Gosto se discute sempre

O atalho é um detalhe
Detalhe retalho
Alho hálito
Que não disfarça
Mostra pra que veio
Feio o chulé
Chaminé fumaça
No nariz
Tem quem gosta
Gosto se discute
Sempre

Esse amor pra você

Eu me liberto
Na poesia do teu olhar
Belisco cada saudade
Amanso num beijo
O horizonte com um afago
Abraço sorriso desejo
Música no ar transpira
Na pele um suor aquecido
Na sede insaciável coragem
De querer conhecer
Teu mergulho louco
Pouco rouco estou
De tanto gritar
Esse amor pra você

O amor e suas pegadas

Quando tropecei
Achei o óbvio
Perdi o pavio
Dei e provei
O sabor amargo
Largo precipício
Esnobei a ponte
As pedras não falam
Calam dando o silêncio
O amor e suas pegadas

Estátua poesia

Da pureza de uma estátua
Ganhei descobri o respeito
Jeito imóvel da árvore
Através das folhas
Acariciadas ao vento
Praticamente um namoro
Uma sábia união
Que estive longe
De observar amar
Através dos anos

Dedo melado

Dedo melado
Do bolo
Escondido
Lambida
Na língua
Tem melhor
Sabor
Nos bastidores
Nasce
Muito do que
O sentimento
Não traduz
Em palavras
Dedo melado

Frágil sentimento

Frágil sentimento
Que muitas vezes
Vai ao chão
Cria raíz
E pra se desprender
Depois do que
Não precisa mais
São fases
Estações luas
Que passam
Com amor
Saiba sempre
O coração

Momento de amor criança

Do que se trata
Desde de quando
As nuvens escondem
Os raios de sol
Nada mudou
Largue as diferenças
Se olha o horizonte
Sem perceber
Que precisa
Caminhar
Sem pressa
Do brinquedo
Perdido
A criança
Sorri
Apenas
Pelo momento
De amor
E você?

Sabor da vida

De tantos sentimentos
Ovos mexidos
Liquidificador
Pedindo
Misture
Sempre
Não deixe
O sabor
Da vida
Fugir
De você

Só a vida dirá

Já tive certezas
Que me deram
Vários apertos
No coração
Tempestades
Em copo d'água
Era um sonho
Perto do pesadelo
Novelos de pensamentos
O tricô é uma arte
De onde a linha
Com curvas e nós
Fazem um caminho
Repleto de beleza
No que vai dar
Só a vida dirá

Ser com amor

Que a explosão
Não seja leve
Faça voar a paz
Por todos os cantos
Do planeta azul
Que o sonho desperte
Descubra nas nuvens
Por onde se esconde
Se permita ser
Com amor

Nova estação

De tudo tem
Um jeito
De descobrir
O que leva
A lenda
Por gerações
Não se dilui
A pedra rodeia
Deixando marcas
Erosão de outros
Outros tempos
Quando os corações
Se encontram
O passageiro
Do tempo sorri
Benvindos
Somos mais
Uma nova
Estação

Longe demais

Longe demais
É um navio
Que não conhece
A âncora e namora
Sem permitir
Que as margens
Virem sentimentos
Uma bússola
Sem dono

Faço drama

Faço drama
Quando sou
Contrariado
Despejo o desejo
Pela pia da desilusão
Cujo ralo não tem gosto
Desgosto no coração
Parto do princípio
Pra que ser simples
Se posso complicar
Faço drama

Inesquecível pra mim

Perdi uma proposta
Apostei no incerto
Destino no sopro
Suave do vento
Estendo as mãos
E aprecio o carinho
Ninho de cada gesto
Arremesso sim
O coração sabe
O quanto sinto
Falta de você
A lenda do inesquecível
Pra mim pra mim

Lápis de cor poesia

O que seria
Não especial
Na vida
A chegada
E a partida
Tem valores
Que nunca
Saem do coração
Mergulhos e praias
Ilhas pedaços
De vários caminhos
Pegadas ao vento
Como não colorir
A vida com tantas cores
Qual a cor do teu
Lápis de cor

Desculpas poesia

Quem pediu desculpas
Guardou o motivo
Lição que alavanca
A vida dando desafios
As repetições são laços
Que vão mudando
Degraus e olhares
Que pedem ao coração
E o dia só sorrir
Pra cada um
Se souber
O que a chuva
Ou sol tem
De melhor
Pra você

Compositor poesia

Pelo prazer de tocar
Ver o dedo sentir
Vibrar na voz
Vontade única
Conseguir junto
Uma música
Que une
Amor
Amizade
O som traduz
A poesia
A letra
Que vem
Na lágrima
Nasce
O compositor

Fome de você

Se deixou longe
Virou outro
Encontro tronco
Onde rabisquei
Um coração
Pensei na raíz
Como arrancar
Tantas ervas
Daninhas
Parece capim
Cresce rápido
Que nem
A fome
Que tenho
De você

Arco íris no coração

Procurei esconder o defeito
O efeito não foi nada bom
Assustei a tristeza
Ganhei o inesperado sorriso
Olhei pras nuvens
Dediquei a chuva
Que passou  correndo
Um beijo cheio
De arco íris
No coração

Saudade quieta

Passei tão perto
Senti o perfume
Deslizar no dedo
Um arrepio na pele
Feito de um susto
Com muito custo
Guardei a timidez
Desse abraço nasceu
Cresceu a flor
Calor que deu
Ninguém tem idéia
De como deixar
A saudade quieta

Sonhar poesia idade

Não tenho visto
O dia chorar
Alagar
De lembranças
Na janela
Escorrida
Imaginava
Uma cachoeira
Quando criança
Fertil era
O que mais
Me deixava
Feliz
Quem disse
Que sonhar
Tem idade

Tempero legal

Dar um tempero legal
O sabor da saudade
Um passeio doce
Que vai até
O salgado olhar
Preciso de uma colher
De pau pra mexer
O caldeirão da vida
Sinto que vamos
Borbulhar de prazer
No horizonte
O sol se desprendendo
Anunciando um sorriso
Impossível não amar
Essa obra prima

Disfarce poesia

Pego teu disfarce
Quem sabe
Fique com o véu
De estrelas
Seja a cereja
Bem que tento
Saber o sabor
De cada beijo
Que esconde
No teu sorriso
Um recheio certo
Como não mandar
Embora a solidão
Espero que cresça

Foi um vento

Foi um vento
Que bateu
Me chamou
Pra você
Passarinho
Verde
Que não sai
Do galho
Esquece
Que precisa
Voar
Olhar
Com
O amor
O que antes
Era teu ninho

De tua voz poesia

De tua voz
Ficou
A memória
Que atinge
Tinge
O coração
De cores
Sentimentos
Aquarela
Que não se ver
Quando o céu
Chora
Agradeço
O teu amor
Por me lembrar
Que não preciso
Ser árido
Com a vida

Ponte poesia

Não largue
O teu melhor
Por aí
Perca
O medo
De crescer
Atravesse
A ponte
Onde
Estou
É bem
Perto
Do que chama
De coração

Quem devora quem

Chega mais perto
Quero dançar
Pra valer
Bater forte
O que cada
Curva pedir
Beijar o precipício
Que faz delirar
Teu doce coração
Quem devora quem

Tenda da vida

Não sei
Se me esqueci
No tempo
Um sentimento
De mudança
De estações
Qual rádio
Tua música
Sintonizar
Deixar
Em paz
Faz tempo
Entro
Em parafuso
Sem chave
De fenda
Abrindo
A tenda
Da vida

Inverno poesia

De todas as vezes
Vi tuas folhas
Mudarem de cor
Mostrar a estação
Tonalidades fortes
Espalhando um ar
De mudança sincera
O clima fazendo
A passagem
Da paisagem
Sempre em movimento
Tem um olhar atento
Que busca no frio
Um calor no coração
Eu me chamo inverno

Nobre no amor

É numa guerra
De interesses
Que me encontro
Dar até medo
Ao mais corajoso
Dos furacões
Afoito coração
Sabe subir
Como ninguém
Fazer subir
O sentimento
Nobre
No Amor

Beijo na solidão

Desculpe
Se não dou
Espaço
O que guardo
Não está
Na poesia
Quem sente
Sabe o que
Diz
Muito
Um beijo
Na solidão

Calor humano poesia

Despir o sorriso
Abrir a cortina
Perceber
Que existe
A emoção
Em ondas
De vários
Sentimentos
Uns chamam
De calor humano
Ouso acreditar
Que seja
Essa luz
Um pouco
De amor
Vindo
Clarear
O teu dia

Quebra cabeça poesia

Não sei
O que faltou
Talvez faça
Sentido
Pedaço
De algum
Quebra cabeça
Que não se encaixa
E tenha que simplesmente
Arrumar outra gaveta
Escondida no sentimento
Tesouro que não escondo
Nunca de você

Viagem de pele

Cravos espinhas
Nas costas
Um carinho
Arrepio
De prazer
Onde não
Se alcança
Quem pede
Pra dar
Uma mão
Nunca esquece
De pedir mais
Outra vez
Viagem de pele

Calos e poesia

De cada redemoinho
Um mergulho preciso
Ir até o fundo sentimento
Viver a tona superfície
Me despir do que não cabe
Mais no olhar voraz traz
Uma imensa saudade
De que tudo poderia
Voltar outra vez
Tenho nas mãos
Os teus calos

Amar as marés

De qual sonho
Que tanto fala
E não alcanço
Nem assim
Me canso
Do teu olhar
Admiro muito
Como sabe
Amar as marés

Tão diferentes

Não tenho problemas
Com suas escolhas
Idéias
Amizades
Cores
Sentimentos
Sabores
Desejos
Impulsos
Preguiças
Explosões
Só não
Me faça
Acreditar
Que deixou
De pensar
Que amar
Por sermos
Tão diferentes
Não vale a pena

Tão bem no coração

É no roçar
Da pele
Que vem
No vento
Nas mãos
Nuas
Não tem
Como agarrar
O que voa
Tão bem
No coração

Vida amor semente

De muitos traços contornos
Soube desenhar no calor
De cada sentimento um mar
Dando de presente uma lua
Pra namorar um desejo
De outros tempos mundo
Vida amor semente

O teu sozinho

Qualquer que seja o muro
Como não querer saber ver
O que tem de escondido
Na tua pele nua curiosidade
Verdade vestida de tantas
Roupas ilusões carências
De tantos olhares na multidão
Encontrei o teu sozinho

Fujo muito de você

O que não devoro
Engulo mastigo
Ruminando
A saudade
Que não sai
Desmancha
No suor
Quando corro
Fujo muito
De você

Ninguém desliga a vida

A porta nem existe mais
Quem está por trás
Traz a cortina
Desvenda o beijo
Que vem
Não passa
Nem adianta
Enxugar gelo
Como não voltar
Sempre um novo
Sorriso pra te lembrar
Ninguém desliga
A vida

Menina dos olhos

Nas meninas dos olhos
Está essência do dia
Uma janela de horizontes
Erguendo as nuvens claras
Anunciam o caminho
Após as lágrimas
Vem o sorriso
Descobri você

Escolhas na vida

É tão solto
Que não percebo
A jaula que crio
Cio da terra
Semente molhada
De muitas chuvas
De outras colheitas
Escolhas na vida

Sereia poesia

Só pra estender a mão
Precisei encontrar o mergulho
Reconhecer a superfície
E olhar que as margens
Não seguram a correnteza
Que sou quando saio
Da ilusão das ondas
Nem sempre a sereia
Sabe onde me encontrar

Dançar com você

Nos escombros da emoção
Ressurge a chama escondida
Dando a trilha sonora
Que surge sempre
Quando imaginamos
Que amamos
Não é coincidência
Quando peço
Pra dançar
Com você

Partindo pra vida

Se importa
Se eu dormir
Ficar de lado
Esperar outro
Dia chegar
Economizar
A emoção
Desligando
O celular
Partindo
Pra vida
Perceber
Que amo
Teu olhar

Como não te namorar

Como não apreciar
Teu desfile de olhares
Jeito derramado
De espantar
Os mais tímidos
Ninguém conhece
O poder que tem
Quando sobe
No palco
Como não
Te namorar

Liquidificador de heróis

Soltei as plumas
Olhei pensando
Num balão
De pensamentos
Revista em quadrinhos
Viagem insólita
O próximo capítulo
Era uma tortura
De prazer
Imensurável
Liqüidificador
De heróis 

Pedaços de amor

Tive todos os medos
Pra que soubesse
Que sou frágil
Como cristal
Que se despedaça
A toa na mesa
Da gratidão
Namoro muito
O que chamam
De detalhes
Eu chamo
Pedaços
De amor

Beijo forte no vento

O que tanto me pede
Que faz o coração
Abrir como raio
De sol despertando
As nuvens num tom
De luz clara
Dando um beijo
Forte no vento

Sonho tesouro escondido

O sonho é um tesouro escondido
Que deve ser guardado
Por sete chaves
E pra que não se perca
Só se abre quando
A vontade amadurece
Sendo a própria realização
De cada fruto pela vida

Chamei você

Do que tanto precisava
Veio na forma de um amigo
Dando o cuidado
Sem  meias palavras
Indo fundo e direto
Na ferida dolorida
O sentimento sabe
Que pra melhorar
Chamei você

Não há escolha errada

Não há escolha errada
O aprender é feito de nuances
Pra se vestir conseguir o gosto
Apurado a vida ajuda quem segue
O fluxo natural assim que acorda
Da ilusão conforto que atrai
Os que confundem prazer com dor
O amor liberta quem escolhe
Não há escolha errada

Cereja com música e poesia

Quando toco
Sinto algo
Se libertar
Ir além
Do corpo
Do que sou
E estou
Transcende
Transborda
Se fosse uma torta
Diria que a música
É a cereja que amo
Sempre no coração

Fora da estação

A luz atravessa
Acompanha
O sentimento
Mistério
Da fé
Eleva
O caminho
Mostra
Que o desafio
Nada mais é
Um pedido
De amor
Que a vida
Nos dá
Pra que
Aprendamos
A crescer
Sem a pressa
De frutos
Fora da estação

Contador de estórias

A narrativa é lenta
Explora a paciência
O contador de estórias
Jogando pedras
No lago
Patinando vai
O pensamento
Dando lugar
Existem
Outros olhares
Que insistem
Em amar

Dentro de mim

Como me adaptar
Se não vejo
O encaixe
No quebra cabeça
Quem sabe
Olhando os pés
Descubra
Tuas pegadas
Que ficaram
Dentro de mim

O que chamei de amor

Venho de tantos lugares
Não me importo de falar
Vazio ficou o coração
Acreditei na curva do vento
E no horizonte imaginei
Que não era de areia
Nas dunas perdi
As pegadas claras
Ficaram na memória
Saudade ferida
Nunca cicatrizou
O que chamei
De amor

Farol do amor

Sabe
quando tem
muita coisa
pra chatear
e tenho você
pra sorrir
como num farol
cheio de nevoeiro
que dissipa 
quando encontra
teu coração

Depois de tudo

Já plantei
Bananeira
Do sangue
Subir
Além
Da cabeça
Voei sem asas
Em ondas
Absurdas
De quebrar
O medo
Só faltou
Mesmo
Descobrir
Onde o amor
Se escondeu
Depois de tudo

Pão com manteiga

É estranho
Me sentir
Assim
Vaso sem flores
Copo vazio
Onde foi
Parar
O café
Das manhãs
Ensolaradas
Um esquecido
Aquecido
No tempo
Pão com manteiga
Derretendo
O coração
De saudade

Cinema na poesia

Nem sempre enlouqueço
E o temperamento momento
De desejar que passe logo
Essa sensação feito filme
Sem final deixando o segredo
Escapar através da tela
Ilude demais a platéia
Faz a pipoca cair da boca
Tipo só isso
Cadê o resto
Ninguém contou
Que sabor tem
O cinema na poesia

Paciência das pedras

Me diga
O tempo
A estação
Pra que possa
Amadurecer
Em paz
Trocar
A paciência
Das pedras
Quando encontram
A erosão em silêncio
A travessia nem sempre
É feita de pontes

Respirar com amor

Não  faço perguntas
Quando não quero
Saber as respostas
De uma forma
Ou de outra
Tem dado certo
Não costurar
Tanto a vida
Com linhas
Estranhas
Onde o sentimento
Só precisa aprender
A respirar com amor

Ver na vida

Vem cá
Faz um carinho
Não deixe
A fogueira
Se apagar
O que a chuva
Molhou levou
Os dias
Refletem
Muito mais
Do que consegue
Ver na vida

Sorrir pra você

Quero reagir
Preso sem cordas
Nem grades
Como pode
Ser isso
Tão real
E parecer
Um sonho
Constante
Que só acordo
Quando consigo
Sorrir muito
Sorrir pra você

Sorrir pra você

Quero reagir
Preso sem cordas
Nem grades
Como pode
Ser isso
Tão real
E parecer
Um sonho
Constante
Que só acordo
Quando consigo
Sorrir muito
Sorrir pra você

Somos saudades

Que era seu
O meu olhar
De menino
Olhando
As estrelas
E foi
No brilho
Da lua
O primeiro
Beijo
Aconteceu
Nunca mais
Voltei
Eu sei
Somos
Saudades

Beijo da saudade

Só eu sei
Esse imã
Forte no coração
Não tem como ficar
Longe do inevitável
Tô nem aí
Pra que lado
Mesmo foi
O beijo da saudade

Somos mais

Venho querendo
Abrir minhas asas
Encarar que existe
Vida fora do ninho
Ainda preciso
De suas mãos
Firmes pra guiar
E ir além da paixão
Somos mais

Borracha da vida

Nada disso
Tem valor
Quando
A borracha
Da vida
Diz
Siga
Em frente
O que não
Se apaga
Muda
De forma
De se ver
Ser
Com
Gratidão

Tem nome de borboleta

Notável tamanho
Parece um saci
Querem derrubar
Tua fúria amorosa
De viver
Assusta qualquer
Que seja a sombra
Pode está cansada
Nem assim irão
Lhe tirar
O direito
De amar
Cada vez mais
O desafio
Da inspiração
De ver com amor
O que ninguém quer
A mentira teme
O que és
Tem nome
De borboleta

Louca teimosia

Se faltou
Solução
Lavei
Com sabão
Teve duração
O que não
Acabou
Continua
Coçando
Sem pedir
Perdão
Louca
Teimosia