30 de abr. de 2015

Que o frio tem um ar romântico de se viver

Tem quem goste

Aprecie esse clima

De esquimó com iceberg

Não conheço ninguém

Que goste de frio

Sem casaco ou algum calor

Calor próximo

Que não deixe

Esfriar o coração

Acredito sim

Que o frio

Tem um ar romântico

De se viver

Embriagando o momento

Desconheço a razão

A intuição não tem pista

Mas tá lá

Sem ser visto

Esse perfume no ar

Parece ter vida

Vida própria

Embriagando o momento

O atalho tem preço

Casa de marimbondo

É ferrão na certa

Ou pisar no formigueiro

Qualquer que seja

O atalho tem preço

De uma forma ou de outra as coisas dão certo

De uma forma

Ou de outra

As coisas dão certo

O que parece ser

Muda conforme

O que se apresenta

Bem mais adiante

Um tal de efeito

Dominó ou bola de neve

O errado ainda é um mistério

Quando falta discernimento

A natureza responde sempre

É um absurdo

Aguardar tanto

Tanto tempo

E num instante

Tudo mudar de lugar

Sol e chuva

Confundem o olhar

Que demora alcançar

A natureza responde sempre

29 de abr. de 2015

Como será envelhecer

Já vai tarde

Ou esqueci

De amadurecer

De chorar mais

E sorrir menos

De resmungar tanto

Me prender a detalhes

Onde errei

Como será envelhecer

A sorte é justa

Tinha que ser

A solidão reflete

Um espelho limpo

Que  não brinca

A sorte é justa

É muito bom o sabor esse momento assim brilhar

Gostaria de deixar escapar

Essa louca vontade

De perder o tempo

Ao mesmo tempo

Sentimento doido

De querer tudo

Engolir e beber

Sem respirar

Pra mastigar

Assim sem sentir

É muito bom

O sabor que faz

Esse momento

Assim brilhar

Deixando o dia nascer

De certa maneira

Está certa

A ausência que crio

Abrindo espaço

Pra que a saudade

Respire mais

Calmamente

Deixando o dia nascer

28 de abr. de 2015

O gosto se discute sempre

Ninguém perde o sabor

Nem salgado ou doce

O tempero espera

Que o momento acentue

O paladar é um enigma

Onde não adianta

O gosto se discute sempre

Prosperidade é vida

Nunca entendi

Porque o desapego

Ajuda a prosperidade

Seria um presente

Que não é dado

E passa fazer

Parte do coração

Prosperidade é vida

Experiência é pisar em espinhos

Experiência é pisar

Em espinhos

Que ferem

Além do orgulho

Esfolam a arrogância

Até que saibamos

O aprendizado

Cadê a coragem

Certamente

Acordar assim

Quase caindo

Caindo da cama

É de um esforço

Esforço supremo

Cadê a coragem

27 de abr. de 2015

A flor não esconde

A flor não esconde

Separa e exala

O colibri passeia

Inspira o jardim

Onde as cores são

O momento próprio

A flor não esconde

A semente

Ninguém entende

Nem sempre

Mesmo que tente

Até remende

O nó sente

Como a gente

A semente

Dança das escolhas

Deixa de estória

Quem cria a lenda

O peixe ou pescador

Ou quem acredita

No sentimento

Ninguém esquece

Dança das escolhas

26 de abr. de 2015

A superfície espera que volte todas as noites

Um olhar assim

Que mergulha

Sem perder

O fôlego como tesouro

Demora um pouco

A superfície espera

Que volte todas as noites

Linda estrela guia

Eu sei

Onde ela está

Linda estrela guia

Faz meu coração brilhar

E seguir com o dia

Deixa o amor entrar

Esvazia o que precisa

Alimenta o meu olhar

Aprecia o desafio

Que a vida não é longe

É onde você está

Linda estrela guia

25 de abr. de 2015

Novos ares

Precisei buscar

Encontrar o que fez

O eclipse não disse

Bem que tentou

Ninguém abriu

O mistério continua

Pra que se possa

Sem ver

Lembrar novos ares

Sem alarde

Sem alarde

Vou me aproximando

Do outro lado

Da margem do rio

O olhar observa

A correnteza levar

O que restou

E fez mudar

Deixando o sol brilhar

Sem alarde

Onde o dia começa

Onde o dia começa

O olhar acorda

Pensamento leve

Corpo espreguiça

Estica muito

Até descobrir

Onde o dia começa

24 de abr. de 2015

Lembre-se o vento sopra mais forte perto do cume da montanha

Lembre-se o vento

Sopra mais forte

Perto do cume da montanha

Quem disse que descer é fácil

Não sabe da altura que estou

Descer é perder o medo

Medo de ver o chão

Mais de perto

Na lenda da tartaruga

Que ninguém perca

A luz do  caminhar

Que  a pressa fique

Fique esquecida

E seja o alerta

Na lenda

Da tartaruga

O nó só desata agindo com vontade

Não vou entrar

Nesse drama

Não importa

Deixar entreaberto

Ou repetir o filme

O nó só desata

Agindo com vontade

Cedo ou tarde

Cedo ou tarde

Perde-se a paciência

O caminho tem outro gosto

Não sei dizer

O sabor que ficou

A música alta atrapalha

O silêncio toma a conta

E a solidão é a melhor companhia

E sabe de uma coisa

Nunca é cedo ou tarde

Pra se aprender

23 de abr. de 2015

Nas pedras do Arpoador

Agradeço cada momento

E busco entender

O que são os desafios

Nas entranhas do sentimento

Vem assim rasgando

Sem pedir

Batendo forte

Como ondas

Nas pedras do Arpoador

Nem de longe parece cara de joelho

Nem de longe

Parece cara de joelho

Ou uma coisa especial

Mistura de tudo e todos

Detalhes que não lembram

Nada incomum

Não existe bebê feio

Somente os pais

Cultura estranha esquisita

Nem de longe parece cara de joelho

Nem de longe

Parece cara de joelho

Ou uma coisa especial

Mistura de tudo e todos

Detalhes que não lembram

Nada incomum

Não existe bebê feio

Somente os pais

Cultura estranha esquisita

Salve são Jorge

Já matou hoje

O seu dragão

Onde fé e a lenda

Dando muito

O que falar

Entre o cavaleiro

E o dragão de cada dia

Salve são Jorge

Buscar inspiração

Buscar inspiração

Para que não confunda

Minhas palavras

Há conflito em voce

Um homem não pode

Ser salvador e opressor

Luz e sombra

Uma tem de ser

Sacrificada pela outra

Faça sua escolha

Com sabedoria

O que não mata engorda

O que não mata engorda

Cresci ouvindo isso

Ainda me espanto

O que dar tanto

Prazer e envenena

Ou certos conselhos

São pontes assim

Esperando pra serem

Atravessadas

22 de abr. de 2015

Salada de roupa na chuva

Janela molhada

Frio na pele

Um desejo que não sai

Pela rua sem guarda chuva

De boné e óculos

Parabrisa diferente

Chinelo de dedo

Bermuda e blusa

Salada de roupa

Na chuva

O que não tem volta

Preciso sair por aí

Encontrar o que está

Perdido em algum lugar

O lugar sou eu

E ainda assim

Ando querendo

De volta

O que não tem volta

Tudo melhor

É a natureza

Do que faço

Sentimento solitário

Um afago no olhar

Faz a diferença

O que torna tudo

Tudo melhor

21 de abr. de 2015

Quando o preço não existe

E tem mais

Que esperar

Levar pra casa

Guardar no cantinho

Sem esquecer

Que o presente

Nunca perde o valor

Quando o preço

Não existe

Olhar frio congela o que observa Não é preciso ser assim

Tudo que importa é

Como isso o faz se sentir

Não se pode tornar rotina

O olhar frio

Congela o que observa

Não é preciso ser assim

O que o silêncio também sabe abraçar sempre

Eu não sou

Isso de verdade

Sou muito outras coisas

Palavras e sentimentos

Escapam sem traduzir

O que o silêncio tão bem

Sabe abraçar sempre

O menino aqui dentro não se cansa de sorrir

Preciso ser bom

Em manter segredos

O mundo parece desandar

Sem mistério e obstáculo

E o que mais me surpreende

Que o menino aqui dentro

Não se cansa de sorrir

Tudo tem cor

Tudo tem cor

Só sabemos ver

O que nos convem

Sem cor é fechar

Os olhos pra vida

Os galhos não caem sozinhos precisam de novos desafios

Só ganha o brilho

Quem esquece de apagar

E perde o peso da ilusão

Lembra sempre

Que o que passa

É como a semente

Árvore e fruto

E os galhos não caem sozinhos

Precisam de novos desafios

20 de abr. de 2015

É quem namora o luar

Parece que já vai longe

Está logo ali

Encostado no vento

Onde faz a curva

É lento o olhar

Sem pressa de dormir

É quem namora o luar

O sabor de cada olhar

Correr parece

Fazer o tempo

Crescer mais

Uma ilusão simples

Que cai como luva

Na mão da impaciência

Que aproveita a festa

Sem ver os detalhes

E o sabor de cada olhar

Fora de série

O que seria

Um fora de série

Estar além do comum

Um impossível possível

Trajetória louca

De uma mente que abusa

Da criatividade

Um absurdo momento

Onde a matemática

Simplesmente se esconde

Num olhar quântico

Fora de série

Ventríloquo

Um boneco

Que fala

Por mim

Sou eu

Sem ser

Ou tudo junto

Pela vida

Sendo um ventríloquo

Sorriso sério

O momento pede

E nada escapa

Ou consegue ser

Tão claro como o dia

Entro assim

Sentindo a vez

Entre um mergulho

E outro eu sei

Um sorriso sério

19 de abr. de 2015

Quando o coração está aberto

Quem tem estrelas

Sabe contar

Além das nuvens

Descobre que os sonhos

São a realidade

Chegando de viagem

Que só se hospeda

Quando o coração está aberto

Sem mais nem porque

Acho que tenho

Tantas dúvidas

Que esqueço de perguntas

Quais são

E parecem se perder

Pelo pensamento assim

Sem mais nem porque

Oração da paciência

Que sejamos

Escolhas prediletas

Lapidadas pelo tempo

Ontem presente futuro

Que o desafio erga

O que o muro esconde

Do outro lado

Tudo está no lugar

Ninguém

Ninguém busca

De propósito a dor

Ninguém namora

A solidão sem abandonar

Ninguém sabe dizer

O que o eco esconde

No vento que leva além

Ninguém quer partir

Sem perder um pedaço

Ninguém mesmo sabe

O quanto é importante viver

Deixar tranquilo

Quero espiar

Abraçar o dia

Molecar o vento

Sentir bater

Sem pressa

O relógio sem tic tac

Endoidecer um pouco

Deixar tranquilo

Pedra preciosa

Já garimpei

Tanto o coração

Que acho que só

Encontro agora

Terras áridas

Egoístas de sede

Que nada incomodam

Além do umbigo

Acho que esqueci

Da pedra preciosa

Que todos somos

Uma janela com sol

Nada pode invadir

Sem consentimento

O sol só entra

Através do olhar

E mergulha no coração

Quando se acredita

Que a janela nada mais é

Um novo caminho sempre

É só o que peço

Uma janela com sol

18 de abr. de 2015

Não consigo ser bom o bastante

Não consigo ser

Bom o bastante

Algo emperra

Fica molhado

Esperando secar

Exemplos escorregam

Como desafios

Descabelando de vez


Amadurece o sentimento

Quem presenteia

Sabe a diferença

E o que faz falta

Não joga fora

Amadurece o sentimento

Se fazer de longe

Se fazer de longe

Fantasiar obstáculos

Deliberadamente sonhar

Com cada olhar

Que passa

Passeia sem perceber

Escadas que levam

Embora outro olhar

Cadê a pimenta

Arde bem no fundo

Pimenta desespera

Dar uma sede danada

Sai rasgando

E não importa

Tempero dos que tem

Coragem de encarar

Cadê a pimenta

O mar não tem cabelo

De vez em quando

Eu sou atingido

Por uma intensa

Inexplicável solidão

O olhar corre ao redor

Nada encontra

Nenhuma âncora

Nem um cais

Já me disseram

Muitas vezes

O mar não tem cabelo

Abrindo o tesouro da vida

De pedacinho em pedacinho

Tento colar lembranças

Dar cor ao que descoloriu

Caprichar sem tirar

O tom das cores vivas

Que dão vida a paisagem

Lá longe vem encostando

Abraçando o horizonte

Um pensamento alegre

Que vem agitando

Abrindo o tesouro da vida

17 de abr. de 2015

Acho que sou doido

Acho que sou doido

Pensamento aprisionado

Regras e protocolos

Em demasia me assustam

Dar medo essa ética

Que tanto falam

Quem não agrada

Vira oposição

Acho que sou doido

O boné ainda resiste

Pra nunca mais

Esquecer jogado

Esfolado no tempo

O jeans esfarrapado

Virou bermuda

Até o tênis tem ventilação

Natural com a meia

O boné ainda resiste

Palavra vira sentimento

Voce não é um qualquer

Tem o seu palco e brilho

Por onde passa fica

Um silêncio no sorriso

Parece que olha

Busca em cada canto

O valor está lá

Onde ninguém ver

Palavra vira sentimento

Aprendi saboreando sorvetes

A frieza é assim

Como o outro ver

E afeta e muito

Distorce o sentimento

Enferruja a emoção

Erosão que pode ir

Sem digerir o coração

O que esfriou

Aqueço com amor

Aprendi saboreando sorvetes

E o que sai do lugar não é a tempestade é você sempre

Se existe uma tempestade

Aproveite o momento

Mudancas que geram

Semeiam outros caminhos

E o que sai do lugar

Não é a tempestade

É você sempre

Saudade sempre

Ninguém sabe

Onde fica

Nem como é

Tamanho e cor

Longe ou perto

Só que cresce

E muda se alimenta

De cada sentimento

Vai além da lembrança

Saudade sempre

16 de abr. de 2015

Prazer sem ver

Nem lembro

Onde e quando

E o durante

Faz por merecer

A pele é puro suor

Nenhuma estrada

Esconde o que dar

Prazer sem ver

É pra cantar

É pra cantar

Buscar mais

Um lugar no olhar

Esticar o sentimento

Até derramar

Como uma correnteza

Que só leva

Pra longe

Só me resta

Lembrar

É pra cantar

Namorando nuvens

Namorando nuvens

Passeando o olhar

Deixando o dia nascer

Aos poucos acordar

Sentir o desejo

Sem medo de atravessar

15 de abr. de 2015

A alegria me veste

A alegria me veste

Do que nem via

Dar um ar de graça

Não cobra nada

Nem imposto

Sem política

Até estranho

Porque na vida

Esquecemos tanto

Da alegria de viver

No coração de Santa Teresa

É uma ladeira

Passeio de nostalgia

De paralepipedos

Ruas estreitas

Trilho de bonde

Arcos da Lapa

Lembra outro século

Casas simpáticas

Muitas árvores

O tempo quase

Nada mudou

Daqui de cima

Dá pra se ver

Toda cidade

Bonito lugar

No coração de Santa Teresa



14 de abr. de 2015

Pra melhor combinar o dia

Quero derramar

Bagunçar sempre

Nem que sejam

Segundos marcantes

Sorrir sem saber porque

Tirar onda

Mesmo longe do mar

Pra melhor combinar o dia

13 de abr. de 2015

Olhar distante

Olhar distante

Diferente sentimento

Com um beijo um espanto

Lábios vazios

Descansam as palavras

Fica a imagem

Na janela aberta

Deixo entrar




De quem nasce com o dia

Posso ir a qualquer lugar

E é aqui que a minha mente

Simplesmente quer estar

Onde a jaula é esquecida

Como roupa largada

E o sapato velho aquecia

De quem nasce com o dia

12 de abr. de 2015

As vezes uma música

As vezes uma música

Traduz mais do que devia

O silêncio fala alto

E as palavras escondem

O que parece pouco

É muito mais

Sem palavras se declara o coração

Em certos momentos

Falta a clareza

O pensamento leve

Descompromisso sério

Afina-se a harmonia

Do instrumento comum

Sem palavras se declara o coração

Lá vem chuva

Nada é desculpa suficiente

Tudo tem seu propósito

Até o cair das folhas

Varrendo sem querer

Desenhando o chão

Na voz do vento

Avisando sempre

Lá vem chuva

Intervalo

Intervalo tem seu valor

Entre as estações

Deixa escapar

O silêncio do descanso

Ninguém percebe

Detalhe de que está atento

Sendo um pouco a cada dia

Nada é estranho

Nada é estranho

Nem a indiferença

Que a ignorância insiste

Quem desiste

Sabe bem

O trabalho que dar

Sair da sombra

Esquecemos de ser

Eu digo que ilusão

É algo que não me enche

O prato do coração

Paraíso é um oásis

Que mata a sede

E o que sacia mesmo

É o que de melhor somos

E esquecemos de ser na vida

11 de abr. de 2015

O molho da vida

Tropeçando entre as panelas

Uma fogueira moderna

Sem lareira e labaredas

Receitas absurdas

Que se misturam

Entre diálogos

Que temperam

Melhor o molho da vida

Num trem de idéias

Num trem de idéias

Um baú de pensamentos

Vestem a paisagem

Que corre com o vento

Lambendo o rosto

A todo momento uma estação

Nem o tempo pode calar

É tão nítido

A sombra de uma árvore

Na grama como tapete

Esparramando o sentimento

Um encontro de músicas

Que na diferença

Atravessa gerações

Nem o tempo pode calar

Pendure a melancia

Pendure a melancia

No pescoço sempre

Chame atenção

Lembre do umbigo

Assim é o elogio

Que exalta e distrai

A sede da ilusão

A vida não pára

É muito leve

Olhar solto

Que passeia

Mergulha na multidão

Pega o fôlego

E arrisca o coração

A vida não pára

10 de abr. de 2015

A alegria faz o tempo voar

Ninguém facilita

A fila é grande

Sem atalho

Da semente a árvore

Do carvão ao diamante

A tristeza faz demorar

Já a alegria faz o tempo voar

O melhor olhar

Nas alturas a águia

Visão aguçada

Mergulha e sobe

O poder da vida

Está no alimento

Que é capaz  de guiar

O melhor olhar

Que o outro vai melhorar

Ninguém tem pena

Nem ergue a mão

Quando o olhar abandona

Seguidas chances

Nem assim deu jeito

Sou teimoso

Ajudo mesmo queimando

Queimando a mão

Sempre acredito

Que o outro vai melhorar

9 de abr. de 2015

Quando o coração sorrir assim

Nem tudo é pedra

Tem gente  que ver moleza

Arrasta o humor longe

O olhar acena um sorriso

Um namoro com as gaivotas

Que são ondas eternas

Agradeço sempre

Quando o coração sorrir assim

Ainda escolho o otimismo

Já fiquei pálido

De tantos sustos

Olhar profundo

Surpresas tão desagradáveis

Que ainda sei

Que outras virão

Visão única da vida

Claro que não

Ainda escolho o otimismo

Raios de sol

É de um jeito simples

Direto que aquece

Deixa aberto

Não esquece as nuvens

Atravessa sempre

De um ao outro

Lembra uma ponte

Luz no coração

Raios de sol

8 de abr. de 2015

Nada em troca

Muitas vezes

Me confundo

Entrego sem saber

O melhor que posso

Não esperando nada

Nada em troca

O que o olhar não sabe

É uma tortura

Que acelera bem

A paisagem na janela

Poesia vem brincando

Onde o descobrir

É encontrar no coração

O que o olhar não sabe

7 de abr. de 2015

Por mais que pareça ser

Nada que comprove

Aprove nem seja

Vestido no cotidiano

Detalhes que afirmam

Nunca é igual

O caminho que se faz

Por mais que pareça ser

A chuva sabe

Se tivesse percebido

Não estaria longe

Afastaria as dúvidas

Encontraria o sorriso

Que se perdeu na chuva

A chuva sabe

6 de abr. de 2015

O porque das pessoas esquecerem de conversar

Hoje busquei muito

Encontrei de verdade

E ainda continuo

Sem entender

No que se calam tanto

O porque das pessoas

Esquecerem de conversar

Pulsar do coração

Que essa dança

Faça meus pés

Terem asas

E o sentimento o caminho

Que a música quiser levar

Não abandonem nunca

O pulsar do coração

O silêncio do pescador

O que me faz suspirar

Sem vento o barco

Namorando o cais

Nenhuma nuvem

Como refrescar

Na rede repousa

O silêncio do pescador

O que ficou na praia

Adrenalina no sangue

Ebulição desenfreada

Castiga a paciência

O mar pedindo ondas

Que balancem mais

O que ficou na praia

Louco olhar

Essa alegria que vem

De lugares obscuros

E claros pra o coração

Rasgando o espaço tempo

Numa dimensão qualquer

De um louco olhar

A alegria dessa música

Se você se lembrou

E nem quis saber

Ousou saborear

Mergulhar sem pedir

Celebra sempre

O que o momento é

Sem tirar nem por

Me faz ver assim

O mundo come o mundo

A alegria dessa música

O que bagunça o dia

Loucuras do cotidiano

Atropelam os sentimentos

O coração parece voar

Que nem balão

Lembra pneu furado

Perdendo altura

Se eu pudesse

Pisaria no freio

Pra ver o que acontece

O que bagunça o dia

De uma grande emoção nasce o que transborda com o dia

De uma grande emoção

Nasce o que derrama

Transborda com o dia

De uma clareza original

Vai pintando o dia

E o resultado do quadro

Só acaba no entardecer

Do olhar que insiste

Que o passeio está além

5 de abr. de 2015

Certos instantes

Certos instantes

São tão valiosos

Que perdemos

Como grão de areia

Assim é o infinito

De oportunidades

Cachoeira da vida

Por mais

Que tenha vontade

O conforto da ilusão

Foge pelas mãos

E molham os pés

Alagado estou

Ferido do pesadelo

De ver como a enchente

Leva como um rio

A cachoeira da vida

Pólen da vida

As plantas não tem culpa

Das lágrimas derramadas

O que silencia

Não vem da voz

Nem por isso as flores

Esquecem de sorrir

Pólen da vida

Queimou o que teimou

No que perco

Encontro o resto

Mistura o fundo

No fundo da panela

Colou no fogo alto

Ganhou o sabor

Queimou o que teimou

Assim nasce o destino

Nada desfaz

O que a vontade

Quando firme

Afirma o caminho

O certo e errado

Se encontram

Assim nasce o destino

Onde está sua Páscoa

Nenhum detalhe

É pequeno demais

Nem a luz do coração

E o símbolo que renasce

Por mais difícil que seja

O caminho se abre

Com a verdade sempre

Em todos momentos

Onde está sua Páscoa

4 de abr. de 2015

No abraço da estrela

Um raio de sol

Atravessa a cortina

Um olhar que faz sorrir

Estica até o meio do dia

E vai descansando no horizonte

No abraço da estrela

Engarrafamentos da vida

Em algum lugar

Esqueci de lembrar

O que mais precisava

E não sei me livrar

De tudo isso

Que me atrapalha

Engarrafamentos da vida

3 de abr. de 2015

A mesa parecia vazia

A mesa parece vazia

Sem roupa nem prosa

O copo navega

Tem uma visão própria

Atinge o absurdo olhar

Que dói na solidão

A mesa parecia vazia

Na dança da vida

Na dança da vida

Os pés são o coração

Tomam o pulso

Aos mãos a união

Os braços a ponte

E a música o ar

Que respiramos

Só a espera

Da próxima dança

Uma luz no fim do túnel

Ninguém expulsa

O que abriga

Consola muito

Nem deixa de lado

Os dias melhores

Nunca esquece mesmo

O que vem após

Uma luz no fim do túnel

Entre a cruz e a espada

Que sejamos

A luz de um novo dia

Que cada pensamento contribua

Onde as idéias sejam diferentes

Pra que assim todos construam

O que for necessário venha

E por maior que sejam os erros

Que o aprender seja crescer

Olhar firme e fé

Entre a cruz e a espada

2 de abr. de 2015

Lua despida

Onde se cria

A coragem desvenda

Momento que vem

Transpira saudade

Sem alarde

Lua despida

Ninguém percebeu

Sonhei em ter essa vista

Desde criança

Ela nunca enjoa

De onde você é

De volta ao mundo real

Ninguém percebeu

Olhos do coração

Será que existe

Algo melhor

Que não perceber

Nem ter idéia

E passar o desafio

De encarar a tempestade

Sem derrubar

Nem balançar

Onde a diferença

Faz o sentimento maior

Olhos do coração

Distante lugar coração

Um naufrágio

Abismo no mar

Ilha a vista

Vestida de esperança

Distante lugar

Coração

Pão de queijo

De cada pedaço

Descubro o sabor

Anima o olhar

Dar rodopios

E arrepia sempre

Quente quase derretendo

Meu pão de queijo

1 de abr. de 2015

Um outono no coração

As árvores peladas

Sem folhas

Chuvas intensas

Um troca troca

De vários olhares

Dias nublados

Que temperam

Um outono no coração

Espremi tanto que o caldo sumiu

Espremi tanto

Que o caldo sumiu

O cacto secou

Perdeu até os espinhos

E a procura foi tanta

Que a safra não aguentou

A vez de voce sorrir

Essa fila de espera

Vive me espremendo