Não sei como agradecer
Cada olhar coração
Momentos sempre
Tudo passa
Até as nuvens
Só queria saber
O que tanto diz
O silêncio na saudade.
Não sei como agradecer
Cada olhar coração
Momentos sempre
Tudo passa
Até as nuvens
Só queria saber
O que tanto diz
O silêncio na saudade.
Você terá o que seu coração deseja
Cuidado com que deseja
O desejo não se importa
Se é dor prazer amor
Seja o que for
Retribui com intensidade
Senão mudar continuará
Tendo o que pede
Como mérito
Crie as condições favoráveis
Pra fazer o que precisa
A direção do vento
Só é a força natural
O leme e a vela
O pensamento e o coração
Sabem o rumo
Insista ganhe confiança
Então solte a âncora
Porque a vida já vem
Ninguém está sozinho
Parece que foi sonho
Galhos cresceram
Deram frutos
Dias de sol
Dando muita sombra
Rede pra descansar
De longe dar pra se ver
O horizonte acordar.
Quero espernear
Sentir o chão
Arrastar o momento
Como um retrato
Guardar na memória
Rever você.
O sino bate
Badala o coração
Tem urgência
De chegar
O trem na estação
O vagão cheio
Um olhar que se aproxima.
Perco o respeito
Crio a solidão
Um ser vago
Que caminha
Sem destino
Envergonhado
Escolhe as lágrimas
Pra sair e voar
Livre é o sentimento
Tenho partido de tantos lugares
Em busca de outros tantos
Lembrei que a paisagem só muda
Quando aprendo a olhar
Sem querer ter a natureza
Só passando a ser
Entrego o que tenho
De mais precioso
Não há troca é tudo junto
É muito cedo pra saber
Não há cura com a saudade
O tempo passa como remédio
Que pede equilíbrio sempre
Enquanto não vem
É muito cedo pra saber
Querendo me perder um pouco
Nas páginas de um romance antigo
Esticando os pés com uma luz
Suave invadindo o ambiente
Sentir o coração pedir
Fica perto preciso de você
Não tem nem o que dizer
De cada passo nasce a pegada
Marcando a tatuagem sempre
Quem discorda perde a corda
Apressa sem saber que a ponte
É o equilíbrio entre tudo
Uma luz na escuridão
Gostaria de dar um jeito
Nessa dor que incomoda
Tanto cada vez
Que teimo em querer
Implicar com o atalho
Em vez de seguir
Como rio até o mar
Gostaria de dar um jeito
De onde que vem não sei
O sentimento que acorda
Com sol ou chuva
Esperando sair
Chegar mais perto
O que não vejo
Dentro de mim
Eu sei que só bastaria
Já sem fôlego
Coração bate diferente
Outro ritmo de observar
O que corre mais agora
São os pensamentos
O sentimento é maior
Pelo menos isso posso
Deixar de lembrança
Nas mãos da poesia
Já quase me afoguei
Nem assim deu pé
De tão raso
Que estava
Crescer tem disso
Conversa vem
E vai como o vento
Quem não quer
Brisa colhe
O que não plantou
Dava pra ser
Como aquela nuvem
Que sempre passa
Protege dando chuva
Faz lembrar
Que depois
Outra vez
O dia nasce
Sorrindo
De onde se ver
Menos se sabe
Como numa lareira
Que aquece e queima
As distrações são âncoras
O pensamento é o leme
Estou me descobrindo
Tranquei demais
E pra tirar a casca
Sem escorregar
Na banana
Percebi que não era
Era o buraco na estrada
Que atrapalhava.
Adicione um pouco de serenidade
Misture com a paciência
Deixe esquentar na saudade
Esfrie amansando o coração
Quando tiver no ponto
Uma pitada de luz
Não dando certo
Coma até encher
De novo e de novo
Receita de vida
Só tenho tempo
Pra o teu sorriso
Manda a tristeza
Ficar na fila
Depois quem sabe
Dou o colo da luz
Lambendo o sol
Pra esquentar
O olhar e o coração
Na linha do horizonte
Dando cor sempre
É bom acordar
Com o dia
Houve uma época
O mundo era preto e branco
O rádio imperava
Tinha até bonde puxado
A locomotiva brincava
Sem sair dos trilhos
Quase tudo tinha fio
O teatro era tudo
Que a poesia sonhava
Pra que discutir
Se afinal o coração
Estar com você
Sem perder o abraço
Aconchegue ao colo
Olhe pra o espelho
Saiba que estou
Sorrindo pra você
Não me julgue tanto
Saio correndo sim
Pra te encontrar
Melhor em cada instante
Sempre haverão faíscas
Isso é o que nos faz
Aprendermos sem saudade
Essa canção
Que enlouquece
Me tira do sério
Ganhando o coração
Devora fundo
Afogo em lágrimas
Puro sentimento
Cante de novo
Preciso te ouvir
Essa canção
Quando estou distraído
Perco o melhor sempre
Só fico sabendo as vezes
Nem por isso choro tanto
Reclamo sim e muito
De cada vez que acontece
Quando estou distraído
Sabe quando vem
O equilíbrio que gera
A virtude mor
Brinca com a tristeza
Bagunça o egoísta
Deixa sem roupa
Cada vaidoso
Quem tem dúvidas
Aprende com melhor
Com a virtude de viver
Onde estou errando
Crio farpas
Mesas pontiagudas
Banquetes de ilusão
Me sacio com a sobremesa
Penso que o sofrimento
São meros momentos
Onde estou errando
Pra que esconder
Tanto o prazer
De estar com você
De sempre querer
Implicar com a semente
Cutucar o coração
Somente.
Preciso correr
Antes que o beijo
Acabe em eclipse
A inspiração feche
As portas do furacão
Que venha o amor
Não reclame depois
Do que não fez antes
Na incerteza nada conhece
E o coração sabe
Que sem abrir
O pássaro não voa
Ninguém quer viver preso
O que falta no olhar
Está muito longe
De ser verdade
Enquanto não vem
O barco leva
Com a maré
O pouco que aprendeu
O que você faz
Que não desperdiça
Tempo com a tristeza
Parece nada afetar
Que de tanto amor
Aguenta sem sentir
Diferente de tudo
Pele nua
Descoberta louca
Rouco de tanto gritar
Sem eco
Já sei
No rastro
De algum jeito
Poseia no coração
De quem você mais precisa
Está bem dentro de você
Sem solidão e saudade
Presente em todos momentos
Não fique tão ausente
O espelho não esquece
De quem você mais precisa
De muitas pétalas
Nada pode ser
Como antes
O que a flor faz
Bastou unir
Pra de novo
Nascer a semente
Foi em torno de você
Que encontrei a paz
Parei de ficar em círculo
Conheci a loucura
Botei no colo
Soltei a saudade
Os pedaços aprenderam
A ser juntos
Foi em torno de você
Pra dar uma grande
Largada na vida
Não vale sair em disparada
Ninguém quer o final
Só o durante
A essência está
Onde menos se busca
Além dos detalhes
Quem observa
Tem o melhor gosto
Afinal o prêmio
Será sempre você
Se faltou espaço
Esqueci de amanhecer
Sentir tua clareza
De ver o dia
Espalhar pela janela
Um pouco quem sabe
Querendo sair
Já vem
Quieto com sol
Se for pra animar
Mudar de lugar
Agitar muito
Fazer brilhar
Não esqueça
Deixe com amor
Sua melhor pegada
Fiquei de olho no mundo
Vi que as pessoas mudaram
Ganharam novos brinquedos
O sonho tinha cara de real
Calçada cheia sem olhares
Todos com muita pressa
De chegar quase sempre
Ainda ando de bicicleta
Gostaria de despertar
O que aperta o coração
Deixar livre solto
Aparar as faíscas
Antes de queimar
Mergulhar e tirar
O que tanto incomoda
Como o espinho encontra
A rosa sem se perder
Nada de desistir
Encarar sempre
Se despedir somente
Do que não faz bem
Pra os do contra diga
Vem pro o abraço
Gostaria de descobrir
Um lugar diferente
Que soubesse a sombra
De cada delírio
Caindo como chuva
Esperando o sol
Quem sabe eu já seja
Coração e poesia
O amigo nunca é entendido
Sentido pela natureza
Erros defeitos são a lição
Avança junto
Firme no degrau
Agarra a vida
Como um tesouro
Não deixa pra depois
Enriquece com a amizade
Basta um sorriso
Pra que o amigo venha
Sempre no coração
O que não aconteceu
Ficou na memória
De muitos sentimentos
E o que vale
É o que nasceu
No último momento
Obscuro olhar
Navega tranquilo
Percebe a âncora
Namora a correnteza
Tem o coração no cais
Chocolate quente
Lareira alegre
Cachecol enrolado
Aquecedor no coração
Virando amizade
É da estação
Que do inverno
O frio sempre
Reflete a vida
Tive um desejo
Me levou bem
Senti os pés
Saindo do chão
Quase nas nuvens
Olhei pra baixo
O coração ficou pequeno
Não sou capaz de enxergar
Perceber sentir
Faltou tato abraço
Todos sentidos
Precisei sair
De onde estava
Crescer quebrar
A casca do ovo
Um passo adiante
Tem um gosto de vento
Não está lá
Desde que crie
Com o pincel do sentimento
Ganha vida e forma
Um passo adiante
Queria te ver
Olhar nos olhos
Saber o que tem feito
Esquecer a saudade
Por onde tem andado
Simplesmente assim
Sem rede social
A capa da ilusão
Não tem cor
Agrada em tudo
Dar muita coisa
Engana bem
Tem a lógica
E razão a favor
Teme a intuição
O sentimento
E o amor
Sabe o valor
Foge da Luz
As guerras do passado
Não importam mais
Quando se quer mudar
Cada pedra tem seu desafio
O que molda toda decisão
Nada amolece na vida
Não endureça o coração
Quando existe coragem
A vontade vem e ajuda
Os mais próximos
O amigo sempre
É presente
Oração do amigo
Dando voltas
Fico tonto
Arrisco
Em cada curva
Que não vejo
A lição da pressa
Tem um preço
Jeito árduo
De mostrar
A vida
Louco inspirado
Veste a mesa
Dar o delírio
A flor da saudade
Diz pra o dia
Pra tornar
A beleza
Muitos corações
Acordar como criança
Que pede outro beijo
Sorrindo pra vida
Na transparência da água
Mergulho fundo
Afogo a vontade
A fome dilacera
Não sossega
Quer mais
Do que suporta
Na superfície vem a poesia
Apareça de onde estiver
Esteja certo
Que venha o jardim
A poesia no ar
Pétala margarida
Girassol rosa
Orquídea jasmim
Violeta flores
Apareça de onde estiver
Carne de pescoço
Boa luta
O que não guarda
Solta a fúria
Faz o vento balançar
Descobre a tempestade
Culmina quando chega
No olho do furacão
Vai ouvir sua música
Eu cuido disso
Conversa cabeça
Armazém cheio
Pensamento nublado
Correndo da chuva
Enquanto não vem
Namorando o sol
O que impulsiona
Afasta o triste
Abraça o sentimento
Que pede muito
Desde que saiba
Caminhar com amor
Gostaria de me desculpar
Da intolerância várias vezes
Por mais que a vitrine quebrasse
A arrogância se mantinha de pé
Bem acompanhado do orgulho
E da aconchegante vaidade
Um teatro e tanto
Essa gaiola das loucas
Quem é você
Quando estar
Em casa
Sobrevoa tudo
Bagunça sempre
E sai de volta
Como não perceber
A ilha no coração
Tentei despistar
Dancei ouvindo
Muita música
Calei o sentimento
Escondi a criança
Me dei conta
Que fiquei
Sem poesia
Eu pedi sossego
Veio terra de ninguém
Querendo engolir
Quase sem coração
O mar bate nas pedras
Eu pedi sossego
Sobre a lei do silêncio
O confronto pesa
Liberta a coragem
Outra cidade dentro
Arrojado cavalga
O cavaleiro sem castelo
Descobre que é muito mais
O pensa que demora
Mas aprende com calma
Dom Quixote
Acordei sentindo
Nuvens nos olhos
Sabor da manhã
Coração leve
Fazia sentido
Era um sonho
Se faltou recheio
Ficou oco
Vácuos da vida
Arriscou muito
Deixou em pedaços
Vendo a chuva cair
Tentei dizer
Respirar coisas boas
Não lembrar do amargo
Mesmo sendo chocolate
Saborear sentir no sangue
Ferver a resposta
Continuei calado
Ainda confuso
Senão responder
Vai ferir meus sentimentos
Olhando as paredes
Como um satélite em órbita
Gostaria de pular esse momento
O filme não para de repetir
Os erros não são esquecidos
De que cada distração
A lição nasce sem desespero
De correr sem ver
Um tornado de ideias
Dissipam no ar
Espalhando o humor
Seja agradecido
Peguei um olhar guardado
Lugar de sete chaves
Tive que tirar
Deixar de lado
Sair da rede
Pedir ao descanso
Tem momentos
Que nada muda
Senão abrir o coração
Da alegria vem
O que parecia milagre
Assusta a sombra
Enlouquece a tristeza
Tudo melhora
Até a ilusão corre
Não tem como fugir
Desse abraço
Pra você que me faz chorar
Que passa como uma estrela
Quem sabe corre no ceu
Um desejo mistério
Habita a poesia
E o coração
Cenário doido
Me sinto preso
Numa pintura
Escultura retrato
Que de fato espelha
Os reflexos da vida
Ainda ninguém
Querendo sair
Sair das sombras
Conhecer o que tanto
Faz o coração ser
Sem tocar a solidão
De cada olhar
Se faltou entusiasmo
Encha o balão de ensaio
Enquanto houver fôlego
Nada pode tirar do caminho
O que tanto busca
E quer aprender
Que venham dias melhores
O desconforto nasce não tem casa
Breve como um momento
Inquieto lugar que muda de forma
Lembre a música e dance direito
Cuidado onde pisa e sinta
O que quer dizer sempre
Nos pés da vida está o coração
Ame mesmo que seja calado
A ilusão parece sobremesa
Quando acaba desaparece
A sensação boa corre
Pra um lugar dentro
Na poesia o estômago
Não mata a fome
Tenho medo da altura
E adoro ondas grandes
Confusoi isso na cabeça
Talvez uma dose mínima
No coração saiba a resposta
Adrenalina é a receita
As penso
O que me faz
Mais falta
Tem cara de longe
Talvez descubra
Que o perto chama
Chama tanto
Que não vejo
Quem saberia dizer
Que nem acerto
A linha da horizonte
Mesmo estando em frente
Sinto o calor que escapa
Deve ser a estação
Puro inverno
Não tive dúvidas
Nem pisquei
Fui direto
Sabendo o final
Remando sentindo
Muitas vidas
Era uma cachoeira
Daquele olhar fui buscar
Uma lembrança longe
Parecia um vento
Que não passou
E precisava voltar
Tem vezes que a calmaria
Não sossega a solidão
Buscando sobreviver
Entre ruínas e cinzas
Surge a colisão
O meteoro que insiste
Sem se calar
Rasga o céu
Amo essa música
No piano
Posso abusar
Gostaria de um canto
Um canto qualquer
Ficar observando
Sentir o silêncio
O sentimento das palavras
Sinto que tô navegando sozinho
Navegando entre grandes colinas
Cores absurdas que me fazem sorrir
Até as sombras se espantam e correm
Correm de mim me dando espaço
Pra que eu possa de novo
De novo viver
O universo é meu acampamento
Quer fazer uma viagem
Deixa eu conversar com você
Sentir o que abre no peito
Sem a pressa de chegar
E quando tudo for silêncio
Não esqueça de ouvir
A música bate em seu coração
Tá onde aí dentro
Que não quer sair
Pra lugar nenhum
O que deixa escapar
Sentimento cresce
Faz parte do que precisa
Sempre aprender
Tá onde aí dentro
De onde que vem
Tanta energia
Mesmo assim
Esqueço de brilhar
Ou será que apago sem ver
O que me faz crescer
De onde que vem
Ninguém perturba a alegria
Quando ela invade
Derruba a porta
Abre a janela
Arranca a poeira
Tira do lugar
Muda sem falar
Se está enferrujado
Não esquenta
Nunca deixe a tristeza
Tomar o rumo de sua vida
Se fosse pra deslizar
Iria te pedir pra deixar
Até arrepiar perder
Perder os sentidos
Ansiedade a flor
A flor da pele
Já é uma loucura
Por em palavras
Ficar entre paredes
Guardar segredos
Se a porta precisa
Apenas abrir
Pra que passe
Outra vez
Que a luz esteja presente
A ajuda vem vindo
Não pare de caminhar
Estou agora onde mais precisa
Ouço tua voz em silêncio
Oração da gratidão
Indo chorar em frente o mar
Misturar na areia
Muitas pegadas
Que se desmancham
Tantas outras vidas
Praia Grande
Acho que sou daqueles
Que choram no espinho
Aprende pisando em pedras
Até sentir que a montanha
Nada mais é que a sombra
É difícil morder o próprio rabo
Eu sinto que beijo sozinho
De cada lambida que o mundo dar
Se fosse contar diria que sempre
Entre um carinho e outro
Namoro o coração do mar
Pareço ser um cara
Atirado nas estrelas
Estilingue solto
Baralho sem coringa
O que habita o abismo
Corre da alegria
Tem medo da poesia
Do que sou no coração
Tentei te ver
Entre as nuvens
Solitária estreia
Ainda lembro da canção
Túnel do tempo
Calçadão da praia
No violão menino e poesia
Deve ser o frio
Olhar diferente
Como esquentar
Sentir o calor
O calor do sentimento
Estação que arrepia
Muito a espinha
Deve ser o frio
O que desentope
Vem com alívio
Lágrima presa
Pressa de criança
Como não se perder
Quando a noite chega
Sabe quando esqueço
O sorriso dentro
Correndo saio
Atrás do olhar
Perdido entre as nuvens
E olho me comendo no espelho
Saudade danada de você
Narciso
É muito forte essa sensação
Taça de vinho no ar
Será que vai dessa vez
Muito louco quero um pouco
Nada demais assim o coração
Poesia diz pra mim
Em um segundo
O que tanto
Não vejo
Passei de novo
Pra te ver
Bater forte
Atravessei o coração
Ninguém agrada o mar
Sem encarar as ondas
Preciso sentir a música
Explodir em mim
Transpirar muitas vezes
Ir longe com o vento
No gosto da boca
Inesquecível amor
Cadê o beliscão
Jeito implicante
De que vale
Estar perto
Sem nada
E que faz falta
Quando fica quieto
Cadê o beliscão
Estou com medo
Preciso que me ajude
A encontrar o equilíbrio
Onde foi parar a balança
Estou com medo
Vim pra te fazer sorrir
Acreditar que a dança
Só vem deixando
Que os pés saibam
Que da boca nasce
O silêncio que seduz
Não isole tanto o coração
O brilho irradia mais
Quando solta sem prender
A respiração suave
O vento deixa voar
O que já é seu
Não isole tanto o coração
Tenho me preocupado demais
Perdido o sono o sossego
O sol sempre vem me lembrar
Que a luz alcança a ignorância
E veste de oportunidade
Não importa o frio ou calor
A poesia não tem estação
Amadureça
Sem rasgar o tempo
Tenha a paciência
O sentimento necessário
Que habita o outro
As folhas que caem
Abraçam a vida
Amadureça
O grão de areia que foge
Entre os dedos sabe a saída
Encontra sempre se mistura
Na imensidão que a vida pede
O lugar não faz diferença
Ainda não somos o que bate
No coração do poeta
Olhei pra todos os lados
Pensei que fosse mais
Demorei a perceber
O conforto da gaiola
Agora sei o que canta
Canta muito o pássaro
O pássaro na gaiola
Se faltar coragem acredite
Que nada em você
Vai se negar em ajudar
Desde que saiba
Que sem a força de vontade
O espinho ganha
Como pontapé na vida
Vá além da poesia
Antes da dúvida nascer
A certeza me deu uma folga
Para brincar de esconde esconde
Vestir a fantasia das palavras
Um labirinto louco
O pensamento nu
Tentei me esconder do tempo
Que nem grão de areia me perdi
No deserto do coração encontrei
O que mais temia no oásis
Um silêncio profundo
Ecoava sentindo a respiração
Desejei fazer amizade
Amizade com a sede
Sede de amar
Outro tipo de beleza
Que avança no tempo
Leva muitos sentimentos
Amadurece sem correr
Sem pressa de chegar
Sabe que tudo tem
Sua vez e oportunidade
Outro tipo de beleza
Em uma luz que não se apaga
Ilumina bem quem abre os olhos
Atravessa a lágrima
Dar chuva onde precisa
E alimenta com fé
Estive em outros lugares
Deixei marcas e pegadas
Entre cada atrito
Descobri novas fogueiras
Lareiras e cabanas
Aprendi sobre tesouros
Esqueci nomes
Guardei corações
Estive em outros lugares
Se fosse longe
A pipa perderia
O vento que abraça
Como asa o coração
Voa fala muito
Sem palavras
Se fosse longe
Reconheço que não vi
Até não acreditei
Que em ondas
Veio o sonho
A maré não levou
O mar mudou
Era lua cheia
O canto da sereia