Viajar sem sair do lugar
É só pra quem pode
Absorver o mundo
Dar um gostinho
Azedinho doce
Delírios de tantas saudades
Lá se vão
Meio século de vida
Viajar sem sair do lugar
É só pra quem pode
Absorver o mundo
Dar um gostinho
Azedinho doce
Delírios de tantas saudades
Lá se vão
Meio século de vida
O que o mar deseja
Manda buscar na maré
Sonhos de uma ilha
Que amansa bem
Cercando de esperança
Esperando outro navio passar
A vida não é um naufrágio
Sinto que preciso
Ser uma pessoa
Espetáculo vivo
Que consome
Mastiga e engole
Despir a noite
Daquela lua ali
Escondida que reflete
Entre os seus olhos
O que fica calado
Não é o sentimento
Nem o coração
O que se afasta
Ganha o calado
O que sempre te ama
Vem da paz
Aproxima sempre
Em silêncio
E nunca calado
Onde não puder acompanhar
Estarei mais perto
Espaço reservado
Cheio de sentimentos
Esperando a presença
Que ainda faz falta
Ainda preciso sossegar
Para aprender a ler
O universo
Desencabular o olhar
Lembrar das brincadeiras
De uma fase
Que diz muito
Estória de uma folha
Agora que está livre
Para onde vai
Fez sua parte
Buscou a pérola
Sem esquecer a ostra
Atravessou o mar vermelho
Alimentando a fé
Que bom seus olhos brilham
Escolho o que não posso ver
Nem segurar com o tempo
Abrindo janelas e portas
E gostaria de congelar
A chama da vida
E arder sem queimar
E só assim
Confortar o coração
Vai saindo no vento
Cenário espalhado
Entre as folhas
Havia um rastro
Do que antes era
Um bosque escondia
A cabana no lago
Onde costumava
Pescar estrelas
Talhado na madeira
Não desfaz o charme
Atravessa o louco
A beira do lago
Um assobio
Quase surdo
Invade o coração
Você está lá
Fui tarde e fiquei assim
Desolado e apenas um abandono
Sem sombra e me restava
A sede do sol
Que o cacto bebia
Entre os espinhos
Guardando o melhor
Pra você
Tenho que encontrar
Outros sonhos
Alguns fogem de mim
Ou simplesmente
Esqueço de olhar
O que já realizei
E eram sonhos
Você é assim pra mim
Um vôo longo
Sonho óbvio
Um agradar surreal
Uma conquista de abraços
Pedras e espinhos
Que despertam
As diferenças
O amor em pétalas
Arrepiando os cabelos
Sentindo a pele ouriçar
Os poros virando manteiga
E quando o mar desmanchava
Pela areia um olhar
Foi assim que aprendi
Aprendi a nadar
Algo pra se lembrar de mim
No futuro tirando o laço do passado
Desatando o presente
No funil do tempo
Um sentimento infinito
Não é por acaso
Que te encontro
Em cada passo e linha
O trajeto muda
Como nuvens
Que não escondem
A chuva que se aproxima
Mesmo que fosse um grito
Por mais alto que fosse
Dar um estalo
Uma alegria infinita
O solo dessa guitarra
Bateria e baixo
Um oásis no coração
Esses músicos de rua
Largo da carioca
Esse não sair
Estrangulando a mente
Um vento bem doido
Calçada cheia de folhas
Poeira subindo
Entusiasmo assim
Sinais da natureza
Saia mais de você
As vezes gostaria de encarar
O teu olhar pra saber
O que tão de especial
Guarda tão bem
Como um tesouro único
Que me alegra demais
E faz sorrir muito
Sem parar
Acho que não somos
Tão assim diferentes
Mesmo que nada encaixe
Que sejamos um muro
O olhar admira
Sorrir pra perto
O tempo todo
O coração não cala
Aprendemos desde cedo
A fechar as portas do coração
Nos empenhamos em dominar
Cercear o sentimento
De cada segundo
Que pensamos segurar
Detalhes da vida
Esse olhar brinca
De buscar
Observa tudo
Bagunça pra valer
Valer a vida
Renovando sempre
Se for descer
Escolho a estação
Não esquecendo
O trem da primavera
Eu sei sim
O que me espera
Não naufraga
Um lugar no cais
Quem sabe o barco
Deixe a âncora
Sem perder o sentimento
Esse é o caminho
Que faço
Pra chegar
Até você
Literalmente louco
Atravessando mundo
E tantos desafios
E quando uma flor cai
É a árvore que agradece
O encontro que não se desfaz
Esse é o caminho
Não era de se imaginar
Estava lá bem solta
A fera num olhar
Tinindo a espera
Tocaia mesmo
Num desfiladeiro
Quanto mistério
Entre a caça e o caçador
Tudo muda menos o olhar
O lugar ganha outra cara
Onde era amargo
Tem novo colorido
No dolorido o sentimento
O prazer toma conta
Pra que tudo volte
Na paz do coração
Quero tanto ver você
Deslizar no jardim
Sentir o gramado
Perceber o tempo perdido
Me desprender da saudade
Desabraçar a solidão
Quero tanto ver você
Num lapso do tempo
Como se houvesse
Um retorno eterno
Dejavu amoroso
Desperta a vida
Que descansa
Bem no colo do coração
Na trilha do sol
O dia já vem
Ganha o olhar
O sentimento renova
Mais adiante
Um novo lugar
O coração agradece
Na trilha do sol
Estou aqui
Pra te tirar do oceano
Não deixar se afogar
Mesmo que não esqueça
E nem mude as lágrimas
Estou aqui
É bom desintoxicar o coração
Deixar a melhor música
Entrar tomar conta
Criar asas no olhar
O pensamento assobiar
Com sentimento que faz
Qualquer sorriso voltar
Alguém que enxergasse
Meu coração seria tudo
Assim pediria
Uma luz e brisa
Namoram o dia
Quem sabe encontrar
Alguém que enxergasse
Meu coração seria tudo
Você pode e deve
Viajar de dentro pra fora
Ao contrário também
Mar volta aos rios
Através das nuvens
Que viram chuvas
E você volta como pra casa
Falar do que não existe
É tão difícil como sonhar
Ficar sem braço
Descobrir o cotovelo
Reencontrar a mão
Na contra mão sim
Sem perder o amor
Amo rasgar o olhar
Dar um desespero
Muito grande
Perder cada momento
Paisagem no coração
O menino tá lá
Gritando saia pra vida
Gosto de falar com você
É muito inspirado
Tem um bom coração
E como melhorar
Faz sentido
Quando percebe
Que o caminho de volta
Está tão perto
O seu olhar no meu
É o delírio de uma lenda
Que surpreende o silêncio
Esconde a saudade na solidão
A boca calada
Pra não perder a música
Que insiste nos dizer
Encarar o olhar
Que vibra
Faz o copo derramar
Espalha alegria
Ganha forma
Quem acredita
O coração pula
Sem parar
Recuperar o sorriso
É um suplício
Uma queda de braço
Onde perder
Nunca faz parte
Dar um branco danado
Quero de novo encontrar
Recuperar o sorriso
Quem é
Que encosta em mim
Quer tanta tristeza
E nega a alegria
Esquece o espelho
E o reflexo do pensamento
De tanto puxar a corda
Um dia arrebenta
Nos trilhos de Santa Teresa
Ganhando contornos
Curvas e paralelepípedos
Traduzem bem
A nostalgia do Rio antigo
Silvestre, Curvelo
Largo Guimarães
Paula Mattos
Parque das Ruínas
Arcos da Lapa
É muitos outros
Marcas do passado
Da montanha ao mar
Nos trilhos de Santa Teresa
Teria feito
De qualquer jeito
Sentido figurado
Subjetivo tem mais
A cor do universo
Que descabela sempre
Cada pensamento
Onde insisto em ser
Um pouco em cada dia
Levante tudo
Que está pra baixo
Se não puder
Solte o que não te faz bem
Aumente a música
Dance profundamente
Além dos pés
Eu sei que assim é demais
Como sinto o mar
Namorar insistemente
Cada pedra do Arpoador
Na fúria das ondas
A emoção que nunca
Nunca vai embora
Eu sei que assim é demais
Diz pra mim
O que tanto deseja
Nem que seja
Um sonho que precisa
De um beijo no infinito
Já te disse hoje
Que está fazendo
Um lindo dia
Pra quem sabe
Acaba de nascer
Um outro dia
Especialmente pra você
Nas asas da esperança
Um desejo esperando
O que precisa mudar
De suas mãos nasce
O princípio mais nobre
Do aperto de mão
Ao espelho do amigo
Nas asas da esperança
O cabelo fica espetado
Dedo na tomada
Choque inevitável
Dizendo que faz bem
Coitado do coração
O olhar grita
Se veste de eletricidade
A vida é curta
Pra quem espera
Muito mais
Momentos e detalhes
Recheiam melhor
A saudade ganha
Valor no coração
Batendo pino
Cabeceando a parede
Dando nó em pingo d'agua
Reverenciando o sol
Esperando a lua
Deixa pra lá
É assim que sou feliz
Já tiraram pedaço
Quase não sobra nada
Ganhei cada calo
Cicatriz forte
Só sei que não esqueci
Como era ser inteiro
Seus olhos não mentem
Atravessam o mar
Não precisam provar
O que bate no coração
Tem mais que um
Seus olhos não mentem
Uma injeção de auto estima
É o que todo precisam
Quando a preguiça abocanha
Devorando a vontade
Nem dar saudade
De sair na chuva
Ninguém quer molhar os pés
Você pode me dizer
O que tomou
No café da manhã
Certamente faz a diferença
Não incomoda o dia
E ganha um sorriso
Que abraça o coração
Me sinto um estrangeiro
Onde estão as fronteiras
Que antes me pediam
As bandeiras de terras cercadas
Do patriotismo e isolamento
E regimes que não dividem
Qualquer riqueza
Pra que tanto
Se todos precisam
De tão pouco
Sou movido a desafios
Sem provocação
Enferrujo o sentimento
Tudo não sai do lugar
É uma paisagem finita
Enquanto houver poeira
Sacudir a vida é meu ideal
Eu me permito
Um segundo de cada vez
Sofrido momento
Que não passa
Percorre o infinito
Badalar do tempo
Se fosse perfume
Seria a melhor essência
Que a esperança faria por mim
O que traduz mergulha
Vai junto
Nem parece
Que faz parte
Está lá
E por mais
Que não olhe
É outra mesa
Demore o tempo
Que for necessário
Só assim aprenderá
O valor da espera
Dizer pra o outro
Que foi rápido
Não é o tempo
Que outro tanto esperou
A espera não é uma boa
Medida de tempo
Entre as mãos
Tantos feijões
Fogem pelos dedos
E alguns vão pra panela
Dar pra fazer muitas brincadeiras
Que até perco a conta
Feijão pronto mesmo
É feijoada na certa
Me sinto jogado fora
Na estante escondido
De páginas com orelhas
Que eram divertidas
De tantas marcações
Rabiscos gostosos
Era lembrado pra tirar
Tantas dúvidas
Num amor incondicional
Sempre dava um jeito de ajudar
Enciclopédia
Sem nenhum embaraço
Deixava aquela caverna
Tubo de água
Me engolir
Pura adrenalina
Nem sempre conseguia
Sair ileso
O coração parecia explodir
Saudades do surf
Compro a alegria
Fazendo coisas
Que gosto
Suborno, namoro
A alegria se contenta
Com muito pouco
Cuidado com a adversidade
A tristeza é fominha
Quando ouço o mar
Numa brisa leve
Um novo impulso
Envolve o coração
Distrai o pensamento
Sentimento nasce com o dia
Não teria dito nada
Se o teu olhar não falasse tanto
Nem poderia esconder a saudade
E o pouco de lágrima secou
Naquele jardim nasceu
Outra árvore e sombra
Ainda existe o sentimento
Sementes do passado
Poderia abreviar
E até deixar sossegado
Reconhecer certos erros
Descobrir novos recomeços
De que sempre existirão
Dias nublados e de sol
A escolha não está no tempo
Mas, em você
Quando fico triste adoeço
Esqueço o abrigo do corpo
O colo do casaco
Aconchego da fé
Remédios que remediam
Entre tantos outros
Agradeço com amor
A vida com cascudo
Vem ajudando
O chá de alho com limão e mel
Nada na vida é sem propósito
Crise se apresentam
Oportunidades que não olhamos
Acredito que existam
Várias cegueiras
E a mais dolorosa e difícil
Talvez seja do coração
Mesmo que o tempo corra
Saiamos de perto
E a fogueira e a cabana
Caiam no esquecimento
Do retrato amarelado
De poeira em um canto qualquer
O sentimento é muito vivo
Medo de te perder
Quem nunca teve momentos
Que tudo parecia se partir
Ir de encontro da parede do impossível
Sem sair do cais
Sentindo naufragar
Perdendo asas do pensamento
Olhando a nuvem que parecia engolir
E despejar tanta chuva
Que venha o que precisa mudar
Você não corre
Atrás de mim
E nem assim desisto
De admirar cada contraste
Trejeito de ser
Os dedos apertam
Num abraço invisível
O que não ficou
E permanece o sorriso
Amo seu jeito
Nunca deixe pra trás
A coragem de viver
Nem esqueça
Que o melhor está
Em voce sempre
Mesmo que tudo
E todos não percebam
O que faz pulsar seu coração
Se fosse pra sempre
O que seria do mudar
Não existe só ficar melhor
Se ficar melhor não estraga
É melhor ainda
E fica mais ainda
Nunca é demais
Ser melhor na vida
Beba dessa fonte
Nem que seja um pouco
Vibre e aprenda a sacudir
Escapulir pra fora
Não tão dentro assim
O que balança é a alegria
Que contagia além da saudade
Como numa oração
Seja muito feliz
Quando você canta
Eu te vejo bem
É quando se põe o coração
Não existe técnica
Nem afinação
O chuveiro vira cachoeira
O sorriso jorra
A voz vence o desafio
Mergulha forte
Muito sentimento
A melodia se faz vida
Linguagem absurda
Viram palavras
De cada nascer
Rompe outra lágrima
Se estive perto demais
Desculpe-me a criança
Ainda bem que o coração
Não tem boca
Namore muito
A todo momento
Namore todos sentimentos
Grite o mais alto que puder
Eu sou e sei
Namore sem culpa
Namore o lábio partido
De tanta saudade
Namore cada olhar
Que atravessar o caminho
Namore o amor que existe
Num lugar chamado você
Se namore antes de tudo
Sabe-se lá
O que me conforta tanto
E te incomoda muito
A flecha perde o sentido
Sem o arco
Coração gosta sim
Sabe-se lá
Caminho de nuances
Onde a pintura é a inspiração
A calçada ganha a cor
Árvores tecem a beleza
E por mais que não pareça
O sentimento flui
Do lixo ao livro
Sinta do perfume
Que sou feito
Mesmo que meu olhar
Não agrade
É assim que é o mar
Que se agita
De certo modo estive
Pensando em você
Nem sempre fui capaz
De brincar com cada olhar
O que agora acontece
São lembranças do coração
Cadê o pavio
Quero explodir
Explodir pra valer
Espantar a dúvida
Ganhar o beijo
O beijo da chuva
Perder o eixo
E quem sabe
Conquistar a lua
Cadê o pavio
Acordei assim gracioso
Sentindo o dia sair da cama
Metido demais esse sol
Que não se cansa
De alegrar o sentimento
De abrir os olhos
Bem molenga
Os olhos parecem saltar
Entrar em órbita
Deslizar na madrugada
Caos urbano descansa
O silêncio não esconde
O gato namora no telhado
Os olhos parecem saltar
Preciso de alguns milagres na manga
E não sei até onde o universo
Realmente está de acordo
Sem sombra de dúvida
O tempo urge
Enquanto houver luz
O guerreiro encara
Arrumar o coração
É se bagunçar
Ficar amarrotado
Camisa de linho
Explica bem
Bem no olhar
Sem saber dançar
Quem não esquece
Mexe o sentimento
O vento vem
Fazendo eco
Que venha
Aconteça
Quem não esquece
As vezes sinto
Que vc não tá acostumada
Que gostem muito
Muito de você
Preciso escalar
Montanhas e muros
Para encontrar seu coração
Pelo menos deixa
Deixa eu gostar de você
Quero saber o que pensa
Sem tirar seu perfume
Agradecer a essência
Aquecer com o sol
Que irradia cada sorriso
Quem sabe ganhar
O abraço do teu mar
Fica de lado
Finge que não vê
Afinal de contas
Quem namora
Não esconde
O que sentimos
Um paladar no olhar
Jogue para o alto
Se demorar a cair
Já sabe
Tá devendo muito
Caso caia logo
Tem tempo pra
Começar outra vez
Efeito você
Esteja certo esse lugar
Não é tão distante assim
O triste pode afastar
E o alegre une sempre
Nem o tempo leva a saudade
Queria um olhar seu
Que abocanhasse o mundo
Tirasse o sossego
E no abandono da saudade
Num grito livre
Ecoasse o coração
De outras vidas
O que procuro
Não está
Onde quero
Nem sei
Se existe
A chama passeia
Na vela que mostra
O caminho sem luz
Pra que possa
Aprender com esperança e fé
O chapéu disfarça
A chuva não molha
Tanto assim
A calçada lembra
Que as folhas varrem
Como um tapete
A gente segue rindo
Evitando as poças d'agua
Todos merecemos
Tapinhas nas costas
Elogios sofríveis
Que precisam ser
Escalados até o cume
Daqui debaixo
Vejo que falta muito
Menino chorão
Tá ficando estranho
Vendo tudo leve
Num grande delírio
E calafrio sem fim
O corpo não obedece
Só responde
Estou com febre
Um abraço forte
Ajuda a espantar
Tornar real
O que a ilusão
Deixa escapar
Lembranças de um ilha
Tem que encher o palco
Sol e lua namorando a eclipse
A platéia esfria e entristece
Quando a cortina esconde
Os bastidores da vida
E quando é bom
O bis sai alto
Num sonoro grito
Porque parou
Parou porque