Percebi que o lago
Olhava pra cabana
Sem entusiasmo
A lenha na fogueira
Se fosse um quadro
Esconderia a parede
Infinito azul
Percebi que o lago
Olhava pra cabana
Sem entusiasmo
A lenha na fogueira
Se fosse um quadro
Esconderia a parede
Infinito azul
Gostaria de levar
O que é invisível
Aos olhos um pouco
Esse conta gota
Puro colírio
No galpão da vida
Só tenho guardado
Há muito tempo
Como num filme
Que por mais
Já saiba o final
Um brilho
Que não se apaga
Anima com a saudade
Importa muito
Poeira das estrelas
É bom saber
Que faz sentido
Descobrir o dia
Folhas no chão
Chuva distraída
Dedos soltos
Querendo a solidão
Cadê o abraço
Diz o que vem no pensamento
Um mergulho e tanto
Tanto mar
Um olhar na serra
Na alegria vem a lágrima
A saudade voltou
Despertou o coração
Preciso falar pouco
Conhecer a ostra
O silêncio ajuda
Não existe a solidão
Quando acompanho
O rio sem perder
A margem da vida
Precisa a canção ecoar
Vestir a mesa com alimento
Que ninguém ver e sente
O perfume corre sempre
Com esses detalhes
Vai conhecendo
Um toque a cada dia
Ao redor do coração
Sendo poesia
Porque distrai
Tem um ar
Inquieto
Que não sossega
Se fosse uma pipa
Namoraria o vento
Pra te alcançar
Desejar um coração
Por essa não esperava
Ficar de língua de fora
Abandonando o fôlego
Quem sabe em cheio
Encontrei o olhar
Pão amanhecido
Estou feliz em saber
Que tem mudado
Outras flores
E frutos
Raízes novas
Os lugares são espelhos
Alguns adoram o reflexo
E tem alguns que preferem viver
Estou longe de mim
Querendo acreditar
Que já estive
Em outro lugar
Perto demais
Nem notei
A poesia
Antes que fosse buscar
Gostaria de fazer um pedido
Caso voltasse algum dia
Que trouxesse um pouco
Do que viu na caminhada
Sei que irá levar
O que faz pulsar
Estrela amiga
Inquietante silêncio
Ecoa um prazer
Sem palavras
Como esticar
O arrepio que prolonga
Cada sentimento
Destino
O que nos leva
A lugar nenhum
Reclamar como pretexto
Assumir desculpas
Como escudo
A vaidade se orgulha
De ser o que não é
O espelho sorri
Sem parar
A ilusão saiu da vitrine
O presente não cabe
No bolso do olhar
O aniversariante só pede
Que aprenda a mudar
O Natal de verdade
É dentro
Como se não bastasse
Ainda somos confusos
Damos muitas cabeçadas
E por mais difícil
Que pareça o espinho
A estrela de Belém anuncia
Que não há presente melhor
Que a lição que nos deseja
Sempre um caminho de amor
Jesus Cristo Natal
Acho que nunca tive tempo
De acordar pra os detalhes
Agora busco o silêncio
Escondido das conchas
Do olhar que toca
O mais profundo desejo
De estar ao seu lado
Dejavu
Pegando leve
Alguns diriam
Suave
Quem sabe
Delírio
Uma mensagem
Que vem
Dando saudade
Aprendendo com a dor
O que tem
Debaixo do tapete
Caiu escondido
Ou botei lá
Pra ninguém ver
Até que em algum dia
Saia do mistério
Calado camaleão
Se fossem pedaços
Como mastigar
Cadê o sabor
Engarrafado olhar
O que mais posso
Está derramado
Distante coração
O que me faz lembrar
Que a lenha vira brasa
Se queima
Passou do ponto
Pronto viu
Você sorriu
Tomei um chá de palavras
Engoli o sentido
Do que era
Amargo e doce
Acho que já sabia
Que a pressa
Tira o sabor
De cada dia
Já tive tantos medos
Que perdi o absurdo
A ignorância correu
Fiquei sozinho largado
Sem saber o que fazer
Altos e baixos
O ego vira poesia
Poeira pura
Pra que limpar
Sem folhas
No chão
Tem um toque
Que espalha
Por todas estações
O ego vira poesia
Estou onde você
Menos espera
Nada é perdido
A lembrança traz
Dar um mergulho
Te faz respirar
Melhor cada vez
Que descobre
O sorriso de viver
Queria descansar
Esqueci de parar
Fiquei na ponte
Sentindo saudade
Do tempo que não perdia
O fôlego tinha a vontade
Queria descansar
Esqueci de parar
Fiquei na ponte
Sentindo saudade
Do tempo que não perdia
O fôlego tinha a vontade
Esqueci de fechar a porta
O vento fazia a festa
Parecia explodir
Com a parede tremendo
De tantas pancadas
Faltou coragem
De levantar
E perder a soneca
Que seja livre
O gesto de acenar
Lá de longe
Como uma ilha
Tímida que parece
Que o mar engole
Tá lá esperando
Que venha pedir
Sua presença
Passou correndo
Nem lembro a sede
Outro caminho
Tinha que ser
A música trouxe
O tempo todo
A beleza
Teu jeito de lua
Bem leve
A folha solta
Sabe o caminho
O vento mexe
No galho a dança
O ninho descobre
Quem tem asa
Conhece o medo
De ficar no chão
Gostaria de ouvir
Esperar o olhar
Ver o coração bater
Se eu merecer
Um pouco de café
Não existe o contra
A corrente sabe
Quem prende
Se afoga no raso
Quando a ignorância
Pede passagem
Pra que fugir
Inevitável encontro
Nuvem passageira
Parece que esconde
Tem tempo
Que não te vejo
Sorrir de verdade
Estou tão perto
Que esqueço
De agradecer
Dar um abraço
Invisível aos olhos
Assim é a vida
Estou boquiaberto
Um mágico olhar
Nem de longe imaginei
Que soubesse de verdade
Nada faz mais falta
Do que esquecer
O próprio coração
Apagar a dor
Sentir a ferida
Desvendar o momento
O que parece impossível
A lágrima descobre
Que tudo passa
A pele arde tanto
Exagerei muito
Em assistir sentir
Um pouco de suas ondas
Vale sempre o preço
Muito sol
Não vou deixar
Esquecer o amor
Do sol nas ondas
Mesmo que demore
A me ver entre as ondas
Uma gaivota buscando
Onde você está
Acredito que tenha perdido
A vontade de esquecer
O quanto é bom
Admirar os pés molhados
Quando a maré vem
Lembrar a vez
Nem tudo o mar leva
Muitas ondas na memória
O que se faz
Quando o dia sorri
Abraçando o silêncio
Pedido de gratidão
Numa taça de vinho
Vejo o que torna
O que antes era
Uma doce ilusão
Alguma coisa parece
Está fora do lugar
Como se estivesse
Faltando a cor
Que não veio
Se escondeu
Na solidão
Pedi um olhar
Veio uma flor
Pedi um beijo
Veio um desejo
Pedi o perto
Veio um horizonte
Olhar flor beijo
Desejo horizonte
As vezes preciso
Fechar os olhos
Abrir mais
O que confunde
Um labirinto
Sem saída
Olho do furacão
Venho de um lugar
Que não lembro
Só sei que preciso
Voltar pra descobrir
A falta que faz
E diz muito
Aqui dentro
No coração
Ninguém permite
Que o pássaro voe
As palavras prendem
O medo de amar conhecer
Dança sem música
Dando um beijo na saudade
O intervalo preenche
Com silêncio a boca
Que percebe os lábios
Vazios de palavras
Um tesouro que brilha
Que pra desenterrar
Só abrindo o coração
Reconheci a música de longe
Corri pra alcançar o violão
Uma saudade que invade
Aquece olhar
Ainda canto toco
Sentindo a paisagem
Que pede o coração
Indo pra onde você está
Espero encontrar um pouco
Daquele lugar se ainda existir
Quando o coração muda
Não esquece o que conheceu
Sabe que a pintura
Não perde a inspiração
Só um pouco de chuva
Pra molhar a garganta
Tirar o seco do olhar
Que sem lágrimas
Não tinha como chorar
Só um pouco de chuva
Deixa pra lá
Sacode a poeira
Se não deu
Fica pra próxima
O certo é que nunca
O mundo para pra você
Entre o sol e chuva
Existe o arco íris
O pote se chama viver
Vamos de novo
Espero a brisa
Sem sombra
O calor castiga
A pele sofre
Pede descanso
Se fosse fácil
Não seria vida
Cairia facilmente
Semente no olhar
Brotar no chão
Quando o deserto
Em volta tenta
Alcançar o oásis
Tenho muita sede
Estrela guia
Se eu pudesse voar
Iria ver o que tem
Nas nuvens quando
Chove trovão relâmpago
Quem sabe um choque
Pra acordar
Matrix
Tem o dom
De me dar
Opções difíceis
Querer o engano
O brilho da ilusão
O coração escolhe
Cálice de madeira
Soube que as vezes
Existe o encontro
O deslumbre e magia
De ver mesmo
Por um instante
Um amor de eclipse
Chamei até perder a voz
Esqueci que o eco
Não se calava
Veio um silêncio
Abraçado uma luz
Se despedindo
Na poesia um por do sol
O que faz do caminho
Um lugar melhor
Talvez seja
O sentido
Que busco
Quando quero
Soltar as amarras
Se tivesse visto
Acreditaria
Que a ilusão
Está no espelho
Que torna o sonho
Uma viagem sem escala
De um jeito
Ou de outro
Foi bom
Sentir
Que o que corre
Não é o tempo
De chegar
São as pessoas
Que não desistem
De aprender
Que sorrir
Acontece
Mesmo dando voltas
Soltando as correntes
Dando beijo na âncora
Libertando a saudade
Deixando a brisa do mar
Ganhar no olhar
O horizonte
Na mesa do coração
O bolo vira poesia
Agradecendo parabéns
Queria te dizer
O quanto faz
Falta não te ver
Só imaginar que
Ainda não sei
Quando o tempo
Vai trazer
Você de novo
Se fosse pra ficar sério
Descobriria os lábios
Que escondem o sorriso
Iria além dos sentidos
Como pode o sol
Guardar tão bem
Nublado amor
Vou correr
Pra ver
Se alcanço
O que tanto faz
Quando o vento
Encontra a curva
Quando o pescoço doi
Deve ser porque
Se cansou
De olhar
Tanto os pés
E os lados
Solte o que não precisa
Abra a gaiola
Pra tirar o delírio
Olhar o retrovisor
Demorar um pouco
Pra admirar o mar
Não deixar passar
A melhor onda
No coração
Por um momento
Passei um susto
Como areia molhada
Moldada a pegada
A maré levou
Com a memória
O sentimento
De alma lavada
Virando página
Você disse muito
Acreditei no pouco
Só confiei nos olhos
Perdi o que estava
Atrás do sol
Estava ali
Sem querer
Encostado
Esperando
O vento
Soprar
No galho
Solto
Quase
Caindo
Vem
Com o tempo
Pensei estar num lugar
Que aceitasse a luz
Como um castelo de areia
Fiquei de mãos vazias
Num mundo largado
Coração vagabundo
Cansei de bater na porta
De gritar pra fechadura
De enrolar a fechadura
Dando voltas sem fim
Acordei quando parei
De insistir com o reflexo
Aprendendo a sorrir
Como se não bastasse
Escorreguei na casca
Pisei onde estava
A banana da vida
Com a curva aprendi
Quem nem tudo é reto
Na vida só o coração
Consegue ver mais
Que que tem
Fugir um pouco
Olhar pra gota
Que cai das nuvens
E galhos da árvore
Onde o ninho sabe
Que você vai passar
Quase esqueci
Quem demora
Não sente
O tempo passar
Quem espera
Segura a paciência
Quem observa
Namora os extremos
De que lado fica
A emoção de viver
Ver o sol voar
Pelo horizonte
Rebelde raio
Que insiste
Ir além das nuvens
Quando chove
Vejo teu arco íris
Poderia por
Como troféu
Cada vez
Que aceitasse
Perderia o estímulo
Tiraria a fome
Da preguiça
Pra que avançar
Se posso repetir
Coração enjoado
Penso que as mãos
Estão vazias
Que os pés
Sentem
Na beira do rio
O que tanto
As águas querem
Dizer sem palavras
Estou longe
De onde nasceu
Igarapé
Vem de lá
O vento beija
Dando saudade
Não sei quando
Volta aqui
De quem viu
Viveu outra época
Soprei forte
Demorou
A estourar
Por mais forte
Que fosse
O fôlego
Vontade de gritar
O coragem nada é
Como um impulso
Vira onda
Desmancha
Depende
Que seja
Vontade
O que não vale
É deixar
O tempo passar
Um eco
É o que preciso
Pra te ver
Ouvir de novo
Roçar na areia
O que a concha
Namora nem o mar
Ousa separar
Além do coração
O que perco
Acredito que
Exista o propósito
Da semente que não ver
Árvore e a fruta
Percorrer o caminho
Quando a solidão
Encontra o amor
O prato fica transparente
Transborda a toda hora
Não resisto a dança
Inquieto desejo
O tempo diz
Não vou correr
Se quiser lembrar
Que a roupa muda
De palco
O vestido não engana
Será que esqueci
De lembrar
Que a areia
Não disfarça
Avança
Diz aos pés
Só te molho
Com a maré
O que busco
Parece fugir
Entre os dedos
Escorrega sempre
Dar um arrepio
Que vai no vento
Daria um enorme
Salto de alegria
Te ver atravessar
Esse mar de tristeza
Espero que o desafio
Ajude a conquistar
O espaço vazio
Que ficou no coração
Entre um e outro olhar
Não esqueça de cumprimentar
O dia agradece
Perdi o gosto de saber
Que a saudade não foi embora
Ganhou o casulo da borboleta
Que sem as asas ainda
Esquece que a pressa tira
O tempo de cada estação
Nem tudo é do jeito que penso
Queria rabiscar
Sentir tua pele
Encarar o sol
Espreguiçar o mar
Abrir o que não vejo
Sem que voce soubesse
Num folego e desejo
Admirar teu por do sol
Queria rabiscar
Tolerância é algo que escapa
Como escada com casca de banana
Cada degrau parece infinito
Sem sair do lugar até aprender
Enquanto não enjoar nada muda
Que vontade doida de subir
Ao sabor das emoções
Crio coragem
Sorriso solto
Invade a boca
Que detalhes o que
Nem precisa
O que é junto
Nem em pedaços
Se perde
É um delírio te ver
Entre as montanhas
Te sentir nos vales
E do nada sair
Num olhar
Merecer a pintura
Que nasce
Merecendo o coração
O que me traz
Mais perto
De você
É o mergulho
Que não faz
Sobrar nada
Aqui do lado
De fora
Sem avesso
De uma frase
Escondo a fogueira
O que passou
Ainda tem lenha
Das cinzas
Estou de volta
Acendendo a poesia
Quando desperto
Vejo passear
Sem correr
O corpo pede
Fique mais
Mais um pouco
Antes que tudo
Acorde de vez
Quando a vida
Te dar um beijo
Cheguei tarde
Talvez fosse
Para amadurecer
O tempo corrido
Entre uma chuva
E outra
Ainda sinto saudade
De cada banho
Privilégio das nuvens
Quando abraço
Os sentimentos
Algo se liberta
Aqui dentro
Segue o rio
Encontra o mar
É bom bagunçar
O coração
O que não tem solução
Deixa o coração levar
Pra que se desesperar
Que a chuva já vem
O vento anuncia
Sempre antes
Olhar quieto
Se não fosse a dor
Já teria chegado
E por mais
Que insista
Tudo volta ao começo
Parece que enquanto
Não acertar
Não sairei
Do lugar
Teimosia
Penso que não adiantou
Ajudar sem pedir
Mergulhar
Sem ver
O fundo
E perceber
Que era raso
A solidão
Ainda me assusto
Só sei esconder melhor
Mergulhar sem fôlego
E dizer tudo bem
Diante do perigo
Que me impulsiona
A ser mais
Que um momento
De paz
Nada disso
Faria sentido
Se a boca
Calasse
Em silêncio
Brotando
Estou onde
Nunca imaginei
No coração da poesia
Seria claro
Se soubesse
O diamante
Ainda me contento
Com o simples carvão
Sem roçar a pele
O sol toca
O que bate
No coração
A vida é mudança
Do que era antes
Deixou de ser
Sem quebra cabeça
O guarda chuva
Não guarda a chuva
O beijo não revela
A lágrima escondida
A vida é mudança
Não está aqui
Voa pelas nuvens
Um sonho acordado
Aguardando os olhos
Que parecem abertos
E tão longe
Não está aqui
O dom de fazer
O outro sorrir
Deve ser uma dádiva
Sem preço e valor
Ganhando o vento
Como uma pluma
Descobre o melhor
Que insistimos
Em guardar
A flor se abre
Quando encontra
Outras vidas
Caso não bastasse
O absurdo atravessa
Namora o surreal
Devora o tempo
Nem de longe
Perde de vista
Acompanha como sombra
Sem dúvidas a vida seria
O que chamamos de tédio
Se não me engano
Perdi o nó
O sapato e a vez
Esqueci o calo
A dor de repetir
Sem voz
Na garganta
Cada vez
Que o amor chegar
Senti que passou
O momento
Nem assim
Joguei fora
A letra no papel
Ganhou o sorriso
De ficar amarelo
O medo ficou
No passado
Acredito
Que não esqueci
De sentir
Cada abraço
Colo
Sorriso
O que faltou
Escondi
Nas lágrimas
Saudade
Estou onde
Nasce a poesia
Eu não brinco
Com o coração
O mar atinge
As ondas
Colorindo
Deixando aparecer
O que ainda sonho
E já sou eu
Se fosse pra conquistar
Escolher a flor sem espinho
Não valeria o coração
Nem o perfume bastaria
O amor conhece
Quem sabe ser
Muitas vezes
Um jardim
Será que te faz
Dançar sorrir
Partir namorar
Colar cada pedaço
Só sei que é
Bom te ouvir
Som do coração
Olho no olho
Parece fugir
De cada encontro
Encanto e lugar
Como imã atrai
E afasta sem
Sem pedir
Além das palavras
Olho no olho
Descobri que só bastava
Estender as mãos
Esticar os dedos
E deixar os primeiros raios
Raios de sol
Tocarem o invisível
Desejo de amar
Começar outro dia
Teria coragem
Se soubesse antes
Que viria como flor
Pétala e solidão
Quem sabe seja
Um pouco do desejo
Que tenho guardado
Pra você
Ainda catando
Conchas do mar
O castelo de areia
Derrete o sonho
Pra que venha
Outro e outro
O palhaço sorri
Quando encontra
O que chama o coração
Ainda catando
Conchas do mar
O pensamento tem lugar
Janela porta aberta
Derrama alegria
Enxagua a tristeza
Bagunça tudo
O pensamento tem lugar
Se tenho espaço
Busco e acompanho
O rumo do vento
Mesmo sem saber
Que a curva está
Onde menos espero
Quando corro da vida
Ficou como um sopro
Vazio querendo sentido
De chegar em silêncio
Ganhar o vôo
De algum jeito
Descobri pra que veio
De suas asas
Vejo o anjo
Eu sou às vezes
Essa tempestade
Sem sentido
Copo que transborda
Mata a sede
Água que leva
E volta na chuva
Eu sou às vezes
Fechando os olhos
Pra ver se o mundo
Aqui dentro melhora
Não esfola a ferida
Que é pisar na flor
Antes do perfume
Fechando os olhos
Parece que partiu
Fez um olhar diferente
De que fez
Nem se deu conta
Que a saudade tem
Muito sentimento
Viajou pras nuvens
Penso que precisei
Soltar as amarras
Gritei até ficar rouco
Esperneei o que pude
Falei o que não queria
Ouvi além do gosto
Ainda assim sinto
Que o mundo é uma ilha
Acredito que sim
Fiquei de olho
As folhas mudaram
A cor de cada sentimento
Queriam dizer mais
Acho que faltou a música
O jeito certo de ser
Tão diferente
Estou aqui
Olhar quieto
Querendo bem
Horizonte claro
Pintar o dia
Sem você
Não tem graça
Casa vazia
Fiquei esperando
Como uma elipse
Perdi o lugar
Quem sabe
Onde nasce
Encontra o olhar
Não desperta a chuva
Nem o arco íris
Dançava sem música
Pelo menos ninguém
Ouvia o que os pássaros
Insistiam com suas asas
O ninho escondido
Desejo de amar
Corri pra te pegar
Antes do amanhecer
Escondi a lua no bolso
Respirei fundo
Abri os olhos
O lugar me fez sorrir
Poesia e coração
De suas asas pude repousar
Aprendi com as montanhas
Que o delírio vem da subida
De como escalar sem escapar
Que quanto mais alto
Perco o que me prendia
As nuvens não descansam
É bom de apertar
A bochecha
O olhar bobo
Distraído
Leve
Tenho a sensação
Que lá vem
A fome
As lágrimas rolam
Até as fraldas
Pequenino ser
Quando faz falta
Sinto um vazio
Apertar o peito
Quase estrangular
O fôlego do momento
Gostaria de rir
Está uma bagunça
Danada de boa
Não sei
No que vai dar
Só sei que a prosa
Foi embora
A saudade virou poesia
Gostaria de ser claro
Confundi o vento
Abandonei a calmaria
Abracei a tempestade
Criei a coragem
De estar mais perto
Do que antes
Com cuidado pisei
Exagerei em admirar
Beijar cada olhar
Se cismei
Corri nos detalhes
Do que tanto amei
Passei longe
Esqueci de olhar
Sentir seu coração
A capa do livro
Me distraiu
Com encantos
Castelo de areia
Pensa que esqueci
De te abraçar
Quando acorda
Mesmo as vezes
Um tanto escondido
O sorriso vem
Com o dia
Tarde
Acabou
O beijo
Saí
Contra
A vontade
Liberdade
Virou
Desejo
Descobri
Que sou
Feito
De correntes
E elos
Os detalhes fogem
Através da parede
O que tem do outro
Deve ser o lado
O lado de quem olha
Teu som encanta
Balança muito
Descansa bem
Conheço de longe
O que vem
Sempre renova
Tamborim
Mantenha o eixo
Siga o equilíbrio
Teime com a âncora
Se vier a raiz
Conheça a semente
Quem mente
Ganha a ilusão
O que faz disparar o coração
Sentir a brisa passear no olhar
Um silêncio que envolve um sorriso
Se pudesse o sentimento andaria
Sem os pés da poesia
Já nem lembrava
O gosto de ver
Mar aberto
Sentir a areia
Namorar o olhar
A poesia virou onda
É difícil resistir
A força do vento
Confundir o prazer
Deixar quieto
É difícil resistir
Me sinto em paz
Quando esqueço
De alcançar o longe
Sorrir sem motivo
Querendo abraçar
As ondas do mar
É onde a poesia
Une todos sentimentos
Quando o triste
Vem forte
Arranca o coração
Espalha pela grama
Faz o olhar escorrer
Pra o mar
Predomina o sentimento
Quem atravessa o rio
Descobre a margem
Tira o coração dos olhos
Eu caminho com você
Quando se corre muito
Se perde o encontro
A colisão não acontece
O cisco no olhar
Não faz a diferença
O sentido adormece
Parece que demora
Feito bicho da seda
Teia ninho prazer
Construir também é
Ir adiante sem pedir
Parece que demora
Só sei que é muito bom
Te ver invadir as nuvens
Como um mar imenso
Invadir o coração
Mergulho na poesia
Viver é um pulo
Ainda hoje
Vem pra cá
Não esqueça
De trazer
Não vire
Está debaixo
Da bandeja
Lembra
Ainda hoje
Se eu pudesse
Esticar o braço
Sentir o soco no ar
Grito estrangulado
Nada pede o silêncio
Talvez seja isso
O que escorrega
Traz de volta
Bumerangue sempre
Esconde o horizonte
Sem derramar o mar
Na encruzilhada
Um vento doido
Arracando o cabelo
Da árvore sem galho
As folhas tropeçam
Escondendo as pedras
Corri pra ficar perto
Escorreguei na chuva
Deslizei o pensamento
Enquanto não seca o chão
Sorrir é o caminho
O que foi isso
Veio como tempestade
Pousou no coração
Como uma pedra
Sem sair do lugar
Erosão no olhar
Se acaso deixei
Escapou o momento
O que parecia água
Flui como a vida
Ninguém prende
O que não ver
Os olhos enganam
A vitrine vende
Tudo com espelho
Seria bom
Se pudesse
Acordar
Só dessa vez
A incerteza move
Acerta o coração
Lapida a dúvida
Desacelera o dia
Bem devagar
Ousado silêncio
Eterno namoro
Pra que o desejo
Espalhe o perfume
Dance com a paisagem
E volte o jeito
De sorrir com saudade
Me sentindo
Sem gosto
Sem sal
Onde perdi
O tempero
Acho que queimei
Ou passei do ponto
Se fosse pedir desculpas
Perderia as farpas
O preço da mágoa
Daria a lágrima
Um monte de sorrisos
Nem digo nada
Deixo que o silêncio
Engula sempre
O barulho doido
Que faz a multidão
A espera do milagre
Queria ficar molhado
A chuva demora
O vento anuncia
Ritmo da natureza
Admiro a diferença
Agradeço o sentimento
De estar nesse mundo
Gostaria de agir rápido
Pular o tempo
Aprendendo
Que não é bom
Esquecer o degrau
A escada só ajuda
Quem tem paciência
Se tivesse dúvida
Estaria mais perto
Voaria no seu olhar
Abriria o sentimento
Que abandona
A solidão
Um mar de sonhos
Parece desabar
Quando a vontade
Esperneia
Como criança
Acordando com sono
Quando uma estrela nasce
Parece que nada no céu
Tem seu lugar
Tudo muda
A cada dia
Até a poesia
É um novo brilho
No coração
Estranho olhar
Não passou
Sem lua
Só havia
Muita chuva
Como enxugar
Se preciso
Das lágrimas
Essa é a loucura
Que eu gosto
Não desperdiça
Espaço
Preenche
Diz que entende
E sai correndo
Acho que esqueço
De juntar os cacos
Pedaços de mim
Vou misturando
O sabor sempre
Talvez seja isso
O paladar mudou
Como assim
Será invisível
Sensação boa
Foge na solidão
Pra encontrar
É um junto sozinho
Que não é poesia
Quando sou
Me sinto solto no vento
Sabendo que não existe
Destino pra pousar
Entre as ondas
Deixo aqui
Um pouco
Olhar de praia
Como senão bastasse
Perdi o ritmo a direção
A âncora parece
Que criou vida
Não quer sair
Sair do lugar
Virando ostra
Parecia simples
Veio de longe
Como uma folha
Solta no vento
Ganhou o sorriso
Me lembrou você
Além da conta
Um desperdício
Esquecer de sorrir
Se o tempo voa
Crie asas desperte
Não existe final
Junte que a vida cuida
Pra que possa
Sempre aprender
Não sei pintar
O quadro responde
Solte o dedo no coração
Qualquer que seja o erro
Terá o interesse dos olhos
Os que admiram irão dizer
É ilusão ou um sonho
Vamos de novo
De encontro
Ao inevitável
Mesmo que pareça
Tudo no lugar
As gavetas guardam
O que precisa sair
O que acontece
Fica na montanha
Por um momento
Quando a confiança
Aquece e vem
Sabe onde
Deixamos de ser
Nuvens
Gostaria de tornar natural
O que me causa estranheza
Como um peixe que foge da rede
Sem que o pescador saiba
O que fazer com a dúvida
Se fosse tão simples assim
A poesia descobriria
O amor que existe
Em você
Pensei que fosse
De propósito
Com intenção
Ou até charme
Só depois pude
Acordar o coração
Não era um espelho
Meio molenga
Tem cara sim
Que tem fome
Corre sempre
Termina cansado
Sem olhar
Um prato
Cheio de poesia
Quero tirar um pouco
Desse vento que não para
Ver o chão cheio de folhas
Desarrumar o sentimento
Que vem da saudade
Resolvi buscar
O que tanto
A água faz
Por onde anda
De tantas lições
Uma me fez
Acreditar
Que a vida
Tem sede
Queria que fosse verdade
Uma paranoia perdida
Batendo em paredes
Encurralado no tempo
Permitindo mais
O sentimento de voar
Pra ver as coisas
Mais claras
Perdi os óculos
Óculos escuros
Agora sei
Não preciso
Da escuridão
Nem me esconder
Pra que ficasse perto
Deixei um pouco de silêncio
Vestindo seu coração
Pra que não soubesse
Que tenho muita saudade
Olhei pra o mar
Muitas vezes
Do que se alimenta
A solidão e o silêncio
Parece tomar conta
Conquistar quase
Todos os momentos
Se eu pudesse
Largaria a mão
Desse sentimento
Diria que ficou tarde
Para não perder
A eclipse que vem
Nessa confusão toda
Devo chegar perto
Do que pensei
Cadê meu coração
Estiquei o olhar
Perdi de vista
Poderia jurar
Que se escondia
Atrás do horizonte
Esse jeito que tem
Do mar beijar
A vida
Era um sorriso
Que lembrava muito
Despia a saudade
A solidão tímida
Conseguia ver
Cada por do sol
Acho que perdi
Muito tempo
Me escondendo
Sendo teimoso
Demorei a perceber
Que sol e a lua
São amigos
Estão do mesmo lado
Do lado da vida
O quanto de tão longe
Preciso pra te encontrar
Aqui dentro batendo
Sem parar de sentir
As ondas do mar
Nas lágrimas do tempo
Já caí tantas vezes
De tantas árvores
Nem os galhos souberam
Agradecer as folhas
Que soltas faziam
Um tapete no chão
Regando as sementes
Ousei traduzir
O sabor de cada fruta
Como deixar pra trás
O que me faz avançar
Vencer o medo
O deserto e solidão
Quieto nada mais é
Descobrir o caminho
Caminho de volta
Aproveita o eclipse
Dispensa o beijo
Acredita que viu
Debaixo da escada
O gato preto passou
Escutando os sentimentos
É o que faço quando insisto
Que por mais que corra
O que faz sentido
Está um passo a frente
Corro atrás do sol
E só encontro a lua
Não tem sobrado
Tempo pra saudade
O longe sentiu falta
Como concordar
Se o amor foge
De lugar
Sem frio
O que seria do calor
Sem luz
O que seria da escuridão
Sem amor
O que seria da paixão
Sem poesia
O que seria da vida
Fugiu entre os lábios
Um desejo incontrolável
Sobremesa escondida
Debaixo da mesa
Os pés ansiosos
Seria uma dança
Onde o apetite
Vira poesia
Que venha
Jeito bom
De dizer
Que nada
Pode apagar
O sorriso
De ver o amigo
Conseguir na vida
Um novo sorriso
Sorriso amigo
Sabe o que mais
Quieto assim
Vejo o tempo
Como nuvens
Não sei
Pra onde
Vão
Sinto um alívio
Ver você chegar
Vejo a borboleta passar
Num vôo suave
Faz meu olhar brilhar
Querer descobrir
Onde vai dar
Quieto
Entre a porta
E a janela
É frágil
Desbota
Com o tempo
O eco distrai
A voz do vento
Abraça
Quem olha
Com o coração
Difícil de acreditar
De rachar o espelho
Descer o degrau
Não doi tanto
De tanto imaginar
Escutei a sobremesa
Não tive a certeza
A aspereza ganhou
O que demorei admitir
Quem colhe vento
Namora o coração
Com tempero de tempestade
Estou triste
Preciso ficar
Em silêncio
Quieto
Estou alegre
Preciso ficar
Em silêncio
Quieto
Quando pedem ajuda
Não preciso ficar
Em silêncio
Quieto
Ajudo
Sei que não esqueci
De te lembrar
Foge como um fôlego
Sem esvaziar o olhar
Encontro sempre
Dançando com a lua
Se acaso eu partir
Sem te dar um abraço
Um olhar com sorriso
Não se esqueça
De que nada na vida
Substitui o coração
Quando o mar
Encontra o vento
Preciso estar sozinho pra pensar
Soltar o que incomoda o lugar
Atravessar as paredes
O que for inseguro
Deixar o vento levar
Existem muitas coisas
Que ainda me entristecem
E outras me dão vida
Para prosseguir
Por mais que perceba
Que a natureza de cada um
Tem seu momento de mudar
Entre o sério e o amoroso
Nasce a ponte do arco íris
Quem acordou
Perdeu o sono
Descobriu os olhos
A janela aberta
Tirou os lençóis
Pos os pés no chão
Eu acredito
Que esteja no coração
De um sonho despi
Quase nua a lua
Se encarregava
Chamava bem
Até que veio
A estrela
De tantas pontas
Uma estava você
Outra levou o sonho
O beijo da lua
Não sei se sou capaz
De acreditar que vivi
Em outros tempos
Sentindo a carruagem
Os cavalos soltos
Até perderem a liberdade
No retrovisor do passado
Eu sei que não
Posso te tocar
Menina dos ventos
Só te amar
Sentindo
A brisa do mar
Acreditando
Onde as ondas
Podem levar
O coração
Aprendi a desrespeitar
Os espaços
Joguei o relógio
Contra a parede
Espremi o tempo
Corri de mim mesmo
Agora só me resta sorrir
Tenho meio século
Nada como despertar
Sentir outro dia
Soltar o coração
Reclamar muito
Porque não
Se ainda sou
Muito teimoso
Insista seja
Poesia feliz
Como uma estrela
Sai do olhar
Árvore feliz
Que não perde
O galho guarda
O ninho deixa
O que está
Em suas mãos
Acreditei que o mar
Me levaria pra longe
Das ilusões da paixão
A brisa não engana
Deixou a vela do barco
Quieto esperando
O coração se animou
Será que deixei pra trás
Olhei pro lado contrário
Acreditei na dúvida
Engoli o desejo
Fiquei entalado
Vomitei o coração
Estive perto
O mar levou
Ficou o olhar
A concha na areia
Não perdeu
O que a maré
Trouxe de volta
Nesse desencontro
Eu vejo
A lua com o sol
Gostaria de recordar
Fazer aparecer
Um pouco de luz
Na sombra do quarto
Deixar livre
O que não cabe
No pensamento
Não faço idéia
Que o absurdo
Venha de encontro
Eclipse dando detalhes
O sol não derrete
As nuvens que dão
A passagem pra que saiba
O quanto é especial
Muita luz e paz
Espírito de criança
Sinto teus dedos
Deslizar
Toque genial
Intervalo
Viagem
Coragem
Pra que juntar
O armário tá cheio
Sinto teus dedos
Impossível não chorar
Sinto teus dedos
Deslizar
Toque genial
Intervalo
Viagem
Coragem
Pra que juntar
O armário tá cheio
Sinto teus dedos
Impossível não chorar
Num furacão de ideias
Nasce a flor
Que imagina o jardim
E em volta se assusta
Percebe o coração
Sem amor
Um desejo velho
Vem a tona
Parecia esquecido
Precisava acordar
Sair da cama
Sentir o prazer
De se levantar
A lenda da preguiça
Mesmo que fosse tarde
Iria querer de novo
Te ver se por
Com o mar
Quem sabe
O encanto
Seja da sereia
Esperando você
Sabe quando olho
Em volta sinto
Que tá faltando
Aquele lugar
Que de tempo em tempo
Escolho como antigo
Pra de novo voltar
Pra superfície
Velhas feridas
Não tenho como
Contornar o inevitável
Reconheço a dor
Que faz mudar
Em vez do amor
Quem sabe na próxima
Próxima vez
Muitas vezes
É bom esticar
Esticar os braços
Segurar o infinito
Não largar
Surreal arco íris
Vindo do coração
Me sinto em casa
Olhando o mar
Ondas no olhar
Um capricho sonhar
Quintal de tantos horizontes
Me sinto em casa
As vezes preciso buscar
Sem sair do lugar
Reconhecer a paisagem
O interior sem perder
A ilusão do exterior
A poesia faz isso
Com a maestria de poucos
Ouso estando poeta
Através do olhar
Caio no sentimento
Delírio da surpresa
Que se veste
Mais uma vez
Intenso coração
Catando folhas
Uma busca simples
Sem pedir muito
Segue a estação
O que antes era verde
Acho que não me desfaço
De nada do que aprendi
O que falta fica voando
Preso em pensamento
Ouso imaginar
A essência da liberdade
Entusiasmo de viver
Não deixe escapar
O que vem de longe
Faz mudar
A semente precisa
Que acorde
Traga você de volta
Teria pedido mais
Se soubesse
Que viria
Como um brilho
Que se poe
Acorda e adormece
Ontem falei com você
Parece que ainda
Está aqui
Tua cor
Sabe que gosto
De deixar em silêncio
Saborear o vento
O momento sentir
Lembrar o coração
Do que se alimenta a ilusão
Quem sabe seja de cada brinquedo
Enquanto não quebra
Ou enjoa voa
Domina forte no pensamento
Quando o vento passa
Nem tenho saudade
É assim que vem
Sem compromisso
Toma conta
Cheio de rodeio
Num silêncio de palavras
O ninho tem
O que tem do outro lado
Um rosto conhecido
Ficou no tempo
Que não havia
Um minuto de sossego
O vento levava a pipa
A linha crescia
parecia alcançar o céu
A vida não pousa nunca
Eu sou outra estrela
Escondida no horizonte
Que desperta com a lua
Aguarda o dia sempre
Entre um mundo e outro
Estou mais perto
De cada sentimento
Um pedaço daquele olhar
Olhar de saudade
Será que nasce
Se plantar sem medo
De qualquer erva daninha
Que venha o medo
Com medo e tudo mais
Sempre vale a pena viver
Ninguém distrai
A mente
Sofrendo
E tão somente
Conversando
Com as amarras
Descobre
Que em cada nó
Existe o melhor
Para você
Será que foi
Sempre assim
Que o sol amanhecia
Sozinho esperando
Algum olhar chegar
Onde a criança sorria
Se não me bastasse
Um pouco de folga
Sair do sufoco
Tem seu preço
O buraco nasce
Quando se cava
Sem olhar
O tatu tem poesia
Gostaria de dizer
O que ficou faltando
Se nem lembro mais
Perdi a âncora
Estou a deriva
Ilha sem garrafa
O mar se recusa
Como mandar
Mensagem
Pra te ver mais
Esperando o por do Sol
Abraço distante
Gigante saudade
Boquiaberto acorde
No violão descobre
A trilha sonora
Ainda não me acostumei
Quase acordar assim
Te ver indo e vindo
Energia sentir
Coração solitário
Cigana vida
Olhando o mar
Além de descrever
Vai com a dança
O ritmo dos pés
Seguem as mãos
De tão soltas
Fazem voar
Uma cor sentimento
Que não se traduz
Linda música
Nada faz tanta falta
Nem o sabor nem a sede
Se pudesse imaginar
Daria muito mais
Que a poesia
Do seu olhar
Basta soltar
Acontece
Quando você sorrir
Acho que deixei rolar
Lá no fundo onde as pedras
Caminham com o olhar
Pedindo a erosão
Que mude o sentimento
Como uma estrela
Uma gaivota no olhar
Namorando o sol
Com o mar
Sentimento intenso
Encontro maior
A brisa vem
Deixando a maré
O coração brilhar
Antes que tudo acabe
Resista semeando
Com a vontade de criar
O papel pode está amassado
Teu coração é muito mais
Independe do que o outro seja
Acredite o mar está em você
Vem de longe
Sem saber
Descobre o segredo
Feito mistério
De muita luz
Nasce uma nova amizade
Queria te pedir
Algo devagar
Sem pressa
Passear com os dedos
Me perder no suor
Na emoção de cada encontro
Celebrar o palco
Agradecer a vida
Demorei pra te buscar
Sentir tua brisa
Levantar o olhar
Me esquecer um pouco
Pra que o furacão
Passe sem arrancar
Todos os sentimentos
Meu coração se segura
Balança quando ver
Que o vento não cabe
Voa entre os dedos
E segue caminho
Deixando saudade
Meu coração se segura
Pra ser feliz
É preciso perder
Merecer o olhar
Que nao se apaga
E conhece a chuva
A lágrima da lua
Encontra nas nuvens
O sol que nao se cansa
Dentro do caminho
Existe a possibilidade
Se perder é uma delas
Encontrar a lição
O tesouro de quem sabe
Que em cada passo
Nasce o dia
Na palma da mão
Tem o calo
O que precisou
Ficou na saudade
Tempestade no coração
Outro degrau
Demorei a descobrir
Que o caminho das pedras
Não existe mesmo
Que a ilusão é o quadro
Mudando a cor
A pintura da vida
Nada mais é
O que te faz bem
Depois do entusiasmo
Águas mansas
Círculo fechado
O silêncio nasce
Descobrindo você
Pra que fugir
Se te encontro
Sempre com saudade
É de se admirar
Quem se espantou
Ate hoje não sabe
O valor do susto
Um amontoado de coisas
Deixei escapar a saliva
De tanto falar secou
E nada importante
Foi dito
Rota de fuga
Quase saí do sério
O quadro despencou
Perdeu o parafuso
Será que a parede
Esqueceu de segurar
A lembrança que faz
Falta em todo lugar
Pra tirar o óleo
Sem derramar
A vontade
De ser com sede
Sentir o pote
Espalhar a semente
Fugir da preguiça
Quero o disfarce
A transparência
O vestido e cor
Sem despir a flor
Olhar de abelha
Pão de mel
De suas águas
Vem o sonho
De suas asas
Um colo no céu
De suas lágrimas
Sai o peso
De suas mãos
Nasce o desejo
De sua vontade
Sente a vez
De sua liberdade
Estrela poesia
Sinceramente espero
Que der certo
Saiba abrir
Sem perder
A coragem
Ouvir com paciência
É do silêncio que vem
O coração da vida
Ouço seu coração
Sangrar
Ficar em pedaços
Quase perder
Os sentidos
Tento o silêncio
Pra que possa
Curar a ferida
Ouço seu coração
Com a emoção
Veio a aventura
O descobrir sem partir
O inteiro ainda confunde
E pra saborear
Os pedaços falam
Como pétalas
Abrindo o coração
Depois um tempo
Acaba acreditando
Que entre as pedras
Nasce com o mar
Um olhar tranquilo
Que passeia sem pressa
Só querendo encontrar
O motivo que faz
O sol sair sorrindo
Varrendo as folhas
Do abacateiro
Uma floresta no quintal
Viagem das manhãs sinceras
O coração parece voar
De tanto agradecimento
Do himalaia ao Tibete
Longa inspiração
Alquimia e poesia
Infinito amor
Olhar de gato
Cão chupando manga
Fila sem fim
Um aperto só
Além da imaginação
Querendo acordar
Não tem como
Tempestade e poesia
Quero voar
Com gaiola
E tudo
Cantar sempre
Tentar acompanhar
Com assobios
Muitos pássaros
De um sorriso
Trago de volta
Escondido no horizonte
Um beijo com o mar
Esse olhar que acorda
Toma forma
De mais um dia
Cadê o sol
Senti o gosto
Amaciei o olhar
Desci a paciência
Descobri a salada
Que é abraçar
E soltar a saudade
Se fosse só escorregar
Estaria tudo bem
Só que arde sempre
Não importa o banho
Nunca está limpo
Esfolado e machucado
De tão desconfiado
Nem minha sombra
Tem coragem
Nem quer companhia
Pode ser exagero
Comer pelas beiradas
A língua agradece
Precisei de muitas vezes
Pra está onde estou
Rebuscar cada detalhe
No coração da floresta
Perder o rumo
Noites sem estrelas
Descobrir a bússola
Me encontrar de novo
Olha que sempre
Estive ao seu lado
Algo como arrepio
Não tão longe assim
Senti chegar
O vento tem nome
De onde lembro
Vem teu olhar
Entre as árvores
Num jardim esquecido
Na saudade de um coração
Nem fiquei sabendo
Como o tempo mudou
Só precisava do silêncio
É bom acordar assim
O que entra na janela
A cortina não esconde
Estou a beira
De um colapso
Colisão eminente
Pensamento nas nuvens
Quem sabe um banho
Banho de chuva
Precisando correr
Me sentir mais leve
Respirar novos ares
Parar de bater a cabeça
A vida é dura
Não preciso ser
Como uma pedra
Quero me distrair
Tá difícil esperar
Que o sol e a lua
Se encontrem
Enquanto isso
Namoro tua poesia
Não pretendo desistir
Nem jogar a toalha
Se fosse partir
Daria um pedaço
Da saudade
Que sinto de você
Quando olho o mar
Eu escuto as ondas
Tento fazer as pazes
Não pisar no prego
Aparecer
De vez em quando
E sem notar
Devo admitir
Tenho sido
Muito chato
Esqueci que tenho paredes
Se for pra gritar
Solte o medo
Não precisa correr
Nem tem como
Quando quem acompanha
É como o vento
Uma sombra calada
Sem rosto
Deixei escapar o sorriso
Fiquei dias olhando
Sentindo a ilha
Só me dei conta
Quando acordei
Com uma borboleta
Que pousou no meu coração
Importante que seja assim
Aguardando a próxima cobrança
A multa sem sentimento
Nessa hora o ego foge
A culpa é sua
Deixa a chuva cair
Acho que pedi errado
Cadê o gênio da garrafa
Vivo esfregando a dor
Será que exagerei
Na pimenta ou no doce
Acho que pedi errado
Senti falta
Do cabelo na sopa
Espinha na garganta
Pedra no arroz
Feijão queimado
Pão duro
Mordi a língua
Me leve
Pra perto
Perto você
Me tire
Esse olhar
Sombrio
Que tenta
E não consegue
Devorar a Luz
Soube que passou
Por aqui
Nem te vi
Desencontros
Ritmo das nuvens
De que lado mesmo
Está o vento
Soube que passou
Daqui um instante
Irei partir
Dando o sinal
Escondendo a lua
E todas as estrelas
Preciso abrir o palco
Deixar o sol entrar
Ouço uma tempestade no coração
Como abrandar tantos sentimentos
Quem vive intensamente
Sabe como a música
Nunca para de tocar
E o que vem torna
Cada mudar
Muitas sementes
Quando o perdido toma conta
O olhar voa
Se as coisas não vão bem
Nem adianta sorrir
Coração em silêncio
Não seria ousado
O bastante
Se não reconhesse
Que no capricho do beijo
Os lábios morrem de saudade
Pode me acompanhar
A servir o chá
Me sentir a vontade
Ver que o momento
Não disfarça o desafio
Que viver é pintar
Colorir o dia
O que me faz distante
Beira o rio
Ganha a margem
Espera a cachoeira
Distrai o coração
Pra que saiba
Que ainda existe amor
Me visto de você criança
Tropeça cai e levanta
Sente o vai e vem do balanço
Também do mar
Nada manso
Que nunca deixou
De amar cada onda
Tem um pedacinho
De você poeta
Faz tempo
Que não te vejo
Vejo sorrir
Pra valer
Rasgar lágrimas
Reconhecer
Que o tempo
É um grande
Palhaço
As labaredas não afastam
O frio que sinto
Talvez eu ainda
Não veja
Que o calor
Se alimenta
Quando se aprende
Com amor
Quando me calo
Seguro uma ancora
Deixo vazio
A saudade de um rosto
Perdido no tempo
Na parede um retrato
Pendurando a lembrança
Do que já fui
Se faço pouco
Porque esqueci
No cantinho
O sabor da solidão
De esperar
Sem saber
Onde fica
O ninho
De um momento assim
Nasceu o brilho
Lá bem distante
Devagar mostrando
O que muda está presente
Sempre no pensamento
No coração do poeta
Muitas barreiras
Separam muito
O recheio do olhar
Vestido de cores
Um desfile sempre
Milagre pra quem ver
Talvez outra hora
Peça o momento
Suspiro nas nuvens
Tentando acompanhar
O que tanto o sol
Quer esquentar
No coração
Como se não bastasse
Poeira das estrelas
Na solidão do olhar
Infinito coração
Bate o unico
Sentimento
Que traduz
Bem a vida
É bom estar
De volta com você
O mar não me devia nada
Mesmo assim mandou ondas
Pra que sempre lembrasse
De que não adianta viver
Chorando sem agradecer
Quando se estar em cima
Ou embaixo
Veja aonde
Isso nos leva
Um romance
Sem vento
Então nāo esqueça
As folhas precisam
Que sopre mais
Com o coração
Quando tudo parece
Não ter saída
O mudar vem
E por mais
Que não veja
Além do verso
A poesia abre
Passando a ver
Com outros olhos
E descobrir
Além das cores e o som
Muito o que me falta
O mundo parece ser
Surdo e mudo
Pra os que são especiais
No encanto da poesia
Existe uma ponte
O graal e a semente
Que espera o momento
Pra que venha
Desperte o poeta
Alquimista de Luz
De um abraço vislumbrei
Muitos horizontes
Aterrissei sem para quedas
Ganhei e perdi sentimentos
Outra poesia
Não teria tanta certeza
Que vi o tempo passar
Ganhar tantas formas
De que nem lembro mais
Deixei as ondas levarem
Encontrei o encanto
Do rio e o mar
E de muito longe
Assim nasceu o amor
O que nos afasta
Cria um muro
Ninguém ganha
Nessa guerra
Onde todos perdem
A direção simples
De perceber
O que vem do coração
Havia uma flecha
No alvo
Um arco no chão
Perdido no tempo
Como roda gigante
A memória subia
E descia
Para que pudesse
Voltar a vida
Não abandonar tanto
O que o coração pede
Sair das fronteiras
Ver o que tem além
Do vale da vida
Na poesia reconheço
O amor
Vem pra cá
Me dar um sorriso
Cafuné daqueles
Abraço abertado
De perder o fôlego
Pra desocupar
O coração
Não deve temer o vento
Confie nele
Onde as asas fecham
Os olhos do coração
Sentem o caminho
O que nos afasta
Cria um muro
Ninguém ganha
Nessa guerra
Onde todos perdem
A direção simples
De perceber
O que vem do coração
Se fosse tarde
O bastante daria
Um presente abraço
Perderia a solidão
Se estivesse ao seu lado
Ainda é cedo
Agradeço com amor
A luz que nasce da poesia
Iria pedir
Que ficasse
Um pouco mais
Subir o olhar
Sentir as nuvens
Quem sabe esperar
Pra que viesse
Outro dia
Estive alerta
Bem certa
Janela aberta
Conheci a seta
Queria a meta
Esqueci a coberta
Que lua é essa
É no olhar do dragão
Que sobrevoa as chamas
Do sentimento nasce a lenda
O caminho dos que arriscam
Acreditam na mudança
Na dança do fogo
Tive escolher
Demorei a ver
Que a pedra muda
Mesmo que não perceba
Nada traz de volta
O que parecia bom
Não queria ficar triste
Enquanto muitas pessoas
Em volta estão alegres
Só que acontece
Esse olhar de mar
Que escorrega
Entre um sorriso e outro
Encontro a lágrima
Do que a gaivota tanto
Tanto sorrir
Não posso te dar
O que tanto pede
O tranquilo fora
Só vem quando você
Dentro já é
O que busca
Sem sossego
Fora de você
Abro o capítulo
E vejo várias páginas
Águas passadas
Maré cheia
Ouso buscar
A inspiração
A poesia
Abro o capítulo
Esse mundo adora
Vários sons
Que se misturam
Se perdem em nomes
Gêneros e tipos
Lugares comuns
É de se admirar
Que essa linguagem
Tem o dom de todos sentimentos
Que venha a sua música
Nadei até aonde
As ondas deixaram
Ganhei o beijo
O beijo da brisa
O silêncio escondido
Saiu do coração
Pra de novo
Te abraçar
Precisei de algumas despedidas
Dores no coração
Saudades imensas
Cores que mudaram
Desejos que enlouquecem
Talvez tenha pedido demais
Na panela ainda tem pipoca
Entre um olhar e outro
Passei correndo
Sem distinguir
O que veio primeiro
Talvez a dúvida
Seja o caminho
O destino dessa vez
Jogo de cartas
Quem sabe faça a diferença
A torta de maçã tem feitiço
E pra acordar nem sempre
É possível ver atrás das cortinas
Bastidores e segredos combinam
Faltaram os aplausos
Acordei com o sonho
Altas ondas
Um sorriso do lugar
Jeito manso
Ondas longas
Passeio no coração
Um mar de ressaca
Diga me mais
Sopre com o vento
Sinta a folha caindo
O sussurrar das ondas
O abraço de cada olhar
Mesmo que chova
E tudo fique tão cinzento
Quem ama conhece o adversário
Acho que fui
Memória e momento
Nuvem sem rumo
Caminho e pegada
Que desmancha
Com o mar
Poesia e pele
Por do sol e lua
Salada e sobremesa
Tô com fome outra vez
Como um disparo
O tiro ecoa
Não sabe o alvo
Só tem pressa
De chegar sempre
Enquanto isso
Vai esquecendo
O principal na vida
Amor no coração
Pensei que fosse demais
Confundir o coração
Balão solto
Pra onde que
Leva o vento leva
O vento da vontade
Pedir pra você
Um pouco mais
De paciência
Devagar calmo
Sentindo a pétala
Conhecer a estação
Amadurecer com amor
Quem sabe
Foi engano
Insano momento
Desequilibrio euforia
Não sei o que comi
Já quer sair
Dor de barriga
Vontade de te dar
Alegria em beijo
Vibração sem fim
Saudade infinita
Uma roda de amigos
Para celebrar a constelação
De tantos caminhos
Se faz todo sentimento
Uma pitada de poesia
Sabe de uma coisa
Tô de olho em você
Boquiaberto o coração
Desmancha em elogio
Feito manteiga
Prefiro pão de queijo
Mal consigo respirar
De tão rouco
Que estou
Cheio de dúvidas
Que demoram
A cair
E juram sempre
Voltar como poeira
De onde mesmo
Que sou
Me aceite como sou
Entre em trânsito
Descubra a galáxia
Quem está além
E tão próximo
Do coração
Eu habito
Em você
É proibido reclamar
Assim fica difícil
Conversar tanto
Sem atacar
Qualquer diferença
Cadê a luz
No fim do túnel
Sem diferença
Como fazer
Esquecer a crítica
Ver o que une
O elo perdido
É proibido reclamar