Pensava
Que não falar
Era ignorar
Outra presença
Descobri muito
No silêncio
O ardente
Desejo
Que nada
Se esconde
Onde tudo
Se encontra
Pensava
Que não falar
Era ignorar
Outra presença
Descobri muito
No silêncio
O ardente
Desejo
Que nada
Se esconde
Onde tudo
Se encontra
O que precisa
Ser feito
Ganha novos contornos
Formas de se ver
Sem tocar
E apenas sentir
O dia que se aproxima
Ninguém tem ainda
Esse jeito louco
Desengonçado de ver
Além da superfície
Nem de perceber
Que não existe
Natural nem normal
Onde a fome e a sede
Tempera o aprender
Eu quero
O brilho das estrelas
E vivo expulsando
O que brilha em mim
Eu quero
O que pode me ajudar
E deixo de ajudar a muitos
Eu quero o que a vida
Ainda quer
E custo a aprender
Encarar a luz
Deve ser amar
Ja esqueci de rever
Posições, culpas
Que viraram desculpas
Escolhas como jogo de palavras
Intenções que só faziam
Brilhar o ego
Onde estou cego
E no calor do orgulho
Ver que sou o que passou
De volta ao passado
Veio num susto
Quase sem fôlego
O olhar meio assim
Sem direção
Refletia a emoção
O que era suspense
Ficou sem mistério
De uns tempos pra cá
Perdi minha bússola
Aprendi a ver
Com mais clareza
Que o grão de areia
Não esconde
Está em toda parte
E sou apenas
Outro grão
De um beijo
Fica um suspiro
Arrepio no olhar
Debaixo do sonho
Acordo com o coração
Querendo de volta
A samambaia lembrou
De uma hora pra outra
O mundo se faz perceber
Aparecem como nuvens
Um corre corre nas ruas
Todos com um olhar
Num horizonte de lugares
Se faz algum sentido
Sinceramente não sei
E agitar o coração
Até perder a preguiça
É um prazer sempre
A magia está no olhar
É o verdadeiro encontro
Com o universo
Que mergulha
E puxa tudo
Do jeito que vem
Vai o que deseja
E ganha tantas formas
E só tem um lugar
Sempre nasce
Em seu coração
Cabe mais
Que um olhar
Essa vontade louca
Como um beijo no ar
Imploro que assim seja
Nem que sejam momentos
Delírios dessa onda
Gaivota que me faz voar
Bem mais que uma vida
Bem mais que um amor
Bem mais
Guarde a espada
Não amole a vida
Tire a culpa
Seja leve
Tire o peso
Que o travesseiro revele
O descanso sem engano
Assim adormece
O coração alegre
Comece sem pedir muito
Confie olhando os detalhes
Equilibre sempre
Perceba a diferença
Distribua o que puder
E caminhe firme
Sinta o que precisa
O que a estrela faz
Pra sorrir
Perdi esse ser
Que me dar
Tanta alegria
Um prazer no coração
Tem duas rodas
Que giram sempre
Me levando a lugares
Momentos e amizades
O medo lhe diz
Onde fica o limite
E quem atravessa
Sabe que a ponte
Nunca termina
E após tantas vidas
Ergue o olhar
Que admira o horizonte
E sussurra um longo silêncio
O que guardei
No bolso
Tem estória
Mergulha sempre
Distorce o coração
Quando sai
É como um passaro
Que além de voar
Sabe o que buscar
Outro ninho
As flores retornam
Ao seu lugar original
As cores mudam
Natureza estampa bem
O calor reiventa a vida
Dando sede ao coração
Uma alegria que inunda
As folhas viram frutos
E de novo reina
A rainha das estações
Primavera
Num piscar de olhos
A mudança imprevista
Um silêncio escondido
Com jeito se acomoda
Arrepia até os dedos
Nasce sem medo
Se eu me entregar
O mundo para
O esforço perde
A camisa suada
Esquece o caminho
De casa
Me perco de vez
É estranho desconhecer
Que a sombra acompanha
Apenas onde existe a luz
Que o vento refresca
O dia mais quentes
É estranho esquecer
Os detalhes que fazem
A diferença de cada encontro
Quando contrariado
É inevitável o encontro
O atrito de sentimentos
A faísca da impaciência
Uma fogueira que se alimenta
De toda ignorância
Tenho sonhos
Que são tão reais
É um acordar de saudade
Um belo jeito
Que não satisfaz
Nem desfaz o que sinto
Dentro do sonhou eu sou
Aqui fora ainda serei
De um olhar maroto
Que faz gosto
Afasta o tédio
Conquistando corações
Sente com a chuva
As lágrimas das nuvens
O que sorrir
Aprende com a paciência
De vários lugares
Mexe muito
Como um filme
Só que não tem começo
Nem meio, nem fim
A saudade acorda
Olho através da janela
Num dia de chuva
Varrendo a memoria
Brincando com degraus
Deixando levar
O que mais
Pode acontecer
O que me fez
Esquecer
Salada de frutas
Cai bem
Um jeito leve
Que não abandona
Mistura vários
Sabores como a vida
O prazer de ser
Uma nobre
Sobremesa
Espero escurecer
Ver as estrelas
Me vestir de luz
Mergulhar no infinito
Despejar sem culpa
Todo sentimento
Temos o costume
De pedir ao outro
Que seja mais
Mais que um olhar
Caminho sem abismo
E nas curvas fugir
De um espelho
Que só mostra
O que apenas somos
Sozinho não se chega
A lugar nenhum
Presunção nubla
Enche de máscaras
É tão óbvio
Que esquecemos
A gratidão de se estar
Aprendendo na vida
Misturar bebidas
Ressaca na certa
Infeliz fica o fígado
Que se afoga
Em emoções deliram
O que estômago insiste
Em por pra fora
Nenhum motivo
É grande o bastante
Nada impressiona
Nem tira do lugar
A presença radiante
De se ficar
Em frente ao sol
Esperando a primavera
Me rasgo de viver
Me entupo de prazer
Me desmancho sem ser
Abro os sentidos do dia
Uma dança que bagunça
Assume um grito
Que de longe sei
Esperando o fim
O fim dessa melodia
Ganhei um sorriso
Um presente inesquecível
Vale como um tesouro
É como um olhar
Que arrepia
E vira emoção
Sentimento que se torna
Único pela vida
Do que mesmo
A gente se falava
E não escondia
Sentia o dia
E delirava a noite
A madrugada com o mar
Amanhecia do que mesmo
É disso que estou falando
Nadar sem rumo
Explorar ilhas
Que consomem
A solidão que devora
Levantar o olhar
É disso que estou falando
Amo café
Me acorda bem
Dar uma vida
Engana a preguiça
Tece o olhar com alegria
Veste o dia com mais sabor
E tem o quais mais gosto
Me seduz sempre
A lua escondeu
O meu sorriso
Me enganou
Dando descanso
Abrigou num olhar
Calando o coração
Aprendi que o não
Tem seu valor
Ergue uma postura
Que parece confronto
E faz a diferença
Onde dar equilíbrio
Pra que tudo seja
Com a natureza
De cada um
Não inventa
Não viaja
Diga que sim
Quem sabe
Talvez, não
Nem um sorriso
Pode salvar
Deixa o dia correr
Mesmo que o sol não venha
E o que faz sentido desapareça
Os lugares tem memórias
Existem e marcam pela vida
Nos tornando náufragos
Esquecendo o barco
O mar é o caminho
Mas, você é quem cria
Ja tentei
Esvaziar o dia
Escorregar pela tarde
Anoitecer sem intenção
E conquistei outra vez
Mais do que devia
Um pouco de você
Te faço assim
Sem fim
Onde escolho
Muito mesmo
Os traços são vivos
Galhos despencam
Seda e cetim
Vou desfilando
Te faço assim
Eu sei e lembro
Um vento leve
Olhar distraído
Andar calmo
De quem vai
O lugar ficou
No tempo
Lento é aprender
Eu sei e lembro
Da montanha ao oceano
Uma longa caminhada
Entre vales e rios
Trilhas inexploradas
Existem lugares ocultos
Onde os sonhos crescem
Com olhares que nascem
Da montanha ao oceano
Só existem nos sonhos
Te acordar é um pesadelo
Ainda bem que é assim
Nem sempre é possível
Seja como for
É desse jeito
Que a surpresa vem
Olhar preguiçoso
Sai do descanso
Busca o brilho
Que ainda se esconde
De poucas nuvens
Um beijo no horizonte
Quem chega tarde
Não tem idéia
Do que perdeu
Atinge uma camada
Da consciência
Que o cérebro
Não alcança
Quem atravessa
O mar sem olhar
Perde o barco
Esquece a âncora
O horizonte cresce
Tudo volta com a maré
Manter o equilíbrio
De algo que não vejo
Distinguir cada momento
Encontrar saídas
Onde mergulhar no olhar
É reconhecer que se precisa
Além de tudo
Tranquilidade no coração
Sair do ninho
E abrir as asas
Segurar o folego
E ir em frente
Acontecer com o caminho
Que vem vindo
Nada se silencia
E se agita
Sem algum propósito
Não existe dança
Sem música
A canção transpira
No suor de uma saudade
Nasce outra vez
O coração não brinca
Espatifa todos sentimentos
Poderoso escudo
Envenena ou cura
Tem um jeito todo especial
Que encanta vários momentos
O coração só ajuda
Quem ama
Sinto que fico invisível
No meio da multidão
Um silêncio de olhares
As bocas se mexem
Ninguém se escuta
E o importante se perde
Até que alguém do nada
Ganha atenção
Bem mais que a multidão
Gostaria de dizer
Muito mais
Mas, sou tão pouco
As palavras se perdem
Os sentimentos se esvaziam
A sensação ficou em algum canto
Um abismo entre o silêncio e o grito
Entre o céu e a terra
O que ficou tarde
Se perdeu de vista
O tempo não cansa
Sempre está de olho
E a ladeira assusta
A coragem é feita de desafios
Com suor vem o calor
Que te faz vencer
Eu nem te conheço
Nem sei o endereço
Ou lugar diferente
Que faça bater
Além das nuvens
O que tanto te faz
Brilhar, simplesmente
Sorrir
Os caminhos não são tortuosos
Nossos sentidos sim
Aprovamos direções
Pelo entusiasmo
Atalhos que lembram prazer
Que mudam de lugares
Fingimos que enjoamos
E vivemos nos repetindo
Quando será que vem
O momento de acordar
Pra animar o dia
Desabrigue a tristeza
Remexa a dúvida
Bagunce a certeza
Mude o caminho de casa
A energia é sua sempre
Não desperdice
Deixando apenas
O dia passar
Não se afaste tanto
Do que te faz bem
Pode sim
Passeie na solidão
Busque o silêncio
E nunca deixe
A música esquecer
Que o coração só bate
Enquanto houver
Esse sempre mais
Que um sentimento
Eu sou na canção
Feito gangorra
Sobe e desce
Oscila humor
Numa balança doida
Um equilíbrio danado
Chuva com sol
Nada disso é verdade
Enquanto apenas sonhar
Nada disso ao alcance
Quando se esconde
E se ainda faz sombra
Saia e veja a diferença
O sol só queima
Quem não reconhece
Seu brilho na vida
Em certas escadas
Despencam as idéias
O tombo marca
E não dá saudade
Tem o seu lado bom
Ensina com outro sabor
Que vencer nem sempre
É esquecer os degraus
O que abraça
Enrosca com carinho
Desliza pelo coração
Dar um afago pelo dia
Sem querer sem soltar
O abraço sempre dar
A volta por cima
O abraço é o verdadeiro
Laço do amor
Independe sempre
O que nos liberta
Não são as repetições
As mudanças geram
Caminhos que fazem
Revoluções que por sua vez
Nunca são mansas
E nascem necessárias
Sempre lembro de você
Bem no coração
Independência
Vida ou morte
Brasil
A pérola esconde na concha
O que o mar enrosca
Com os mariscos
E com as algas
Um olhar que navega
O que muda
De idéia passeia
Como nuvem beira
Na areia quente
No por do sol
Uma nova estrela
Descansa no olhar
Ir contra o vento
Não dançar conforme a música
Cuspir para o alto
Pagar pra ver
A vida não é uma moeda
Cara ou coroa
Quem cria as escolhas
É você
Permita o sol entrar
Ser um brilho
Um desejo que possa
Não só abrir
Janelas e portas
E que lembre o melhor
Melhor sentimento
Eleve o seu caminhar
Olhe a vida com serenidade
Na multidão, um olhar
Que passeia
E não leva embora
A saudade que aflora
Enche a vez
De se encontrar
Por mais que deseje
Bule sem café
Desejo sem calor
Sem língua pra cantar
Mar sem ilha
Estrada sem curva
Sem limite para amar
Cão sem dono
Olhar sem luar
Sem lugar no coração
Quem descansa muito
Esquece de despertar
Fazer valer
O que deixou na cama
Espreguiçar não vai
Trazer de volta
A inspiração passada
Feito prato frio
Aqueça a vida
Faça disso
Uma discussão
Furacão sem fim
Orelha arrepiada
Dor na coluna
Estômago roncando
Que a fome seja
E não deixe
O momento passar
Sem sentir seu sabor
Não tem
Pra onde correr
Nem pro mato
Cade o asfalto
Sabe-se lá
Onde se esconde
O brilho do sol
Uma prosa sem fim
Deixa o dia brilhar
Ser o que precisa
Não desanima
O que tem como escudo
Muito mais que esperança
Vem por clarear
Arregaça a manga
A ilusão é o tesouro dos tolos
Derrete com a vaidade
Tenta se abrigar no orgulho
Se anima com a paixão
O que afasta a ilusão
É o que enriquece o amor
Prazer lembra que tem prazo
Eterno lembra que não tem fim
Juízo lembra o caminho do meio
Árvore lembra frutos e sementes
Música lembra dança no corpo
De uma vez por todas
Não lembro onde deixei
A saudade que guardei
Ninguém me dar
Atenção e exclusividade
O tempo todo
Pirraça ou tédio
Sentindo o mundo esmigalhar
Utopia do poeta
Que não sabe viver
Viver beirando
Na ousadia do coração
A inquietude do ser
Nos leva a lugares longínquos
Que fazem desaparecer
E desatam sonhos
Que se revestem
De caminhos cheios
Sentimentos que fluem
Cheiro de amor
Do jeito
Que costumava
Ser
Mudou de lugar
A música é outra
O sabor virou saudade
A receita perdeu o bolo
O silêncio ficou
Não abraço ninguém
Faz um tempo
Longe o olhar
Que mergulha
No coração solitário
Ainda resiste
Nada que distraia
Descobre o infinito
Rende bons frutos
De um sabor doce
Deixando pra trás
O que ficou de amargo
Provando a vida
Sem dúvida nenhuma
É uma aventura e tanto
Descendo as escadas
Em Santa Teresa
É uma viagem no tempo
O Rio antigo
Paralelepípedos
Um passeio no coração
Nos trilhos o eterno bonde
Voa nos Arcos da Lapa
Santa Teresa, um lugar no coração
Tem cara de tanto faz
Ficou dando voltas
Onde mesmo
Que foi parar
Em alguma curva
Ficou a esperar
Nem o vento levou
A solidão que sinto no olhar
Me sinto refém do tempo
De horários, cronogramas, agendas
Nem piscar o olhar posso
Um privilégio pra poucos
Aproveito engarrafamentos
Para respirar
Ainda busco entender
Porque se irritar parece
Ser um caminho fácil
Ninguém desconfia
Que o olhar guarda
Num lugar seguro
Como uma foto
Que não se perde
A vida sem intervalo
Basta você querer
Sempre recordar
Quero me libertar
Desse gosto estranho
De não querer bem a todos
Separar como coisas
Filtrar o sentimento
Interesse acima de tudo
Onde que tudo mudou
Crescer é muito mais
Não há poesia no ar
Não há quem resista
Não há caminho
Não há o que mudar
Não há o que pedir
Não há desejo
Não há vontade
Só esperança
E alegria de viver
Me desmanchei
Em favores
Que se perderam
Pelo passado
Ajudei quem pude
Outros tempos
Só guardei
A amizade
Que cresceu
No coração
Quem deposita alegria
Sabe os juros
Que a vida oferece
Percebe cada desafio
Com um olhar que brilha
Faz das lágrimas
Uma sede que não cessa
Sede de viver