Espero que o último sinal
Que não vem
Namorando a noite
Adormeço o sentimento
De que algum dia
Saberei pra onde foi
O arrepio do beijo
Espero que o último sinal
Que não vem
Namorando a noite
Adormeço o sentimento
De que algum dia
Saberei pra onde foi
O arrepio do beijo
Foi como um raio de sol
Bateu uma vontade
De lamber o prato
Como sobremesa
Dando água na boca
Te disse uma vez
Sonhe com vontade
Não deixe o brilho
O brilho da estrela
Ficar longe do coração
O era uma vez
Se tornou vida
A vida não é medida por um relógio
Ninguém está preso ao que não ver
O sentido como o vento tem o rosto
Que ousa ser em cada dia
O humor nasce quando aprende
Que amar tira os espinhos
Se juntar sobra pouco
Olhe quem está em você
Aprendi que o amor
Não entende nada do tempo
Tempo de chorar sorrir
Ficar sério em cada silêncio
Espero as lágrimas
O breve beijo
Assim passei
Meus dias
Desde que saia dos sonhos
E realize além das pegadas
O Ícaro conheceu as asas
Namorou perto o sol
E descobriu bem mais
Que nem tudo é saudade
Estou perdido
Não sei o quanto
Encontrar tem gosto
Gosto de praia
Bem salgada
Dando muita sede
Quase me afogo
Se não fosse
O coração doce
Descobri que sem pressa
Atinjo o infinito
Não perco a paisagem
Nem a janela da estrada
E o trem sorri em cada estação
Se soubesse antes não fugiria
Tanto da vida
Será que tenho uma chance
O que tanto me fascina
Sem lugar e nome
Vou tateando a vida
Pela praia escolhi
O que a maré levou
O que chamam de fraco
Nesse mundo é a fortaleza
Assusta sem medo
Com a verdade no olhar
Por onde passa
A luz deixa a mensagem
Nada pode parar
A batida de um coração
Eu sou o que você esconde
Esperava está certo
O chão mudou de lugar
Sem ver o que pisei
Senti muita falta
Da essência que vem
Em ondas no olhar
O que agora seguro
Na poesia amanhece
Não perca a empolgação
Das coisas que fazem bem
Pode parecer um labirinto
Até teia confusa que prende
Solte o olhar e saberá o lugar
Onde está você
O sorriso já vem
Pedra no sapato
É achar a preguiça
Marcando ponto
Não sai da frente
Até que levante
Tire do caminho
O que mais teme
Pedra no sapato
Estive a sua espera
Como um laço
Que se afrouxou
Despi o sorriso
Acompanhado fiquei
De longe estou
Estive a sua espera
Tive que buscar bem
A estrela do mar
Mergulhei com a certeza
Com a certeza de encontrar
Um pouco de cada vez
Pedaços do meu coração
Só o que posso
Dar no momento
Seguindo a folha
Que parece fugir
Distrai os galhos
A fruta amadurece
As pessoas seguem
Inspiradas pelo coração
Pressentimento bom
Pelas manhãs
Pão quente com café
Escolho torrada com chá
Nem todos admiram
Alguns sabem
Sorrir pra vida
Ninguém perde o controle
Porque quer e nem a direção
O que escolhe faz o caminho
Ser de pedras ou suave
Como o voo da águia
Os pés só sentem
O que permite a vida
Não sei de quem é a vez
Tô aqui esperando
No coração um mar
Onde as ondas batem
Na correnteza do coração
O velho amor
Poderia delirar
A boca ensaia
Pra todos os lados
Do que mesmo
Tenho medo
E não enfrento
Correndo do espelho
Fiquei sabendo
Que não chora mais
E a solidão com a saudade
Não dão espaço
Pra que não perca
O melhor momento
Pensei que soubesse
Você é muito importante
E não tem lugar
Nem roupa que possa
Esconder sua essência
E aprender aparece
Quando encaramos
Cada estrela num olhar
Não acho desperdício
O tempo necessário
Respeita o momento
O silêncio prolonga
O que mais precisa
Pra que desperte
Pra vida
Rasgando o sonho de viver
Alcançando alturas
Por mais que voe
É bom de novo
Te ver sorrir
Sempre o mar
Estou cheio
De espaços pequenos
Talvez um armazém
De entulhos bagunçando
Como esvaziar
O que não se quer soltar
O propósito me escapa
Nem sabe da janela
Que entre as cortinas
Tem o capricho do sol
Que não desiste
De aquecer a vida
Quando costumo sair
Sem o automático
A mente navega
Ganha o salto
Beija o infinito
O que parece impossível
Quem derrapa é o pneu
Conheço o sentimento
Amanhã é um lugar comum
Quem não dar as costas
Não conhece lado
Da poesia nasce o verso
Pra que costurar
Não existe amor
Incompleto
Conheço o sentimento
Pra que soltar
O sorriso forçado
Se esquece o equilíbrio
Deixa de lado o coração
Quem abraça a solidão
Esquece o bom caminho
Abra o seu melhor
O que seria diferente
Ganhando outra forma
Como elástico estica
Com a ilusão do perto
Que nunca alcança
O que seria diferente
De que adianta
Subir a montanha
Se só pensa na altura
De que vale está no alto
Se dentro é tão embaixo
Sem a turbulência
A tempestade morre
Enquanto não tenho
O que cada acordo pede
Atritos viram partidos
Sem direção
Onde foi mesmo
Que veio o sorriso
Acompanhado de ondas
Brincando de olhar
O que as nuvens fazem
Quando vem a chuva
Como gostaria
De completar
O por do sol
Fazer a lua
Namorar o dia
E despertar
A noite com sol
Por a tristeza
No colo
Suave se faz o movimento
Ritmo das estrelas
Ouço tua música
E respiro nos braços
Do violão um gosto
Do amanhecer ao entardecer
Aprendi te conhecer
Na poesia eu te agradeço
O menino e o violão
Como deveria ser
Um lugar mágico
Cheio de cores
Onde os defeitos
Saberiam encontrar
O que falta na vida
Está dentro de você
Quem sabe o certo
Seja o arco que estica
Esperando a flecha
O alvo distinto
Que muda de lugar
O sentimento escolhe
O coração é a águia
Tenho medo de perder
A realidade o preço
O valor das coisas
Virar um objeto
Peso de papel
Guardado em alguma gaveta
Criando teia de aranha
Poeira da vida
Quem disse
Que era loucura
Amar esse mundo
Que não pede nada
E tanto espaço
Não sei onde ficam
Os pés e as asas
Você em poesia
Quero gritar bem alto
Te trazer de volta
Como um eco
Engolir o fôlego
Se der tempo
Pedir pra lua
O que tanto desejo
Eu sei onde você está
Não precisa agradecer
O que faz já evolui
Enche a taça de vinho
Reparte bem o pão
O coração esquenta
E onde for prefiro
Seja com a montanha
E o mar.
Você não sabe
Mas sempre estive
Em todos lugares
E muitos olhares
Abracei o que pude
Na alegria e na lágrima
Que venha a próxima música
Não te deixei sozinho
Só fui buscar mais luz
Pra que soubesse
Que não estou fora
Como um vagalume
Que passeia no meio da noite
Vejo teu coração piscar
Meu nome é saudade
Sabe quando você precisa
De uma dose forte
A memória falha
Sem equilíbrio
A balança cansa
Destinei maior parte do tempo
Pra muitas coisas que perdiam o sentido
Agora namoro as ondas do mar
O silêncio da gaivota
Olhando o horizonte
Entre um desejo e outro
Encontrei
O que mais precisava
Meu coração
Onde existe dúvida
Não deixe fugir
A certeza que arde
Quando o vulcão acorda
O amor adormece
A pedra não sabia
Que atrapalhava
Pensava que ajudava
Através do generoso
Chamando atenção
Pra que conhecesse melhor
Cada desafio no caminho
Eu pensei
Em neve
E nevou
Quem diria
Não estou surpreso
Sei que pode
Muito mais
Eu me lembro
Como é estar
Desse lado
Da estrada
O que veio
De lá
Voltando
Pra casa
Posso sentir
Teu gosto na chuva
Machuca o tempo
Perco o doce
Me agarro
Amargo destino
Posso sentir
Teu gosto na chuva
Pegue a lua
Não perca isto
Sem lado
Tem o passeio
Dando risada
Descubro o caminho
Do que era mesmo
A poesia agradece
Ursos no céu
Constelação
Estrela cadente
Jeito de olhar
Ver o mundo
Bom de acreditar
Nas noites longas
Os dedos esquecem
O suor lembra
Além do medo
A lua tímida
Querendo aparecer
Esperando outro olhar
Quem sabe a nuvem
Não esconda
Sim tem mistério no ar
Que circunda o infinito
Brinca sempre
Demora mais encontra
Qualquer nó
Tem jeito
Desatando a vida
Sacode o barco
Pois sabe
Que ninguém
Mais vai
Não se ilude
Mergulha fundo
Sente o mar
E retorna pra vida
Pescar ler viajar
Descobrir o mundo
Conhecer as cores
Sair do corpo
Fazer parte
Do vento
Soprando
Bem assim
No coração
De todas as vezes
Ver o mar roçar
Na areia as conchas
Que parecem perdidas
Entre um olhar e outro
Tenho que concordar
É difícil esquecer
Quando aprendi a nadar
Se fosse ficar triste
Encheria o mundo de lágrimas
Apagaria o sol
Guardaria a lua
Só deixaria a chuva
Pena que o silêncio
Não escuta o meu coração
De tanta saudade
Esperando a solidão
Estou indo embora
Olhando os limites
Percebo melhor
Que avançar ou esperar
Tem cara de ponte
Que sempre me leva
Pra algum lugar
As vezes recuar
É ir mais adiante
Olhando os limites
Te chamei muito
Acho que até perdi
A coragem do fôlego
No contraste das cores
A lupa aumenta a vida
Será que existe
Nuvens nos pés
Sinto que estou enlouquecendo
Um pouco a cada dia
Como uma ampulheta
Vejo a areia escorregar
Num mergulho forte
Arrastando o coração
Você vai sentir saudade
Quem sabe perder a cabeça
Esquecer o sentido que faz nascer
Quem se esconde atrás do sol
Só queria te pedir
Um pouco de saudade
Sentir a fusão do chá
Merecer o sabor
Que vence o tempo
Sentindo o silêncio
Bem aqui no peito
Entre tantos galhos
Descubro a flor
Escondida
Percebo o olhar
Que namora
O beijo da natureza
O que foge ao interesse
Sobrevive bem
Como uma nascente
Que precisa percorrer
Se for esperar
Sem olhar a estação
Talvez esqueça o coração
O que foge ao interesse
Já parti tantas vezes
Que não sei voltar
Ou quem sabe
Nem dei valor
Pra o vento
Que insistia
Saia sempre
Que o lugar
Se chama você.
Pra abrir os caminhos basta
Não esquecer a correnteza
Que leva sem pedir
Manter no coração
O mar com ondas
Respirei fundo
Prendi o ar
Soltei o sol
Guardei a chuva
Brinquei com as nuvens
Corri com o tempo
Me dei conta que tudo
É vida
O que tanto busca
Que não chega ao fim
Quem traz o vento
Sabe o lugar
De onde veio
Só sei que nasce
Quando a lua dorme
Estive em vários lugares
Na beira ponta do mundo
Tirei as dúvidas da gaivota
Que sobrevoava as ondas
Na busca do peixe
Um olhar se encantou
O menino voltou
Perdi a paciência
Fiquei sem mala
Cadê a alça
Se tivesse asa
Daria um jeito
De voar assim
Pra perto do coração
Estive escondido
Aqui dentro
Não sei aonde
Ficou o desejo
A vontade de sair
Levar pra fora
Ganhei uma poesia
Dei um beijo
Na ostra
Não sei se é o frio
Ou acertei no tempero
Uma dúvida boa
Ganhando surpresa
Sem mesa
O prato na mão
Virou banquete
Preciso beber um pouco
Ficar em silêncio
Ver a roda de samba
Pulsar no coração
O que alimenta o sonho
De cada olhar
Um sopro de poesia
Preciso beber um pouco
Ninguém quebrou você
Nem pegou seus pedaços
O que tá faltando
Não está fora
Mais dentro
De cada vez
Que aprender
A caminhar
Quero dirigir devagar
A estrada não deixa
Me enche de ilusões
Atalhos sempre
Se fosse tirar
Tudo isso perderia
O que preciso aprender
Cara de paisagem
Pastel de vento
Ainda existe
Recheio não sei
Onde foi parar
E o que vale
É a sensação
Pastel de vento
O barco não abandona o mar
Mesmo que o pescador
Não saiba o valor
Que tem a maré
Ondas altas
Tem seus dias
Pensei que estava escondido
Enterrado lá no fundo a saudade
Como tocaia vem sempre
Cutucando todos sentimentos
Vem de volta como um furacão
Arrancar o impossível
O desafio é viver
Tentei ficar quieto
Puxei muita coisa
E depois não consegui
Soltar tudo
Entre um grão de areia
E muitas praias
Fui descobrindo
O sabor do lugar
Fiquei de olhar
Deixei passar
Sentindo o arrepio
De ter esquecido
Em algum lugar
O calor da vida
Coração ficou frio
Como um mar confuso
Cheio de ondas
Em cada sonho
Uma ilha sempre
O que fica solto
Voa pra perto
Sempre o coração
Ganhei a dúvida
Quem beliscou
Não vi
A dor tem lugar
Quando não mudamos
Ganhei a dúvida
A loucura que busco
Parece desenfreada
Sem propósito
Uma escalada
De sentimentos
Vem e vão
Como o vento
Talvez agora
Esteja aí com você
A loucura que busco
Leve o tempo
Que precisar
A vida é uma busca
Nada constante
Entre altos e baixos
Existe um vale
Um conforto sempre
Acredite
Leve o tempo
Que precisar