31 de dez. de 2015

Retrato de um olhar

Que venha o palco

O auge da personagem

A corrente perde o elo

Pelicula virou digital

De amarelo restou

Retrato de um olhar

Tudo que está fora do lugar

Só me resta o silêncio

Aquele que vem

Atravessa tudo

Sem pedir licença

Arranca tudo

Tudo que está

Fora do lugar

Estiquei os olhos

Estiquei os olhos

Acima do muro estava

Recheada de frutos

O cachorro mordia bem

A tentação criou asas

Como descer

Sem chamar atenção

Talvez no fundo da garrafa

Um mesa cheia

Abundancia sem fim

Amontoado prazer

Fazem saltar os olhos

Quero acreditar

Que estamos celebrando

Talvez no fundo da garrafa

Suspense no coração

Por um momento pensei

Que fosse um engano

Um detalhe solto no tempo

Árvore escondida na floresta

Digno misterio

Suspense no coração

Sinto a falta do coelho

O cronometro corre

Num desespero danado

Alice nos país das maravilhas

Um chapeleiro louco a solta

Num tronco começa a viagem

Sinta a falta do coelho

Verde em silêncio

De uma flor

Nasce a beleza

O espirito da natureza

Polen da vida

Espalhando um brilho

Verde em silêncio

Ver pra crer

Ver pra crer

Tá fazendo efeito

Mudanças no horizonte

Tudo acontece

De uma forma

Que não imaginei

Viajando na maionese

Viajando na maionese

Sem perder a Luz

Ganho o momento

Tem sentido

Conhecer o caos

Simpatico olhar

Na batucada do coração

Te puxei pra ca

Estiquei a orelha

Arreganhando o abraço

Um perfume livre

A fragancia é o lugar

O mar deu um sorriso

Na batucada do coração

Escada

Se você só aprende

Com as coisas boas

E só se anima

Quando tudo está bem

Desça mais a escada

Até perceber

O valor de cada degrau

A vida só desanima

Quem ver mais

O que não gosta

Vontade

Ninguem muda tão bem

O mundo sem essa ferramenta

Uma dose minima ja ajuda

Desmorona qualquer duvida

Ganha todos horizontes

Dar o brilho ao coração

Basta cada um

Acreditar na saideira

Não estrague a festa da vida

Que é você

Pra começarmos tudo de novo

Fique a vontade

30 de dez. de 2015

Um curioso perdido

Gostaria de saber

Esqueci de perguntar

Ficou o pensamento

Uma névoa

Que se esconde

Um curioso perdido

Bem mais perto

Bem mais perto

Sem passar em branco

Tatuagem que muda

Marcas da vida

O momento pede

Bem mais perto

Eu respiro poesia

Eu preciso muito sabia

Que não existo sem você

E a inspiração é a mola

Que dispara o coração

E distrai a vida

Com mais cor

Eu respiro poesia

29 de dez. de 2015

Dejavu

Eu sei que você não acredita

Que sou mais com você na solidão

Que não escolhe o momento

Nem julga a chuva

Que cai sem pedir

Enxuga a lagrima

Dejavu

Volume zero

Muita vontade de chorar

As vezes ajuda

Desentope o sentimento

Nem assim desisto

De soltar a represa

Volume zero

Acredite o dia nasce pra você

Pode ser que demore

Que nem faça falta

Ninguém lembre

Um olhar no infinito

Faz brilhar bem

O dia não esquece

Acredite o dia nasce

Pra você

28 de dez. de 2015

A saudade do seu olhar

Dor de ver estrelas

Não é prazer

Nem Aqui

Nem lá

Naquele lugar

Quem nem ouso visitar

Na solidão que habita

A saudade do seu olhar

O prato profundo

O prato profundo

Longe lugar

Que dar fome

Pelas beiradas

Quando quente

Esfria até

Dar saudade

Que passeia no céu se despedindo da chuva

Como é possível

Tanto bom gosto

Ou tenho a ilusão

Que o arco iris

Tem vida

Que passeia no céu

Se despedindo da chuva

Azedinho doce

Gosto do seu coração animado

Saindo pelo ladrão

Um folego danado de bom

Azedinho doce

Me traz de volta

Um pouco desse olhar

Você é um ser apaixonante

Você é um ser apaixonante

Acredite sempre

Sem vento o barco a vela sabe

A correnteza tem o cotidiano

Nunca deixe pra tras

O que muito te ajuda

Escolha o medo ou a coragem

A todo momento

No dia de hoje

Quero muito

Só venho pedir

Um silêncio de paz

Olhar tranquilo

Sossegando o dia

O desafio de aprender

Pra que o descanso

Seja além do sol

Quero muito

27 de dez. de 2015

Nem sei

Nem sei

Se foi

Assim desse jeito

Silêncio no olhar

Uma busca de mãos suadas

Ou um sonho

Quem sabe eu acorde

Algum dia

Na tristeza do olhar

Diria qualquer coisa

Se soubesse

Qual sentimento

Que faz falta

E se esconde tão bem

Na tristeza do olhar

Saio de orbita

Saio de orbita

Derretendo satelite

Lembra uma musica

Numa noite

Uma surpresa

Que me fez sorrir

Detalhes que ficam

As vezes vem a tona

Amanhecer azul

De um brilho timido

Ganha o horizonte

Veste varios sorrisos

Com nuvem ou chuva

Clareia numa magica

Que não se cansa

De me encantar

Amanhecer azul

26 de dez. de 2015

Tem sabor de queijo

Olhei pra o outro lado

Nem vi a diferença

O avesso do beijo

A essencia da vez

Perdi a oportunidade

Que conquista

Tem sabor de queijo

Partiu estou longe

De arrancar suspiros

Furacão doce

Tirando o amargo

No delirio da saudade

Quem mais se atreve

Partiu estou longe

Que atravessa o melhor de você

As metas lembram

Um arco esticado

Foco no olhar

Um eco doido

Que atravessa

O melhor de você

Saindo do tom

Saindo do tom

Será que desafino

O adequado implica

Com o momento

Que beija forte

Quase arracando pedaço

Generoso dia

Virou meu coração um lugar cheio de saudade

De tão tranquilo vou

Namorando a pluma

Leve demais

Onde aterrisar

Virou meu coração

Um lugar cheio de saudade

Sabe o seu lugar

A busca continua

Incansavel sentimento

Despindo o olhar

Vem abraçar

Sabe o seu lugar

No alecrim a alegria

No alecrim a alegria

E tantos outros

Aromas se espalham

Passeiam pela natureza

E com muita vontade

Nasce bem na saudade

No alecrim a alegria

25 de dez. de 2015

Quando você não tem pressa

Quando você não tem pressa

O relogio se desespera

Caminha sentindo culpa

Não consegue criar a ansia

Perde a paisagem

Quem esquece de viver

A sorte namora quem insiste na vida

Você poderia

Ter perdido

Tudo isso

Nem sempre é um jogo

Os dados parecem viciados

A sorte namora

Quem insiste na vida

Dando primeiro passo

Queria escolher

O melhor presente

Tenho que inventar

Nada de tristeza

Mãos a obra

Ou mão na massa

Melhor ainda

Dando o primeiro passo

De jeito nenhum

De jeito nenhum

Diria o que penso

Nesse esconderijo

Estou a salvo do tesouro

Que não se abre

Se ganha o sentimento

Eu sei ganhei seu melhor sorriso

Você quer ter essa conversa

Sem pé nem cabeça

Num ringue de egos

O empate nunca dar certo

O silêncio derrota sempre

Eu sei ganhei seu melhor sorriso

Suor

O suor diz tudo

Desaprova o sentimento

Que deixou passar

Sem ilusão encara

Não tem descanso

Que distraia o suor

Que o espelho não mente

Um café um alivio

Que desperta facil

O que desanima

Tá mais pra preguiça

De reconhecer

Que o espelho não mente

O que o vento refresca

Descansei esperando

Sem regar a semente

Paguei o preço do ocio

Ganhei a lição

Que faz admirar

O que o vento refresca

Não fui jogado pra longe

Não fui jogado pra longe

Nem sou bola de gude

Um tempo que não existia

Internet ou televisão

O radio imperava

Ouvir e observar

Uma magia que trazia

Pra perto a voz do coração

24 de dez. de 2015

Olhar de natal

O calice liberta

Traz de volta

O folego esquecido

No vento do deserto

O que parece longe

É um presente

Que se desembrulha

Quando se aproxima

Olhar de natal

Sem pisar nas formigas

Sem pisar nas formigas

Veio o amigo

Na trilha do coração

A sombra da árvore

O descanso necessário

Pra que a longa jornada

Ganhasse o amor

O pão e o vinho

As cortinas abertas

O palco iluminado

O simbolo submerso

Adormecido coração

Peneirando a vida

A ceia divina

O pão e o vinho

O Natal que somos

Não se esqueça

Que o melhor muda

O lugar não

Obvio que é bom

Colorir sem perder

O brilho original

A estrela ganha

O Natal  que somos

23 de dez. de 2015

Como despencar de uma cachoeira

Já usei essa voz

Isso foi divertido

Na verdade

Um grande desastre

Absurdo natural

Como despencar

De uma cachoeira

Sem medo de ser feliz

Não sei como

Algo se renova

Acelera o coração

Anima sem freio

Sem medo de ser feliz

Me sinto um saci

Uma loucura absoluta

De não parar

Um fascinio surreal

Que pisa na razão

Poe no colo

Esperneia forte

Me sinto um saci

Você é mais que uma vida

Não tem desespero

Esquece a agonia

A surpresa está lá

Em cada esquina

O sentimento

Em todos os cantos

É muito pouco

Você é mais

Que uma vida

Natal é vida

Não tire o prazer

Da árvore de natal

Do presépio

Mesmo sem presente

Sem a ceia

O aniversariante reconhece

Que você tá na  busca

Aprender com amor

Natal é vida

Pulando entre as estrelas

Pulando entre as estrelas

Derrapando nos cometas

Colidindo com o brilho do sol

Desabrochando o universo

Que aos poucos

Descobre e namora você

Segunda pele

É uma defesa

A segunda pele

Um escudo

Onde o muro

Não esconde

Só mostra

O que a selva pede

22 de dez. de 2015

Do que já fui

Sentado aqui sozinho

A canção voa

E no coração a gaivota

Pousa por um momento

Pensamento encosta

Sabe que vou

Lagrimas de saudade

Do que já fui

20 de dez. de 2015

O que tanto esqueço

Do descanso ao silêncio

Do brilho ganhando

O conforto e colo

De muitas vidas

Dourado espelho

Reflete pra mim

O que tanto esqueço

Deixa o eco do seu grito voltar

Numa represa de emoções

Soltar tudo de uma vez

O folego pede arrego

Só tem um jeito

Deixa o eco

Do seu grito voltar

Que a saudade liberta

Quero de mãos dadas

Pedir o momento

Sem congelar o tempo

Permitir a emoção

Do abraço longe

Que a saudade liberta

Essencia do natal

De um susto

Nasce no eclipse

Do soluço sem sacrifício

Um olhar livre

Querendo sentir

O que tanto

Por um segundo

Desfaz a tristeza

Milagre e esperança

Essencia do natal

Me traz de volta pra mim

Pra desabrochar

Assim vai

A espera do chá

Uma fusão tranquila

Me traz de volta

Pra mim

Encontro um nó amoroso

Criei situações criticas

Que desafiam o coração

Me dão uma paz

Que afugenta

Qualquer caos

Entre um laço aperto

Encontro um nó amoroso

Puro rock

Estou em orbita

Puro extase

Cade o mel

Mussum

Cazuza

Liberta o suor

A essencia pura

Urge o tempo

Um mergulho

Puro rock








19 de dez. de 2015

A maré sabe

É de esfolar o coração

Andar tranquilo

Sentindo a areia

Molhada de tantos sentimentos

A maré sabe

No coração das palavras

É um prazer

Estar com você

Inaugurar novos sorrisos

Descabelar a alma

Vestir o véu

Desconhecido horizonte

E beijar tão bem

No coração das palavras

O vento agita

O vento agita

Tira do lugar

Um verde

Faltou a rede

O calor voa

Aterrisa bem

O vento agita

Onde os lábios calam

Um desabafo sincero

Escolho um canto

Sossegando o olhar

Busco o sentimento

Onde os lábios calam

O dia ja vem

O dia ja vem

Escolhendo seu olhar

Admirador de sonhos

Pincel na mão

A cor da tinta

Pintando o coração

18 de dez. de 2015

O melhor presente

Nem sempre

O que ilude

Vem da magia

E angulo de se ver

De um lugar ao outro

Vence o desafio

Que faz de você

O melhor presente

Oração de natal

Nunca é o bastante

Pra quem tem

O dever de crescer

Escolher a vontade

Merecer a escolha

Reconhecer a diferença

Sobretudo amar

Fazer valer a vida

Oração de natal

Sentindo o coração

Abrindo os olhos

Bem devagarzinho

Lá vem

Encontrei o calor

Do amanhecer

Dedicando o abraço

Sentindo o coração

17 de dez. de 2015

O marisco reconhece o mar

Já dei passos maiores

Maiores do que deveria

Me esborrachei feio

Até hoje dói

As marcas falam

As vezes só na marra

O marisco reconhece o mar

Penso que perdi tempo

Penso que perdi tempo

Quem encontra

Nem nisso pensa

Quer o outro desafio

Como um degrau

Não tem jeito

A escada sorri

Ouça minha voz

Ouça minha voz

Siga pra superfície

Adquira o legítimo momento

Que faz o retrato

Ser eterno

Ouça minha voz

16 de dez. de 2015

No labirinto nasce a poesia

Boquiaberto

Vou sentindo

O entardecer

Aguardando

O por do sol

No labirinto

Nasce a poesia

Chorar dentro do sonho

Seria desperdicio

Esquecer a ignorancia

Desconhecer a ingratidão

Não dar valor a inveja

Tirar a esperança das sombras

Num passe de magica

Levantar o coração

Num estalar dos dedos

Chorar dentro do sonho

Pouco a pouco

Longe perdi o foco

Dia nublado

Entre as nuvens

Um pouco de sol

Pareciam piscar

Pouco a pouco

A aquarela no coração

A insinuação das cores

Gera um fascinio único

Uma lupa que distingue

Quem se destaca

Em cada momento

Tem o pincel

A aquarela no coração

Pra ver se encaixa outra vez

Perca a cabeça

E não guarde o coração

Corte as mãos

Esqueça os pés

Se sobrar algo

Também jogue fora

Depois monte novamente

Pra ver se encaixa outra vez

Porta emperrada

Porta emperrada

É um sacrifício

Nem abre nem fecha

Distorce os sentidos

Faz ranger os dentes

Se forçar muito

Arrebenta de vez

Que se esconde por dentro

Através das sombras

Descobri a luz

O beijo da vida

O calor do abraço

O aconchego do coração

Pelo avesso vi a roupa

Que se esconde por dentro

15 de dez. de 2015

Cante com o coração

Cante com o coração

Se sinta no palco

Ganhe o beijo

De cada aplauso

Esqueça o fôlego

Solte pra valer

Onde em você

A música tem fé

Tem uma luz um lugar

A ponte alcança

Atravessa o outro lado

Dança com o tempo

Não se encontra nas margens

Tem uma luz um lugar

Vai e volta sem fim

É do alimento

Que vem a energia

Pulsa a vida

Retorna semente

Nasce novamente

O que antes era terra

Vai e volta sem fim

Deitar na grama

Deitar na grama

Sentir o céu

Invadir forte

Esticar muito

Até estalar

Cada vertebra

Ganhando lugar

Ainda descubro o teu segredo

Não causa embaraço

Anima o coração

Destroi a guerra

Nem lembra mais

Do copo vazio

Ainda descubro

O teu segredo

Traduz o sentimento

Balança a cabeça

Nem diz que

Sim ou não

Olhar sério

Tira de letra

Engole a emoção

Traduz o sentimento

Diamante de luz

Diamante de luz

Na palma da mão

Reluz macio

Sem espelho

O reflexo do coração

Na busca do tesouro

Um mar cheio de ondas

Um mar cheio de ondas

É só o que peço

Uma maresia impregnando

Dando um sabor

Que me faz

Muita falta

Fugir não é o mesmo que ficar livre

Fugir não é o mesmo

Que ficar livre

Nada é o que aparenta

Da fantasia ao sorriso

Estreito sentimento

Quando desvio o olhar

Esqueço a saudade

O desejo do oásis

Nem me lembro

Só sei que deve ser

Muito quente

Esse deserto

De tantos desafios

O longe é o caminho

Que faz a sede

O desejo do oásis

14 de dez. de 2015

Um cogumelo de esperança

Um cogumelo de esperança

Arrepia o olhar

Lembra como era

Nos trilhos da canção

A solidão que pede bis

Não veio pra ficar

Apenas visitar

Desaguando no coração

Cansei de esperar

O vento levou

Varreu a saudade

Se era pra ser

A nuvem lembrou

Desaguando no coração

Vem de você

Onde existe o beijo

Acorda o desejo

Nasce a solidão

Que namora a saudade

Não tem jeito

A dúvida enriquece

O sorriso que tenho

Vem de você

A filosofia não respondia

Tirei a pele

Esfolei o sentimento

Atravessei a fronteira

Não esqueci a ponte

Admirei o abismo

Arrisquei a poesia

A filosofia não respondia

Da lua no olhar

Fazia parte

Descrever a emoção

Embaraçado momento

Descobrir cada nó

Ficar de longe

Observar a vontade

Da lua no olhar

Fiquei uns dias

Fiquei uns dias

Escondido na solidão

Garimpando a noite

Alimentando o sonho

De mergulhar no coração

As estrelas falam

As estrelas falam

Alegram a noite

Faz da lua

Um namoro sincero

O sono não demora

As estrelas falam

Estiquei as canelas

Estiquei as canelas

O cotidiano engole

Nem mastiga

Sem tempero

Sentimento rebelde

Tem que se virar

Fazer valer

Acontecer a maratona

13 de dez. de 2015

Desejo azul

Tem outro lugar melhor

Que a saudade não possa

Encontrar sempre

Seria bom

Esse paraíso

Que bate empolgando

Desejo azul

Banho de chuva

Banho de chuva

É bem mágico

Desnuda o cabelo

Molha o sentimento

Enxuga qualquer

Que seja o olhar

Limpa tudo

Mesmo que não perceba

Banho de chuva

Cafezando

Olhar de café

Dar meia volta

Liberta o sono

Abre o dia

O corpo espreguiça

Os dedos namoram

Cafezando

Tá longe o por do sol

Alvoroço bom

Tira o fôlego

Sem abanar

O suor escorre

Se é pra descansar

Tá longe

O por do sol

Domingo de sol

Domingo de sol

Chorinho na praça

Rodada de olhares

Crianças espalhando

Maratona da vida

Da bicicleta a alegria

Na pauta um namoro

Que faz jorrar

12 de dez. de 2015

Além da sopa

Descascando batata

Chorando com a cebola

A cenoura me dava desejo

Quase esqueci

O pimentão escondido

E misturar tudo

Dava uma sensação boa

Além da sopa

Tudo por um reino

Num banquete

O leão devorava

Descobria sempre

Como saciar

O medo da fome

Mesmo que levasse

Algum tempo

Tudo por um reino

Me sentindo um vaso quebrado

Fiquei de mal

Perdi a fome

Na janela a chuva

Decorava meu olhar

Tentando afastar

O que a saudade queria

Me sentindo um vaso quebrado

A pintura tem o sentimento

De um jeito

A beira mar

O olhar namora

Beija o horizonte

Num mergulho

A pintura tem

O sentimento

O coração de algum jeito vem

Tirando a roupa

O poeta descobre

Que não há pele

Que esconda

No suor o sentimento

A sede e a inspiração

O coração de algum jeito vem

11 de dez. de 2015

Você voltou

Bem fértil

Vai solto

O vento abana

Sacaneia o calor

Ninguém sabe

Eu sei

É sério

Você voltou

O vento sopra sem medo de se perder

O vento sopra

Sem medo

De se perder

Faz curvas

Se inspira nos ecos

Resfresca os sentidos

Cai bem no suor da vida

Solte o sorriso pra que o desafio saiba que você chegou

Escrevendo um jeito novo

De voar sem asas

De andar com os pensamentos

Explorar cada canto

E quando houver

Um beco sem saída

Solte o sorriso

Pra que o desafio

Saiba que você chegou

10 de dez. de 2015

Até molhar o coração de tantas ondas

Momento que guardei

Olhar cristalino

Eram perfeitas

Como um sonho

Desci as dunas

Até molhar o coração

De tantas ondas

9 de dez. de 2015

Ouça o coração

Nunca seria capaz de acreditar

E como milagre veio

Minha estrela querida

Que faz brilhar

Onde a escuridão ficou

Existe um caminho

E dou as mãos

Pra que segure

Firme bem

Ouça o coração

Por um fio

Por um fio

Se atinge

Muitas coisas

Desde um desafio

E um encontro impossível

Por um fio

Emoções coloridas

A loucura assola

Ganha respeito

Quase osmose

Olhar de vidro

Inundado de tantas

Emoções coloridas

O pensamento alcançou o que as mãos não sentiram

Tentei abraçar o papel

Amarrotei demais

Esqueci a delicadeza

De observar

O pensamento alcançou

O que as mãos não sentiram

Respirar profundamente cada olhar

Quero habitar

Sentir a cabana

Aprender com o lago

Vontade boa

De despir o sorriso

Respirar profundamente

Cada olhar

O roteiro namora a personagem

O Roteiro namora a personagem

No baile da vida

Veste a fantasia

Desnuda o sentimento

Embarca sem esquecer o cais

No que puder

É uma praia

Atinge com ondas

O roteiro namora a personagem

Tão distraído

Tão distraído

Coragem de pular

Quem tem

Cada abismo

Não me falta coragem

O tolo não ver

Que a ponte menospreza

O atalho que faz correr

No repouso da águia

O que gera a bagunça

Está longe do furacão

Espalhando pelo vento

Vem respirar

No repouso da águia

Contagia a vida

As lágrimas não secam

O vaso que pede mais

Pra que a flor cresça

Criando o espinho

Pra que saiba a flor

Contagia a vida

Onde o plebeu quer ser

Se é pra adivinhar

Tô dentro

Sacudindo o presente

Esculhambo o passado

Enriqueço o futuro

A vida é um trono

Onde plebeu quer ser

Tranquilo beijo que navega pelo dia

Te reconheço no silêncio

Me desencontro no som

De cada palavra

Ecoa um sentimento

Tranquilo beijo

Que navega pelo dia

Olhar azul

A pele arrepia

Na solidão do suor

Se esbalda

Escala a montanha

Desce a cachoeira

Namora o mar

Dar um passeio

Olhar azul

O bem te vi amanhece

Com você

Escuto mais

A luz se abre

Entre vários

Silencios e palavras

Num sorriso

Agradeço mais um dia

O bem te vi amanhece

8 de dez. de 2015

Noite azul

O vagalume espiava o bosque

Invadia a imaginação

No clarão da lua

Entre as arvores

Podia repousar

Noite azul

As ondas sabiam

Tive medo

De me afogar

O mar quase

Me levou

As ondas sabiam

Do poeta ao pote de ouro

Traduzo a emoção

Quando rasgo o infinito

Saboreio o beijo

O destino no arco iris

Do poeta ao pote de ouro

Carinhoso é o chorinho

O cavaquinho amansa

Deixa os dedos leves

A cachaça anestesia

Bagunça os sentidos

Os sentimentos namoram

Carinhoso é o chorinho

O cabelo sai do lugar

O que desmancha

Tem outra forma

Receita de bolo

Que nem manual

A tempestade sempre

Arranca mesmo

Vai pra longe

O cabelo sai do lugar

Louva Deus

Nada tem o sentimento

Que o louva Deus faz

Um gesto forte

Encurvado e longo

Parte pra o sacrifício

E aprende dando a vez

Tenho o exagero no olhar

Ando esquecido no bolso

Sou uma chave

Que muito aguarda

Momentos que são fechaduras

Dou trabalho

Quando emperro

Desentalo com tapa nas costas

Tenho o exagero no olhar

Sábio esquecer que a poça seca

Sábio esquecer

Que a poça seca

A água muda

Rodeia e segue

E por mais que seja

Tem abrigo sempre

Lado a lado

Numa teia de aranha

Tudo se prende

O alimenta encontra

Lugar próprio

Medo e prazer

Lado a lado

Um brinde ao coração

Corra pra onde

Ninguém consiga

Encontrar você

Que o silêncio abrace

E o prêmio seja

Um brinde ao coração

7 de dez. de 2015

Sossegando as estrelas

Quero acreditar

Que está tudo bem

Que a lua não está só

Brilha entre as nuvens

Pra que a chuva caia

Sossegando as estrelas

Sem pedir nada ao coração

Saindo da escuridão

Entrando na luz

Deixando a ilusão

Tirando o peso

Não resistindo a respiração

Que inspira e expira

Sem pedir nada

Ao coração

O escalpo mudou de nome

A faca tece a pele

Retalha e fere

Vira escultura

Quando é tatuagem

Explora a dor

No caminho do prazer

O escalpo mudou de nome

Uma longa fila

Tem um brilho especial

Que separa o joio do trigo

Agulha no palheiro

E olha que parece

Milagre esse olhar

De encarar

Uma longa fila

Na vida há muitas perguntas

Na vida há muitas perguntas

Sem respostas

Por falta de tempo

A vista eleva a paisagem

Quem admira

Não sabe

Nem imagina

O que tanto

A inspiração guardou

Não há segredo

Não há segredo

Você as planta

E elas crescem

Criam o caminho

A vez como vida

Não há segredo

A chuva parece chorar

Foi como se eu me visse

Subitamente o sentimento

Em tantas músicas

Triturando no peito

Destilando o coração

A chuva parece chorar

Coragem de viver

Livro aberto

Do papel nasce

Vem das nuvens

O olhar que abre

De onde vai e vem

Coragem de viver

6 de dez. de 2015

Outro olhar

Sabe que já

Fugi demais

Desse seu bom gosto

Que arrasa o sentimento

De tanta saudade

Que liberta no peito

Mais uma vez

Outro olhar

Sinto o teu beijo no vento

Pra rebater

A bola na parede

Quicando forte

Deixa a marca

De quem cai

E Levanta

Sem perder tempo

Sinto o teu beijo

No vento

A lenda do coração

Muitas vezes

O que pensamos

Como longe

Viaja bem a beira

Do pensamento

O que faz despertar

A lenda do coração

Chega mais perto eu ouço seu coração

Desenhando a janela

Com carinho clareia

Sentindo o som

E o calor da vida

Chega mais perto

Eu ouço seu coração

5 de dez. de 2015

Deixa pra mim um pouco dessa música

Deixa pra mim

Um pouco

Dessa música

Espalhando

E num olhar

Juntar

Muitas e muitas

As mais belas inspirações

O pincel espera

Que não demore

O palhaço vibra

O palhaço vibra

A alegria é sem dúvida

O atalho do coração

Espetando o sentimento

O inusitado momento

Só vem assim

A vida é um circo

Uma reliquia no coração

Um amontoado

Enfileirado olhar

Debruçado no tempo

Agenda desfolhada

Páginas perdidas

Capa esfarelada

Uma reliquia no coração

Ponta de estoque

Já perdi tanta coisa

Que as vezes nem sei

O que encontrar

Um brechó vivo

Em liquidação não abandona

Sem dar desconto

Ponta de estoque

Rolou o sentimento

Rolou o sentimento

Ficou no canto

Se enroscou

Desenhei na parede

Um desencontro de idéias

Abri a janela pela tarde

4 de dez. de 2015

Dando descanso ao poeta

O raio não desvia

Desencontra sem saber

Onde fica a curva

Que a inspiração guardou

Longe como o horizonte

A lua pousa

Dando descanso ao poeta

O funil aperta

O funil aperta

Pede ao filtro

Passagem pra o desfile

A impureza distrai

E só passa

Aquilo que seu coração permite

Deslumbrando o sentimento

Acho que não está

Ninguém me vendo

Um momento sólido

Que amacia a timidez

Atinge a magia

Traz a fantasia

Destrona o rei

A rua vira um palco

Deslumbrando o sentimento

Namorando o entardecer

Nuvens pesadas

Cinzento paranoico

O vento avisa

Sopra no ouvido

Uma canção forte

Faz subir o sangue

Esse solo de guitarra

O sentimento mais solto

Namorando o entardecer

Fofoca

Acredito que a foca gaguejou

E nasceu a palavra fofoca

E partir de tantos boatos

A verdade se perdeu

E ninguém sabe

Que fim levou a foca

Quer dizer fofoca

Ninguém quis ser o autor

Namorar o descanso é um desafio eterno

O descanso parece um lugar

Que escorre pelos dedos

Se lambuza no infinito

De um preço enorme

E nunca está em falta

Tem um estoque

Que alimenta

Só quando estou de férias

Namorar o descanso

É um desafio eterno

O que está além do sol

O que está além do sol

Tem lugar próprio

Ganha um novo olhar

Descobre que na luz

Nada se esconde

O claro revela

O caminho fica dando voltas até que eu aprenda

Gostaria de perder

O que me deixa triste

O único conforto vem

Clareando o coração

Sem essas pedras

O caminho fica dando voltas

Até que eu aprenda

3 de dez. de 2015

Que busco vestir com amor

Após vários lugares

Descobri o que não muda

Nem se desfaz com o tempo

Tem a saudade sempre

Que busco vestir com amor

Exala o poeta

Só estou descansando os olhos

Muitas vezes a paisagem não agrada

E o que não agrada tem a lição

Do que a diferença oferece

Entre o espinho e a rosa

Exala o poeta

No coração do poeta

Meu coração acenou

É assim o caminho

Singelo em flor

Germina o bem

Espalhando o silêncio

Pra que inspire a palavra

No coração do poeta

2 de dez. de 2015

Sem pedir pra ficar de noite

Não precisei ter tudo

Me contentei em ser

Parte de um lugar

Onde as estrelas

Abraçavam meu olhar

Sem pedir pra ficar de noite

Por isso aprendi a tocar

Essa ainda não escutei

Bem no coração

Bela inspiração

Fraseado incomum

Delira no sentimento

A música é o improviso

Infinito da vida

O instrumento Jazz

Por isso aprendi a tocar

Não foi dessa vez

Vim te buscar

Sem jeito

Fiquei esperando

Tímido no olhar

Esperei a dança

Demorei demais

Não foi dessa vez

Nada fácil de dizer

Nada fácil de dizer

E tão simples

Como o entardecer

Que leva embora o dia

Pra namorar o anoitecer

Nada fácil de dizer


Bem na lembrança

Deve existir

Um bom motivo

Que movimenta

Faz brilhar

O olhar da criança

Que um dia em você

Ficou guardado

Bem na lembrança

O coração com amor

A poesia cria um caminho

Que parece inabitavel

Um deserto limpo

De qualquer razão

Um lugar de pura intuição

Que vive de explorar

O coração com amor

Num sentimento a flor se esconde

Num sentimento

A flor se esconde

Sem chance de dizer

Que isso nunca aconteceu

Na janela do trem existe um sonho

O interesse engole o curioso

Insaciável em cada curva

Devora sem mastigar

Despediça o detalhe

Sente nos trilhos

Na janela do trem

Existe um sonho

Poesia azul

As palavras são espelhos

Que uso pra refletir

O sentimento mais solto

Que faz disparar

Dando um beijo

Forte na intuição

Poesia azul

O copo parece vazio

O copo parece vazio

E como encher

Sem ficar com saudade

Se cair quebra

E beber talvez seja

O lugar que preciso estar

Pega câmera

Pega a câmera

Preciso seduzir alguém

Sentir a lente

Reconhecer o zoom

Que aproxima a vida

Sem perder o foco

Pega a câmera

30 de nov. de 2015

Olhar nas nuvens

Olhar nas nuvens

Estonteante sono

Abrigo singelo

Nem a lua sabe

Como é bom

Sentir as estrelas

Se eu soubesse estaria no seu olhar

Se eu soubesse

Estaria no seu olhar

Ouvindo mais

A chuva cai

Como gotas

Vem o pensamento

Que dança

Dando muita saudade

Só de longe

Só de longe

Atravessa o rio

Descobre o mar

De onde vem

Essa música

Que toca

Abusa demais

Dar a melhor

Cantada de todas

Só de longe

Tesão

O calor no degrau

Em demasia o coração

Delira no jazz

Namora o blues

Faz do sonho

Não alivia

O tesão

Piramide branca

O que jorra

Vem de você

Do cume ao infinito

Da esfinge vem o deserto

A duna é a montanha

Que muda constamente

Após cada tempestade de areia

O brilho do ouro não engana Só

A água da vida

Oásis

Piramide branca

Buscar as coisas boas da vida

Preciso apaziguar

A bagunça que criei

Lavar as mãos

Levantar a poeira

Matar a sede

Deixar a saudade nascer

Buscar as coisas boas da vida

Olhar da primavera

Não causa transtorno algum

Ver que o vento levou

Descobriu as folhas

Nas arvores descabeladas

Despiu a estação dando cores

Vestindo de flores

Levantou forte

O olhar da primavera

29 de nov. de 2015

Tenho pra você

Tenho pra você

O que as ondas

Esperam do coração

Uma dança que envolve

Uma lágrima de saudade

Revela a lua cheia

Tenho pra você

Ninguém acorda de olhos fechados

Ninguém acorda de olhos fechados

Nem tão pouco mata a sede

Sem sentir a água

Até o sol sabe

Que o dia nasce

Quando existe a semente

Ouse brilhar

No sentimento do poeta

Se falo pouco

O silêncio abraça

O olhar predomina

Dando o ponto

O lugar que nasce

No sentimento do poeta

28 de nov. de 2015

Não tem tempo feio

O que faz brilhar

O coração vai longe

Atravessa sempre

Levanta o olhar

E encara mesmo

Não tem tempo feio

Perfume azul

Não deu jeito

A natureza levou

Fez da brisa

E no sentimento virou

Um perfume azul

No papel de pão

Gostaria de ter amnésia

E no absurdo esquecer

Que a música que passou

Ficou no vento

No papel de pão

Amor tutti frutti

Só queria que o desejo

Nunca fosse embora

Ou mudasse de lugar

Que o sabor ficasse

Bem mais que momentos

Amor tutti frutti

Experimente o que acontece dentro de você

É com muita energia

Que se absorve

A clareza de mais um dia

Se os olhos só abrem pra fora

Experimente o que acontece

Dentro de você

27 de nov. de 2015

Aventura urbana

Hoje tomei banho de chuva

Andando de bicicleta

Boné e óculos

Sem para lamas

Parecia um lava a jato

O freio gritava

Pelo asfalto e calçada

Aventura urbana

De quem está em paz

De quem está em paz

Esquece a distância

Abraça a diferença

Dar colo ao coração

Ilumina sem ofuscar

E de um olhar em silêncio

Namora a saudade

Porque é próprio mesmo

De quem está em paz

Do coração em eclipse

Eclipse lembra o sol

Querendo piscar pra lua

Num intervalo imenso

E quem dar valor

Sabe o sentimento

Que é o desencontro

Do coração em eclipse

Tempestade no olhar

De uma brisa um descanso

Que passa tão rápido

E outra missão

Já se apresenta

Anuciando o desafio

Tempestade no olhar

Com um sorriso no coração

Sabe o que é

Tirar de letra

Gol de placa

Dar aquele drible

Inesquecível

E ainda olhar

Bem de lado

Eu sei

E me ponho

No seu lugar

É muito bom

Te ver brilhar

Com um sorriso

No coração

Oração nunca é por você

Seria um gesto generoso

Agradecer o dia

Novas chances

Reconhecer melhor

Que a diferença está lá

Em quase todo lugar

Que ainda não ousamos

A chuva só molha

Quando a terra precisa

Nunca é por você

26 de nov. de 2015

Arpoador

O tempo pode mover tudo

Menos os pensamentos

A saudade que atinge

Profundamente o por do sol

No belo inesquecível mar

Essa praia me atinge

Em cheio o coração

Arpoador

O coração nasce com o dia

Longe ninguém está

De ver o sol nascer

Existe um horizonte

Que brilha e acalenta

O coração nasce

Com o dia

25 de nov. de 2015

Oração do preto velho

Faça valer sua vez

Encoraje o coração

Saia da encruzilhada

O que faz brilhar

Vem de você

O caminho

No capricho do universo

Um delírio envolvente

Me cercando de um sorriso

Que não disfarça

Sem entregar o o motivo

Que faz o momento unico

No capricho do universo

A poesia de viver

Tenho inclinações

Que até estranho

Exagero no olhar

Talvez seja

Porque ouso colorir

O inimaginavel surreal

Que de tão surrado

Já estou

Que só me resta

A poesia de viver

Planeta terra

O tiro não sai mais

A munição acabou

A pólvora perdeu o pavio

A bandeira pede a trégua

O desafio das fronteiras

Um absurdo repartir

O que é junto

Todos num barco só

Planeta terra

Pão com manteiga

Não há o que discutir

Cria um delírio

Faz o paladar voar

Olhar discreto

Se mistura na mesa

Amanteigando o dia

Pão com manteiga

24 de nov. de 2015

Um lugar pra você

O vento empresta o lenço

Não abandona o encanto

Na noite a magia

Descobria as nuvens

Desnudava o luar

De tão sincero

O chapéu acenava

Um lugar pra você



Numa xícara de chá

Numa xícara de chá

Guardo muitos segredos

Fazendo com que

O rumo da prosa cresça

Arvoreça o caminho

Interminavel olhar

Digam bem mais

Que os lábios

A águia admira

Me deixa a vontade

Sem o laço do presente

Fico sem a surpresa

Que instiga

Alimenta o curioso

Sem saudade

A águia admira

Penso logo enlouqueço

Penso logo enlouqueço

Não sei como me distrair

Tirar a âncora da razão

Mergulhar na intuição

Afogar o melhor argumento

E num namoro sem fim

Beijar todas evidencias

O balanço voa

O balanço voa

Será que ainda existe

O cuco do relógio

O pendulo vai e volta

Sem campinar

Perco a trilha

O balanço voa

Um pouco do dia

Um pouco do dia

A poeira que desperta

O café no bule

Pão que namora

A manteiga derrete

Uma preguiça legítima

De sair da cama

Acordei dormindo ainda

O bem te vi tá de olho

Parece um banquete sem fim

Alegria que transborda

Lá vem num brilho

Um ponto no horizonte

Despertador natural

O bem te vi tá de olho

Um passeio azul

Ganha-se o espaço vazio

O eco espera

O grito que não vem

E no silêncio um descanso

Que reflete a lua na madrugada

Um passeio azul

Ilha rasa

Uma fogueira pela madrugada

Esperando o amanhecer

Um luau de estrelas

Olhares na roda

A maresia desperta

O mistério da ilha do farol

Ilha rasa

No trem da vida

Num estalar de dedos

Faz piscar o olhar

Uma fila enorme

Na estação cada vagão

A paisagem passa correndo

Nos trilhos um caminho

De idas e voltas

No trem da vida

23 de nov. de 2015

Um pouco da noite

Já fiquei tão amarrotado

Que nem sei

Como eu era antes

De tão torto de tudo

Em mim caiu

O peso e desconforto

Sobrou um pouco

Pouco da noite

Em qual constelação se esconde o seu coração

Tem que esperar

Pra ver as estrelas

E ficar de olho

Pra descobrir

Em qual constelação

Se esconde o seu coração

No pulo do coração

No pulo do coração

Que nunca abandona

Dar luz e impulso

Conhece a escada

A espada e o sonho

Atravessam o desafio

Cadê o guarda chuva

A chuva desnuda

O que está seco

E o que é feito de açúcar

Não esquece

E pra não se molhar

Capa e galocha

Cadê o guarda chuva

Só mergulhando

Perfurar o poço

Saber onde

E como encontrar

Ir lá no fundo da terra

Quando a superficie

Tem ânsia

Só mergulhando

Dar sede essa saudade

O vento espalhou

Na calçada

Folhas esquecidas

No tempo

Iam fugindo

Pelas esquinas

Perdendo de vista

Também os galhos secos

Dar sede essa saudade

Faz muita falta

Faz muita falta

O sorriso do mar

As espumas das ondas

O espinho do ouriço inesquecível

O golfinho no Arpoador

Tinha um olhar

Um desafio e tanto

Faz muita falta

Cores no céu

Aquela pipa sobrevoava

Muito longe numa linha

Quase invisível

Era uma magia

Que encantava

Cores no céu

Ato de fé

Houve um tempo

Que a dúvida habitava

Criava raíz

Quase não se saía do lugar

E mudar era um ato de fé

Nem todas as pontes te salvam do abismo

A correnteza leva

Qualquer momento

Pra que venha outro

O filme não tem roteiro

E por mais que improvise

Nem todas as pontes

Te salvam do abismo

Despenco pelo dia

No olhar da manhã

Caindo uma chuva

Forte como lágrimas

Difícil sair da cama

Dou um jeito

Despenco pelo dia

22 de nov. de 2015

Cada olhar que você fez

Queria disfarçar

Não consegui

Delirei mesmo

Quase surtei

Em silêncio

Cada olhar

Que você fez

Esperando meu olhar

Numa sombra eu guardo

Tranquilo o coração

Sentindo o vento

Que arrepia a pele

E um livro solto

Pelo canto da casa

Esperando meu olhar

O por do sol no mar

O por do sol no mar

Tem outra viagem

Descansa bem

Qualquer pensamento

Encontra a maré

Namorando as ondas

Faz bem ao coração

Ninguém escapa

Do beijo bem dado

Nem do sorriso

Que invade

Faz bem

Ao coração

De cada encontro com você

Desenho o por do sol

Esperando o anoitecer

Ganho a saudade

Sem esquecer

A inspiração

De cada encontro com você

O sorvete derrete

O que tanto faz

Na diferença

Descobre o sentimento

Estica muito

Não complica

Vai até aonde

O sorvete derrete

Nas margens do rio

Dar um nó

Esfrega o som

Flutua bem

Despeja o prazer

Derrete a paciência

Sentimento satisfaz

Conhece a distância

Nas margens do rio

Seja além do espelho

Não existe

Momento certo

O agir habita

Cria o lugar

Faz o eco necessário

Pra que saia do reflexo

Seja além do espelho

Poeira inquietante de idéias no café da manhã

O teu brilho invade a janela

Liberta o nevoeiro

Vem devagar

Tateando a mente

Poeira inquietante

De idéias no café

Da manhã

O giz

De um terror único

O arranhar do giz

No quadro negro

Uma agonia ajuda

Tirando muitos suspiros

Um antagonista que virou passado

O giz

Minha auto crítica

Minha auto crítica

Nunca  me acolhe em paz

Me sinto estacionado

Num pensamento infinito

Esse cara é um vilão por excelência

Minha auto crítica

Curiosei

Tenho um interesse estranho

Talvez seja um hobby

Criando palavras diferentes

Onde não existiam pontes

Curiosei

Acreditei que as linhas criaram vidas

Fui buscar inspiração

Encontrei um lugar

Cheio de essencias

Experimentei o gosto

O gosto de escrever

Acreditei que as linhas

Criaram vidas

Na lenda da abobora

Na lenda da abobora

Nasce a carruagem

Que não ousa a madrugada

Namora o baile

Até a meia noite

Ganhando o olhar

Seria um passeio

Sem guia

No Improviso da emoção

A música emudece

O sentimento tranquiliza

Ganhando o olhar

É dura a vida de uma pluma

Tão leve

Não pousa nunca

O vento me leva

Longe e sem direção

É dura a vida

De uma pluma

O vira lata

Na lareira aquece

A lembrança de um olhar

Na lenha o estalar da madeira

Que distrai como pipoca

Se espalhando pelo tapete

O vira lata

No sorriso a emoção de um arco iris

Veio num barco

Uma pintura de luz

Nasce pintando o dia

Desenha sem compromisso

Passeia entre as nuvens

Vira arco iris

No espelho das águas

No sorriso a emoção

De um arco iris

21 de nov. de 2015

A paciência não cansa insiste na paz

De um delírio nasce

Tecendo a pele

Ganha a tatuagem

Que espalha

O suor e o momento

A paciência não cansa

Insiste na paz

Fiz força pra quebrar a noz

Fiz força

Pra quebrar a noz

Que resiste forte

Casca vigorosa

Só na marra

Sem gentileza

Tento buscar

Sem perder

O alimento da vida

Parecem formigas

Ergue firme

Assim é a ponte

Atravessa o vale

Dando a paisagem

O olhar do abismo

Lá embaixo

Parecem formigas

Cachorro perdido

Quem está por aí

Que não volta pra casa

Parece perdido

O que tanto busca

O cachorro perdido

Mordendo o próprio rabo

Encontros que dão fome

Seria capaz de comer

Uma torta inteira

Admirar a cereja

Combinar com recheio

Que tudo nunca

Foi um engano

Encontros que dão fome

De um lado para o outro

De um lado para o outro

Buscando a janela

Que não esconde a chuva

A cortina tenta

As  gostas não disfarçam

Mostram como lágrimas

Pelo vidro

Café com canela

O sentido acontece desaparece

Não esquece de levar as nuvens

Conhece o brilho e amanhece

Nem disfarça o sorriso

Que vem com o horizonte

Café com canela

Descobrindo a vida

Pra subir pelas paredes

Escalar montanhas

Vencer abismos

Só tem jeito

Tirar o peso

Sentir o balão

Perceber quem voa

Reconhece os pés

De mãos dadas

Descobrindo a vida

O desafio do encontro

É preferível

Aprender sempre

Mesmo que eu esperneie

Faça bico

E correr não adianta

O tempo esquece a pressa

Pra tenhamos momentos

O desafio do encontro

Quem sabe o pão com manteiga tenha a resposta

Bebo apressado

O café quente

Nem saboreio

O momento foge

Perco a paisagem

O sentimento

Quem sabe

O pão com manteiga

Tenha a resposta

O que desnuda

O que desnuda

Não esconde a roupa

Ganha a cor da pele

Outros olhares

Uma dedicação

Que exala o perfume

Por onde passa

Como uma semente no pensamento

Bem quieto o amanhecer

Me distrai com o silêncio

Esperando o bem te vi

Abrir o olhar

Como uma semente

No pensamento

Maresia no coração

É bom olhar o mar

Descobrir cada onda

Que a vida leva

Caminhos que mudam

O tempo todo

Ver que o sentimento

Cresce com a maré

Maresia no coração

20 de nov. de 2015

Uma folha no coração

Com sua leveza

Me fez chorar muito

Criar coragem

De vencer cada desafio

De ver com a grandeza

De um olhar pequeno

O que iria surgir

Bem mais adiante

Uma folha no coração

Te ver nascer

Esculpir

Talhar forte

Na madeira

Descobrir

O que não tem nome

Nem forma ainda

Assim aos poucos

Te ver nascer

Porque amo bagunçar a vida

Eu sou minha própria música

Faço o meu próprio barulho

Pertubo pra valer

Tudo que está em paz

Aqui dentro de mim

Sim reclamo

Porque amo

Bagunçar a vida

Pensamento aquatico

Pensamento aquatico

Me leva pra longe

Deixa o submerso

Do que restou

Sem se afogar

Saindo do mergulho

Abismos do coração

O louco entra em cena

Quando a sede aperta

O pouco não sacia

A língua seca

Não abandona

O louco entra

Entra cena

19 de nov. de 2015

Dia da bandeira

A bandeira não perde a importância

O símbolo carrega o sentimento

Que permite guiar

Dando sentido

Hasteada voa

No coração dos times

Que levam no coração

Sonhando com uma pátria

Ninguém brilha sem amor

O amor não espera

Atravessa em cheio

Descobre qualquer

Esconderijo

Ninguém brilha

Sem amor

Chover no molhado

Chover no molhado

Descreve bem

Acolhe sem dar colo

Redundância implícita

Como também

Enxugar gelo

Deve ter alguma lição

A alegria continua

Confundi desapego

Com parar de respirar

Deixando o sério

Lubridiar o palhaço

No amasso da vida

O coração grita

A alegria continua

Onde ficou aquela onda do mar

Talvez não esteja

Sentindo nada

O significado tem nome

Estou com muita saudade

De encontrar novamente

Onde ficou aquela onda do mar

18 de nov. de 2015

Vivendo a inspiração

Pense nisso

Não demore muito

O tempo urge

Apressa o sentimento

Além do mais

O sonho só nasce

Vivendo a inspiração

Tempestade num copo d'agua

O clima tenso

Mede o medo

Que atinge

Dilacerado momento

Sentimento frágil

Talvez ilusão

Tempestade num copo d'agua

Concha do meu olhar

Jogo a concha

Que quica

Entre as ondas

Afunda sem fôlego

E outra concha vai

Tentar o mesmo caminho

Dando novas surpresas

Concha do meu olhar

Dentro do mar

Dentro do mar

A vista da terra

Um conforto surreal

Quanto mais se afasta

Sentimos falta

Do que a principio

Pudesse ser visto

O silêncio não cala nunca

Quem muito descansa

Tem algo guardado

Demais ou não sabe

Usar porque não ver

Que é capaz

O silêncio não cala nunca

17 de nov. de 2015

Não podia resistir

Como sabia

Quando ia

Longe demais

Simplesmente

Não sabia

Até ser

Tarde demais

Não podia resistir

Eu era apenas um peixe

Não parecia uma pescaria

Fisgavamos vidas

Antes afogadas

Em iscas de ilusões

O anzol não tinha idéia

Nem sabia que a maré

Era o tempo necessário

Eu era apenas um peixe



Acho que entrei no clima

Quando a gente diz

Entrei no clima

Quer dizer que

Estava aonde mesmo

Comeu o entusiasmo

E agora mudou o cardapio

Outra sintonia talvez

Acho que entrei no clima

Cura sem ver a cura

Não seria nada demais

Se desprender um pouco

Sentir o corpo voar

Perceber que o silêncio

Cura sem ver a cura

16 de nov. de 2015

A onça

O desespero e a agonia

Não estão longe

De tocaia aguardando

Pra dar o bote

No desfiladeiro a onça

Esperando o momento

Saindo do casulo

A palavra grita

Ganha o significado

Apaixona o silêncio

Que sai do lugar

Vai de encontro

Saindo do casulo

Momento frio na barriga

Momento frio na barriga

Medo extremo

Desafio mesmo

De superar

E de algum jeito

Vem o agir

Respira fundo

É a vez

Pedindo bis em qualquer canção

Uma pessoa falando sozinha

Resolve muitas coisas

Privilégio de poucos

Um troféu de asas

Que libertam

Pedindo bis

Em qualquer canção

O que vale a pena

Existe outro lugar

Melhor do que está

De bem com você

De atravessar cada dia

E sentir que a noite

Dar o descanso

O que vale a pena

Clareia um pouco de você

A ponte traz mudança

Favoravel a nuvem passa

Segue o vento

O sentimento reflete

E entre as arvores

Bom te ouvir

Clareia um pouco de você

Foi por te buscar

Foi por te buscar

Que encontrei a flor

Por mais ingenuo

Que fosse a palavra

Abri o sorriso

Que afastou a tristeza

De um dia nublado

Beirando a loucura

Beirando a loucura

Exploro o abismo

Insisto na ânsia

Um beijo no vazio

Cria um eco

Que espero

Que retorne ao coração

Abandona quem precisa apenas de um olhar

Fala-se  muito

De um conteudo

Fraco e pobre

De idéias simples

O complexo fascina

Deixa o mistério no ar

Abandona quem precisa

Apenas de um olhar

No Improviso das emoções

No Improviso das emoções

Vem a aula

Roteiro completo

Rasgando a palestra

O que parecia duro

Ganha a flexibilidade

Para aprender com amor

Queimou na largada

Queimou na largada

Perdeu a emoção

Esqueceu de acreditar

Que o desejo é a estrela

Deu tudo

Pensando na troca

Virou saco vazio

O abrir da vida

Num consentimento único

O que agrada o coração

Dando o abraço

Que acolhe

Com descanso

O abrir da vida

O pensamento saía do chão

Tinha um passo leve

Andar elegante

Na orla uma garça

Enebriava os sentidos

Balançava o sorriso

O pensamento saía do chão

Nuances de um olhar

Nuances de um olhar

Sorrateiro e sedutor

Namorando os detalhes

Caixinha de surpresas

Só tem valor

Quando o coração pede

Vamos ver o sol nascer

Vamos ver o sol nascer

Regando o bonsai

Folhas abertas

Um passeio na casa

Entre a janela e a porta

Vou vislumbrando a poesia

O cais parece longe

A dúvida permeia

Toma conta

Dar o sinal

Que sem colorir

O preto e branco

Esquece o leme

O cais parece longe

15 de nov. de 2015

Uma faísca de felicidade

Numa trajetória

Colidindo com as estrelas

Uma fusão

Reflexões no chá

Conquistando em segundos

Uma faísca de felicidade

Na poesia e sentimento

Só acreditar

Não basta

Ter fé é pouco

Esquecendo o simples

Escrevo o impossível

O surreal pensamento

Que brota no paradoxo

Na poesia e sentimento

Na ilha tem um coqueiro

E se ele não sabe

O que faz

Do carvão ao diamante

Distante passeio

Que habita no sonho

O tesouro cava sozinho

Na ilha tem um coqueiro

Amoroso olhar

Aquilo que lhe falta

É o que mais dói

Nada quebrado

Pedaço sem encaixe

Quebra cabeça

Amoroso olhar

14 de nov. de 2015

Que nada mais é que você no meu olhar

Quero chorar

Aprender o que vem

Nadar sem se afogar

Lágrimas livres

Pra poder soltar

Lembrar o beijo

Que nada mais é

Que você no meu olhar

Quero me despedir

Quero me despedir

Sentir a pipoca

Estalar na panela

Explodir e saborear

Amanteigando o coração

Levando a saudade

Quero me despedir

De viver bem o que o momento pede

Fiz de você

Uma estátua

Talhado no coração

Um sentimento doce

Que embala o calor

De viver bem

O que o momento pede

Perdi o disfarce

Perdi o disfarce

Ganhei o beijo

Olhos amendoados

Cabelos cacheados

Pele morena

Vem de tão longe

De um horizonte

Perdi o disfarce

Era um namoro que seguia a maré

Caminhar a noite

Sentir a orla

Maresia

Detalhes das ondas

A areia molhada

Era um namoro

Que seguia a maré

Um perfume bem seu

Nas estrelas descubro

Um véu infinito

Que desembaraça

Nebulosa visão

Na falta de um abraço

O tato aumenta

Chegando nos olhos

Um perfume bem seu

No bar da vida

Sinto as pessoas escondidas

Dentro de si

Um baú de tão enferrujado

De tantas desculpas

Que pra sair

Só saem quando enchem

Enchem pra valer a cara

No bar da vida


Um pequeno gigante

Até hoje impossível

De se esconder

Nem na sala de aula

Ponto de referência

Me sinto uma torre

Jogador de basquete

Três pontas na cesta

Agraciou assim a vida

Um pequeno gigante

Pelo que já passei faria muitos livros

Pelo que já passei

Faria muitos livros

Meu amor era outro

Revista em quadrinho

Hoje essa poesia

Me dar o afago

Do coração que espreme

De prazer a inspiração

Montanha russa

Entre um abismo e outro

Existem muitos vales

De alguns não quero sair

E tem aqueles

Que a saudade

Passou longe

Montanha russa

Bola de gude

Bola de gude

Tinha o charme

Lembra sinuca

Onde o taco

Era o dedo

Nunca aprendi

Tenho trauma

Perdia sempre

Do que se assusta o soluço

É de costume

Assustar o soluço

Nunca entendi

Deve ter uma lenda

Que saiba

Do que se assusta

O soluço

Esqueci de olhar a panela queimou

Esqueci de olhar

A panela queimou

Churrasco nasceu

Passou do ponto

Será dar pra comer

Sem sentir o gosto

Direi que é uma nova receita

A mordida do papagaio

Lembro como hoje

A mordida do papagaio

Ria sem parar

Meu dedo tem

A cicatriz que atravessa

O tempo da semente

Semente de girassol

Comia muito

Gravata borboleta

Gravata borboleta

Sempre admirei

Esconde o pescoço

Entre o esportivo

E o clássico

Faz um bom

Meio de campo

Quem inventou

Devia temer

O nó da gravata

Dor de barriga

Tudo que como

Quer sair logo

Tremenda dor

Dor de barriga

Suor frio

Dar um desespero

Quem tem

Sai correndo

O travesseiro não tem lugar briga comigo

Fico me contorcendo

Entre uma soneca

E outra

Resisto a agitação

Peço descanso

O corpo não se acomoda

O travesseiro não tem lugar

Briga comigo

Bicho papão

Como um fantasma

Atravesso paredes

Carrego correntes

Assusto sempre

Entre a dimensão

Do medo no escuro

Bicho papão

Quero brincar

Quero brincar

Mais ficou sério

Futebol de botão

Bola de meia

Amarelinha e queimado

Correr até cansar

Quero brincar

Lagoa

Essa lagoa me encanta

O vento desliza em suas águas

Escolas de remo e ciclovia

Escoa no Jardim de Alah

Encontrando o mar

Ipanema e Leblon

Rodeia Humaitá

Gavea aos pés

Do Cristo Redentor

Lagoa

Quanto mais demorar a vida ganha mais graça

Essa maratona

Não cansa os pés

Que pedem mais

Explora mesmo

Cada pegada

Quanto mais demorar

A vida ganha mais graça

O que não falo vem na música

É bom te ver cantar

Mergulhar na melodia

Aproximar o coração

O que não falo

Vem na música

O silêncio não te apagou

Tem nada a ver guardar

É um sonho assim

Veste o jardim

De girassol

E rodeia a casa

Dar o colorido

Que o coração pede

O silêncio não te apagou

Minha princesa

Minha princesa

Faz um carnaval

Rasga a fantasia

Destrona o reino

Que não tem nada

Nada de simples

Sem complicar

Perde a graça

Sem discurso

Sem discurso

As palavras beijam

O silêncio diferente

Ganha a palavra

No olhar que sorrir

Sem discurso

Que não vejo que sou

Tem muita coisa

Que me causa dor

E nem assim

Desisto do prazer

De saber

Que tudo faz parte

Do grão de areia

Que não vejo que sou

O gosto se agita sempre

Nada é tão calmo

Até que venha

A provocação do desafio

Amargo ou doce

Tanto faz

O gosto se agita sempre

Nas águas claras do coração

As margens de um rio

Descobri a correnteza

Que tudo leva

Muda por onde passa

A natureza fala

Nas águas claras

Do coração

Um olhar no infinito

Nunca é tarde

Pra se Libertar

Trazer de volta

Fazer surgir

O que clareia

E mesmo esses

Que ainda ignoram

Não podem calar

Um olhar no infinito

13 de nov. de 2015

O que antes era um rio virou mar

Vou desembrulhando

Escolhendo o vento

Que possa me fazer

O favor de desenhar

E assim acompanhar

O que antes era um rio

E virou mar

Um momento com você

Queria ser a semente

Que faz brotar

Num desejo um sorriso

Na memoria a nuvem

Tem o formato

Que desfaz

Varrendo as folhas

De outra estação

É o que peço

Um momento com você

Preto e branco

Desnuda o cenário

Preto e branco

Outra arte

Ninguém apagou a luz

A cor está ali

No sentimento

Que apura

Na cor do coração

Preto e branco

Acordei com a absurda vontade

O absurdo está

Onde menos esperamos

Não foge

Vai ao encontro

Encarando o momento

O absurdo compra a briga

Despreza a imaginação

Acordei com a absurda vontade

Goiabeira

Tem sabor de fruta

Esse beijo

Que não se cansa

Esqueci guardado

Como pode

Era um caminho

De galho em galho

De muita coragem

Aquela goiabeira

No escurinho do cinema

Era uma fantasia

Teatro vivo

Sem pessoas

No palco

Uma luz mágica

Criava vida

A platéia delirava

Principalmente os casais

No escurinho do cinema

Me jogo no espaço

Me jogo no espaço

Vale perdido

Doces pensamentos

Alguns me enganam

Ficam salgados

Perco as asas

E o horizonte abocanha

Meu coração sempre

Me permito

Sentimento proibido

Pura plenitude

É um atravessar especial

Que contemplo

Sereno e agitado

Da cabana um lago

Da praia a montanha

Não são os lugares

Sou eu que ouso

Colorir intensamente

O que sinto

Tem o pra sempre

Amo viver assim

Pura plenitude

O velho e o mar

De tão natural

Te abracei

Criei ilusões

E muita coisa

Aconteceu

Me preocupei

Como criança

Aprendi o sorriso

Ainda vou ser

E pintarei de verdade

O caminho que fiz

O velho e o mar

O quanto o olhar precisa descobrir

Há muito

O que se ver

Não tinha idéia

Que de onde estava

Nem podia saber

O quanto o olhar

Precisa descobrir

12 de nov. de 2015

Prato fundo

Prato fundo

Desperta a fome

Dar água na boca

Longe ainda

Feijoada e mocotó

Suculenta sobremesa

A vontade não sai

Tô com pena

De comer devagar

Quero acordar

Quero acordar

Sair da cama

Missão quase impossível

Necessária mesmo

Ainda invento um jeito

De levantar

Exercitando os olhos

11 de nov. de 2015

Cavaquinho seduz

Aquele samba

Não sai

Invade muito

Tamborim menino

Surdo no equilíbrio

Mais que um amor

Cavaquinho seduz

É bom voltar

Os olhos nas nuvens

Pedindo descanso

Nas estrelas um sorriso

O leão abranda

Um outro lugar

O sino da igreja

É bom voltar

Numa gota de orvalho

Numa gota de orvalho

Nasce o beijo

Delírios de uma janela

O que mudou

Está além

De cada sentimento

Numa gota de orvalho

Quem dar a luz aprende o coração

O mago ver as trevas

Estrela e o cálice

Nas mãos a chama

O capuz não esconde

Guarda o caminho

Quem dar a luz

Aprende o coração

Vôo livre

O que não calou jamais

Ganha um eco absurdo

Assola a paixão

Asas especiais

Abismo sem paraquedas

Vôo livre

Tem marcado seu nome

Te ouvir

Num tom baixo

Arranca mesmo

Pedaços de muitos

Lugares e uma névoa

Que aquela árvore

Tem marcado seu nome

Aprendendo com o olhar

É bom despencar

Deixar o coração

Bater até ao chão

Se arrastando

Eu te reconheço

Aprendendo com olhar

Até quem sabe morra de saudade

Você faz de propósito

Ironiza esculacha

Joga fora

Me poe no lixo

Diz cada coisa

Que eu pensava

Nem existir

Até quem sabe

Morra de saudade

O outro deixa de ser o outro

Numa constelação

As estrelas não se separam

Acreditam que cada um

Pode brilhar sem ofuscar

O outro deixa de ser o outro

Os melhores momentos

Quando o amor nos faz próximos

Atinge um grau de luz maior

Parece congelar de verdade

Num lugar bem guardado

Que pulsa com vontade

Porque é daí

Que nasce

Os melhores momentos

Um livro aberto

Um livro aberto

Tem disso

Não se assombra

Nem surpreende

A personagem passeia

Ganha coração

Desfila sem ilusão

Que as páginas são

O caminho e destino

Foi ainda a pouco

Foi ainda a pouco

Forte no olhar

O sentimento

Eclipse natural

Quando sol e lua

Ignoram o tempo

Num único fôlego

Derrama a vez

Foi ainda a pouco

10 de nov. de 2015

O garçom sorrir

Você ecoa forte

Despertando desejos

Nem sei o que dizer

O talher e os pratos

Voam pela mesa

A cadeira desaparece

O garçom sorrir

Agradecendo a lagarta

O que vou sendo

Se desprende

Crescimento

Semente de luz

Nada demais

Tecendo a vida

A borboleta acena

Agradecendo a lagarta

A esperança é a essência

A esperança é a essência

Natural e exala forte

Por onde passa

Deixa o brilho

Faz presença

O que antes era

Virou milagre

A esperança é a essência

Meu coração explode assim

Meu coração explode assim

No delírio desse saxofone

Que insiste no sentimento

Dilacerado da emoção

Enxugando gelo

Pra de novo

E de novo

Voltar com mais

Muito mais saudade

9 de nov. de 2015

Nada como um dia de fúria

Não tenho o quilate do teu olhar

Nem o sabor do teu beijo

Quem dera ser o ritmo de sua respiração

Como iria aprender a gentileza

Desse tão dourado coração

E em suas tempestade

Desprender muita paciência

Nada como um dia de fúria

Que tudo está em seu lugar

Pernas bambas

De tantas peripécias

Olhar desgovernado

Lábios que falam

Sem emitir

Um único som

Qualquer sinal

Não é mera coincidência

Que tudo está

Em seu lugar

8 de nov. de 2015

Seria bom

Seria bom

Ter nas mãos

O calor do sol

O banho do mar

E sentir no olhar

No olhar do vento

Disparando o coração

Alimentar a vida

Seria bom

Gostaria de ser artificial

Gostaria de ser artificial

Perder o suco

Não ser real

Acordar do sonho

Fazer o filme ter

Outro começo

Desaprender os vícios

E dessa vez acreditar

De verdade nos hábitos

Gostaria de ser artificial

Nasceu o silêncio

Um estrago e tanto

Esquecer a fantasia

Lembrar que ficou

Sem graça

Durante tanto tempo

E nem assim

A luz se apagou

E no que calou

Nasceu o silêncio

Talvez seja o próximo

Gostaria de ser próximo

Mas, nem de mim mesmo

Eu sou

É um tão distante

Aqui dentro

Que me perco

Querendo encontrar a saída

Ou seria a entrada

Talvez seja o próximo

Um banco no tempo

Eu devo muito

Não sei como pagar

O que usei

E deixei pra lá

O resto que ainda tenho

Não esquece

Que assim que terminar

Preciso devolver

Um banco no tempo

Guarda o sentimento como pano de chão

É profundo o olhar

Que não deixa pra trás

Nem dar alarme

Um quieto abandono

Guarda o sentimento

Como pano de chão

O universo com um abraço

Eu vou pensar

Libertar a idéia

Espremer bem

Até sair

Um caldo de esperança

Enquanto não vem

Arrisco o desejo

De encarar

O universo com um abraço