Tem quem goste
Aprecie esse clima
De esquimó com iceberg
Não conheço ninguém
Que goste de frio
Sem casaco ou algum calor
Calor próximo
Que não deixe
Esfriar o coração
Acredito sim
Que o frio
Tem um ar romântico
De se viver
Tem quem goste
Aprecie esse clima
De esquimó com iceberg
Não conheço ninguém
Que goste de frio
Sem casaco ou algum calor
Calor próximo
Que não deixe
Esfriar o coração
Acredito sim
Que o frio
Tem um ar romântico
De se viver
Desconheço a razão
A intuição não tem pista
Mas tá lá
Sem ser visto
Esse perfume no ar
Parece ter vida
Vida própria
Embriagando o momento
Casa de marimbondo
É ferrão na certa
Ou pisar no formigueiro
Qualquer que seja
O atalho tem preço
De uma forma
Ou de outra
As coisas dão certo
O que parece ser
Muda conforme
O que se apresenta
Bem mais adiante
Um tal de efeito
Dominó ou bola de neve
O errado ainda é um mistério
Quando falta discernimento
É um absurdo
Aguardar tanto
Tanto tempo
E num instante
Tudo mudar de lugar
Sol e chuva
Confundem o olhar
Que demora alcançar
A natureza responde sempre
Já vai tarde
Ou esqueci
De amadurecer
De chorar mais
E sorrir menos
De resmungar tanto
Me prender a detalhes
Onde errei
Como será envelhecer
Gostaria de deixar escapar
Essa louca vontade
De perder o tempo
Ao mesmo tempo
Sentimento doido
De querer tudo
Engolir e beber
Sem respirar
Pra mastigar
Assim sem sentir
É muito bom
O sabor que faz
Esse momento
Assim brilhar
De certa maneira
Está certa
A ausência que crio
Abrindo espaço
Pra que a saudade
Respire mais
Calmamente
Deixando o dia nascer
Ninguém perde o sabor
Nem salgado ou doce
O tempero espera
Que o momento acentue
O paladar é um enigma
Onde não adianta
O gosto se discute sempre
Nunca entendi
Porque o desapego
Ajuda a prosperidade
Seria um presente
Que não é dado
E passa fazer
Parte do coração
Prosperidade é vida
Experiência é pisar
Em espinhos
Que ferem
Além do orgulho
Esfolam a arrogância
Até que saibamos
O aprendizado
Certamente
Acordar assim
Quase caindo
Caindo da cama
É de um esforço
Esforço supremo
Cadê a coragem
A flor não esconde
Separa e exala
O colibri passeia
Inspira o jardim
Onde as cores são
O momento próprio
A flor não esconde
Deixa de estória
Quem cria a lenda
O peixe ou pescador
Ou quem acredita
No sentimento
Ninguém esquece
Dança das escolhas
Um olhar assim
Que mergulha
Sem perder
O fôlego como tesouro
Demora um pouco
A superfície espera
Que volte todas as noites
Eu sei
Onde ela está
Linda estrela guia
Faz meu coração brilhar
E seguir com o dia
Deixa o amor entrar
Esvazia o que precisa
Alimenta o meu olhar
Aprecia o desafio
Que a vida não é longe
É onde você está
Linda estrela guia
Precisei buscar
Encontrar o que fez
O eclipse não disse
Bem que tentou
Ninguém abriu
O mistério continua
Pra que se possa
Sem ver
Lembrar novos ares
Sem alarde
Vou me aproximando
Do outro lado
Da margem do rio
O olhar observa
A correnteza levar
O que restou
E fez mudar
Deixando o sol brilhar
Sem alarde
Onde o dia começa
O olhar acorda
Pensamento leve
Corpo espreguiça
Estica muito
Até descobrir
Onde o dia começa
Lembre-se o vento
Sopra mais forte
Perto do cume da montanha
Quem disse que descer é fácil
Não sabe da altura que estou
Descer é perder o medo
Medo de ver o chão
Mais de perto
Que ninguém perca
A luz do caminhar
Que a pressa fique
Fique esquecida
E seja o alerta
Na lenda
Da tartaruga
Não vou entrar
Nesse drama
Não importa
Deixar entreaberto
Ou repetir o filme
O nó só desata
Agindo com vontade
Cedo ou tarde
Perde-se a paciência
O caminho tem outro gosto
Não sei dizer
O sabor que ficou
A música alta atrapalha
O silêncio toma a conta
E a solidão é a melhor companhia
E sabe de uma coisa
Nunca é cedo ou tarde
Pra se aprender
Agradeço cada momento
E busco entender
O que são os desafios
Nas entranhas do sentimento
Vem assim rasgando
Sem pedir
Batendo forte
Como ondas
Nas pedras do Arpoador
Nem de longe
Parece cara de joelho
Ou uma coisa especial
Mistura de tudo e todos
Detalhes que não lembram
Nada incomum
Não existe bebê feio
Somente os pais
Cultura estranha esquisita
Nem de longe
Parece cara de joelho
Ou uma coisa especial
Mistura de tudo e todos
Detalhes que não lembram
Nada incomum
Não existe bebê feio
Somente os pais
Cultura estranha esquisita
Já matou hoje
O seu dragão
Onde fé e a lenda
Dando muito
O que falar
Entre o cavaleiro
E o dragão de cada dia
Salve são Jorge
Buscar inspiração
Para que não confunda
Minhas palavras
Há conflito em voce
Um homem não pode
Ser salvador e opressor
Luz e sombra
Uma tem de ser
Sacrificada pela outra
Faça sua escolha
Com sabedoria
O que não mata engorda
Cresci ouvindo isso
Ainda me espanto
O que dar tanto
Prazer e envenena
Ou certos conselhos
São pontes assim
Esperando pra serem
Atravessadas
Janela molhada
Frio na pele
Um desejo que não sai
Pela rua sem guarda chuva
De boné e óculos
Parabrisa diferente
Chinelo de dedo
Bermuda e blusa
Salada de roupa
Na chuva
Preciso sair por aí
Encontrar o que está
Perdido em algum lugar
O lugar sou eu
E ainda assim
Ando querendo
De volta
O que não tem volta
É a natureza
Do que faço
Sentimento solitário
Um afago no olhar
Faz a diferença
O que torna tudo
Tudo melhor
E tem mais
Que esperar
Levar pra casa
Guardar no cantinho
Sem esquecer
Que o presente
Nunca perde o valor
Quando o preço
Não existe
Tudo que importa é
Como isso o faz se sentir
Não se pode tornar rotina
O olhar frio
Congela o que observa
Não é preciso ser assim
Eu não sou
Isso de verdade
Sou muito outras coisas
Palavras e sentimentos
Escapam sem traduzir
O que o silêncio tão bem
Sabe abraçar sempre
Preciso ser bom
Em manter segredos
O mundo parece desandar
Sem mistério e obstáculo
E o que mais me surpreende
Que o menino aqui dentro
Não se cansa de sorrir
Só ganha o brilho
Quem esquece de apagar
E perde o peso da ilusão
Lembra sempre
Que o que passa
É como a semente
Árvore e fruto
E os galhos não caem sozinhos
Precisam de novos desafios
Parece que já vai longe
Está logo ali
Encostado no vento
Onde faz a curva
É lento o olhar
Sem pressa de dormir
É quem namora o luar
Correr parece
Fazer o tempo
Crescer mais
Uma ilusão simples
Que cai como luva
Na mão da impaciência
Que aproveita a festa
Sem ver os detalhes
E o sabor de cada olhar
O que seria
Um fora de série
Estar além do comum
Um impossível possível
Trajetória louca
De uma mente que abusa
Da criatividade
Um absurdo momento
Onde a matemática
Simplesmente se esconde
Num olhar quântico
Fora de série
O momento pede
E nada escapa
Ou consegue ser
Tão claro como o dia
Entro assim
Sentindo a vez
Entre um mergulho
E outro eu sei
Um sorriso sério
Quem tem estrelas
Sabe contar
Além das nuvens
Descobre que os sonhos
São a realidade
Chegando de viagem
Que só se hospeda
Quando o coração está aberto
Acho que tenho
Tantas dúvidas
Que esqueço de perguntas
Quais são
E parecem se perder
Pelo pensamento assim
Sem mais nem porque
Que sejamos
Escolhas prediletas
Lapidadas pelo tempo
Ontem presente futuro
Que o desafio erga
O que o muro esconde
Do outro lado
Tudo está no lugar
Ninguém busca
De propósito a dor
Ninguém namora
A solidão sem abandonar
Ninguém sabe dizer
O que o eco esconde
No vento que leva além
Ninguém quer partir
Sem perder um pedaço
Ninguém mesmo sabe
O quanto é importante viver
Quero espiar
Abraçar o dia
Molecar o vento
Sentir bater
Sem pressa
O relógio sem tic tac
Endoidecer um pouco
Deixar tranquilo
Já garimpei
Tanto o coração
Que acho que só
Encontro agora
Terras áridas
Egoístas de sede
Que nada incomodam
Além do umbigo
Acho que esqueci
Da pedra preciosa
Que todos somos
Nada pode invadir
Sem consentimento
O sol só entra
Através do olhar
E mergulha no coração
Quando se acredita
Que a janela nada mais é
Um novo caminho sempre
É só o que peço
Uma janela com sol
Não consigo ser
Bom o bastante
Algo emperra
Fica molhado
Esperando secar
Exemplos escorregam
Como desafios
Descabelando de vez
Quem presenteia
Sabe a diferença
E o que faz falta
Não joga fora
Amadurece o sentimento
Se fazer de longe
Fantasiar obstáculos
Deliberadamente sonhar
Com cada olhar
Que passa
Passeia sem perceber
Escadas que levam
Embora outro olhar
Arde bem no fundo
Pimenta desespera
Dar uma sede danada
Sai rasgando
E não importa
Tempero dos que tem
Coragem de encarar
Cadê a pimenta
De vez em quando
Eu sou atingido
Por uma intensa
Inexplicável solidão
O olhar corre ao redor
Nada encontra
Nenhuma âncora
Nem um cais
Já me disseram
Muitas vezes
O mar não tem cabelo
De pedacinho em pedacinho
Tento colar lembranças
Dar cor ao que descoloriu
Caprichar sem tirar
O tom das cores vivas
Que dão vida a paisagem
Lá longe vem encostando
Abraçando o horizonte
Um pensamento alegre
Que vem agitando
Abrindo o tesouro da vida
Acho que sou doido
Pensamento aprisionado
Regras e protocolos
Em demasia me assustam
Dar medo essa ética
Que tanto falam
Quem não agrada
Vira oposição
Acho que sou doido
Pra nunca mais
Esquecer jogado
Esfolado no tempo
O jeans esfarrapado
Virou bermuda
Até o tênis tem ventilação
Natural com a meia
O boné ainda resiste
Voce não é um qualquer
Tem o seu palco e brilho
Por onde passa fica
Um silêncio no sorriso
Parece que olha
Busca em cada canto
O valor está lá
Onde ninguém ver
Palavra vira sentimento
A frieza é assim
Como o outro ver
E afeta e muito
Distorce o sentimento
Enferruja a emoção
Erosão que pode ir
Sem digerir o coração
O que esfriou
Aqueço com amor
Aprendi saboreando sorvetes
Se existe uma tempestade
Aproveite o momento
Mudancas que geram
Semeiam outros caminhos
E o que sai do lugar
Não é a tempestade
É você sempre
Ninguém sabe
Onde fica
Nem como é
Tamanho e cor
Longe ou perto
Só que cresce
E muda se alimenta
De cada sentimento
Vai além da lembrança
Saudade sempre
Nem lembro
Onde e quando
E o durante
Faz por merecer
A pele é puro suor
Nenhuma estrada
Esconde o que dar
Prazer sem ver
É pra cantar
Buscar mais
Um lugar no olhar
Esticar o sentimento
Até derramar
Como uma correnteza
Que só leva
Pra longe
Só me resta
Lembrar
É pra cantar
Namorando nuvens
Passeando o olhar
Deixando o dia nascer
Aos poucos acordar
Sentir o desejo
Sem medo de atravessar
A alegria me veste
Do que nem via
Dar um ar de graça
Não cobra nada
Nem imposto
Sem política
Até estranho
Porque na vida
Esquecemos tanto
Da alegria de viver
É uma ladeira
Passeio de nostalgia
De paralepipedos
Ruas estreitas
Trilho de bonde
Arcos da Lapa
Lembra outro século
Casas simpáticas
Muitas árvores
O tempo quase
Nada mudou
Daqui de cima
Dá pra se ver
Toda cidade
Bonito lugar
No coração de Santa Teresa
Quero derramar
Bagunçar sempre
Nem que sejam
Segundos marcantes
Sorrir sem saber porque
Tirar onda
Mesmo longe do mar
Pra melhor combinar o dia
Olhar distante
Diferente sentimento
Com um beijo um espanto
Lábios vazios
Descansam as palavras
Fica a imagem
Na janela aberta
Deixo entrar
Posso ir a qualquer lugar
E é aqui que a minha mente
Simplesmente quer estar
Onde a jaula é esquecida
Como roupa largada
E o sapato velho aquecia
De quem nasce com o dia
As vezes uma música
Traduz mais do que devia
O silêncio fala alto
E as palavras escondem
O que parece pouco
É muito mais
Em certos momentos
Falta a clareza
O pensamento leve
Descompromisso sério
Afina-se a harmonia
Do instrumento comum
Sem palavras se declara o coração
Nada é desculpa suficiente
Tudo tem seu propósito
Até o cair das folhas
Varrendo sem querer
Desenhando o chão
Na voz do vento
Avisando sempre
Lá vem chuva
Intervalo tem seu valor
Entre as estações
Deixa escapar
O silêncio do descanso
Ninguém percebe
Detalhe de que está atento
Sendo um pouco a cada dia
Nada é estranho
Nem a indiferença
Que a ignorância insiste
Quem desiste
Sabe bem
O trabalho que dar
Sair da sombra
Eu digo que ilusão
É algo que não me enche
O prato do coração
Paraíso é um oásis
Que mata a sede
E o que sacia mesmo
É o que de melhor somos
E esquecemos de ser na vida
Tropeçando entre as panelas
Uma fogueira moderna
Sem lareira e labaredas
Receitas absurdas
Que se misturam
Entre diálogos
Que temperam
Melhor o molho da vida
Num trem de idéias
Um baú de pensamentos
Vestem a paisagem
Que corre com o vento
Lambendo o rosto
A todo momento uma estação
É tão nítido
A sombra de uma árvore
Na grama como tapete
Esparramando o sentimento
Um encontro de músicas
Que na diferença
Atravessa gerações
Nem o tempo pode calar
Pendure a melancia
No pescoço sempre
Chame atenção
Lembre do umbigo
Assim é o elogio
Que exalta e distrai
A sede da ilusão
É muito leve
Olhar solto
Que passeia
Mergulha na multidão
Pega o fôlego
E arrisca o coração
A vida não pára
Ninguém facilita
A fila é grande
Sem atalho
Da semente a árvore
Do carvão ao diamante
A tristeza faz demorar
Já a alegria faz o tempo voar
Nas alturas a águia
Visão aguçada
Mergulha e sobe
O poder da vida
Está no alimento
Que é capaz de guiar
O melhor olhar
Ninguém tem pena
Nem ergue a mão
Quando o olhar abandona
Seguidas chances
Nem assim deu jeito
Sou teimoso
Ajudo mesmo queimando
Queimando a mão
Sempre acredito
Que o outro vai melhorar
Nem tudo é pedra
Tem gente que ver moleza
Arrasta o humor longe
O olhar acena um sorriso
Um namoro com as gaivotas
Que são ondas eternas
Agradeço sempre
Quando o coração sorrir assim
Já fiquei pálido
De tantos sustos
Olhar profundo
Surpresas tão desagradáveis
Que ainda sei
Que outras virão
Visão única da vida
Claro que não
Ainda escolho o otimismo
É de um jeito simples
Direto que aquece
Deixa aberto
Não esquece as nuvens
Atravessa sempre
De um ao outro
Lembra uma ponte
Luz no coração
Raios de sol
Muitas vezes
Me confundo
Entrego sem saber
O melhor que posso
Não esperando nada
Nada em troca
É uma tortura
Que acelera bem
A paisagem na janela
Poesia vem brincando
Onde o descobrir
É encontrar no coração
O que o olhar não sabe
Nada que comprove
Aprove nem seja
Vestido no cotidiano
Detalhes que afirmam
Nunca é igual
O caminho que se faz
Por mais que pareça ser
Se tivesse percebido
Não estaria longe
Afastaria as dúvidas
Encontraria o sorriso
Que se perdeu na chuva
A chuva sabe
Hoje busquei muito
Encontrei de verdade
E ainda continuo
Sem entender
No que se calam tanto
O porque das pessoas
Esquecerem de conversar
Que essa dança
Faça meus pés
Terem asas
E o sentimento o caminho
Que a música quiser levar
Não abandonem nunca
O pulsar do coração
O que me faz suspirar
Sem vento o barco
Namorando o cais
Nenhuma nuvem
Como refrescar
Na rede repousa
O silêncio do pescador
Adrenalina no sangue
Ebulição desenfreada
Castiga a paciência
O mar pedindo ondas
Que balancem mais
O que ficou na praia
Essa alegria que vem
De lugares obscuros
E claros pra o coração
Rasgando o espaço tempo
Numa dimensão qualquer
De um louco olhar
Se você se lembrou
E nem quis saber
Ousou saborear
Mergulhar sem pedir
Celebra sempre
O que o momento é
Sem tirar nem por
Me faz ver assim
O mundo come o mundo
A alegria dessa música
Loucuras do cotidiano
Atropelam os sentimentos
O coração parece voar
Que nem balão
Lembra pneu furado
Perdendo altura
Se eu pudesse
Pisaria no freio
Pra ver o que acontece
O que bagunça o dia
De uma grande emoção
Nasce o que derrama
Transborda com o dia
De uma clareza original
Vai pintando o dia
E o resultado do quadro
Só acaba no entardecer
Do olhar que insiste
Que o passeio está além
Certos instantes
São tão valiosos
Que perdemos
Como grão de areia
Assim é o infinito
De oportunidades
Por mais
Que tenha vontade
O conforto da ilusão
Foge pelas mãos
E molham os pés
Alagado estou
Ferido do pesadelo
De ver como a enchente
Leva como um rio
A cachoeira da vida
As plantas não tem culpa
Das lágrimas derramadas
O que silencia
Não vem da voz
Nem por isso as flores
Esquecem de sorrir
Pólen da vida
No que perco
Encontro o resto
Mistura o fundo
No fundo da panela
Colou no fogo alto
Ganhou o sabor
Queimou o que teimou
Nada desfaz
O que a vontade
Quando firme
Afirma o caminho
O certo e errado
Se encontram
Assim nasce o destino
Nenhum detalhe
É pequeno demais
Nem a luz do coração
E o símbolo que renasce
Por mais difícil que seja
O caminho se abre
Com a verdade sempre
Em todos momentos
Onde está sua Páscoa
Um raio de sol
Atravessa a cortina
Um olhar que faz sorrir
Estica até o meio do dia
E vai descansando no horizonte
No abraço da estrela
Em algum lugar
Esqueci de lembrar
O que mais precisava
E não sei me livrar
De tudo isso
Que me atrapalha
Engarrafamentos da vida
A mesa parece vazia
Sem roupa nem prosa
O copo navega
Tem uma visão própria
Atinge o absurdo olhar
Que dói na solidão
A mesa parecia vazia
Na dança da vida
Os pés são o coração
Tomam o pulso
Aos mãos a união
Os braços a ponte
E a música o ar
Que respiramos
Só a espera
Da próxima dança
Ninguém expulsa
O que abriga
Consola muito
Nem deixa de lado
Os dias melhores
Nunca esquece mesmo
O que vem após
Uma luz no fim do túnel
Que sejamos
A luz de um novo dia
Que cada pensamento contribua
Onde as idéias sejam diferentes
Pra que assim todos construam
O que for necessário venha
E por maior que sejam os erros
Que o aprender seja crescer
Olhar firme e fé
Entre a cruz e a espada
Onde se cria
A coragem desvenda
Momento que vem
Transpira saudade
Sem alarde
Lua despida
Sonhei em ter essa vista
Desde criança
Ela nunca enjoa
De onde você é
De volta ao mundo real
Ninguém percebeu
Será que existe
Algo melhor
Que não perceber
Nem ter idéia
E passar o desafio
De encarar a tempestade
Sem derrubar
Nem balançar
Onde a diferença
Faz o sentimento maior
Olhos do coração
Um naufrágio
Abismo no mar
Ilha a vista
Vestida de esperança
Distante lugar
Coração
De cada pedaço
Descubro o sabor
Anima o olhar
Dar rodopios
E arrepia sempre
Quente quase derretendo
Meu pão de queijo
As árvores peladas
Sem folhas
Chuvas intensas
Um troca troca
De vários olhares
Dias nublados
Que temperam
Um outono no coração
Espremi tanto
Que o caldo sumiu
O cacto secou
Perdeu até os espinhos
E a procura foi tanta
Que a safra não aguentou
A vez de voce sorrir
Essa fila de espera
Vive me espremendo