O desejo parece fugir
Tem pernas e asas
Sai pela janela
E demora a voltar
Nem bate na porta
Entra sem avisar
Feito vento selvagem
Anunciando chuva
Tempestade no olhar
De quem ficou
Sobrou a saudade
O sorriso de um lugar
Um coração de flores
Fiquei esperando
Olhando o mar
Abraçar a areia
Beijar as conchas
O namoro das ondas
Um gosto incansável
Se fosse abrir
O desejo
Em cheio
O vôo
Da gaivota
Que delira
Quando mergulha
E encontra
O fim da fome
Por alguns momentos
Dar um alívio
Perceber
Que existe
Amor na natureza
Hoje esqueci
De ficar
De olhos vendados
Vim aqui
Pra te ver
Voar
Sair
Por aí
Perceber
Que são
Nas pequenas
Pedras
Que chutou
Encontrou
A dor
E reparou
Que existo
E insisto
Em viver
Ao teu lado
Eu sou
Seu chão
Na poesia
Desculpe
Se não sei
O que dizer
Fico tão
Calado
Esculpindo
Pensamentos
Catarse
Capazes
Cartazes
Onde vejo
Mensagens
Viagens
Como não
Decolar
Sentir
No ar
O coração
Pulsar
Anjo azul
Ousei encarar
Pra que usar
Tantas máscaras
Se o espelho
Não me engana
Pintar sem cor
Nua crua tinta
Sentir na pele
Na carne o calor
Vem do abraço
Música tesão
Flor de viver
Sem jardim
A poesia veio
Pra semear
Unir os pedaços
Que encontrei
Eu sei com você
De quem viu
Apertou os olhos
Não se livrou
Das lágrimas
Água de rio
Na cheia
Sabe arrastar
Tirar do coração
Feito beijo suave
Quando os lábios
Não esquecem
Olhar de tapioca
De uma longa prosa
Nasce o afeto
Que nem a distância
Tem jeito de explicar
O abismo não afasta
Quem dá rumo
Ao coração
Sem pestanejar
O tempo voa
Saudade
Que não dói
De lembranças
Em lembranças
Vamos seguindo
Amizade e poesia
Me afastei
E descobri
De longe
Melhor
Aquele olhar
Distraído
Sossegado
Que não precisa
Da correria
Do sentimento
Da paixão
Desenfreada
Que venha
Teu jeito bobo
De sorrir
Abrindo
O dia
Com gratidão
Algo em mim
Me diz
Tome a direção
Certa
Mesmo que
Provoque
Os que são
Contra
Seja
A vontade
Que sai
Como faísca
Do olhar
Do sorriso
O incômodo
Que dar vida
Eu sou
Sou
A águia
Azul
Queria poder dedicar
Mais momentos
Como esses
Ser espontâneo
Como o vento
No rosto
Que nada diz
E sabe
Teu nome
Entre uma tormenta
E outra
Existe uma brisa
Um silêncio forte
Descanso no olhar
De que tudo
Só muda
De lugar
Quando deixo
Sair
O que está
Tão preso
Batam palmas
Qual é
O problema
De vocês
O espetáculo
Da vida
Vem completo
Com lágrimas
E sorrisos
A saudade
Só nasce
Pra quem
Decide
Permite
Amar
Cada
Desafio
Casulo
Borboleta
Essa eu fiz pra você
Que me faz chorar
Sorrir como ninguém
Faz ou consegue
Se faltam as palavras
Olhares e gestos
O silêncio não abandona
Me une a saudade
De outros tempos
Se não fosse o mar
Não estaria aqui
Descobrindo a onda
A poesia existe
Pra ser a praia
De todos
Descubra
A sua
Poesia
O que lhe parece familiar
Fugiu de questão
O desconhecido ganhou
Novo horizonte
Pra se desbravar
Conheceu a montanha
Livre como suas asas
Conhecimento sentimento
Um vento de poucas palavras
Assobiou pra você
Estarei sempre
Pra ver
No que vai dar
Explode o palco
Experimenta
O som
E silêncio
Atravessa
A explosão
Expulsa
A tristeza
Dando a dança
O sentimento
Que liberta
O sorriso
Coração dj
Vem a estação
Que muda
O olhar
Das flores
Dando sentido
Ao calor
Do sentimento
Um colorido
Mais do que especial
Quem não sabe
Pintar o amor
Precisa conhecer
O dom da primavera
Preciso te ver
Mergulhar
De pés descalços
Sentir a areia
Molhar
Enxaguar
O sentimento
Nas ondas
Do menino
Que brincava
De ser gaivota
Desenhando
Cada horizonte
Onde a vida tinha
Outras cores
Do que foi
Ganhou
Caiu
A flor
Mudou
A estação
Tirou
Do coração
Mais
Que um sentimento
Amar é um jeito
Que o universo
Arrumou
Pra bagunçar
Sempre
O que precisa
Mudar
Na vida
Já estou
Com saudade
De todos
Vocês
Um mundo
Ao redor
Desde a bagunça
E vários silêncios
No olhar
Não sei
Driblar
O alvoroço
Que nasce
No coração
Eu me chamo
Família
Sintomas do amor
Mergulho imenso
Saindo da superfície
Ambiente infinito
Íntimo conhecer
Bosques vales florestas
Em qualquer lugar do mundo
Pra espantar
A solidão sem culpa
Não existe remédio
Melhor na vida
Deixe o que invade
Tomar conta
Permitir a ponte
Entre eu e você
Tinha um gosto assim
Suave agradável
Descia na língua
Dando água na boca
Como enxugar
O desejo cheio
Um namoro tranquilo
De longos olhares
Pairava em silêncio
O vento ecoou
O que vinha
Na cor do coração
Avancei com medo
Percebi a janela
Trazendo a paisagem
Atravessei a porta
Como uma ponte
Horizonte veio
Trazer luz
Nos olhos
Fez brilhar
O mar
Nunca abandona
As ondas
Que namoram
Na praia
Avancei com medo
As vezes sinto
Que a imaginação
Me distrai levando
Pra lugares absurdos
Nunca antes sonhado
E despertar a fruta
Sem a semente
Torna o caminho
Árduo árido
Nem todo deserto
Merece a sede
Que nasce
No coração
Quando muda
A lente
Surge
O renascimento
O que antes
Não era visto
Ganha do contraste
Dando cor a vida
De quem observa
Um balanço
De sentimentos
Das lágrimas
Nasce
O sorriso
Do amor
De tantos delírios
Saí do jardim
Florido de emoções
Regado de saudade
Pra repousar
Em outro ninho
Um buscar sempre
Que torna a vida
Um lugar
De novos
Desafios
Fios soltos
Perseguem
A linha do horizonte
Suave coração
Cardume de pensamentos
Escamas não escondem
Quem vive pescando
Perdido lá no fundo
Está o brilho
Lua pálida
Quem se cala
Diante do amor
Coração
Em lágrimas
Abusado
Sentimento
Já tá no caminho
O que tanto escuta
E ninguém pode acompanhar
A vontade cresce criando
A semente livre
Escolhas são temperos
Pra serem apreciadas
Se possível
Com gosto temperado
Impossível viver
Sem sentir
Cada momento
O que muda
Simplesmente
Chamamos de tempo
Atrai o que pensa
Compensa o vazio
Entulhando
O absurdo
Empilhando
Muitas distrações
Pra não ter tempo
De ficar em paz
Provoca o silêncio
Com o grito
Insistente
Da vaidade
Orgulho
Arrogância
Espelho multicor
Esquece
De se despir
Se vestindo
De amor
Na vida
Depois
sigo no vento
assoprando assunto
dando ao silêncio
nosso jeito de olhar
o mundo com tantas
canções que a solidão
se assusta com medo
do que pode fazer
tanto amor
em chamas
vamos prosear
antes que o eclipse
passe outra vez
Enterrar o passado
Nunca é fácil
Parece um corredor
Cheio de cuvas
Subidas e descidas
Sem placas
Nem avisos
Talvez seja
A essência
Da vida
Nos ensinando
A amar sem pressa
De chegar no pote
Dando um bote
No coração
É como segurar
Areia
Ver
O mundo
Derreter
Pelas mãos
Como buscar
O que ainda
Não sou
De verdade
Semente
Da paz
Sou casado
Com a poesia
Até o sentimento
Dos ossos
Que estalam
Sem preguiça
De mergulhar
Na pele
Permitir
Aos poros
O banho
De cada suor
Sonho azul
No som na rima
De cada verso
É no avesso
Que descrevo
Longe é o começo
De tudo no amor
Olho no olho
Estou pronto
Pra celebrar
Atingir tingir
O coração
Com cores
Que nunca
Imaginei
Existir
Na face
Da terra
O amor
É um passeio
Infinito
De estrelas
Inimagináveis
Olho no olho
A poesia é meu coração
Pedindo passagem
Carruagem sem
Corrente presa
Ao elo imenso
Que une várias
Gotas do mar
Quem tentar
Separar nunca
Irá encontrar
O que sou
Faço das palavras
O sentimento
Escolhido escondido
A poesia é meu coração
Humores diferentes
Mares profundos
Mergulhos rasos
Prazeres dispersos
Universos paralelos
Se espalham as folhas
Soltas voam
Pra anunciar
De quem sabe
Onde foi parar
Amor rima
Com paz
Ganhou meu sorriso
Que estava perdido
Quem sabe
Escondido
Pedindo
Pra sair
Por aí
Sem dono
E lugar
Vontade
De dançar
Com você
Inquieto ser
Que vive
Beliscando
As bordas
Do universo
Recheio
De torta
Suculenta
Quem sobrevive
Atração única
Rasgando vem
Bem em você
Todos sentimentos
Sentindo falta
De você
Eu sou
Feito
Música
Te mato depois
Que conseguir
Apagar o fogo
Que chamuscou
A cabana
Dos sonhos
Inacabados
Soterrados
Pela persistente
Ilusão personagem
Que criei
Fiquei sem
Baile a fantasia
O que faço
Com a música
Que não sai
Da cabeça
Tenho saudade
De ficar sozinho
Vendo o sol
Fechar o dia
Dando
Um beijo
Mergulho
No mar
Esperando
A lua
Abraçar
E no tapete
De estrelas
Que surge
Agradecer
Em paz
Eu gosto
Quando você
Fala comigo
Assim poesia
Quando aprendermos
Que o mastro
De uma bandeira
Não representa
O que somos
Uns aos outros
E que nossas
Diferenças
Sejam sempre
Surpresas
Desafiadoras
Na vida
Superar
Nada mais é
Além do símbolo
Independência
Ou morte
Não tem cor
Não escolha lados
Escolha você
Minha bandeira
Sei
Quando estou
Apaixonado
Jogo o chapéu
Pra o alto
Mesmo sem asas
Conquisto o sorriso
Aberto
Do coração
Não precisa
Ser alguém
Pessoa
Ou horizonte
O momento
Diz tudo
Somos
Uma lenda
Dentro do furacão existe
Um lugar tranquilo
Que os olhos
Não alcançam
Basta acontecer
O mergulho da vida
Que as mudanças
Vão dando rumo
Com as escolhas
Feitas através
Do destino criado
Coração cigano
Talvez me acostume
Com teu jeito debochado
De deixar tudo solto
No ar pelo vento
Agitando o pelo
Arrepio sempre
De quem vem
E corre
Pela vida
Só preciso
De um abraço
Bem apertado
Pra espalhar
A solidão
Que sinto
Quando
Não ouço
Tua voz
Nas ondas
Me chamando
Onde foi
Que você
Deixou
O amor
Seja a mudança
Clareza permitida
Ação libertada
A dor enganada
Não deve tomar
Conta do tempo
Bússola de luz
Pra acordar
Tirar das sombras
O que aflige
Vai embora
Em nuvens
Brilhe
Só a vida
Conhece você
Vontade
De colar
Beijar
Até cansar
Quando só
Só existe
O vento
Namoro
O eco
Deserto
Quando
Ninguém
Aparece
Só me resta
O que de inteiro
Eu sou
No que sou
Essa lenda
Que chamam
De romantismo
De tão graciosa
A flor no cabelo
Passeia no desejo
Beijo com sonho
Crescente
No cisco
Nasce
A lágrima
Despejando
Do olhar
O que tanto
Transborda
Vem
Do saber amar
Não perca
A dança
Da vida
Cada
Passo
Paisagem
Lição
Colorir
A janela
Pra se abrir
Com amor
Cada
Porta
Desafio
Aprender
Espalhando
Quem sabe
Um pouco
De poesia
Por onde
Passar
O coração
Navego
No teu olhar
Com um leve
Propósito
Insinuação
Indisfarçável
De me pendurar
Sem pena
Nos sentimentos
Cansei de peneirar
Filtrar o óbvio
Precisamos
De um mergulho
Queria conhecer
Teu lado tímido
Território selvagem
Afugenta qualquer
Estrangeiro ponte
Estranho mergulho
Tem a cor do teu olhar
Quando diz
Trevo flor
Raro amor
Do que mesmo
Temos falado
O tempo todo
Coração surdo
De tantas ilusões
Demora a aterrissar
Como descansar
Em paz ouvindo
Teu olhar furacão
Pedir quero mais
Que uma vida
Derrubando portas
Queria que viesse logo
Vestisse além das folhas
Robustas de frutos
Quase despencando
De tão maduros
Que semente é essa
Que namora o tempo
E cuida com muito amor
De onde vem a paciência
Que me chama sem nome
Dê algum tempo a ela
Pare de falar
Comece
A ouvir
A linguagem
Do silêncio
Natureza
Beleza
De se viver
Além
Do que se agita
Amanse
Com amor
Todos os dias
Momentos
O coração
Desapareço muito
Fico fora do ar
Um tanto observador
De estrelas
Em silêncio
Parecem querer
Guiar sem farol
Um mar cheio
Cheio de marés
Distantes
Me levando
Por lugares
Ares
Desejos
Adormecidos
Tenho muitas perguntas
E poucas respostas
Me sinto na cauda
Do cometa beliscando
O que posso segurar
Demoro ainda a perceber
O que preciso soltar
Tanto no coração
E insisto em prender
Sentimentos vazios
