30 de nov. de 2014

Solte o que você é

Preciso me livrar

Urgentemente

Desse sentimento

Que me derrota

Paralisa as ações

Que esconde o melhor

E o que sou

Certas correntes

Nascem pra aprendermos

E depois joga-las fora

Solte o que você é

Em silêncio cada olhar

Começo a te ver diferente

Olhar sobressaltado

Humor ligeiramente

Que vai do alegre as lágrimas

Um desfile de sentimentos

Que não ouso compor

Nem melodia ou música

Só me resta apreciar

Em silêncio cada olhar

29 de nov. de 2014

Se é pra te ajudar

Se é pra te ajudar

Mudamos muito

Pra ajudar o outro

Até respiramos com mais paciência

Aprendemos a observar

E ouvir com mais atenção

Mas que pena que essa ajuda

Ainda só fica em alguns momentos

Eu acredito tá na moda

To sem tempo

Pra ficar triste

Drepê e desistir

Esquecer que perder

Faz parte

E ganhar é chutar

O perder que era antes

Se é por falta de sorriso

Vou driblando a vida

Eu acredito tá na moda

28 de nov. de 2014

Pra parecer amnésia

Pra parecer amnésia

Dar um nó

Sem prender o sentimento

E de uma vez por todas

Mergulhar sem fôlego

No milagre acreditar

O mundo dar voltas

Lindo dia de sol

Estou aprendendo

A me escolher

Cada vez mais

Deixe que pensem

Que ignorem

Se afastem em sentimentos

O que retribuo

Estar em mim

E não fora

O tempo fechou

Mas aqui dentro

Estar um lindo dia

De sol

A verdadeira onda da vida

Desbravei muitos mares

Literalmente ondas gigantes

De onde vinha tanta coragem

Era um respeito de união

Onde o mar e o coração

Explodiam de alegria

O menino ainda existe

Aqui dentro

O surfista não esquece nunca

A verdadeira onda da vida

27 de nov. de 2014

Vomitando o cotidiano

Cada dia enlouqueço mais

Perco a consciência

Rebelião de pensamentos

Que atravessam a razão

E se unem a intuição

Vomitando o cotidiano

Que preciso voar

As vezes sinto

Que preciso voar

Pra o que o tempo

Não me devore tanto

Nem tudo é possível

Ser feito num só dia

Que pena que dar

Vontade de esticar

Cada vez mais

A vida

26 de nov. de 2014

Paixão

Arranca a raiz

Desafia o além

Mergulha sem sair

Sair do raso

Faz o momento

Ser infinitamente

O que marca

E não tira pedaço

E dar muita saudade

Paixão

Tão junto

Não precisa sorrir sempre

Mas perceber

Que a ilusão não se veste de tristeza

O que é mais fascinante

Que o coração acompanha

Tão junto

25 de nov. de 2014

E nada é de graça

Ninguém perde

A graça porque quer

Nem corrige sem borracha

E se esconde da luz nas sombras

Então tira o pé do freio

E acelera forte

Que a vida sem emoção

Perde a graça

E nada é de graça

To com saudade

To com saudade

Da jabuticaba, goiaba

Jaca, manga, sapoti

Subir e desfrutar

Ate sentir a semente

Lugares no coração

To com saudade

24 de nov. de 2014

Matemática da vida

Não vem de longe

Essa sensação de desafio

De acordar e sentir no olhar

Mais uma travessia

Sem saber o que está

Do outro lado do horizonte

Então só me resta me vestir

De alegria e coragem

E mergulhar na matemática

Da vida

23 de nov. de 2014

Prato predileto

Prato predileto

Se devora pelos olhos

Sabor supremo

Manjar dos deuses

Tira do sério

Dar um prazer

Toda vez

Que se apresenta

Nasce um arco íris

É de se admirar

Perder o fôlego

Sentir a brisa

Delírio de uma tarde

Que repousa

Pede uma rede

Como descanso

Ganha um paraíso

Entre a chuva e o mar

Nasce um arco íris

Aquela nuvem

Aquela nuvem

Esconde o sorriso

Vejo o brilho escapar

Vir ao meu encontro

Me lembrar muito

Muito mesmo

Porque o mar

Ficou tão longe

Aquela nuvem

22 de nov. de 2014

Roda de samba

Sem jeito

Perdi o rebolado

Bebi demais

Soltei a voz

Fiz o cavaquinho

Chorar o sentimento

Na alegria do samba

Assim que nasce

Uma roda de samba

Não brigue com o que ama

Se prender a detalhes

E sem as pontas

As estrelas perderiam

O brilho de como a desenhamos

E coração teria outro olhar

Não brigue com o que ama

Diga sim

Diga sim

Sem jeito

Gaguejando

Numa dança

Não cansa

De repetir

A música pede

Diga sim

Verão carioca

O sol castiga

Nem a sombra

Salva a sede

Da piscina ao mar

Acima dos quarenta

Graus é puro sabor

Verão carioca

O menino e o surdo

Namoro bacana de se ver

Um carinho ensurdecedor

Gestos harmoniosos

Une toda a roda

Um som humilde e poderoso

Esse cara é o maestro

Que dar a vez a todos

Embala o coração

O menino e o surdo

Acordam o samba

21 de nov. de 2014

O segredo da luta é a paciência

Abrir o caminho pelo dia

Rever posições e acertar

Se possível antever

Um possível nocaute

Observar com clareza

Cuidado com as sombras

Veja sempre com LUZ

O segredo da luta

É a paciência

Janelas e portas

Hoje abri a janela

Vi que nada mudou

A paisagem ficou

Mais amarelada

Que uma foto antiga

E de repente um pensamento

Que me enche o coração

Lembrei que ainda existe

Aquela porta aberta

20 de nov. de 2014

Copacabana ao Arpoador

Bem divertido

Sentir as pegadas

A areia molhada

Desfazendo o caminho

A espuma das ondas

Gaivotas entre as ondas

De Copacabana ao Arpoador

E não dei valor

Que nada

Piscou o olhar

Perdeu o sentido

Nem assim

Já sei

Esqueci e queimou

O que precisava

E não dei valor

Voltar pra vida

Sabe aquela vez

Que o mar

Quase me levou

E nunca mais

Esqueci no coração

Ainda está lá

O pedido que fiz

Pra voltar

pra vida

Esperar

Esperar é uma arte

Viver esperando

Deixa de ser

Quem nunca espera

Acredita na ilusão

E quem tudo espera

Supera a imaginação

Esperar é um laço

Que aperta e afrouxa

A corda só arrebenta

Do lado mais fraco

19 de nov. de 2014

Milagre do sonho

Estou quieto deitado

No meu canto

Sentindo o dia acordar

Olhos ainda pregados

Num sonho que nem sei

Sem pé e nem cabeça

Que faz muito sentido

Que sonhar é ir além

Além do coração

O milagre do sonho

18 de nov. de 2014

No coração da floresta

A floresta não esconde

Acolhe riquezas

Que um simples olhar

Abraça num longo encontro

Contagia como um tesouro

Que só se encontra no coração

No coração da floresta

Insistindo na vida

Onde o mundo se enrola

Eu me contorço

Ganho várias formas

Fico em pedaços

Quase todo quebrado

E é de admirar

Que algum sentimento

Se salve no coração

Como um eco

Lá no fundo

Insistindo na vida

É necessário

É necessário

Aprender na sombra

Do que no sol escaldante

É necessário

Lembrar que não se pode

Ganhar ou perder sempre

É necessário

Observar que tudo

Só vem quando estamos

Pronto pra sermos

É necessário

Sorrir através das lágrimas

É só assim reconhecer

Que o amor é necessário

Oração do Bom dia

Que hoje

O dia me permita

Explorar novos momentos

Que me faça ver

O necessário

Nem que seja

Sem saber

E sentir

De novo

Seu olhar

E acordar

Com bom dia

17 de nov. de 2014

Bem perto do coração

Peço pra que fique

Um pouco mais

Mesmo que em silêncio

A dança envolve

O vinho escolhe

Num olhar um abraço

Bem perto do coração

Lembra de mim

Lembra de mim

Ontem te vi

Ainda não sumi

E nem vou embora

Sabe porque

A vida namora

E não encosta

A dúvida e saudade

Me faz ser o que sou

Espero a vez

Como posso descrever

O que algum dia

Quem sabe

Irei sentir

Quando chegar

O momento

E apenas sei

Que a jornada

É longa

Espero a vez

Saboreou o momento

De onde vem

Quem pediu

E não viu

A semente cresceu

Deixou a árvore

Ganhou o mundo

Saboreou o momento

16 de nov. de 2014

De volta ao coração

Te dei a direção

A fé de seguir

Sempre em frente

Um caminho de volta

De volta ao coração

Sentimento de paz

Sabe onde fica

Mesmo se fosse

Apenas um segundo

Seria o bastante

Pra que houvesse

Muitas vezes

Esse sentimento

De paz

Tatuagem

Quero essa marca

Passeando na pele

Prazer e dor

Como uma foto

Esculpida com sentimento

E só quero poder

Sempre criar mais

Enquanto houver

Mais espaços

Tatuagem

Sabiá do mato

Espreguiçando na rede

Sentir o sabiá do mato

Um silêncio danado

Onde os pássaros

Fazem a festa

Outro mundo

15 de nov. de 2014

Século XXI

Pela estrada

A chuva e nevoeiro

Quase na serra

Nem parece

Um sábado de verão

Tudo muda

Até o século

Século XXI

14 de nov. de 2014

O bosque esconde


O bosque esconde

Um lago reflete

A fogueira aquece

Anoitece e cadê o luar

A estrela que faz

Brilhar os seus sonhos



Sobre a mesa

Sobre a mesa

Tem tempo

Que não sei

Todos ao redor

Confusão de bocas

Olhares alegres

Certos momentos

Ficam pra sempre

Sobre a mesa

13 de nov. de 2014

O que tem demais

Tenho algo

Muito bom

Pra te dizer

Se demorar

O momento passa

E a vida é recheada

Evite guardar

O que tem demais

Não se esqueça

Doe e divida

Mar de solidão

Quem acena

De longe

Ver o cais

O navio

Que se foi

E no olhar

Ficou um abraço

Um mar de solidão

Um sorriso de esperança

Depois do longo esforço

Vem a brisa merecida

Enquanto não vem

A tempestade inunda

O coração que agita

Na espera de momentos

Um sorriso de esperança

12 de nov. de 2014

Quem fala pouco

Quem fala pouco

Economiza mesmo

E ganha tanto silêncio

Que  o falador teme

Como consegue tanto

Esconder a língua

E onde ficam as palavras

Sentimentos e olhares

Respondem sem precisar

A vida só te dar o que pede



Febre de viver

Caí de beijar o chão

De sentir formigar

E descer pela coluna

Calafrios que não mentem

Misturam no ar

Tenho febre

Febre sim

De viver

11 de nov. de 2014

Refúgio

As vezes

A tristeza

Inunda

Meu ser

Afoga

E faz

Das lágrimas

Um refúgio

Surpreende o caminho

É bem mais

Quando tudo parece

Ser um beco sem saída

E por melhor que seja

O discurso vira silêncio

E da boca só sai

Um longo suspiro

Lembrando sempre

Que na alegria

A lição da vida

Surpreende com o caminho

10 de nov. de 2014

Onde a noite nasce

Desde já

Te reconheço

Escondida

Atrás da árvore

Esperando o momento

Que parece nunca chegar

E olha que nem mesmo

O por do sol sabe

Onde a noite nasce

Parque de diversões

O carrossel perdeu os cavalos

A roda gigante abraça o céu

A montanha russa

Ainda tem o abismo

O trem fantasma resiste

Ao suspense e terror

As longas filas e pipocas

Como era mágico

O parque de diversões

9 de nov. de 2014

E o samba vai

O sentimento é um samba

Que delira pela vida

Escolhe muitas esquinas

Ninguém se perde

Por mais que pense

Que sim

As curvas não são suaves

E o samba vai

Conquistando esse olhar

Chuva de domingo

Chuva de domingo

Um olhar que amanhece

Guardando o sol

O passeio molhado

De sentimentos na janela

Se a chuva limpa o caminho

Ainda preciso aprender

O que se faz

Num domingo de chuva

8 de nov. de 2014

Princesa negra

De um sabor

Ao mesmo tempo

Forte e suave

Desce animando

O humor cria asas

Faz os pés sonharem

Princesa negra

*cerveja black Princess

7 de nov. de 2014

Bem mais alto no coração

Desculpas

Se não tenho soluções

E nem razões e verdades

Me perco tanto como você

E que nem a experiência

Consegue ajudar

E a dança continua

A música pede

Bem mais alto no coração

Além das montanhas

Assumir erros

Talvez seja recomeçar

Mudar o como se faz

E aprender novas direções

Até as pedras reconhecem

A emoção de se elevar

Além das montanhas

Um mar de corações

Tenho vários

Caminhos a trilhar

No assobio a canção

A gaivota no olhar

Pés nas areias molhadas

Um mar de corações

6 de nov. de 2014

Primeira música

Fique pra primeira música

Deixe o sentimento

Longe ficar

Não abandone o caminho

Respire fundo

O que falta brilhar

Vem vindo

Voar

Quando a música

Me faz chorar

Tudo muda de lugar

O coração volta

Pra casa

Esse pássaro sabe

Que a vida só faz

Voar o que precisa

Voar ...

Luz do amor

O que deveria ser

Raro e rápido

Fica preso na mente

Quem ousa

Mergulha no eclipse

No infinito que abre

Um elo que cresce

E diz muito

Com a luz do amor

5 de nov. de 2014

Violão

O dedo deslizava

Nas cordas

Criando o caminho

Música sem fim

Momentos mágicos

Do entardecer ao anoitecer

Assim nascia

O violão

Coração enlouquece

O que enlouquece

Não é a vida

A visão que se cria

Sai do oásis

Vai além

Enfrenta a sede e fome

Só lembrar do conforto

Paralisa os pés e mãos

O coração enlouquece

Solares

Já foi longe

O pensamento verde

Amadurecendo nas folhas

Como cabelos brancos

Os raios eram dourados

A magia mudou

Agora são solares

Almoço de família

Olhei debaixo da mesa

Vi o mundo debruçado

Entre as cadeiras e pratos

Colheres e garfos

Pernas que escondiam

Interesses na sobremesa

Um corre corre

Danado de bom

Ainda lembro assim

Almoço de família

4 de nov. de 2014

Você me faz sorrir muito

Se existe esse lugar

Agora gostaria de estar

Sentir a essência

Do encontrar

E na origem do ser

Uma fusão única

Olhar o universo

Além do olhar

Você me faz

Sorrir muito

Nada se enterra

Nada se enterra

Tudo volta

De um jeito

Ou de outro

E entre um dia

Que passa devagar

Ainda escolho

Os que correm

E são inesquecíveis

Tudo na vida faz diferença

Tudo na vida faz diferença

Desde a aparência

Ao coração que fica escondido

E nem o espelho sabe refletir

O que sentimos

Quando uma nova paisagem

Se apresenta um novo olhar

Surge como do nada

E ganha a diferença





3 de nov. de 2014

Carne moída

É um prato cheio

Esse recheio

Que todos usam

E abusam

Como carne moída

De que perde o sabor

E misturando encontra

As vezes o seu lugar

Não sei o que ocorre

Não sei o que ocorre

Quando iludo a alma

Com o orgulho do espelho

Que faz brilhar longe

O que bastaria ser

Um silêncio vestido

Com o seu olhar

2 de nov. de 2014

Sua alegria

Não deixe

Passar em branco

Nem de celebrar

O que o momento pede

Mesmo que outro

Por mais que veja

Não entenda

Sua alegria

Não foi dessa vez

Não foi dessa vez

Que te vi chorar

E mesmo que fosse

Nada mudaria

Como óleo e água

Não se misturam

E convivem

1 de nov. de 2014

Cabe sim

Cabe sim

Um pouco mais

De boa vontade

Saber respirar

Mais fundo

E que no fôlego

O melhor de você

Favorece com a vida

Livro aberto

O escritor faz uma ponte

Que não começa

Nem termina

Inspira o caminho

Veste a imaginação

Com sonhos inimagináveis

Um colorido sem fim

Quem ganha sempre

É o leitor que descobre

O sentimento maior

Num livro aberto