talvez seja desperdício

Viver é tão simples

Onde será que complicamos

Que atravessa o amanhecer

Estaria em qualquer lugar

No deslizar das nuvens

Fazendo desenhos

Figuras a cada momento

Pensamento longe

Que atravessa o amanhecer

1 de fev. de 2016

Entenda o sorriso

O que me faz em pedaços

Vem da ignorância

Que navega em sentimentos

Tão profundos

Onde antes era raso

Uma lagrima dar o sinal

Que tudo vai melhorar

Entenda o sorriso

Búzios

Certa noite

Perdi você

De vista

Catei na lua

Me perdi nas estrelas

Te encontrei

Entre as marés

Numa concha do mar

O som do amor

Búzios

Que a poesia beija com amor a vida

A saudade não existe parar afastar

Nem fazer acreditar que o sentimento

Tem e precisa acompanhar a solidão

O mergulho é inteiro sempre

Quem resiste pensa que está longe

Das palavras fazem bater o coração

Que a poesia beija com amor a vida

E o o sol saia das nuvens

De uma distância

Tiro o beijo

Que a saudade dar

Ganho o céu

Dando asas

Pra que se realize

E o sol saia das nuvens

Copacabana inesquecivel olhar

Copacabana inesquecivel olhar

Mergulho que não vai embora

Conhece meu coração

De ponta a ponta