31 de dez. de 2017

Infinito azul

Percebi que o lago

Olhava pra cabana

Sem entusiasmo

A lenha na fogueira

Se fosse um quadro

Esconderia a parede

Infinito azul

No galpão da vida

Gostaria de levar

O que é invisível

Aos olhos um pouco

Esse conta gota

Puro colírio

No galpão da vida

Poeira das estrelas

Só tenho guardado

Há muito tempo

Como num filme

Que por mais

Já saiba o final

Um brilho

Que não se apaga

Anima com a saudade

Importa muito

Poeira das estrelas

30 de dez. de 2017

Cadê o abraço

É bom saber

Que faz sentido

Descobrir o dia

Folhas no chão

Chuva distraída

Dedos soltos

Querendo a solidão

Cadê o abraço

29 de dez. de 2017

Diz que vem no pensamento

Diz o que vem no pensamento

Um mergulho e tanto

Tanto mar

Um olhar na serra

Na alegria vem a lágrima

A saudade voltou

Despertou o coração

Preciso falar pouco

Preciso falar pouco

Conhecer a ostra

O silêncio ajuda

Não existe a solidão

Quando acompanho

O rio sem perder

A margem da vida

Sendo poesia

Precisa a canção ecoar

Vestir a mesa com alimento

Que ninguém ver e sente

O perfume corre sempre

Com esses detalhes

Vai conhecendo

Um toque a cada dia

Ao redor do coração

Sendo poesia

28 de dez. de 2017

Porque distrai

Porque distrai

Tem um ar

Inquieto

Que não sossega

Se fosse uma pipa

Namoraria o vento

Pra te alcançar

Desejar um coração

Pão amanhecido

Por essa não esperava

Ficar de língua de fora

Abandonando o  fôlego

Quem sabe em cheio

Encontrei o olhar

Pão amanhecido

E tem alguns que preferem viver

Estou feliz em saber

Que tem mudado

Outras flores

E frutos

Raízes novas

Os lugares são espelhos

Alguns adoram o reflexo

E tem alguns que preferem viver

27 de dez. de 2017

Estou longe de mim

Estou longe de mim

Querendo acreditar

Que já estive

Em outro lugar

Perto demais

Nem notei

A poesia

Estrela amiga

Antes que fosse buscar

Gostaria de fazer um pedido

Caso  voltasse algum dia

Que trouxesse um pouco

Do que viu na caminhada

Sei que irá levar

O que faz pulsar

Estrela amiga

26 de dez. de 2017

Destino

Inquietante silêncio

Ecoa um prazer

Sem palavras

Como esticar

O arrepio que prolonga

Cada sentimento

Destino

O espelho sorri sem parar

O que nos leva

A lugar nenhum

Reclamar como pretexto

Assumir desculpas

Como escudo

A vaidade se orgulha

De ser o que não é

O espelho sorri

Sem parar

25 de dez. de 2017

O Natal de verdade é dentro

A ilusão saiu da vitrine

O presente não cabe

No bolso do olhar

O aniversariante só pede

Que aprenda a mudar

O Natal de verdade

É dentro

24 de dez. de 2017

Jesus Cristo Natal

Como se não bastasse

Ainda somos confusos

Damos muitas cabeçadas

E por mais difícil

Que pareça o espinho

A estrela de Belém anuncia

Que não há presente melhor

Que a lição que nos deseja

Sempre um caminho de amor

Jesus Cristo Natal

23 de dez. de 2017

Dejavu

Acho que nunca tive tempo

De acordar pra os detalhes

Agora busco o silêncio

Escondido das conchas

Do olhar que toca

O mais profundo desejo

De estar ao seu lado

Dejavu

Pegando leve

Pegando leve

Alguns diriam

Suave

Quem sabe

Delírio

Uma mensagem

Que vem

Dando saudade

Aprendendo com a dor

Calado camaleão

O que tem

Debaixo do tapete

Caiu escondido

Ou botei lá

Pra ninguém ver

Até que em algum dia

Saia do mistério

Calado camaleão




22 de dez. de 2017

Distante coração

Se fossem pedaços

Como mastigar

Cadê o sabor

Engarrafado olhar

O que mais posso

Está derramado

Distante coração

Você sorriu

O que  me faz lembrar

Que a lenha vira brasa

Se queima

Passou do ponto

Pronto viu

Você sorriu

Tomei um chá de palavras

Tomei um chá de palavras

Engoli o sentido

Do que era

Amargo e doce

Acho que já sabia

Que a pressa

Tira o sabor

De cada dia

Altos e baixos

Já tive tantos medos

Que perdi o absurdo

A ignorância correu

Fiquei sozinho largado

Sem saber o que fazer

Altos e baixos

21 de dez. de 2017

O ego vira poesia

O ego vira poesia

Poeira pura

Pra que limpar

Sem folhas

No chão

Tem um toque

Que espalha

Por todas estações

O ego vira poesia

Sorriso de viver

Estou onde você

Menos espera

Nada é perdido

A lembrança traz

Dar um mergulho

Te faz respirar

Melhor cada vez

Que descobre

O sorriso de viver

20 de dez. de 2017

Fôlego

Queria descansar

Esqueci de parar

Fiquei na ponte

Sentindo saudade

Do tempo que não perdia

O fôlego tinha a vontade

Fôlego

Queria descansar

Esqueci de parar

Fiquei na ponte

Sentindo saudade

Do tempo que não perdia

O fôlego tinha a vontade

Soneca

Esqueci de fechar a porta

O vento fazia a festa

Parecia explodir

Com a parede tremendo

De tantas pancadas

Faltou coragem

De levantar

E perder a soneca

Que seja livre

Que seja livre

O gesto de acenar

Lá de longe

Como uma ilha

Tímida que parece

Que o mar engole

Tá lá esperando

Que venha pedir

Sua presença


19 de dez. de 2017

Teu jeito de lua

Passou correndo

Nem lembro a sede

Outro caminho

Tinha que ser

A música trouxe

O tempo todo

A beleza

Teu jeito de lua

Bem leve a folha solta

Bem leve

A folha solta

Sabe o caminho

O vento mexe

No galho a dança

O ninho descobre

Quem tem asa

Conhece o medo

De ficar no chão

Se eu merecer um pouco de café

Gostaria de ouvir

Esperar o olhar

Ver o coração bater

Se eu merecer

Um pouco de café

Cais da vida

Me tranquei

Num lugar

Não muito bom

Aqui dentro

De mim

Preciso sair

Cais da vida

18 de dez. de 2017

17 de dez. de 2017

O próprio coração

Estou boquiaberto

Um mágico olhar

Nem de longe imaginei

Que soubesse de verdade

Nada faz mais falta

Do que esquecer

O próprio coração

A lágrima descobre que tudo passa

Apagar a dor

Sentir a ferida

Desvendar o momento

O que parece impossível

A lágrima descobre

Que tudo passa

16 de dez. de 2017

Muito sol

A pele arde tanto

Exagerei muito

Em assistir sentir

Um pouco de suas ondas

Vale sempre o preço

Muito sol

Onde você está

Não vou deixar

Esquecer o amor

Do sol nas ondas

Mesmo que demore

A me ver entre as ondas

Uma gaivota buscando

Onde você está

Muitas ondas na memória

Acredito que tenha perdido

A vontade de esquecer

O quanto é bom

Admirar os pés molhados

Quando a maré vem

Lembrar a vez

Nem tudo o mar leva

Muitas ondas na memória

Doce ilusão

O que se faz

Quando o dia sorri

Abraçando o silêncio

Pedido de gratidão

Numa taça de vinho

Vejo o que torna

O que antes era

Uma doce ilusão

15 de dez. de 2017

Fora do lugar

Alguma coisa parece

Está fora do lugar

Como se estivesse

Faltando a cor

Que não veio

Se escondeu

Na solidão

14 de dez. de 2017

Pedi e veio

Pedi um olhar

Veio uma flor

Pedi um beijo

Veio um desejo

Pedi o perto

Veio um horizonte

Olhar flor beijo

Desejo horizonte

Olho do furacão

As vezes preciso

Fechar os olhos

Abrir mais

O que confunde

Um labirinto

Sem saída

Olho do furacão

Aqui dentro no coração

Venho de um lugar

Que não lembro

Só sei que preciso

Voltar pra descobrir

A falta que faz

E diz muito

Aqui dentro

No coração

Dando um beijo na saudade

Ninguém permite

Que o pássaro voe

As palavras prendem

O medo de amar conhecer

Dança sem música

Dando um beijo na saudade

13 de dez. de 2017

Só abrindo o coração

O intervalo preenche

Com silêncio a boca

Que percebe os lábios

Vazios de palavras

Um tesouro que brilha

Que pra desenterrar

Só abrindo o coração

Sentindo a paisagem que pede o coração

Reconheci a música de longe

Corri pra alcançar o violão

Uma saudade que invade

Aquece olhar

Ainda canto toco

Sentindo a paisagem

Que pede o coração

Sabe que a pintura não perde a inspiração

Indo pra onde você está

Espero encontrar um pouco

Daquele lugar se ainda existir

Quando o coração muda

Não esquece o que conheceu

Sabe que a pintura

Não perde a inspiração

12 de dez. de 2017

Só um pouco de chuva

Só um pouco de chuva

Pra molhar a garganta

Tirar o  seco do olhar

Que sem lágrimas

Não tinha como chorar

Só um pouco de chuva

O pote se chama viver

Deixa pra lá

Sacode a poeira

Se não deu

Fica pra próxima

O certo é que nunca

O mundo para pra você

Entre o sol e chuva

Existe o arco íris

O pote se chama viver

11 de dez. de 2017

Se fosse fácil não seria vida

Vamos de novo

Espero a brisa

Sem sombra

O calor castiga

A pele sofre

Pede descanso

Se fosse fácil

Não seria vida

10 de dez. de 2017

Estrela guia

Cairia facilmente

Semente no olhar

Brotar no chão

Quando o deserto

Em volta tenta

Alcançar o oásis

Tenho muita sede

Estrela guia

Matrix

Se eu pudesse voar

Iria ver o que tem

Nas nuvens quando

Chove trovão relâmpago

Quem sabe um choque

Pra acordar

Matrix

Cálice de madeira

Tem o dom

De me dar

Opções difíceis

Querer o engano

O brilho da ilusão

O coração escolhe

Cálice de madeira

Um amor de eclipse

Soube que as vezes

Existe o encontro

O deslumbre e magia

De ver mesmo

Por um instante

Um amor de eclipse

9 de dez. de 2017

Na poesia um por do sol

Chamei até perder a voz

Esqueci que o eco

Não se calava

Veio um silêncio

Abraçado uma luz

Se despedindo

Na poesia um por do sol

Soltar as amarras

O que faz do caminho

Um lugar melhor

Talvez seja

O sentido

Que busco

Quando quero

Soltar as amarras

Viagem sem escala

Se tivesse visto

Acreditaria

Que a ilusão

Está no espelho

Que torna o sonho

Uma viagem sem escala

8 de dez. de 2017

Dando voltas

De um jeito

Ou de outro

Foi bom

Sentir

Que o que corre

Não é o tempo

De chegar

São as pessoas

Que não desistem

De aprender

Que sorrir

Acontece

Mesmo dando voltas

Agradecendo parabéns

Soltando as correntes

Dando beijo na âncora

Libertando a saudade

Deixando a brisa do mar

Ganhar no olhar

O horizonte

Na mesa do coração

O bolo vira poesia

Agradecendo parabéns

7 de dez. de 2017

Quando o tempo vai trazer você de novo

Queria te dizer

O quanto faz

Falta não te ver

Só imaginar que

Ainda não sei

Quando o tempo

Vai trazer

Você de novo

Nublado amor

Se fosse pra ficar sério

Descobriria os lábios

Que escondem o sorriso

Iria além dos sentidos

Como pode o sol

Guardar tão bem

Nublado amor

Quando o vento encontra a curva

Vou correr

Pra ver

Se alcanço

O que tanto faz

Quando o vento

Encontra a curva

Abra a gaiola

Quando o pescoço doi

Deve ser porque

Se cansou

De olhar

Tanto os pés

E os lados

Solte o que não precisa

Abra a gaiola

Melhor onda no coração

Pra tirar o delírio

Olhar o retrovisor

Demorar um pouco

Pra admirar o mar

Não deixar passar

A melhor onda

No coração

6 de dez. de 2017

Virando página

Por um momento

Passei um susto

Como areia molhada

Moldada a pegada

A maré levou

Com a memória

O sentimento

De alma lavada

Virando página

5 de dez. de 2017

4 de dez. de 2017

Vem com o tempo

Estava ali

Sem querer

Encostado

Esperando

O vento

Soprar

No galho

Solto

Quase

Caindo

Vem

Com o tempo

3 de dez. de 2017

Coração largado

Pensei estar num lugar

Que aceitasse a luz

Como um castelo de areia

Fiquei de mãos vazias

Num mundo largado

Coração vagabundo

2 de dez. de 2017

Aprendendo a sorrir

Cansei de bater na porta

De gritar pra fechadura

De enrolar a fechadura

Dando voltas sem fim

Acordei quando parei

De insistir com o  reflexo

Aprendendo a sorrir

Na vida só o coração ver mais

Como se não bastasse

Escorreguei na casca

Pisei onde estava

A banana da vida

Com a curva aprendi

Quem nem tudo é reto

Na vida só o coração

Consegue ver mais

Que você vai passar

Que que tem

Fugir um pouco

Olhar pra gota

Que cai das nuvens

E galhos da árvore

Onde o ninho sabe

Que você vai passar

Namora os extremos

Quase esqueci

Quem demora

Não sente

O tempo passar

Quem espera

Segura a paciência

Quem observa

Namora os extremos

1 de dez. de 2017

Sem nó

Sai do pé

Quem cola

Cadê a saudade

Espaço existe

No olhar

O que aperta

Anda descalço

Sem nó

Vejo teu arco íris

De que lado fica

A emoção de viver

Ver o sol  voar

Pelo horizonte

Rebelde raio

Que insiste

Ir além das nuvens

Quando chove

Vejo teu arco íris

30 de nov. de 2017

Coração enjoado

Poderia por

Como troféu

Cada vez

Que aceitasse

Perderia o estímulo

Tiraria a fome

Da preguiça

Pra que avançar

Se posso repetir

Coração enjoado

29 de nov. de 2017

Igarapé

Penso que as mãos

Estão vazias

Que os pés

Sentem

Na beira do rio

O que tanto

As águas querem

Dizer sem palavras

Estou longe

De onde nasceu

Igarapé

28 de nov. de 2017

Outra época

Vem de lá

O vento beija

Dando saudade

Não sei quando

Volta aqui

De quem viu

Viveu outra época

27 de nov. de 2017

26 de nov. de 2017

Além do coração

Um eco

É o que preciso

Pra te ver

Ouvir de novo

Roçar na areia

O que a concha

Namora nem o mar

Ousa separar

Além do coração

Quando a solidão encontra o amor

O que perco

Acredito que

Exista o propósito

Da semente que não ver

Árvore e a fruta

Percorrer o caminho

Quando a solidão

Encontra o amor

25 de nov. de 2017

O vestido não engana

O prato fica transparente 

Transborda a toda hora

Não resisto a dança

Inquieto desejo

O tempo diz

Não vou correr

Se quiser lembrar

Que a roupa muda

De palco

O vestido não engana

Só te molho com a maré

Será que esqueci

De lembrar

Que a areia

Não disfarça

Avança

Diz aos pés

Só te molho

Com a maré

24 de nov. de 2017

Dar um arrepio que vai no vento

O que busco

Parece fugir

Entre os dedos

Escorrega sempre

Dar um arrepio

Que vai no vento

O dia agradece

Daria um enorme

Salto de alegria

Te ver atravessar

Esse mar de tristeza

Espero que o desafio

Ajude a conquistar

O espaço vazio

Que ficou no coração

Entre um e outro olhar

Não esqueça de cumprimentar

O dia agradece

23 de nov. de 2017

Nem tudo é do jeito que penso

Perdi o gosto de saber

Que a saudade não foi embora

Ganhou o casulo da borboleta

Que sem as asas ainda

Esquece que a pressa tira

O tempo de cada estação

Nem tudo é do jeito que penso

Queria rabiscar

Queria rabiscar

Sentir tua pele

Encarar o sol

Espreguiçar o mar

Abrir o que não vejo

Sem que voce soubesse

Num folego e desejo

Admirar teu por do sol

Queria rabiscar

Tolerância

Tolerância é algo que escapa

Como escada com casca de banana

Cada degrau parece infinito

Sem sair do lugar até aprender

Enquanto não enjoar nada muda

Que vontade doida de subir

Ao sabor das emoções

Ao sabor das emoções

Crio coragem

Sorriso solto

Invade a boca

Que detalhes o que

Nem precisa

O que é junto

Nem em pedaços

Se perde

22 de nov. de 2017

Merecendo o coração

É um delírio te ver

Entre as montanhas

Te sentir nos vales

E do nada sair

Num olhar

Merecer a pintura

Que nasce

Merecendo o coração

Sem avesso

O que me traz

Mais perto

De você

É o mergulho

Que não faz

Sobrar nada

Aqui do lado

De fora

Sem avesso

Acendendo a poesia

De uma frase

Escondo a fogueira

O que passou

Ainda tem lenha

Das cinzas

Estou de volta

Acendendo a poesia

21 de nov. de 2017

Quando a vida te dar um beijo

Quando desperto

Vejo passear

Sem correr

O corpo pede

Fique mais

Mais um pouco

Antes que tudo

Acorde de vez

Quando a vida

Te dar um beijo

20 de nov. de 2017

Privilégio das nuvens

Cheguei tarde

Talvez fosse

Para amadurecer

O tempo corrido

Entre uma chuva

E outra

Ainda sinto saudade

De cada banho

Privilégio das nuvens

É bom bagunçar o coração

Quando abraço

Os sentimentos

Algo se liberta

Aqui dentro

Segue o rio

Encontra o mar

É bom bagunçar

O coração

Olhar quieto

O que não tem solução

Deixa o coração levar

Pra que se desesperar

Que a chuva já vem

O vento anuncia

Sempre antes

Olhar quieto

Teimosia

Se não fosse a dor

Já teria  chegado

E por mais

Que insista

Tudo volta ao começo

Parece que enquanto

Não acertar

Não sairei

Do lugar

Teimosia

Que era raso a solidão

Penso que não adiantou

Ajudar sem pedir

Mergulhar

Sem ver

O fundo

E perceber

Que era raso

A solidão

18 de nov. de 2017

Eu continuo sem sorrir

Indo onde

Seu rosto

Não tem nome

Lugar horizonte

Eu continuo

Sem sorrir

Um momento de paz

Ainda me assusto

Só sei esconder melhor

Mergulhar sem fôlego

E dizer tudo bem

Diante do perigo

Que me impulsiona

A ser mais

Que um momento

De paz

No coração da poesia

Nada disso

Faria sentido

Se a boca

Calasse

Em silêncio

Brotando

Estou onde

Nunca imaginei

No coração da poesia

Seria claro

Seria claro

Se soubesse

O diamante

Ainda me contento

Com o simples carvão

Sem roçar a pele

O sol toca

O que bate

No coração

A vida é mudança

A vida é mudança

Do que era antes

Deixou de ser

Sem quebra cabeça

O guarda chuva

Não guarda a chuva

O beijo não revela

A lágrima escondida

A vida é mudança

Não está aqui

Não está aqui

Voa pelas nuvens

Um sonho acordado

Aguardando os olhos

Que parecem abertos

E tão longe

Não está aqui

Outras vidas

O dom de fazer

O outro sorrir

Deve ser uma dádiva

Sem preço e valor

Ganhando o vento

Como uma pluma

Descobre o melhor

Que insistimos

Em guardar

A flor se abre

Quando encontra

Outras vidas

17 de nov. de 2017

O que chamamos de tédio

Caso não bastasse

O absurdo atravessa

Namora o surreal

Devora o tempo

Nem de longe

Perde de vista

Acompanha como sombra

Sem dúvidas a vida seria

O que chamamos de tédio

16 de nov. de 2017

Cada vez que o amor chegar

Se não me engano

Perdi o nó

O sapato e a vez

Esqueci o calo

A dor de repetir

Sem voz

Na garganta

Cada vez

Que o amor chegar

O medo ficou no passado

Senti que passou

O momento

Nem assim

Joguei fora

A letra no papel

Ganhou o sorriso

De ficar amarelo

O medo ficou

No passado

Estou onde nasce a poesia

Acredito

Que não esqueci

De sentir

Cada abraço

Colo

Sorriso

O que faltou

Escondi

Nas lágrimas

Saudade

Estou onde

Nasce a poesia

14 de nov. de 2017

E já sou eu

Eu não brinco

Com o coração

O mar atinge

As ondas

Colorindo

Deixando aparecer

O que ainda sonho

E já sou eu

Muitas vezes um jardim

Se fosse pra conquistar

Escolher a flor sem espinho

Não valeria o coração

Nem o perfume bastaria

O amor conhece

Quem sabe ser

Muitas vezes

Um jardim

Som do coração

Será que te faz

Dançar sorrir

Partir namorar

Colar cada pedaço

Só sei que é

Bom te ouvir

Som do coração

Olho no olho

Olho no olho

Parece fugir

De cada encontro

Encanto e lugar

Como imã atrai

E afasta sem

Sem pedir

Além das palavras

Olho no olho

Raios de sol

Descobri que só bastava

Estender as mãos

Esticar os dedos

E deixar os primeiros raios

Raios de sol

Tocarem o invisível

Desejo de amar

Começar outro dia

13 de nov. de 2017

Pra você

Teria coragem

Se soubesse antes

Que viria como flor

Pétala e solidão

Quem sabe seja

Um pouco do desejo

Que tenho guardado

Pra você

Ainda catando conchas do mar

Ainda catando

Conchas do mar

O castelo de areia

Derrete o sonho

Pra que venha

Outro e outro

O palhaço sorri

Quando encontra

O que chama o coração

Ainda catando

Conchas do mar

12 de nov. de 2017

O pensamento tem lugar

O pensamento tem lugar

Janela porta aberta

Derrama alegria

Enxagua a tristeza

Bagunça tudo

O pensamento tem lugar

Se tenho espaço

Se tenho espaço

Busco e acompanho

O rumo do vento

Mesmo sem saber

Que a curva está

Onde menos espero

Quando corro da vida

Vejo o anjo

Ficou como um sopro

Vazio querendo sentido

De chegar em silêncio

Ganhar o vôo

De algum jeito

Descobri pra que veio

De suas asas

Vejo o anjo

11 de nov. de 2017

Eu sou às vezes

Eu sou às vezes

Essa tempestade

Sem sentido

Copo que transborda

Mata a sede

Água que leva

E volta na chuva

Eu sou às vezes

Fechando os olhos

Fechando os olhos

Pra ver se o mundo

Aqui dentro melhora

Não esfola a ferida

Que é pisar na flor

Antes do perfume

Fechando os olhos

Viajou pras nuvens

Parece que partiu

Fez um olhar diferente

De que fez

Nem se deu conta

Que a saudade tem

Muito sentimento

Viajou pras nuvens

Que o mundo é uma ilha

Penso que precisei

Soltar as amarras

Gritei até ficar rouco

Esperneei o que pude

Falei o que não queria

Ouvi além do gosto

Ainda assim sinto

Que o mundo é uma ilha

10 de nov. de 2017

Tão diferente

Acredito que sim

Fiquei de olho

As folhas mudaram

A cor de cada sentimento

Queriam dizer mais

Acho que faltou a música

O jeito certo de ser

Tão diferente

Casa vazia

Estou aqui

Olhar quieto

Querendo bem

Horizonte claro

Pintar o dia

Sem você

Não tem graça

Casa vazia

9 de nov. de 2017

Não desperta chuva nem o arco íris

Fiquei esperando

Como uma elipse

Perdi o lugar

Quem sabe

Onde nasce

Encontra o olhar

Não desperta a chuva

Nem o arco íris

Desejo de amar

Dançava sem música

Pelo menos ninguém

Ouvia o  que os pássaros

Insistiam com suas asas

O ninho escondido

Desejo de amar

Poesia e coração

Corri pra te pegar

Antes do amanhecer

Escondi a lua no bolso

Respirei fundo

Abri os olhos

O lugar me fez sorrir

Poesia e coração

As nuvens não descansam

De suas asas pude repousar

Aprendi com as montanhas

Que o delírio vem da subida

De como escalar sem escapar

Que quanto mais alto

Perco o que me prendia

As nuvens não descansam

8 de nov. de 2017

Pequenino ser

É bom de apertar

A bochecha

O olhar bobo

Distraído

Leve

Tenho a sensação

Que lá vem

A fome

As lágrimas rolam

Até as fraldas

Pequenino ser

Gostaria de rir

Quando faz falta

Sinto um vazio

Apertar o peito

Quase estrangular

O fôlego do momento

Gostaria de rir

A saudade virou poesia

Está uma bagunça

Danada de boa

Não sei

No que vai dar

Só sei que a prosa

Foi embora

A saudade virou poesia

Do que antes

Gostaria de ser claro

Confundi o vento

Abandonei a calmaria

Abracei a tempestade

Criei a coragem

De estar mais perto

Do que antes

Do que tanto amei

Com cuidado pisei

Exagerei em admirar

Beijar cada olhar

Se cismei

Corri nos detalhes

Do que tanto amei

Castelo de areia

Passei longe

Esqueci de olhar

Sentir seu coração

A capa do livro

Me distraiu

Com encantos

Castelo de areia

7 de nov. de 2017

Sorriso vem com o dia

Pensa que esqueci

De te abraçar

Quando acorda

Mesmo as vezes

Um tanto escondido

O sorriso vem

Com o dia

6 de nov. de 2017

Correntes elos

Tarde
Acabou 
O beijo
Saí
Contra
A vontade
Liberdade
Virou
Desejo
Descobri
Que sou
Feito
De correntes
E elos

O lado de quem olha

Os detalhes fogem

Através da parede

O que tem do outro

Deve ser o lado

O lado de quem olha

5 de nov. de 2017

Tamborim

Teu som encanta

Balança muito

Descansa bem

Conheço de longe

O que vem

Sempre renova

Tamborim

4 de nov. de 2017

Quem mente ganha a ilusão

Mantenha o eixo

Siga o equilíbrio

Teime com a âncora

Se vier a raiz

Conheça a semente

Quem mente

Ganha a ilusão

Sem os pés da poesia

O que faz disparar o coração

Sentir a brisa passear no olhar

Um silêncio que envolve um sorriso

Se pudesse  o sentimento andaria

Sem os pés da poesia

3 de nov. de 2017

2 de nov. de 2017

É difícil resistir

É difícil resistir

A força do vento

Confundir o prazer

Deixar quieto

É  difícil resistir

Me sinto em paz

Me sinto em paz

Quando esqueço

De alcançar o longe

Sorrir sem motivo

Querendo abraçar

As ondas do mar

É onde a poesia

Une todos sentimentos

Quando o triste vem forte

Quando o triste

Vem forte

Arranca o coração

Espalha pela grama

Faz o olhar escorrer

Pra o mar

Eu caminho com você

Predomina o sentimento

Quem atravessa o rio

Descobre a margem

Tira o coração dos olhos

Eu caminho com você

1 de nov. de 2017

Ouvindo a canção

Com saudade

Estou num lugar

Muito distante

No meio da multidão

Ouvindo a canção

Quando se corre muito

Quando se corre muito

Se perde o encontro

A colisão não acontece

O cisco no olhar

Não faz a diferença

O sentido adormece

Parece que demora

Parece que demora

Feito bicho da seda

Teia ninho prazer

Construir também é

Ir adiante sem pedir

Parece que demora

31 de out. de 2017

Viver é um pulo

Só sei que é muito bom

Te ver invadir as nuvens

Como um mar imenso

Invadir o coração

Mergulho na poesia

Viver é um pulo

Ainda hoje

Ainda hoje

Vem pra cá

Não esqueça

De trazer

Não vire

Está debaixo

Da bandeja

Lembra

Ainda hoje

Nada pede o silêncio

Se eu pudesse

Esticar o braço

Sentir o soco no ar

Grito estrangulado

Nada pede o silêncio

Sem derramar o mar

Talvez seja isso

O que escorrega

Traz de volta

Bumerangue sempre

Esconde o horizonte

Sem derramar o mar

Escondendo as pedras

Na encruzilhada

Um vento doido

Arracando o cabelo

Da árvore sem galho

As folhas tropeçam

Escondendo as pedras

30 de out. de 2017

Sorrir é o caminho

Corri pra ficar perto

Escorreguei na chuva

Deslizei o pensamento

Enquanto não seca o chão

Sorrir é o caminho

29 de out. de 2017

Erosão no olhar

O que foi isso

Veio como tempestade

Pousou no coração

Como uma pedra

Sem sair do lugar

Erosão no olhar

28 de out. de 2017

Ninguém prende o que não ver

Se acaso deixei

Escapou o momento

O que parecia água

Flui como a vida

Ninguém prende

O que não ver

Os olhos enganam

Os olhos enganam

A vitrine vende

Tudo com espelho

Seria bom

Se pudesse

Acordar

Só dessa vez

Eterno namoro

A incerteza move

Acerta o coração

Lapida a dúvida

Desacelera o dia

Bem devagar

Ousado silêncio

Eterno namoro

27 de out. de 2017

26 de out. de 2017

Me sentindo sem gosto

Me sentindo

Sem gosto

Sem sal

Onde perdi

O tempero

Acho que queimei

Ou passei do ponto

Medo de amar

Não sei porque

Me afasto

Das coisas

Que mais gosto

Talvez seja

Medo de amar

Tecer a noite

De onde

Que você vem

Estrela que namora

Sabe acontecer

Tecer a noite

Um monte de sorrisos

Se fosse pedir desculpas

Perderia as farpas

O preço da mágoa

Daria a lágrima

Um monte de sorrisos

Espera do milagre

Nem digo nada

Deixo que o silêncio

Engula sempre

O barulho doido

Que faz a multidão

A espera do milagre

Queria ficar molhado

Queria ficar molhado

A chuva demora

O vento anuncia

Ritmo da natureza

Admiro a diferença

Agradeço o sentimento

De estar nesse mundo

A escada só ajuda quem tem paciência

Gostaria de agir rápido

Pular o tempo

Aprendendo

Que não é bom

Esquecer o degrau

A escada só ajuda

Quem tem paciência

25 de out. de 2017

24 de out. de 2017

Quando uma estrela nasce

Quando uma estrela nasce

Parece que nada no céu

Tem seu lugar

Tudo muda

A cada dia

Até a poesia

É um novo brilho

No coração

23 de out. de 2017

Como enxugar se preciso das lágrimas

Estranho olhar

Não passou

Sem lua

Só havia

Muita chuva

Como enxugar

Se preciso

Das lágrimas

Essa é a loucura que eu gosto

Essa é a loucura

Que eu gosto

Não desperdiça

Espaço

Preenche

Diz que entende

E sai correndo

O paladar mudou

Acho que esqueço

De juntar os cacos

Pedaços de mim

Vou misturando

O sabor sempre

Talvez seja isso

O paladar mudou

Junto sozinho

Como assim

Será invisível

Sensação boa

Foge na solidão

Pra encontrar

É um junto sozinho

Que não é poesia

Quando sou

22 de out. de 2017

Olhar de praia

Me sinto solto no vento

Sabendo que não existe

Destino pra pousar

Entre as ondas

Deixo aqui

Um pouco

Olhar de praia

Virando ostra

Como senão bastasse

Perdi o ritmo a direção

A âncora parece

Que criou vida

Não quer sair

Sair do lugar

Virando ostra

21 de out. de 2017

Me lembrou você

Parecia simples

Veio de longe

Como uma folha

Solta no vento

Ganhou o sorriso

Me lembrou você

Sempre aprender

Além da conta

Um desperdício

Esquecer de sorrir

Se o tempo voa

Crie asas desperte

Não existe final

Junte que a vida cuida

Pra que possa

Sempre aprender

É ilusão ou um sonho

Não sei pintar

O quadro responde

Solte o dedo no coração

Qualquer que seja o erro

Terá o interesse dos olhos

Os que admiram irão dizer

É ilusão ou um sonho

As gavetas guardam o que precisa sair

Vamos de novo

De encontro

Ao inevitável

Mesmo que pareça

Tudo no lugar

As gavetas guardam

O que precisa sair

20 de out. de 2017

Sabe onde deixamos de ser nuvens

O que acontece

Fica na montanha

Por um momento

Quando a confiança

Aquece e vem

Sabe onde

Deixamos de ser

Nuvens

O amor que existe em você

Gostaria de tornar natural

O que me causa estranheza

Como um peixe que foge da rede

Sem que o pescador saiba

O que fazer com a dúvida

Se fosse tão simples assim

A poesia descobriria

O amor que existe

Em você

19 de out. de 2017

Não era um espelho

Pensei que fosse

De propósito

Com intenção

Ou até charme

Só depois pude

Acordar o coração

Não era um espelho

Um prato cheio de poesia

Meio molenga

Tem cara sim

Que tem fome

Corre sempre

Termina cansado

Sem olhar

Um prato

Cheio de poesia

18 de out. de 2017

Que vem da saudade

Quero tirar um pouco

Desse vento que não para

Ver o chão cheio de folhas

Desarrumar o sentimento

Que vem da saudade

Que a vida tem sede

Resolvi buscar

O que tanto

A água faz

Por onde anda

De tantas lições

Uma me fez

Acreditar

Que a vida

Tem sede

O sentimento de voar

Queria que fosse verdade

Uma paranoia perdida

Batendo em paredes

Encurralado no tempo

Permitindo mais

O sentimento de voar

Óculos escuros

Pra ver as coisas

Mais claras

Perdi os óculos

Óculos escuros

Agora sei

Não preciso

Da escuridão

Nem me esconder

Olhei pra o mar muitas vezes

Pra que ficasse perto

Deixei um pouco de silêncio

Vestindo seu coração

Pra que não soubesse

Que tenho muita saudade

Olhei pra o mar

Muitas vezes

17 de out. de 2017

A solidão e o silêncio

Do que se alimenta

A solidão e o silêncio

Parece tomar conta

Conquistar quase

Todos os  momentos

Se eu pudesse

Largaria a mão

Desse sentimento

Cadê meu coração

Diria que ficou tarde

Para não perder

A eclipse que vem

Nessa confusão toda

Devo chegar perto

Do que pensei

Cadê meu coração

16 de out. de 2017

Do mar beijar a vida

Estiquei o olhar

Perdi de vista

Poderia jurar

Que se escondia

Atrás do horizonte

Esse jeito que tem

Do mar beijar

A vida

15 de out. de 2017

Cada por do sol

Era um sorriso

Que lembrava muito

Despia a saudade

A solidão tímida

Conseguia ver

Cada por do sol

14 de out. de 2017

Do lado da vida

Acho que perdi

Muito tempo

Me escondendo

Sendo teimoso

Demorei a perceber

Que sol e a lua

São amigos

Estão do mesmo lado

Do lado da vida

Nas lágrimas do tempo

O quanto de tão longe

Preciso pra te encontrar

Aqui dentro batendo

Sem parar de sentir

As ondas do mar

Nas lágrimas do tempo

O sabor de cada fruta

Já caí tantas vezes

De tantas árvores

Nem os galhos souberam

Agradecer as folhas

Que soltas faziam

Um tapete no chão

Regando as sementes

Ousei traduzir

O sabor de cada fruta

13 de out. de 2017

Caminho de volta

Como deixar pra trás

O que me faz avançar

Vencer o medo

O deserto e solidão

Quieto nada mais é

Descobrir o caminho

Caminho de volta

O gato preto passou

Aproveita o eclipse

Dispensa o beijo

Acredita que viu

Debaixo da escada

O gato preto passou

Pele que arrepia

Estou em órbita

Ar fresco

Suave vento

Desejo forte

Pele que arrepia

Escutando os sentimentos

Escutando os sentimentos

É o que faço quando insisto

Que por mais que corra

O que faz sentido

Está um passo a frente

Corro atrás do sol

E só encontro a lua

10 de out. de 2017

Se o amor foge de lugar

Não tem sobrado

Tempo pra saudade

O longe sentiu falta

Como concordar

Se o amor foge

De lugar

Sem poesia

Sem frio

O que seria do calor

Sem luz

O que seria da escuridão

Sem amor

O que seria da paixão

Sem poesia

O que seria da vida

9 de out. de 2017

Onde o apetite vira poesia

Fugiu entre os lábios

Um desejo incontrolável

Sobremesa escondida

Debaixo da mesa

Os pés ansiosos

Seria uma dança

Onde o apetite

Vira poesia

Sorriso amigo

Que venha

Jeito bom

De dizer

Que nada

Pode apagar

O sorriso

De ver o amigo

Conseguir na vida

Um novo sorriso

Sorriso amigo

8 de out. de 2017

Sinto um alívio ver você chegar

Sabe o que mais

Quieto assim

Vejo  o tempo

Como nuvens

Não sei

Pra onde

Vão

Sinto um alívio

Ver você chegar

7 de out. de 2017

Vejo a borboleta passar

Vejo a borboleta passar

Num vôo suave

Faz meu olhar brilhar

Querer descobrir

Onde vai dar

Quieto

Entre a porta

E a janela

Abraça quem olha com o coração

É frágil

Desbota

Com o tempo

O eco distrai

A voz do vento

Abraça

Quem olha

Com o coração

6 de out. de 2017

Escutei a sobremesa

Difícil de acreditar

De rachar o espelho

Descer o degrau

Não doi tanto

De tanto imaginar

Escutei a sobremesa

Tempero de tempestade

Não tive a certeza

A aspereza ganhou

O que demorei admitir

Quem colhe vento

Namora o coração

Com tempero de tempestade

Oração da ajuda

Estou triste

Preciso ficar

Em silêncio

Quieto

Estou alegre

Preciso ficar

Em silêncio

Quieto

Quando pedem  ajuda

Não preciso ficar

Em silêncio

Quieto

Ajudo

5 de out. de 2017

Dançando com a lua

Sei que não esqueci

De te lembrar

Foge como um fôlego

Sem esvaziar o olhar

Encontro sempre

Dançando com a lua

4 de out. de 2017

Quando o mar encontra o vento

Se acaso eu partir

Sem te dar um abraço

Um olhar com sorriso

Não se esqueça

De que nada na vida

Substitui o coração

Quando o mar

Encontra o vento

Deixar o vento levar

Preciso estar sozinho pra pensar

Soltar o que incomoda o lugar

Atravessar as paredes

O que for inseguro

Deixar o vento levar

Nasce a ponte do arco íris

Existem muitas coisas

Que ainda me entristecem

E outras me dão vida

Para prosseguir

Por mais que perceba

Que a natureza de cada um

Tem seu momento de mudar

Entre o sério e o amoroso

Nasce a ponte do arco íris

3 de out. de 2017

Eu acredito que esteja no coração

Quem acordou

Perdeu o sono

Descobriu os olhos

A janela aberta

Tirou os lençóis

Pos os pés no chão

Eu acredito

Que esteja no coração

2 de out. de 2017

Beijo da lua

De um sonho despi

Quase nua a lua

Se encarregava

Chamava bem

Até que veio

A estrela

De tantas pontas

Uma estava você

Outra levou o sonho

O beijo da lua

No retrovisor do passado

Não sei se sou capaz

De acreditar que vivi

Em outros tempos

Sentindo a carruagem

Os cavalos soltos

Até perderem a liberdade

No retrovisor do passado

1 de out. de 2017

Menina dos ventos

Eu sei que não

Posso te tocar

Menina dos ventos

Só te amar

Sentindo

A brisa do mar

Acreditando

Onde as ondas

Podem levar

O coração

Meio século

Aprendi  a desrespeitar

Os espaços

Joguei o relógio

Contra a parede

Espremi o tempo

Corri de mim mesmo

Agora só me resta sorrir

Tenho meio século

Poesia feliz

Nada como despertar

Sentir outro dia

Soltar o coração

Reclamar muito

Porque não

Se ainda sou

Muito teimoso

Insista seja

Poesia feliz

30 de set. de 2017

Em suas mãos

Como uma estrela

Sai do olhar

Árvore feliz

Que não perde

O galho guarda

O ninho deixa

O que está

Em suas mãos

29 de set. de 2017

O coração se animou

Acreditei que o mar

Me levaria pra longe

Das ilusões da paixão

A brisa não engana

Deixou a vela do barco

Quieto esperando

O coração se animou

Vomitei o coração

Será que deixei pra trás

Olhei pro lado contrário

Acreditei na dúvida

Engoli o desejo

Fiquei entalado

Vomitei o coração

Eu vejo a lua com o sol

Estive perto

O mar levou

Ficou o olhar

A concha na areia

Não perdeu

O que a maré

Trouxe de volta

Nesse desencontro

Eu vejo

A lua com o sol

28 de set. de 2017

Gostaria de recordar

Gostaria de recordar

Fazer aparecer

Um pouco de luz

Na sombra do quarto

Deixar livre

O que não cabe

No pensamento

27 de set. de 2017

Espírito de criança

Não faço idéia

Que o absurdo

Venha de encontro

Eclipse dando detalhes

O sol não derrete

As nuvens que dão

A passagem pra que saiba

O quanto é especial

Muita luz e paz

Espírito de criança

26 de set. de 2017

Impossível não chorar

Sinto teus dedos

Deslizar

Toque genial

Intervalo

Viagem

Coragem

Pra que juntar

O armário tá cheio

Sinto teus dedos

Impossível não chorar

Impossível não chorar

Sinto teus dedos

Deslizar

Toque genial

Intervalo

Viagem

Coragem

Pra que juntar

O armário tá cheio

Sinto teus dedos

Impossível não chorar

Sem amor

Num furacão de ideias

Nasce a flor

Que imagina o jardim

E em volta se assusta

Percebe o coração

Sem amor

A lenda da preguiça

Um desejo velho

Vem a tona

Parecia esquecido

Precisava acordar

Sair da cama

Sentir o prazer

De se levantar

A lenda da preguiça

25 de set. de 2017

Esperando você

Mesmo que fosse tarde

Iria querer de novo

Te ver se por

Com o mar

Quem sabe

O encanto

Seja da sereia

Esperando você

Pra superfície

Sabe quando olho

Em volta sinto

Que tá faltando

Aquele lugar

Que de tempo em tempo

Escolho como antigo

Pra de novo voltar

Pra superfície

24 de set. de 2017

Velhas feridas

Velhas feridas

Não tenho como

Contornar o inevitável

Reconheço a dor

Que faz mudar

Em vez do amor

Quem sabe na próxima

Próxima vez

Vindo do coração

Muitas vezes

É bom esticar

Esticar os braços

Segurar o infinito

Não largar

Surreal arco íris

Vindo do coração

Me sinto em casa

Me sinto em casa

Olhando o mar

Ondas no olhar

Um capricho sonhar

Quintal de tantos horizontes

Me sinto em casa

23 de set. de 2017

Ouso estando poeta

As vezes preciso buscar

Sem sair do lugar

Reconhecer a paisagem

O interior sem  perder

A ilusão do exterior

A poesia faz isso

Com a maestria de poucos

Ouso estando poeta

22 de set. de 2017

Intenso coração

Através do olhar

Caio no sentimento

Delírio da surpresa

Que se veste

Mais uma vez

Intenso coração

O que antes era verde

Catando folhas

Uma busca simples

Sem pedir muito

Segue a estação

O que antes era verde

Essência da liberdade

Acho que não me desfaço

De nada do que aprendi

O que falta fica voando

Preso em pensamento

Ouso imaginar

A essência da liberdade

Entusiasmo de viver

Entusiasmo de viver

Não deixe escapar

O que vem de longe

Faz mudar

A semente precisa

Que acorde

Traga você de volta

21 de set. de 2017

Tua cor

Teria pedido mais

Se soubesse

Que viria

Como um brilho

Que se poe

Acorda e adormece

Ontem falei com você

Parece que ainda

Está aqui

Tua cor

Lembrar o coração

Sabe que gosto

De deixar em silêncio

Saborear o vento

O momento sentir

Lembrar o coração

Do que se alimenta a ilusão

Do que se alimenta a ilusão

Quem sabe seja de cada brinquedo

Enquanto não quebra

Ou enjoa voa

Domina forte no pensamento

Quando o  vento passa

Nem tenho saudade

20 de set. de 2017

O ninho tem

É assim que vem

Sem compromisso

Toma conta

Cheio de rodeio

Num silêncio de palavras

O ninho tem

A vida não pousa nunca

O que tem do outro lado

Um rosto conhecido

Ficou no tempo

Que não havia

Um minuto de sossego

O vento levava a pipa

A linha crescia

parecia alcançar o céu

A vida não pousa nunca

Olhar de saudade

Eu sou outra estrela

Escondida no horizonte

Que desperta com a lua

Aguarda o dia sempre

Entre um mundo e outro

Estou mais perto

De cada sentimento

Um pedaço daquele olhar

Olhar de saudade

19 de set. de 2017

Sempre vale a pena viver

Será que nasce

Se plantar sem medo

De qualquer erva daninha

Que venha o medo

Com medo e tudo mais

Sempre vale a pena viver

18 de set. de 2017

Existe o melhor para você

Ninguém distrai

A mente

Sofrendo

E tão somente

Conversando

Com as amarras

Descobre

Que em cada nó

Existe o melhor

Para você

17 de set. de 2017

Danço com você

Quero esticar

Lembra bem

Uma mola

No infinito

Borboleta

Teimosa

Danço com você

Onde a criança sorria

Será que foi

Sempre assim

Que o sol amanhecia

Sozinho esperando

Algum olhar chegar

Onde a criança sorria

O tatu tem poesia

Se não me bastasse

Um pouco de folga

Sair do sufoco

Tem seu preço

O buraco nasce

Quando se cava

Sem olhar

O tatu tem poesia

16 de set. de 2017

Mensagem

Gostaria de dizer

O que ficou faltando

Se nem lembro mais

Perdi a âncora

Estou a deriva

Ilha sem garrafa

O mar se recusa

Como mandar

Mensagem

Trilha sonora

Pra te ver mais

Esperando o por do Sol

Abraço distante

Gigante saudade

Boquiaberto acorde

No violão descobre

A trilha sonora

Olhando o mar

Ainda não me acostumei

Quase acordar assim

Te ver indo e vindo

Energia sentir

Coração solitário

Cigana vida

Olhando o mar

Estrela leva

Estrela leva

Um pouco de mim

Deixa o louco sair

Conhecer a luz

Que tanto

Te faz sorrir

No calor

No calor

Se despede

Horizonte

Abraço

Pele

Coração

No calor

Linda música

Além de descrever

Vai com a dança

O ritmo dos pés

Seguem as mãos

De tão soltas

Fazem voar

Uma cor sentimento

Que não se traduz

Linda música

15 de set. de 2017

Acontece quando você sorrir

Nada faz tanta falta

Nem o sabor nem a sede

Se pudesse imaginar

Daria muito mais

Que a poesia

Do seu olhar

Basta soltar

Acontece

Quando você sorrir

Uma gaivota no olhar

Acho que deixei rolar

Lá no fundo onde as pedras

Caminham com o olhar

Pedindo a erosão

Que mude o sentimento

Como uma estrela

Uma gaivota no olhar

Namorando o sol com o mar

Namorando o sol

Com o mar

Sentimento intenso

Encontro maior

A brisa vem

Deixando a maré

O coração brilhar

Acredite está em você

Antes que tudo acabe

Resista semeando

Com a vontade de criar

O papel pode está amassado

Teu coração é muito mais

Independe do que o outro seja

Acredite o mar está em você

14 de set. de 2017

Vem de longe

Vem de longe

Sem saber

Descobre o segredo

Feito mistério

De muita luz

Nasce uma nova amizade

Agradecer a vida

Queria te pedir

Algo devagar

Sem pressa

Passear com os dedos

Me perder no suor

Na emoção de cada encontro

Celebrar o palco

Agradecer a vida

Sede de amar

Olhe que já pisei

Senti o chão fugi

E as nuvens ganharem

Os lábios animam

Sede de amar

Demorei pra te buscar

Demorei pra te buscar

Sentir tua brisa

Levantar o olhar

Me esquecer um pouco

Pra que o furacão

Passe sem arrancar

Todos os sentimentos

13 de set. de 2017

Meu coração se segura

Meu coração se segura

Balança quando ver

Que o vento não cabe

Voa entre os dedos

E segue caminho

Deixando saudade

Meu coração se segura

Pra ser feliz

Pra ser feliz

É preciso perder

Merecer o olhar

Que nao se apaga

E conhece a chuva

A lágrima da lua

Encontra nas nuvens

O sol que nao se cansa

Dentro do caminho

Dentro do caminho

Existe a possibilidade

Se perder é uma delas

Encontrar a lição

O tesouro de quem sabe

Que em cada passo

Nasce o dia

12 de set. de 2017

Outro degrau

Na palma da mão

Tem o calo

O que precisou

Ficou  na saudade

Tempestade no coração

Outro degrau

11 de set. de 2017

O que te faz bem

Demorei a descobrir

Que o caminho das pedras

Não existe mesmo

Que a ilusão é o quadro

Mudando a cor

A pintura da vida

Nada mais é

O que te faz bem

10 de set. de 2017

9 de set. de 2017

O valor do susto

Pra que fugir

Se te encontro

Sempre com saudade

É de se admirar

Quem se espantou

Ate hoje não sabe

O valor do susto

Rota de fuga

Um amontoado de coisas

Deixei escapar a saliva

De tanto falar secou

E nada importante

Foi dito

Rota de fuga

Quando saí do sério

Quase saí do sério

O quadro despencou

Perdeu o parafuso

Será que a parede

Esqueceu de segurar

A lembrança que faz

Falta em todo lugar

Pra tirar o óleo

Pra tirar o óleo

Sem derramar

A vontade

De ser com sede

Sentir o pote

Espalhar a semente

Fugir da preguiça

Pão de mel

Quero o disfarce

A transparência

O vestido e cor

Sem despir a flor

Olhar de abelha

Pão de mel

Estrela poesia

De suas águas

Vem o sonho

De suas asas

Um colo no céu

De suas lágrimas

Sai o peso

De suas mãos

Nasce o desejo

De sua vontade

Sente a vez

De sua liberdade

Estrela poesia

8 de set. de 2017

Coração da vida

Sinceramente espero

Que der certo

Saiba abrir

Sem perder

A coragem

Ouvir com paciência

É do silêncio que vem

O coração da vida

Ouço seu coração

Ouço seu coração

Sangrar

Ficar em pedaços

Quase perder

Os sentidos

Tento o silêncio

Pra que possa

Curar a ferida

Ouço seu coração

Como pétalas abrindo o coração

Com a emoção

Veio a aventura

O descobrir sem partir

O inteiro ainda confunde

E pra saborear

Os pedaços falam

Como pétalas

Abrindo o coração

O motivo que faz o sol sair sorrindo

Depois um tempo

Acaba acreditando

Que entre as pedras

Nasce com o mar

Um olhar tranquilo

Que passeia sem pressa

Só querendo encontrar

O motivo que faz

O sol sair sorrindo

7 de set. de 2017

Quem sabe

Quem sabe

Te faz brilhar

Escorregar

No coração

Até chegar

No lugar

Toda vez

Quem sabe

Olhar de gato

Varrendo as folhas

Do abacateiro

Uma floresta no quintal

Viagem das manhãs sinceras

O coração parece voar

De tanto agradecimento

Do himalaia ao Tibete

Longa inspiração

Alquimia e poesia

Infinito amor

Olhar de gato

Tempestade e poesia

Cão chupando manga

Fila sem fim

Um aperto só

Além da imaginação

Querendo acordar

Não tem como

Tempestade e poesia

Muitos pássaros

Quero voar

Com gaiola

E tudo

Cantar sempre

Tentar acompanhar

Com assobios

Muitos pássaros

Cadê o sol

De um sorriso

Trago de volta

Escondido no horizonte

Um beijo com o mar

Esse olhar que acorda

Toma forma

De mais um dia

Cadê o sol

6 de set. de 2017

Senti o gosto

Senti o gosto

Amaciei o olhar

Desci a paciência

Descobri a salada

Que é abraçar

E soltar a saudade

Esfolado e machucado

Se fosse só escorregar

Estaria tudo bem

Só que arde sempre

Não importa o banho

Nunca está limpo

Esfolado e machucado

A língua agradece

De tão desconfiado

Nem minha sombra

Tem coragem

Nem quer companhia

Pode ser exagero

Comer pelas beiradas

A língua agradece

5 de set. de 2017

Me encontrar de novo

Precisei de muitas vezes

Pra está onde estou

Rebuscar cada detalhe

No coração da floresta

Perder o rumo

Noites sem estrelas

Descobrir a bússola

Me encontrar de novo

O vento tem nome

Olha que sempre

Estive ao seu lado

Algo como arrepio

Não tão longe assim

Senti chegar

O vento tem nome

De onde lembro

De onde lembro

Vem teu olhar

Entre as árvores

Num jardim esquecido

Na saudade de um coração

4 de set. de 2017

O que entra na janela a cortina não esconde

Nem fiquei sabendo

Como o tempo mudou

Só precisava do silêncio

É bom acordar assim

O que entra na janela

A cortina não esconde

2 de set. de 2017

Banho de chuva

Estou a beira

De um colapso

Colisão eminente

Pensamento nas nuvens

Quem sabe um banho

Banho de chuva

Precisando correr

Precisando correr

Me sentir mais leve

Respirar novos ares

Parar de bater a cabeça

A vida é dura

Não preciso ser

Como uma pedra

Namoro tua poesia

Quero me distrair

Tá difícil esperar

Que o sol e a lua

Se encontrem

Enquanto isso

Namoro tua poesia

Eu escuto as ondas

Não pretendo desistir

Nem jogar a toalha

Se fosse partir

Daria um pedaço

Da saudade

Que sinto de você

Quando olho o mar

Eu escuto as ondas

Esqueci que tenho paredes

Tento fazer as pazes

Não pisar no prego

Aparecer

De vez em quando

E sem notar

Devo admitir

Tenho sido

Muito chato

Esqueci que tenho paredes

1 de set. de 2017

Sem rosto

Se for pra gritar

Solte o medo

Não precisa correr

Nem tem como

Quando quem acompanha

É como o vento

Uma sombra calada

Sem rosto

31 de ago. de 2017

Deixei escapar o sorriso

Deixei escapar o sorriso

Fiquei dias olhando

Sentindo a ilha

Só me dei conta

Quando acordei

Com uma borboleta

Que pousou no meu coração

Deixa a chuva cair

Importante que seja assim

Aguardando a próxima cobrança

A multa sem sentimento

Nessa hora o ego foge

A culpa é sua

Deixa a chuva cair

Acho que pedi errado

Acho que pedi errado

Cadê o gênio da garrafa

Vivo esfregando a dor

Será que exagerei

Na pimenta ou no doce

Acho que pedi errado

Poesia no olhar

Não deixe de por

Pra fora

Insistir pra valer

Sentir a sede

Poesia no olhar

Mordi a língua

Senti falta

Do cabelo na sopa

Espinha na garganta

Pedra no arroz

Feijão queimado

Pão duro

Mordi a língua

30 de ago. de 2017

28 de ago. de 2017

Soube que passou

Soube que passou

Por aqui

Nem te vi

Desencontros

Ritmo das nuvens

De que lado mesmo

Está o vento

Soube que passou

Deixar o sol entrar

Daqui um instante

Irei partir

Dando o sinal

Escondendo a lua

E todas as estrelas

Preciso abrir o palco

Deixar o sol entrar

27 de ago. de 2017

Muitas sementes

Ouço uma tempestade no coração

Como abrandar tantos sentimentos

Quem vive intensamente

Sabe como a música

Nunca para de tocar

E o que vem torna

Cada mudar

Muitas sementes

Coração em silêncio

Quando o perdido toma conta

O olhar voa

Se as coisas não vão bem

Nem adianta sorrir

Coração em silêncio

Os lábios morrem de saudade

Não seria ousado

O bastante

Se não reconhesse

Que no capricho do beijo

Os lábios morrem de saudade

Colorir o dia

Pode me acompanhar

A servir o chá

Me sentir a vontade

Ver que o momento

Não disfarça o desafio

Que viver é pintar

Colorir o dia

26 de ago. de 2017

Que ainda existe amor

O que me faz distante

Beira o rio

Ganha a margem

Espera a cachoeira

Distrai o coração

Pra que saiba

Que ainda existe amor

Me visto de você criança

Me visto de você criança

Tropeça cai e levanta

Sente o vai e vem do balanço

Também do mar

Nada manso

Que nunca deixou

De amar cada onda

Tem um pedacinho

De você poeta

Que o tempo é um grande palhaço

Faz tempo

Que não te vejo

Vejo sorrir

Pra valer

Rasgar lágrimas

Reconhecer

Que o tempo

É um grande

Palhaço

Quando se aprende com amor

As labaredas não afastam

O frio que sinto

Talvez eu ainda

Não veja

Que o calor

Se alimenta

Quando se aprende

Com amor

Do que já fui

Quando me calo

Seguro uma ancora

Deixo vazio

A saudade de um rosto

Perdido no tempo

Na parede um retrato

Pendurando a lembrança

Do que já fui

Onde fica o ninho

Se faço pouco

Porque esqueci

No cantinho

O sabor da solidão

De esperar

Sem saber

Onde fica

O ninho

No coração do poeta

De um momento assim

Nasceu o brilho

Lá bem distante

Devagar mostrando

O que muda está presente

Sempre no pensamento

No coração do poeta

25 de ago. de 2017

Milagre pra quem ver

Muitas barreiras

Separam muito

O recheio do olhar

Vestido de cores

Um desfile sempre

Milagre pra quem ver

24 de ago. de 2017

23 de ago. de 2017

De volta com você

Como se não bastasse

Poeira das estrelas

Na solidão do olhar

Infinito coração

Bate o unico

Sentimento

Que traduz

Bem a vida

É bom estar

De volta com você

O mar não me devia nada

O mar não me devia nada

Mesmo assim mandou ondas

Pra que sempre lembrasse

De que não adianta viver

Chorando sem agradecer

Quando se estar em  cima

Ou embaixo

22 de ago. de 2017

Que sopre mais com o coração

Veja aonde

Isso nos leva

Um romance

Sem vento

Então nāo esqueça

As folhas precisam

Que sopre mais

Com o coração

Além do verso a poesia abre

Quando tudo parece

Não ter saída

O mudar vem

E por mais

Que não veja

Além do verso

A poesia abre

21 de ago. de 2017

Surdo e mudo

Passando a ver

Com outros olhos

E descobrir

Além das cores e o som

Muito o que me falta

O mundo parece ser

Surdo e mudo

Pra os que são especiais

Ficar em silêncio

Ficar em silencio

Perder o som

Que o mar faz

Música inesquecível

20 de ago. de 2017

Alquimista de Luz

No encanto da poesia

Existe uma ponte

O graal e a semente

Que espera o momento

Pra que venha

Desperte o poeta

Alquimista de Luz

Outra poesia

De um abraço vislumbrei

Muitos horizontes

Aterrissei sem para quedas

Ganhei e perdi  sentimentos

Outra poesia

E de muito longe assim nasceu o amor

Não teria tanta certeza

Que vi o tempo passar

Ganhar tantas formas

De que nem lembro mais

Deixei as ondas levarem

Encontrei o encanto

Do rio e o mar

E de muito longe

Assim nasceu o amor

19 de ago. de 2017

Desejo de cantar

Faltam detalhes

Retalhos e pintura

Que desmancham

A cor da vida

O desejo de cantar

O que vem do coração

O que nos afasta

Cria um muro

Ninguém ganha

Nessa guerra

Onde todos perdem

A direção simples

De perceber

O que vem do coração

18 de ago. de 2017

Havia uma flecha

Havia uma flecha

No alvo

Um arco no chão

Perdido no tempo

Como roda gigante

A memória subia

E descia

Para que pudesse

Voltar a vida

Na poesia reconheço o amor

Não abandonar tanto

O que o coração pede

Sair das fronteiras

Ver o que tem além

Do vale da vida

Na poesia reconheço

O amor

17 de ago. de 2017

Pedra solta

Uma pedra solta

Quica no lago

Afunda num olhar

Sem a surpresa

De voltar a superfície

Pra desocupar o coração

Vem pra cá

Me dar um sorriso

Cafuné daqueles

Abraço abertado

De perder o fôlego

Pra desocupar

O coração

Não deve temer o vento

Não deve temer o vento

Confie nele

Onde as asas fecham

Os olhos do coração

Sentem o caminho

O que vem do coração

O que nos afasta

Cria um muro

Ninguém ganha

Nessa guerra

Onde todos perdem

A direção simples

De perceber

O que vem do coração

16 de ago. de 2017

A luz que nasce da poesia

Se fosse tarde

O bastante daria

Um presente abraço

Perderia a solidão

Se estivesse  ao seu lado

Ainda é cedo

Agradeço com amor

A luz que nasce da poesia

15 de ago. de 2017

14 de ago. de 2017

Que lua é essa

Estive alerta

Bem certa

Janela aberta

Conheci a seta

Queria a meta

Esqueci a coberta

Que lua é essa

Na dança do fogo

É no olhar do dragão

Que sobrevoa as chamas

Do sentimento nasce a lenda

O caminho dos que arriscam

Acreditam na mudança

Na dança do fogo

O que parecia bom

Tive escolher

Demorei a ver

Que a pedra muda

Mesmo que não perceba

Nada traz de volta

O que parecia bom

13 de ago. de 2017

Do que a gaivota tanto sorrir

Não queria ficar triste

Enquanto muitas pessoas

Em volta estão alegres

Só que acontece

Esse olhar de mar

Que escorrega

Entre um sorriso e outro

Encontro a lágrima

Do que a gaivota tanto

Tanto sorrir

Não posso te dar

Não posso te dar

O que tanto pede

O tranquilo fora

Só vem quando você

Dentro já é

O que busca

Sem sossego

Fora de você

Abro o capítulo

Abro o capítulo

E vejo várias páginas

Águas passadas

Maré cheia

Ouso buscar

A inspiração

A poesia

Abro o capítulo

Que venha a sua música

Esse mundo adora

Vários sons

Que se misturam

Se perdem em nomes

Gêneros e tipos

Lugares comuns

É de se admirar

Que essa linguagem

Tem o dom de todos sentimentos

Que venha a sua música

12 de ago. de 2017

Nadei

Nadei até aonde

As ondas deixaram

Ganhei o beijo

O beijo da brisa

O silêncio escondido

Saiu do coração

Pra de novo

Te abraçar

Na panela ainda tem pipoca

Precisei de algumas despedidas

Dores no coração

Saudades imensas

Cores que mudaram

Desejos que enlouquecem

Talvez tenha pedido demais

Na panela ainda tem pipoca

Jogo de cartas

Entre um olhar e outro

Passei correndo

Sem distinguir

O que veio primeiro

Talvez a dúvida

Seja o caminho

O destino dessa vez

Jogo de cartas

Faltaram os aplausos

Quem sabe faça a diferença

A torta de maçã tem feitiço

E pra acordar nem sempre

É possível ver atrás das cortinas

Bastidores e segredos combinam

Faltaram os aplausos

Um mar de ressaca

Acordei com o sonho

Altas ondas

Um sorriso do lugar

Jeito manso

Ondas longas

Passeio no coração

Um mar de ressaca

11 de ago. de 2017

Quem ama conhece o adversário

Diga me mais

Sopre com o vento

Sinta a folha caindo

O sussurrar das ondas

O abraço de cada olhar

Mesmo que chova

E tudo fique tão cinzento

Quem ama conhece o adversário

10 de ago. de 2017

Tô com fome outra vez

Acho que fui

Memória e momento

Nuvem sem rumo

Caminho e pegada

Que desmancha

Com o mar

Poesia e pele

Por do sol e lua

Salada e sobremesa

Tô com fome outra vez

Amor no coração

Como um disparo

O tiro ecoa

Não sabe o alvo

Só tem pressa

De chegar sempre

Enquanto isso

Vai esquecendo

O principal na vida

Amor no coração

9 de ago. de 2017

Vento da vontade

Pensei que fosse demais

Confundir o coração

Balão solto

Pra onde que

Leva o vento leva

O vento da vontade

Amadurecer com amor

Pedir pra você

Um pouco mais

De paciência

Devagar calmo

Sentindo a pétala

Conhecer a estação

Amadurecer com amor

8 de ago. de 2017

Dor de barriga

Quem sabe

Foi engano

Insano momento

Desequilibrio euforia

Não sei o que comi

Já quer sair

Dor de barriga

Uma pitada de poesia

Vontade de te dar

Alegria em beijo

Vibração sem fim

Saudade infinita

Uma roda de amigos

Para celebrar a constelação

De tantos caminhos

Se faz todo sentimento

Uma pitada de poesia

Prefiro pão de queijo

Sabe de uma coisa

Tô de olho em você

Boquiaberto o coração

Desmancha em elogio

Feito manteiga

Prefiro pão de queijo

7 de ago. de 2017

De onde mesmo que sou

Mal consigo respirar

De tão rouco

Que estou

Cheio de dúvidas

Que demoram

A cair

E juram sempre

Voltar como poeira

De onde mesmo

Que sou

Me aceite como sou

Me aceite como sou

Entre em trânsito

Descubra a galáxia

Quem está além

E tão próximo

Do coração

Eu habito

Em você

É proibido reclamar

É proibido reclamar

Assim fica difícil

Conversar tanto

Sem atacar

Qualquer diferença

Cadê a luz

No fim do túnel

Sem diferença

Como fazer

Esquecer a crítica

Ver o que une

O elo perdido

É proibido reclamar