31 de ago. de 2016

Se eu fosse uma viagem

Se eu fosse uma viagem

Daria um beijo de gratidão

Em cada pousada que passasse

O silêncio que me ensinaram

É um tesouro de muitas vidas

Inesquecível esse filme

Que ousamos ser

Se eu fosse uma viagem

Namorar a sede de viver e plantar

O que se aproxima vem

Sentindo o vento no coração

Guarda o fôlego

Admira a chuva

Esperando a terra

Namorar a sede

De viver e plantar

Próximo elo

Os elos são

Formas extraordinárias

Círculos que se entrelaçam

Fascinam qualquer olhar

A única exceção que existe

Que nunca deixam de amar

O próximo elo

Você não é minha âncora

Você não é minha âncora

Não pode me prender

Só soltar cada vez mais

A saudade é um presente

Que te faz ver

As pegadas da vida

Se choro porque tenho

As lagrimas que nascem

Da luz do amor

Quero com você

Quero com você

Atravessar o infinito

Percebo melhor

Que a página vira

E se os pés querem dançar

Não espere a música

Passar sem prazer

Quero com você

30 de ago. de 2016

A carta que não chegou

A carta que não chegou

Caminhos diferentes

Um olhar quieto

Que saboreia

O sentimento

Na folha de papel

A carta que não chegou

Ecoa na concha

Ecoa na concha

O tamanho do mar

Cabe muito

Vontade de muitos lugares

Quem deseja mergulha

Não mata a sede

Uma onda no infinito

Ousei tirar os pés do chão

Voo livre no olhar

Abandonei a saudade

Dei um abraço no horizonte

O impossível degrau

Beijo no mar

Uma onda no infinito

29 de ago. de 2016

28 de ago. de 2016

A estrela sorriu

Fui mexendo no baú

Que lá no fundo

Descobrir o mar

De ondas calmas

Acenando a brisa

Olhando a maré

Simplesmente

A estrela sorriu

Espirro

O espirro é agito

Rompe barreira

Nem dar tempo

De ver a fruta

Caindo do pé

Se piscar

Perder a vez

De um soluço

Lá vem de novo

Esporro no nariz

O espirro

27 de ago. de 2016

O desejo não se calou

O desejo não se calou

Boquiaberta a dúvida

Mexeu no fundo do copo

As bolhas subiam

Num sorriso imenso

26 de ago. de 2016

Faltou muito pouco

Faltou muito pouco

De um delírio doido

Ao outro emprestei

O medo que subia

As paredes da emoção

Esqueci a ponte

Faltou muito pouco

Salto quântico

Se fosse impossível

Ir ao mesmo lugar

Ganhar o tempo

Beijar o espaço

Salto quântico

25 de ago. de 2016

Do infinito nasce a saudade

A saudade dar aula

O que é fora muda

A saudade vem de dentro

Rasga fronteira

Dar a volta no universo

Em todo lugar

Acenando sempre

É o mar do mar

Do infinito nasce a saudade

A graça está sempre

A graça está sempre

Onde o desafio aparece

Descanso eterno

Já pensou

Sem nada pra fazer

O tempo todo

Tem algo de estranho

Melhor mudar

A graça está sempre

O que torna uma viagem

O que te torna

Uma viagem

Vem dos passos

Que já deu

As lagrimas

São livres

Pra que possa

Respirar além

O que torna

Uma viagem

24 de ago. de 2016

No cais da vida

O íntimo virou música

Ficou no tempo

Que se fazia

Saudade olhando

O navio partir

No cais da vida

Poesia infinita

Veja como eu sou

Sem me esconder

Surfista das palavras

Músico dos olhares

Entre duas rodas

Crio asas

Existe mais que um passeio

De várias vidas

Poesia infinita

23 de ago. de 2016

Um mar de cores

Em pedaços se esconde o vidro

Avalanche de pensamentos

De uma hora pra outra

O que alimenta o coração

É quando o livro se abre

Um mar de cores

Na cor da estrela a pele cai

Pra por pra longe

O abraço apertado

Longo caminho

Esperando sempre

Na cor da estrela

A pele cai

O amor é maior

O desequilíbrio se irrita

Com a alegria do outro

Sabe que perde

Pra o espaço

Nunca quer

O melhor pra você

O amor é maior

22 de ago. de 2016

O medo da paz

Queria usar

Mais as mãos

Pra poder falar

Agir com a flor

Que desarma

A violência da raiva

E com a boca dar

O medo da paz

É claro que sabe

É claro que sabe

Não sei o que fazer

É claro que sabe

O círculo tem lados

Cresce o sentimento

Seria simples

Com porta e janela

Tirando o teto

As estrelas tem olhos

É claro que sabe

Solta a pipa que namora o vento

Um pouco assim

Enche o balde

Mistura tudo

Mexe de emoções

Solta a pipa

Que namora

O vento

Tenho fome da saudade

Tenho fome da saudade

Que sinto agora

Sei que não posso

Segurar o tempo

Tenho fome da saudade

Das ondas que fingiam

Me por no colo

Tenho fome da saudade

Do violão na praia

Uma lágrima doce

Tenho fome da saudade

Tocando no peito

Um lugar infinito

Percebo a poesia

21 de ago. de 2016

Bem te vi na chuva no domingo

Bem te vi na chuva

No domingo

Avisa feliz

Me faz sorrir

Acenando o coração

Podem vir as nuvens

Mas não deixe de brilhar

20 de ago. de 2016

A alma do poeta

A dança mostra a profundidade

Que liberta cada movimento

Nasce de um sonho

Não esqueci na saudade

Alimenta a vida

Tocando de vez

A alma do poeta

Alcancei os dedos

Alcancei os dedos

Sentir o suor

O frio passar

Alguns segundos

Eclipse no olhar

Depois do susto

Veio o soluço

Alcancei os dedos

Cadê o elástico

Cadê o elástico

Que não esticou

O bastante

Perdeu a pressão

Desanimou o olhar

Outra oportunidade

Se aproxima

19 de ago. de 2016

Acredito que selvagem seja a ignorância

Acredito que selvagem

Seja a ignorância

Absorve como esponja

Busca uma posição

Não sabe ver

Que mesmo a pedra

Na erosão muda de lugar

O coração triste não enxuga

O coração triste nâo enxuga

Molha todo sentimento

Alimenta a falta com ilusão

Olha em volta da montanha

Vive perdendo de vista

O que magoa muda de lugar

Tua cara

Pensei  que ficando longe

Iria mudar alguma coisa

A cor do arco íris

Não desbotou

Ainda faltou descobrir

O gosto que tem

Tua cara

A bicicleta é um sonho

A bicicleta é um sonho

Que realiza um olhar

Especial por onde passo

Admiro de verdade

Cada encontro

A bicicleta é um sonho

Lembro bem do momento

Lembro bem do momento

Que balança sem parar

Queria assistir de camarote

O que tanto aplaudem

Se ainda nem consegui

O prêmio de entender

Tudo na vida

Ninguém desaparece

Só muda de posição

O que fica de ponta

Ponta cabeça

Equilíbrio é tudo

Tudo na vida

17 de ago. de 2016

Doce como suspiro

Vou lá sem saber

Reflito e agito

Doce como suspiro

Desejo suspense

Retiro a palavra

Ganho o silêncio

Esperei a poesia

Esperei um sinal

Que não veio

Esperei na chuva

Por mais molhado

Que fosse

Esperei de verdade

Por outras vidas

Esperei a poesia

Mastigo o tempo

Mastigo o tempo

Pra te alcançar

Sempre que posso

Quando ouço

Na voz do vento

Não sabia que era impossível

De um momento nasce a alegria

Viaja o mundo e muito mais

O que nos faz diferente

Tem sempre sabor

Quer explodir

Voltar pra o infinito

Não sabia que era impossível

Tocando o dia

Eu sei não faz

Tanto tempo assim

Que vi o mar

Beijei as ondas

Olhando a saudade

Tocando o dia

16 de ago. de 2016

Libertando a paisagem

Quero sacolejar

Cérebro boia

E sem saber

Nada é nem nadar

Esquece a ilha

Libertando a paisagem

Doce satélite

Como te desejo por do sol

Que me faz sorrir tão

Abertamente aproxima mais

Decola o olhar numa órbita

Doce satélite

Café da tarde

Poderia dizer um pouco

Cafe da tarde

Quem sabe um mergulho

Formidável momento

Onde a diferença cria

Na raiva mudou

Ganhou a energia

De cada encontro

Café da tarde

Na poesia eu vejo o sol

Corri tanto que perdi o melhor

Ninguém se deu o trabalho de dizer

Nenhuma palavra prestou

Até o relógio se calou

Pra que o silêncio avisasse

Restou um olhar

Na poesia eu vejo o sol

15 de ago. de 2016

Conheço bem esse sorriso

Um passeio no olhar

Pra descobrir o dia

Bem devagar

Difícil sair da cama

Vontade que não falta

Conheço bem

Esse sorriso

14 de ago. de 2016

Infinito eu sou

Deixa eu espalhar

Ser um pouco eu

Estar em todos

Os cantos encontrar

Coração vem beijar

Infinito eu sou

O menino e o pássaro

O menino e o pássaro

Nem esticando o braço

Alcança as asas

Dos dedos sentem

Que pode muito mais

Passa a vida voando

O menino e o pássaro

13 de ago. de 2016

O samba no mar

O degrau escorrega na escada

Escalando sem pedir o lugar

Acenando para a janela

Esperei sem pressa

Até nascer na cuica

O samba no mar

Pimenta no olhar

Aquela língua saboreia

Morde de verdade

Arranca pedaço

Delira no sabor

Arde como o sol

Pimenta no olhar

O verde amadurece

O verde amadurece

Percebo melhor

Que o vento

Dar o fôlego

O retrato fica

Menos amarelado

Diferente esse mar

Diferente esse mar

Querendo engolir

Tantas ondas

Como montanhas

Invadem o sentimento

Adrenalina inesquecível

Qual a roupa de hoje

De uma cor sem igual

Tento distinguir

O que o camaleão

Guarda tão bem

Em cada desafio

Qual a roupa de hoje

Que o eco ficou na curva

Seria nada original

Perder a voz

De tanto gritar

E não perceber

Que o eco

Ficou na curva

Vejo o grão de areia

Vejo o grão de areia

Passear pelo oceano

Encontrar o caminho

Esperando a maré

De um lugar ao outro

Levar o sonho

Pra mais perto

Vejo o grão de areia

12 de ago. de 2016

Pede descanso

Pede descanso

Nunca para

Pra nada

Ainda reclama

A espera da pausa

Sabe de uma coisa

Sonhar faz parte

Gesto de amor

Não seria nada demais

O beija flor teima

Insiste em descobrir

Um generoso sempre

Encontro com a flor

Gesto de amor

Ninguém sabe pra onde vai

É na multidão que vem

Um mergulho de pessoas

Arrastando os pés

Uma fantasia maluca

Ninguém sabe pra onde vai

Eu acredito no casco da tartaruga

Será que ficou pra trás

Essa vontade toda

Entupiu sem saber

Virou poeira

Lugar cigano

Eu acredito

No casco da tartaruga

Venha viver

Libere a energia dessa música

Que mexe tudo em voce

Vai mais que o vento

Além do som sim

Habita o que ousou

Sabe aquele muro

Onde está a chamando

Venha viver

Inverno azul

Fico sem entender

Encolhido esperando

O frio passar

Inverno pra quem gosta

Admiro as roupas

Dessa época

Que esconde bem

O que não somos

Inverno azul

11 de ago. de 2016

Eu vi estrelas

Eu vi estrelas

Onde ninguém quis

Levei luz sem saber

Ganhei o sorriso

A esperança do olhar

Que abriu com o coração

Eu vi estrelas

Tecer o pensamento que me leva a você

Eu queria

Que uma vez

Fosse possível

Dar um beijo

No eclipse

E dessa lembrança

Tecer o pensamento

Que me leva a você

Se fiquei longe

Se fiquei longe

É que perdi a emoção

E o que era momento

Toda diferença faz

Não existe empate

Na vida

Lágrimas de alegria

Uma tristeza grande

Rodeia o coração

O que dar alívio

São suas ondas

Me dizendo

Fique em paz

Vamos derramar

Lágrimas de alegria

Jazz suave

Ei é você que me olha

Olhar inquieto

Onde foi mesmo

Que as vezes

Se fez dúvida

Namorar o talvez

A ostra que sai

Buscando a pérola

Muito bom te encontrar

Cante mais pra mim

Jazz suave

Viver com poesia

Agradar é fazer

O que outro precisa ver

Confundir funciona bem

Com a ironia do lugar

A beleza melhora

Quando os galhos caem

Aprender além das flores

Viver com poesia

O canto da sereia

Aproveitei o momento

O tempo engoli

Esperei o sopro

O vento não veio

Ficou uma brisa

Que de tão suave

A música deixou

O canto da sereia

Entre os dedos uma viagem

Entre os dedos uma viagem

Sem escalas olhando a chuva

A lua fugia pelas nuvens

Molhava o sentimento

Na saudade outro cais

Eu lembro das vidas passadas

Essa ponte é meu arco íris sem fim

Tem de tudo em abundância

Um olhar intenso de mar

De ondas que acariciam

Bem o coração da praia

Eu lembro das vidas passadas

Estou com frio de você

Fiquei de abraçar o sentido

E busquei o que parecia

Perdido olhei em volta

E acordei com a distância

Que a faz a gente acordar

Estou com frio de você

10 de ago. de 2016

O mistério tem esse gosto

O mistério tem esse gosto

Avesso a surpresa

Permite o ombro amigo

Sem esconder a saudade

Dando sinal de vida


9 de ago. de 2016

Signo de fogo

Posso ver a maneira

Como vê as coisas

Fico surpreso e admiro

O que a taça no vinho faz

Alcança o horizonte

E o sentimento dar

Muito mais

Do que recebe

Signo de fogo

Receio que seja um pássaro

Receio que seja um pássaro

Tentando sobrevoar o infinito

Percebo melhor a vida

Atravessa com desenvoltura

O que ninguém imagina

Se encontra no ninho

Nunca duvide

Nunca duvide

Muitas coisas boas

Nascem assim

Do olhar sincero

Beco sem saída

É pra os que esquecem

Que em cada esquina

O melhor quer te abraçar

Nunca duvide

Dejavu

Não percebi nem vi passar

Alguns segundos depois

Tudo parecia diferente

O vento lambeu tão bem

Que a paisagem mudou

O que antes esqueci

Era ilusão ou nunca existiu

Dejavu

8 de ago. de 2016

Dejavu

Não percebi nem vi passar

Alguns segundos depois

Tudo parecia diferente

O vento lambeu tão bem

Que a paisagem mudou

O que antes esqueci

Era ilusão ou nunca existiu

Dejavu

Embaraço

Qualquer que seja o embaraço

Desate os nós sempre

Cair e levantar

A moeda não sabe

Ficar em pé

Se precisar solte

O que tanto silencia

O coração

7 de ago. de 2016

Jovem é acontecer cada instante

Jovem é acontecer cada instante

Engolindo a saliva pra namorar o fôlego

Sentir cada dança como se fosse a última

A vida só dar medalhas

Olhe pelo que já passou

Descansar pra que serve mesmo

Jovem é acontecer cada instante

No livro o olhar

Se puder escolha

Coisas suaves

Leves no coração

Solte a roupa

Sinta o varal

O que seca

Dar sede

Acho que esqueci

No livro o olhar

Ilhando o coração

Desse mundo levo toda alegria

Se piso  descalço esfolo os pés

Nem por isso esqueço a dor

O que me leva a tantos lugares

Tenho de graça o sorriso do sol

Tocando no mar com as mãos

Sinto o útero da vida

As lágrimas são ondas

Ilhando o coração

6 de ago. de 2016

Vendo a tocha rir de mim

Desculpe hoje não estou divertido

Acordei ácido azedo

Mandando pra cima

Quem contrariar

Fruta estragada

Que esquece o pé

Lágrima de crocodilo doce

Enquanto isso devoro o coração

Esperando o dia passar

Vendo a tocha rir de mim

5 de ago. de 2016

A lenda do velho coração

Vários lados

Criando um vazio

Uma ilusão de muitos ecos

O que vem de volta

De novo em casa

Tem o atrito da chama

Que une todos momentos

A lenda do velho coração

4 de ago. de 2016

Venho de um lugar diferente

Venho de um lugar diferente

De gente que esqueceu o passado

Não conhece o presente

Rir do futuro

Eu sou uma pipa

Que voa sem o vento

Venho de um lugar diferente

Um pouco mais de saudade

Gostaria de ficar sóbrio

Sentir o cheiro do lugar

Abraçar a explosão

O momento que escoa

Voa no tempo

Traz de volta

Um pouco mais de saudade

2 de ago. de 2016

Da semente nasceu o beijo da vida

Esqueci de cobrir o céu de estrelas

Esvaziei o sonho deixando a página

Sem as palavras e busquei o silêncio

Esperando que alguém soubesse

Que na dúvida ousei acreditar

Da semente nasceu o beijo da vida

Amanhã virou museu

Os olhares parecem dispersos

Entre vários armazéns

A nostalgia do porto

Namorando os navios

O cais tem sim

Uma saudade de outro

Outro tempo de navegar

Amanhã virou museu

1 de ago. de 2016

Como um coração os pés doem

Cadê o chão

Esperneio tanto

Que perco o chinelo

Pelo caminho

Só assim lembro

Como um coração

Os pés doem

Entre as folhas um olhar

Entre as folhas um olhar

Penso escapar da alegria

Libertando o sentimento

Não entendo do que tanto

Sorri a solidão

Com você eu me calo

Escondo entre as paredes

A ilusão da muralha

Que não sou

Abuso dos sentidos

Me embriagando de ondas

As portas caem

Quando passo

Com você eu me calo

O beijo parece triste quando encontra a solidão

De um longo silêncio

Reflito bem

Diria mais

Sem palavras

Nasce a canção

O beijo parece triste

Quando encontra a solidão

O sorriso de cada lugar

O que se distrai

Não perde tempo

Voa no pensamento

Fazendo o mesmo

Vem o sol lembrar

A coragem de outro

Jeito de viver

Acho que perdi

O sorriso de cada lugar