Bem que eu queria saber
Onde se esconde o por do sol
E faz nascer uma lua tão cheia
Cheia assim de desejos
Que a maré se revolta
E só amansa
Quando adormece o coração
Bem que eu queria saber
Onde se esconde o por do sol
E faz nascer uma lua tão cheia
Cheia assim de desejos
Que a maré se revolta
E só amansa
Quando adormece o coração
Estou cansado
De me esconder
Correr de mim mesmo
Tentando alcançar
A sombra que faço
Como morder
O próprio rabo
Sem sentir dor
Ego
Sensação que deixou
Passar sem saber
E só perceber
Bem depois
Quando encontra
O pensamento quieto
Quieto no quarto
Espero as nuvens
Abrirem caminho
Dando um novo colorido
Ritmo devagar
Que faz o sentimento
Pensar em ser um sol
Um brilho que aqueça
Espero as nuvens
Deixa a música entrar
Invadir os espaços
Brincar com todos silêncios
Nem que seja
Por alguns segundos
Saiba o que está
Ouse cantar
Deixe a música entrar
Empurra sem parar
Escolhe o canto
Onde sentar
Um passeio inusitado
Horário confuso
Olhares desconhecidos
No vagão se reconhecem
Passageiro e sentimento
Nos trilhos da estação
Geralmente não presto atenção
Nem no espelho principalmente
O que distorce fica em pedaços
Que insisto espalhar
Pra não ser tão chato
Digo que tenho
Tenho memória seletiva
Numa dança
Vejo muito
Muito mais
Que a coreografia
E movimentos
Entrelaçam encontros
O coração favorece
A dor separa
O que não precisa
Ficar
O que for
É pra valer
Desmancha no tempo
E o valor não se perde
Algo forte
Que ficará presente
Rente ao coração
O que for
É pra valer
Momentos fortes
São assim
Críticos por natureza
Não escondem
Sentimento vem
Onde tudo
Pode mudar
Pula a fogueira
A dança começa
O milho quente
Maçã do amor
Chapéu de palha
O balão vai subindo
Vai caindo a garoa
Festa Junina
Seria pouco
O que tenho
Um olhar e sentimento
Que a paisagem guarda
Acenando sempre
Inverno azul
Busque mais
Enfrente o momento
O medo é a mola
Que não emperra
Como alavanca
Mude ou tudo para
Nunca diga nunca
O que não escapa
Nem te conto
Como alcançar
O próximo degrau
Dar até medo
Nunca diga nunca
O dia não corre
Tem seu ritmo
Nada desaparece
Nem o relógio
Tudo tem seu lugar
E o que acontece
É poesia e música
Gostaria sim
Ficar mais
Um pouco
Sentir o calor
Fugir do inverno
Namorar a coberta
Olhar a janela
Anunciando o dia
Acrescente o silêncio
Das palavras breves
O que o outro não percebe
E ajude sempre
Sem pedir muito
O necessário virá
Um anjo bom
Sobrevoa as trevas
Olha sem pedir
Não escolhe a dor
E cuida sempre
Um anjo bom
Não é de longe
Esse brilho certo
Que arremessa
Faz qualquer horizonte
Ser pequeno
Quem abre o caminho
Está em voce
Não existe mal algum
Quando não se sabe
O quer quer
E das entranhas
Que sai
O caminho livre
De idéias
O saber enjaula
Tem coisas
Que nem explicando
Ninguém entende
As vezes penso
Que seja
O momento que estamos
De bem com o espelho
Quem atravessou
Sabe o valor
Da ponte sem esquecer
Que os detalhes ficaram
E que do outro lado
Nada ficou fácil
Só ganhei
Outros desafios
Traduz
Como se sente
E nunca
Será uma pergunta
Porque respostas
Mudam de lugar
E o que traduz
Será sempre você
Acordei com saudade
De lugares simples
Que agitavam o olhar
O tempo era sempre
De sorrir e brincar
Talvez não tenha sido
Um sonho qualquer
A poesia lambe
Sente e descobre
Que a vida é
Suor sempre
Quente ou frio
Não tente
Seja um passo
De cada vez
Gostaria de atravessar
Paredes ou ser invisível
Esquecer a sombra
Que faço
Tentando me esconder
Da luz que ainda não sei
Ver sem os olhos
Nada escapa
Desse olhar
Que tudo observa
Absorve sentindo
Que o momento
Não morre
Tem destino
Os rios morrem de sede
Que tempo estranho
Ninguém sente o que muda
Nas cheias um vazio
Que escorre a saudade
Pra onde foi o rio
Numa correria danada
O cotidiano atropela
Tudo em demasia
O tempo menospreza
E naturalmente o mar
Aproxima o meu olhar
Ninguém se torna
Um vilão da noite pro dia
Precisa esgotar bem
Esfolar o ego
Se despir muito
E sinceramente
Nunca ser de verdade
Um silêncio danado de bom
Uma soneca sincera
Manjar dos deuses
Que liberta a magia
Momento mágico
Entre as ondas
Aquele barco
Enfrenta o horizonte
Esquece a âncora
Não diz nada
Além da brisa
Se fechar os olhos
A viagem começa
Desperta o coração
A emoção nasce
De um sentimento
Sem igual intenção
De esperar
Fingir que é gente
Dá muito trabalho
Ninguém reconhece
O esforço danado
Que só ganha retorno
Através de elogios
E críticas severas
Onde foi parar
Aquela foto amarelada
Que não escondia
O segredo era poesia
Tinha a essência
A fragrância que permitia
Que o tempo durasse
Numa doce eternidade
Sei que ser sincero confunde
Cria alardes surreais
Contamina o ambiente
Faz o sentimento se espremer
Em conta gotas de educação
Que só as crianças reconhecem
Gostaria de voar
Sentir o chão
Ficar longe
Perderia a raíz
Do que agora sou
Mas, só assim
Se pode voar
Queria explodir
Em mil estrelas
Virá constelação
Aprender com os cometas
Me despedir da lua
Me queimar no sol
Tudo porque
Porque tudo
É sempre assim
Mente nebulosa
Precisando de um refresco
Lixo mental
Entupindo as idéias
Qualquer que seja
Quem sabe essa chuva
Que cai forte
Atravesse a janela
Troquei tanto
Tantos olhares
Acho que fiquei
Cego de não ver
O que vale a pena
O frio não aquece
Só faz tremer
Quem esquece
O calor do coração
Nem faço idéia
E o que seria capaz
De um ninho estranho
Ser parecido
Na chuva forte
Alcança o olhar
Que não cansa
De ver além
A lenda da fogueira
Lindo é um lugar
Que deixamos pra trás
Por querer encontrar
Outro ainda melhor
E de tanto procurar
Virou passado
A luz que emana o bem
Ilumina o caminho
Prospera na perseverança
E tem um olhar natural
Pra que saiba
O valor da vida
Na oração habita a luz
Ramatis
Vivo naquela solidão
Que é dolorosa na juventude
Mas, deliciosa
Nos anos maduros da vida
Um jeito aberto e simples
De descobrir o quanto faz
Falta ser pequeno de novo
Respira fundo
O que sobrar
É festa sempre
O estímulo comum
Só vem abrindo
Como flor selvagem
Esqueci de ser
Ter cuidado
Agir sem pensar
Cabecear paredes
Escorregar sem olhar
Ignorar abismos
Acho que cansei
De fugir da rotina
O que eu faço
Com esse silêncio
Que me encontra
Me fala muito
Muito alto
Sem emitir
Um único som
É muito bom mesmo
Germinando idéias
Destilando a respiração
Resposta sem pergunta
Parece confuso
Como um nó
Que só desata
Abrindo os olhos
Várias cores tem
Tenho que admitir
Que não consigo
Fugir do caos
Um mergulho no furacão
Revigora e mexe
Fundo no que antes
Parecia quieto
Nunca sei
O que esquenta
No frio forte
Chocolate quente
Sopa esfumaçando
Chá com canela
Café forte
Ou apelo pra cachaça
Dissem que banho frio
Ajuda muito
As pessoas não são
Tão legais
Como pensaríamos
Que fossem
Não tarda o momento
Saem da casca
Perdem a máscara
E todas as desculpas
São plausíveis
Diante a ótica
Que cada um faz
Um do outro
Onde ficou
A parte legal
Inventando moda
Sarna pra se coçar
Que não leva jeito
Nem queime a vez
Sem risco
O que seria
Como seria
Ficar de bem
Ver o dia nascer
Sentir a chuva
Cair no rosto
O vento leve
Namorando os cabelos
Ou simplesmente saber
Que existem dias assim
Fico muito triste
Quando não posso
Cantar livremente
Em qualquer canto
Que esteja
Um longo silêncio
Pedindo um abraço
Como pedir ao pássaro
Que não cante
Fico muito triste
Frases soltas
O coração acelera
Véspera ainda
Estrela me diz
O que não vem
Doce solidão
Frases soltas
Nada no limite
Me interessa
Causa tédio
Agoniza o momento
O que alivia
Está além
Nasci assim
Inunde o egoísmo
Com constantes abraços
De gratidão pela presença
Nem que seja silenciosa
E sem perceber
Dedique mais
O que ninguém
Pode fazer por você
Nada pode ofuscar
Esse brilho no olhar
O dia nasce nublado
Pra quem fica
Fica nas nuvens
Nada pode ofuscar
Cadê você
Realmente fantástico
Essa guitarra
Sobrevoa minha mente
Tempo rebelde
Rolam as pedras
Fone quase ensurdecedor
Coitado dos tímpanos
Um solo agudo
Rompendo o coração
Cadê o menino e a guitarra
Acho que tenho
Muitas versões
Dentro de mim
Do enlouquecido
Ao sincero com dúvidas
Um tem o freio
Que se disfarça de medo
E tem o que voa forte
Em tantos pensamentos
Que custa muito
Em aterrisar na vida
Acho que tenho muitas versões
As folhas caem
O olhar não foge
Busca o vento
Na sombra da árvore
Um descanso que há muito
Muito tempo esqueci
Quando vejo
Uma estrela
Esqueço que a vida
Não é um olhar
Que esconde
O melhor momento
De escolher
Cada desejo
Ainda tento
Ser lento
Perceber o vento
Nadar no sentimento
Acredito realmente
Que ninguém mente
Porque ainda somos sementes
Eu sei
Que não sou
O único assim
Que se repete
Na exaustão
Veste o relógio
De um tempo
Onde a dança
Não esquece a música
O sentimento tinha valor
Entre um lugar
A ponte existe
O vale escondido
Pensamento vem
Nada é longe
Nem por isso
Chega logo
As vezes o dia
É assim como um abraço
Que não esconde o sorriso
E vem firme querendo
Colar no coração
Juntando os cacos
O que não se abre
Ainda não estar
Pronto como o dia
Que abre em luz
Faz qualquer momento
Um sentido mágico
O pensamento ver como milagre
Esse sorriso que esquenta
Abraçando o dia
Acreditar é uma faísca
Que ganha forma
Afasta a escuridão
Esquenta sem queimar
E o olhar não esquece
Mesmo que demore
O sonho só acorda assim
É algo que arranco
Do peito sem sentir
Assola de inspiração
Um suor que invade
Me faz em pedaços
Direções sem fim
Um infinito no coração
Seria tranquilo
Se fosse apenas
Distribuir olhares
Gestos e ações
Mas, é muito mais
E namorar a vida
É conseguir aprender
Que os espinhos ensinam
O que o coração ainda
Não ver de verdade
Namore sempre
O que há de melhor
Em voce
Onde sai dos trilhos
O coração derrapa
Rasga o sentimento
Pedaços sem fim
Vão se espalhando
Esse caos amansa
Descansa bem
Ninguém desaparece
Por acaso
Ausência sentida
Ou esquecida no tempo
Que a saudade só lembra
Quando se namora o mar
Quem abriu a porta
Deixou entrar
Essa luz no olhar
Que me faz sorrir
Acreditar sempre
Mesmo que demore
A vida insiste
Lá vem o sol
Não desiste
Lá vem o sol
Tudo sai do lugar
Como uma miragem
Que apanha com o tempo
Ninho de pássaros
Pensamento longe
Não esconde a solidão
Lua linda
Ecos do passado
Meu, seu passado
Sorriso que escorrega
No tempo através dos olhos
Um lugar assim
Além da amizade
Muita sede ao pote
É problema na certa
Seduz a lógica
Bagunça a intuição
O caminho acelera
Desperdiçando as paisagens
Atalho que distrai
É fácil confundir o que é
Com o que deveria ser
Sobretudo quando
O que é funciona
A seu favor
Se é pra desconversar
Eu sou craque
Nem discurso político
Consegue convencer
Emocionar o coração duro
Quando a língua se torna
A maior cobra do mundo
Aquele que devora
A própria cauda
Ouroboros
A ilusão se desfaz
Nada pode alimentar
Um oásis no coração
Curvas enganam
O que estava reto
Certo é um alvo
A ilusão se desfaz
Sempre um novo
Nascer
Não seria capaz
De esquecer
A ajuda
Que faz
Seu brilho
No meu coração
Obrigado sol
Seria desnecessário
Tantos gestos
E palavras ao vento
O que semeia
Vai além do momento
A árvore só dar sombra
Pra quem teve
Um caminho árduo
Música sem letra
A viagem namora
Percebe a âncora
Antes tarde
Do que sem ilha
O sol nasce
Vem pra cá
Vou me perder
Pela cidade
Escolher vitrines
Vestir o olhar
De fazer feliz
A próxima rua
Essa busca
De melhorar
Como pessoa
Tem um algoz
Que não desanima
Afugenta e esperneia
E diz o tempo todo
Eu vim pra sorrir
E escolho sempre
Não chorar
Rever o passado
Olhar com admiração
Desfazer pegadas
Sorrisos e tristezas
Se misturam de saudade
A essência no silêncio
Fazem das palavras
Um sentimento único
Despejar a loucura
E algum canto
Não dar atenção
Ter no olhar
O que o pensamento
Insiste em lembrar
Um nó que aperta
E só afrouxa
Quando se ama
Outra vez a vida
É uma conta
Difícil de se fazer
Por a paciência
No equilíbrio
De tudo
Dar as mãos
Querendo segurar
O cotidiano é um olhar
Que não observa
Devora a todo momento
Sentei sobre
A grande árvore
Senti sua sombra
Aconchegante descanso
Folhas dispersas
Um abrigo para prosseguir
Elevar o coração
Preciso de um conselho
Verdade clara
Ombro amigo
Um coração que lembre
Que não são dias nublados
Ou noites chuvosas
A luz não se esconde
O caminho bom
É maior
Saiu assim
Sem jeito
Dando sinal
Sinal de vida
Mãos invisíveis
Um compasso
Pedindo a dança
A coreografia nasce
Poderia sim
Mergulhar de cabeça
Arregaçar as mangas
Cair dentro
E sem explicar
Descobri o porque
De tanto sentimento
Lua cheia no olhar
Nem vem
Que não tem
O eco é assim
Reflete quem
Não está presente
Tem a admiração
De longe nasce
O eco da vida
Nas entrelinhas
Escapam os detalhes
Ninguém disse
E quem não sabe
Que são nas palavras
Que moram os melhores silêncios
Tinha pra mim
Que os momentos passam
A saudade cresce
As músicas mudam
Outras nem com o tempo
Até o sabor fica mais
Apurado de sentimentos
A gente passa
Os momentos ficam
Arrastou multidões
Sem dizer
Nenhuma palavra
Ganhou muitos olhares
Presenteou com abismos
E promessas formidáveis
Escondeu a coragem no medo
As vezes me pergunto
O que tanto falta
Que não vejo
E insisto em olhar
Até o sol
Se por no mar
Era delirar
Descobrir cada suspense
Atrás daquela luz
Num canto qualquer
Saindo da escuridão
Um mundo mágico
Que fazia tudo
Tudo acontecer
Onde ficou
O cinema
A surpresa
Qualquer que seja
Se revela
Acena o caminho
A escolha nem sabe
Onde vai parar
A vida é cheia de surpresas
Quando o pensamento voa
Nem o vento segura
Não dar pra ver
As asas do beija flor
Se é pra sonhar
Que namore bem
A imaginação sempre
Aprume o vento
Assuma a vida
Roda gigante
As vezes lá e cá
Arrume o sentido
Ordem no caos
Frio com sol
Mistura especial
Aquece o coração
Mesmo com frio
Um sol que sabe
E não esconde
O melhor calor
Já tô fungando
No cangote do dia
Alargando o coração
Abandonando a solidão
Quem não olha
Nem repara
Que o dia voa
Não tem como
Tem que se arrastar
Encarar o horário
E manter o humor
É difícil desejar
Só tem um jeito
Deixe algo
Em voce sorrir
O cenário nasce pronto
Por mais que mude
Perturbe o sono
Quebra cabeça
Cenário da vida
Ninguém prospera
Sem querer
Ou de pura sorte
Aliás sorte é um sorteio
Que realizamos pelo cotidiano
Criando méritos
Através de sementes
Quando a escolha errada
Atrapalha muito
Mudamos a escolha
É a essência de prosperar
Se fosse no passado
Eu teria achado
Tudo isso impossível
Agora sei
Que nada é impossível
O pior daquilo
Que imaginamos
É verdade
Prefiro pensar assim
Não encontro razão
Para escrever
Só intuição
Que não tem nada
Nada de só
Até a solidão é acompanhada
De tanta saudade
Que não cabe
Em tantos sentimentos
As lágrimas invadem
Uma maré cheia
De emoções
Nada fica a margem
O que tanto faz
Um coração no engarrafamento
Penso que sei
Que com asas
Irei ver mais
E sobrevoa o sentimento
De que as nuvens
São leves
Que o caminhar
Acontece quando
Os pés aterrisam
Sentir o momento
Aproveitar o que parece
Sem rumo
E nem horizonte
Abreviar as palavras
Com olhares que completam
Arremessam ao infinito
Tentando aprender
A parar de correr
Correr tanto
Como um louco
O cotidiano engole
Nada disso é
Desculpas pra não ser
Menos agitado
E descobrir a serenidade
Resposta não garante
Nem sempre satisfaz
O apetite só muda
Muda de lugar
Doce ou amargo
A pergunta só sobrevive
Senão fica só
Aguardando a vez
E o dia responde
Vamos acordar