28 de fev. de 2015

Um encontro com o mar

As margens do rio

Um olhar admira

Ver o tempo passar

Semear o momento

O que desagua

Percorre um caminho

Um encontro com o mar

Faz o dia voar

É tão distante

Onde voce está

Perco de vista

As nuvens escondem

Qual estrela guia

Sentimento assim

Acelera o coração

Faz o dia voar

Exodus

Preciso de ajuda

O mar vermelho

Maré forte

Que arranca

O caminho seguro

Quem caminha sabe

Onde descansar

Nas noites com tempestades






Momento feliz

Já que insiste

Busque aquele olhar

Jogado nas estrelas

O luar esquecido

A fogueira que aquecia

O coração de saudade

A música muito alta

Ofuscava o pensamento

Momento feliz

27 de fev. de 2015

Obrigado sr. Spocker

Personagem ímpar

Uma mistura surreal

Razão e lógica

Mergulho de sentimentos

Emoção surreal

De expressões profundas

Um amor pela ciência

Que aprendi a apreciar

Vida longa e próspera

Obrigado sr. Spocker

Pra quem chega na hora

Quem demora

Não sabe

O valor da espera

Perde o senso

E ainda não ver

Que a vida só dar

Pra quem chega

Na hora

Faz de voce um abraço

Depois de tudo

O que se aproxima

A espreita delira

A canção não pára

De tocar o coração

Dilacera de saudade

Afugenta a solidão

Faz de voce um abraço

Desejo pra voce

Bem espalhado

Espantando o medo

Dedicando o olhar

O arco estica

Momento preciso

A flecha merece

O que o alvo pede

Desejo pra voce

Faz da gaivota um lar

O que alimenta

Avança o caminho

Distrai o que dar prazer

A ilusão conforta

Sentir os pés

Entre a areia e o mar

Faz da gaivota

Um lar

Silenciando o coração

Já pedi

Tantas desculpas

Que a culpa tem

Vergonha de mim

Certezas que mudaram

De idéias com o vento

Momentos de paz

Se confundiram

A saída sempre

Só se encontra

Silenciando o coração

26 de fev. de 2015

Tédio é um veneno

Tédio é um veneno

Que não desejo a ninguém

Abusa devora o interior

Se espalha pelo olhar

E só para

Quando invade

De vez o coração

A coruja sobrevoa

A coruja sobrevoa

A consciência da multidão

Espalhando pensamentos

Lampejos de sabedoria

A espera de um olhar

Que brilhe e abra

No mundo da alquimia

O caminho dos adormecidos

Sair do ninho

Sair do ninho

Dançar na chuva

Beijar o chão

Sabor da terra

Lembrar que a raiz

É onde tudo

Que o sonho

Precisa saber

Jardim de corações

Seria um absurdo

Acreditar que foi

Um segundo me fez

Ver além do momento

Um jeito tão bom

De apreciar encantar

Um jardim de corações

As ondas cresceram

Primeiramente

Um lugar assim

Que me buscasse

Lembranças e momentos

Que me fizesse viajar

Ir de encontro

A criança e o mar

Eterno olhar

As ondas cresceram

Boa notícia

Tem dias assim

Que são marcados

Tantos eventos

Que nem a previsão

Do tempo onde será

Ou como saber

A agenda flutuante

Diz pra mim

Preciso logo

De uma boa notícia

Adrenalina que nasce

Já escorreguei

Em tudo

Que ousei imaginar

Da casca de banana

Até óleo na curva

Cada emoção

Tomando contando

Adrenalina que nasce

25 de fev. de 2015

Seria pedir pouco

Seria pedir pouco

Iludir sem paixão

Mergulhar sem beijar

O abismo das curvas

Ecoa um vento

Que se esforça

Vem com a chuva

24 de fev. de 2015

A dança ficou no seu olhar

Queria entender

Só tenho o sabor

O suor da chuva

Nada além

Como satisfazer

Se a música parou

E a dança ficou

No seu olhar

Lágrimas azuis

Superar isso ou aquilo

Não importa o que aconteça

É o desafio sempre

Despejar os momentos

Em saudades

Fazem os olhos brilharem

Lágrimas azuis

A desculpa não nasce

As vezes sinto

Que tô no limite

A mente pede

E o corpo quer

Um lugar que não chega

Ao outro

E por melhor que seja

A desculpa não nasce

Um ajuda o outro

Voce não está

Por conta própria

Por mais pareça

Que não

O que é invisível

É claro ao coração

Um ajuda o outro

Infinito olhar

Sinto muito

Por não estar feliz

Viver como uma lenda

Que por onde passa

Deixa essa sensação

Que um pedaço ficou

Infinito olhar

Impulsividade

A impulsividade

Me faz despencar

Encontrar vários

Precipícios

E também ir às alturas

Esqueço que o caminho

Tem curvas

E vivo

Pagando o preço

O que vem do mar um dia volta

Não me deixe

Tão só

O momento leva

E pede um abraço

Num olhar que guarda

Tanto mar

Aquelas ondas fazem

Meu coração bater

O que vem do mar

Um dia volta

Alma de músico

Eu sou apaixonado

Pela música

As vezes não tenho

Espaço pra nada

Abro mão do silêncio

E mergulho e esperneio

Profundamente no som

Inspirações do coração

Alma de músico

23 de fev. de 2015

Não sei o que voce viu

Não sei

O que voce viu

Nem o que impressionou

Surpreendeu

Pra ficar assim

De lado

Pra o mundo

Esperando

Trevo de quatro folhas

Submergir delirar

Mergulhar no beijo

Beijo do destino

Eu sou louco

Por assim seguir

A vida é atrevida

Como um trevo

Trevo de quatro folhas

O carinho que renova a amizade sempre

Preciso de um momento

Pra me vestir

Sentir a luz

A brisa com o luar

Maresia das estrelas

O carinho que renova

Amizade sempre

Lembrei que a ilusão morre quando sonhamos

Tem algo apertando

Assim o coração

Dilacera arranca pedaço

Entorta o olhar

Balança o caminho

Antes que fique um nó

Lembrei que a ilusão

Morre quando sonhamos

Poetamente urbano

Pendurado em pé

O que tanto escreve

Ônibus lotado

Urbanamente poesia

Ilha da fantasia

Desfaz o triste

Olhar interessante

Vasculha o labirinto

Assim nasce a alegria

Poetamente urbano

Quem nunca perdeu o chão

Gosto de olhar

As tempestades

Que varrem

O sentimento

Tiram do lugar

Quem nunca perdeu

O chão

Sempre há um lugar

É intenso o desejo

Descobrir o horizonte

O barco leva

E diz ao sol

Quando se por

Que nas estrelas

Sempre há um lugar

Pé dolorido

O pé tá dolorido

Buracos que distraem

Tudo tão devagar

Sem água

Murcha a flor

Sem amor o coração

Surtar parece tão óbvio

Despoluir a lixeira mental

Pensamentos que invadem

Bagunçam além do olhar

Palavras inimagináveis

E absurdos caminhos

Surtar parece tão óbvio

O coração une com puro silêncio

O silêncio ajuda

Quem busca

O que não grita

Quem grita afasta

A impaciência é o grito

Que não ajuda

E onde impera o silêncio

O grito não tem vez

O coração une

Com puro silêncio

O que antes parecia impossível

Tem lugares

Uns tão ocultos

Que são esquecidos

Acordar a fera

É mexer com o perigo

De mudar

O que antes parecia impossível

22 de fev. de 2015

Eu ainda conheço esse olhar

Tinha  um beija flor

Que teimava

Ir além da janela

A ilusão do vidro

Insistia em deixar

Separar o desejo

Eu ainda conheço

Esse olhar

Nem tudo que sorrir é bom

Nem sempre

Só fazer o necessário

É o que importa

Quem esconde quem

No jardim um olhar

Flores e ervas daninhas

Colorem a ilusão

Nem tudo que sorrir

É bom

Beijo no cais

Meu coração

Está batendo

Forte por aí

Gritando alto

A mesma música

Um olhar surdo

Lágrimas de um mar

Manso e feroz

Fazem o barco

Um beijo no cais

O foco na vida

A desculpa que damos

Cria coragem

Despeja o que não somos

Como um galho quebrado

O ciclo não se renova

O que torna a força

Força de vontade

O foco na vida

21 de fev. de 2015

Marcas e cores

Voce não é convidado

É prisioneiro

A solidão se apropria

Interesses únicos

De um mistério que silencia

O caminho muda sempre

A paisagem guarda

O coração como uma pintura

Marcas e cores

Pra que esconder

Pra que esconder

Ascender é buscar

O que tanto te agrada

Por que guardar

O tesouro que te faz bem

Pode guardar pra os outros

Mas não guarde pra si mesmo

Se observe mais

O prêmio maior

E ser mais  com a vida

20 de fev. de 2015

Quem perde a paciência

Dirá o tempo

Se a chuva passar

Noticia boa

É como pão quente

Só queima

Quem perde a paciência

Vários sabores

O atrevimento é forte

Fácil seria encarar

Ficar em cima do muro

Detalhes que não escapam

Um jeito de absorver

Ver o mundo

De misturar a essência

E se permitir

Vários sabores

Ladeira da vida

Olhando bem

Não adianta

Subir a ladeira correndo

Perde se o fôlego

E esquece que logo a frente

A ladeira desce

E continua seu caminho

Sem se importar

Com que está

Em baixo ou em cima

Ladeira da vida

19 de fev. de 2015

Descalço como a vida pede

Me faço de difícil

Mas sou mole

Como manteiga

Depois do frio

Acalento o coração

Com canções de ninar

Desato o nó do sapato

Descalço como a vida pede

O que transborda

O que transborda

Inunda muito

Transforma o caminho

O que antes era seca

Chega além da sede

Um gesto da natureza

Que ainda não combinamos

E  nem sabemos abraçar

Gostaria de lembrar

Gostaria de lembrar

Enganar o ontem

Revelar o mistério

Com o olhar despido

Esticar a janela

Pra poder passar

O clarão do dia

18 de fev. de 2015

No colo da insônia

De um lugar ao outro

Tudo se descobre

O mistério sobrevoa

Sem nuvens

Um luar forte

Clareia a madrugada

De sonhos inacabados

Caem no colo da insônia

Inesperado encontro

Inesperado encontro

Do frio ao calor

Da alegria que une

Os ancestrais

De várias vidas

Passado lembrado com luz

Onde se confunde

A coragem e o tolo

Existe um abraço

Voce sorriu

As estrelas não brilham

Irradiam o que precisa ver

O mar mata a sede

O sal é o caminho

A lógica tira a pureza

Intuição é acompanhar

O silêncio não abandona

Aguarda o por sol

As estrelas agora brilham

Voce sorriu



Livro da vida

Sem a permissão da fechadura

A chave perde seu valor

O caminho de entrada

Vira uma tortura

O desejo escorrega nas estrelas

Algumas cadentes de saudades

Danado é o tempo

Que não esquece as páginas

Do livro da vida

Ânsia de viver

Não estrague a primeira vez

Nem lembre ao outro

O que não deu certo

Aproxime o olhar ao paladar

Não alimente a fome

Com o que não deseja

Liberte a sede

Ânsia de viver

17 de fev. de 2015

Alegria rodear

Esfolando a tristeza do mundo

Abrindo portas emperradas

Desvencilhando de armadilhas

Saindo do ninho

Que as asas venham

Que o brilho não se perca

É bom sentir

A alegria rodear

Responde o coração

É um sonho

Que cria coragem

Liberta o olhar

Mostra o que as nuvens

Não conseguem esconder

Vai de encontro

Abraça pra valer

Responde o coração

16 de fev. de 2015

O que a correnteza pede

Sem exageros

Atingindo limites

Ultrapassando barreiras

Nem que sejam momentos

Realmente marcam

Divisores de água

É como remar sentindo

O que a correnteza pede

Não se pode estar em dois lugares

Já troquei

E trouxe de volta

O que a solidão dava

Perdi o silêncio

O espaço sumiu

Deixei a vez

Vivo querendo consertar

Remendar o coração

De quem fez

Não se pode estar

Em dois lugares

Por que voce não tenta

Porque voce

Não tenta

Não vai mais adiante

Vale a pena

Nem que seja

De novo e de novo

Lubrificando tirando

A ferrugem que acomoda

Próximos do caminho

De cada grão

Uma nova semente

Distante o sonho

Ninguém tira

Pode estar

Em seu lugar

Mergulhar é cantar

Suspeito que a vida

Não tira

Nos faz sentir

Próximos do caminho

15 de fev. de 2015

A chuva leva

A chuva leva

Limpa o olhar

E devagar constrói

Gotas inesquecíveis

Memória sentida

Desperta bem

Com as nuvens

A chuva leva

Da ponte que a vida é

Conheço esse olhar

De longas datas

Que não aprova

E faz da tristeza

O desafio  a ser

Atravessar além

Da ponte que a vida é

13 de fev. de 2015

Onde fica o carnaval

Aquele desfile

Invade as ruas

Jorra alegria

Baile de máscaras

Contagia a fantasia

De viver e soltar

Agitar ou descansar

Onde fica o carnaval

Falta em meu coração

Sai cada pérola

Dessa concha

Que parece

Esconder por prazer

E fica a sua espera

Só pra dizer

O quanto mesmo

Esse mundo vai me fazer

Falta em meu coração

12 de fev. de 2015

Era uma vez

Ninguém é capaz

De resistir muito

De como se faz

Um armário não esconde

Nem esquece a saudade

Na sala e no quarto

A mesa cheia

O que está vazio

Repete como um filme

A mente não mente

Nem ilude

Era uma vez


Algum dia

Algum dia

Espero que me conte

Do que se trata

Como a inspiração sai

Do papel e o olhar

Ganhando vida

Levando a eternidade

Como a lembrança

O mar alcança

O mar alcança

E preenche o ser

O coração namora

Joga fora

O que não faz sentido

Em suas ondas

Ousei com as gaivotas

Entre um olhar e outro

O sorriso fácil

Um mergulho na vida

Doce destino

Se fosse verdade

Já estaria lá

No palco entre luzes

E estrelas rodeados

De multidões sem fim

Ou será que não fiz

Por merecer

Quem sabe descobri

Que o palco fica mais

Embaixo onde a vida

Nasce e espera

Voce criar o caminho

Doce destino

11 de fev. de 2015

Solução mágica

A solução mágica

Não vem da razão

Ou lógica de agir

É um outro caminho

A trilhar com a força

De uma fé inabalável

Que no fim do túnel

Além da luz

Tem o que precisa

E só sossega

Chegando lá

Que a amizade nasce sem a perda do amigo

Preciso que você

Fique bem

Reconheço as diferenças

E as distâncias das opiniões

Escolhas que machucam

Outras que alegram

Sem esquecer o principal

Que a amizade nasce

Sem a perda do amigo

10 de fev. de 2015

Fez da inveja um colirio

Hoje o anjo da alegria

Abraçou meu coração

Dedicou novos olhares

Abriu o que estava

Preso sem saber

Deu asas

Fez da inveja um colirio

Vem como anjo

Traz pra mim

Mais esse olhar

Generoso que abraça

Profundamente esse sabor

Que alimenta o dia

De um sorriso que vem

Não sei de onde

Mas vem

Vem como anjo

Ser vida

A longa caminhada não resiste

Existe pra habitar

Criar espaço

Fazer muito mais

Que uma passagem

E é com enorme alegria

O coração se abre

Se permite

Ser vida

Tive que ir além

Tive que ir além

Reconhecer as pedras

Que lapidam o caminhar

Ver que tudo que brilha

Não é ouro

Nem a riqueza de viver

E o que faz feliz

É como um olhar

Que desperta com o dia

E repousa com a noite

Tive que ir além

9 de fev. de 2015

Pensando alto

Pensando alto

Deveria ser

O normal de todos

Um atrevimento sadio

Que atravessa a saudade

Do sentimento que traduz

Tão bem o que não pode

Ser dito

Nú e cru

Será que esquecemos

A natureza real

Silêncio na vida

Não peça ao outro

O que ele não é

Saiba o poder da diferença

Uma ilha perde seu valor

Quando é habitada

A solidão só ensina

Quem faz silêncio na vida

8 de fev. de 2015

Voce ganhou

Voce ganhou

Essa chance

De estar aqui

De novo

E por mais outras

Todas que forem preciso

Assim é o elo

Que une

O infinito que habita

Cada momento

Seja a resposta sempre

Voce tem

Todas as respostas

Basta praticar

Sair da teoria

Da ignorância

Sinta a luz

Na escolha as sombras

O que abriga a ignorância

Tira do caminho das perguntas

Seja a resposta sempre

Não espera o dia raiar

Ninguém está pronto

Esse é o labirinto

Que todos procuramos

Entrar mesmo olhando

Antes mesmo de nascer

O que vem depois

Não espera o dia raiar

7 de fev. de 2015

O reflexo agradece

É de arrepiar

Tirar do sério

Nem curva leve

Pra um penhasco

Sem fim

Faça por merecer

Só acontece

Quem não se cansa

De buscar

Arrume o espelho

O reflexo agradece

Como não dançar

Como não dançar

Agitar os pés

Dar asas ao coração

Passear lado a lado

Com a música dando

Um jeito especial

De ver a vida

A dança não muda

Inunda de emoções

Ritmos de sentimentos

Descreve a vida

Como ela  é

Como não dançar

Coração zen

As pessoas esquecem

Se perdem

Nem percebem

O que faz bem

Ficou longe sem

Aprende quem

Conhece o coração zen

6 de fev. de 2015

Beijo das manhãs

As vezes não precisa

Dizer nada

Deixando o dia ecoar

Personagem toma conta

Sentimento querendo

Encontrar o que já tem

E mesmo assim

Onde havia dor

Nasce nova semente

Doce orvalho

No beijo das manhãs

5 de fev. de 2015

Faça valer a pena

Faça valer a pena

Ninguém fará por voce

Nem dará valor

O tesouro é descobrir

Sempre em cada momento

O que muda de lugar

Está entre o coração

E o olhar que namora

O cotidiano sem perder

De vista a vez de sonhar

E ganhar o dia

Sem bagunçar é doloroso

Sem bagunçar

É doloroso

Me perco no coração

Fora do lugar

Estranho no ninho

As coisas em ordem

Exploram o tédio

De ver sem vestir

O sentimento mais

Ainda prefiro

A surpresa de sorrir

Sem saber o por que

Lento é o vento

Lento é o vento

Que namora

A montanha

Faz tudo

Sem sair do lugar

Bagunça o olhar

E só de imaginar

De um algum lugar

Que me fez aqui chegar

Lento é o vento


Vida sem espinhos

Todos nós tentamos

Esquecer coisas

Apagar dúvidas

Crescer sem pressa

Apreciar a paisagem

Nem tudo são flores

Quem sabe tenha sentido

Uma vida sem espinhos

Momentos de oásis

Apenas momentos de oásis

Onde a sede sossega um pouco

A quem se destina por merecer

O que  não veio ainda

Se esconde no horizonte

Iluminando aos poucos

O caminho que vai nascendo

Só me resta sorrir

Demorei a entender

Que o sorriso também

Importuna quem tem

O olhar nublado

Preso a detalhes

Subestima a surpresa

Que é viver

Se nem o exemplo ajuda

Só me resta sorrir

4 de fev. de 2015

O danado do coração

Esqueci de mim

Por um longo tempo

E voltar como

A superfície da vida

Nem me importa mais

O porque mergulhei tanto

Só sei que é pra cima

É o que pede sem parar

O danado do coração

Num abrir de portas

Empurre ou feche

Essas portas

Que precisamos

Encarar e descobrir

Tem as automáticas

As quais damos autoridade

E nem percebemos o poder

As manuais tem suas manhas

Algumas emperram

Outros ambientes

E tiram a paciência

Um atravessar de mundos

Num abrir de portas

3 de fev. de 2015

A poesia é o desafio

Já recebi muito

Muito mais

Do que merecia

Sei que podia fazer mais

O equilíbrio não me abandonou

Nem perdeu a oportunidade

A chance de aproveitar

E de novo apresentar

A presença inestimável

Das amizades que nascem

E semeiam caminhos

A poesia é o desafio

Que a vida veio

Me presentear



Desenhe sempre

Desenhe melhor

Seu dia

Arrisque seus rabiscos

Mesmo que não reconheçam

Ponha pra fora

Não deixe o sonho

Entalado sem espaço

Desenhe sempre

Que a vida cuida do resto

Se sentir em casa

É no silêncio

Que resiste

Onde se encontra

O que faz parte

Um mistério abriga

O olhar de quem conhece

Bem o que é se sentir em casa

2 de fev. de 2015

O que não deixou pra trás

Não retenha

O tesouro de doar

De melhorar os momentos

Engrandecer o que precisa

Elevar cada passo

Quem esquece o que já foi

Ainda precisa aprender

O que não deixou pra trás

Ecoa um grito no olhar

Onde ir

E com quem contar

Selva de pedra

Na multidão a solidão

Sobrevive em silêncio

As grades invisíveis

Dilaceram corações

Sentimento imenso

Intenso como as ondas

Ecoa um grito no olhar

Momentos de fé

Em algum lugar

Ficou a saudade

Na janela um olhar

O sentimento encontrou

Num abraço  nasceu

O que até hoje

Guardo de coração

Momentos de fé

Fluir com amor

Deixe a vida fluir

Todos sentidos e caminhos

Se tornam mágicos

Reais e surreais

De sonhos e pesadelos

Quem sabe ou aprende

A fluir com amor

1 de fev. de 2015

Feito criança

As nuvens levam a gaivota

Contra o vento

Um olhar que brilha muito

Quando fica diante do mar

Um sentimento que une

Feito criança

Muito louco

Não sei

De onde veio

Ou vai

Arrancando dilacerando

Raízes saindo

Tirando do eixo

Longe vem

Esse prazer

Muito louco