Quem seria
Louco o bastante
Pra me acompanhar
E na dúvida um varal
De escolhas pela paredes
Que aguardando a coragem
Num silêncio feroz
De um dia acordar
Quem seria
Quem seria
Louco o bastante
Pra me acompanhar
E na dúvida um varal
De escolhas pela paredes
Que aguardando a coragem
Num silêncio feroz
De um dia acordar
Quem seria
Quase tudo
Em cascata
Uma correnteza
Que nos leva
Por vários lugares
Não encalhe
Observe as margens
Se agarre
No que puder
A tempestade passa
A lição fica
Deixa o sol entrar
Clarear a vez
Nem que seja
Pra descobrir
Esse novo sorriso
De que passou
E faz bem
Outra noite
Um outro dia
Abra os olhos
Nada desfaz
Um mal entendido
Nem desculpas
Aliviam o momento
O desagrado se esconde
O educado até que tenta
Veneno que cuida
De fazer o estrago
O que torna
O momento natural
Por incrível que pareça
São as surpresas
O que seria detalhe
Mergulha forte
Ganha impulso
Formando ondas
Que irradiam
O que há de melhor
Em você
Um passo de cada vez
Teria evitado
Ou quem sabe menos
Tantos obstáculos
E não estaria assim
Com fome e sede
De aprender novos passos
Abrace o que empolga
E que o desagrada
Com o além é desafio sempre
Como quem desata nós
Acredite na retidão
Evite as curvas
Mesmo que sejam
Atalhos prazerosos
E o que determina
É caminhar apreciando
A paisagem sem pressa
Pedi um pouco de paz
E ainda só vejo o caos
Ou não mudei
E penso que querer
É o fim
Semear é uma arte
Onde a impaciência não tem vez
Quem esqueceu
Não sabe
Ficou longe
Guardou a vez
Estou aqui ainda
Aproveite o olhar
Que nasce sempre
E se nem assim clarear
Veja o dia sorrir
Ninguém delira
Por acaso
E nem mesmo
A chuva que não cai
Consegue esconder
O deserto a espera
E o oásis se alimenta
Do que seria a sede
Mais adiante
Pássaro sem asa
Sonho esquecido
Num canto, um gosto
De que havia mais
Que o bem te vi
Esperando o sol
Só pra me acordar
Com um sorriso
No olhar
Confundem pessoas silenciosas
Como frias e insensíveis
Mas, creio que sejam observadoras
Que tecem o momento
E não atropelam com palavras
Os próprios pensamentos
E só chamar de reflexões
Seria muito pouco
Pra o que silêncio ensina
Sem emitir um único som
Te reconheço pelo silêncio
A princípio
Tudo falta
Não há como alcançar
Nem se distrair
O que mexe
Lá no fundo
Sabe o momento
Certo de voltar
Onde nasce a saudade
Chame a esperança
Decida pelo bem estar
Existe um vento
Que só vem
Quando a tempestade
Se aproxima
Então não espere tanto
Chame a esperança
Os florais me tiram do trono
Afloram os sentimentos
Rasga a diferença do sonhar
Tira todo peso do coração
Desprende num feroz
Folego o calor do momento
Simplesmente o mais eu
É muito bom esse eterno
Descobrir e aprender
Olhar diferente
Que encara
Parece morder
Tem dias que fazem
Nascer pessoas assim
Um coração que engole
Que faz o mundo virar
Devora de alegria
Vive intensamente
Das fotos as imagens
Ver alem das cores
Que fica de saco cheio
A toa como criança
Meu coração
Sente as mãos
O arrepio da saudade
Pode chover a vontade
Fazer sol até virar deserto
A sede lembrar
Que fome é essa
De viver mais um dia
Adrenalina
Certas viagens
Nos levam
Pra muito longe
E tem um efeito
De aproximar
O que de perto
Se faz necessário
Pra que saibamos
O que fica debaixo
Do nariz
O que parece amargo
Arranha forte o coração
Tira do trono o sorriso
Cria um furacão
Que arrasta
E quem sai debaixo
Conhece o brilho da vida
E sabe adoçar ...
Entre os olhos
Um vale perdido
Que não esconde
Mas, guarda
Cheio de mistério
Vários sonhos
Entre os olhos
As estrelas não guiam
Clareiam o caminhar
E os cometas levam
Pra bem longe
O que chamamos de destino
E tem o sol e a lua
Que fazem dos dias e noites
Um olhar que não descansa
E amansa o coração
Subi a montanha
Apreciei a águia
Me senti além
Das nuvens
Vi que todos
Se tornaram pequenos
E perdi o mais importante
Que o perto está no coração
E não nas alturas
O que absorve
Troca de lugar
Fica molhado
Em frente o mar
Bem cheio de suor
Sem matar a sede
A brisa livre
Enfrenta, resiste, absorve
Salve um pouco
O que resta
Seja inteiro
Nem que comece
Por pedaços
Menor que pareça
Não desapareça
Salve um pouco
De voce todo dia
Certos desejos
São por demais
Inesquecíveis
Grudam na mente
E passeiam no infinito
Da imaginação
Se eu pudesse
Realizaria todos
Desejos
Olhei sem saber
E um encontro se fez
Um momento nasceu
Rendeu um novo olhar
E querendo descobrir
Mais que um pássaro
A curiosidade voou
Onde é esse ninho
Olhei sem saber
Deixa a música ficar
Abraçar presentear
O que ficou pra trás
E de longe outra vez
Voltar e vestir
O sentimento que renova
No meio do mato
Perdi o contato
O fim da linha
Nada importava
De volta as origens
Nem mais, nem menos
Uma balança, um equilíbrio
Que só a natureza
Sabe lembrar
Se eu relaxo
O tempo voa
Sem jeito mesmo
A vida aperta
A cigarra vira formiga
Na marra um sorriso
Outra semana
Me sinto muito só
Num calabouço, porão
Cão sem dono
Olhar perdido
Imagino até um luar
Esperando o amanhecer
Ferida sem cura
Que só alivia
Um pouco a solidão
Aqui dentro
O que falta
E deixa incompleto
Sem despistar
Tem motivo
Conhece o sentido
Quer saber
Um por sol no Arpoador
De tanto chorar
Secou a cachoeira
E até alagou o coração
E foram nesses momentos
Que aprendi a nadar
E reconhecer a correnteza
Que faz prosperar a vida
Muito se fala
Lugares que calam
Silêncio que anima
E o sonhar liberta
Bem o coração
E só assim sinto
Voce chegar
Noite azul
Jogue a insegurança de lado
Descabele a vida
O que não for
Faça virar bagunça
Tem que ter
Coragem pra viver
O sol é pra todos
A lua pra alguns
E quem um dia soube
Navegou pela vida
Encontrou de verdade
O que antes se tornou
Um olhar
A sinceridade nos leva
As vezes, por caminhos
Tortuosos que se distinguem
Através dos exageros
Tudo em nome da retidão
De quem esqueceu
Que dos sabores amargos
Nascem os momentos
Sinceros e doces
Me sinto
Um quadro na parede
Pendurado na vida
Vendo algo passar
Sem saber como mudar
Onde todos apreciam
E admiram o troféu
De que algum dia
Outro quadro serei
Apostar no escuro
É um prazer pra poucos
Ficar longe da razão
Simplificar o caos
Num caminho sem saída
Onde a luz ainda
Precisa nascer
Não quero
Sua risada
Por pena
A piada só tem graça
Quando somos fora do alvo
Ninguém parece querer
Ser o que faz graça
Cadê os nossos palhaços
Qualquer que seja
O medo só existe
Pra ajudar
A mudar o caminho
E o jeito de olhar
Saia do medo
Muitas portas
Se abrirão
É desnecessário dizer
Acenar em silêncio
Não chama atenção
Nem faz diferença
Quem se importa
Faz presença
Animando sem palavras
Feito sinal de fumaça
Ninguém dança
Sem música
Não vou a lugar nenhum
E como pode um olhar
Despertar um universo
Que parece se esconder
Num abismo de ilusões
E vamos fantasiando
Criando um novo dia
Quando o mundo
Pedir mais
Diga assim
Eu sou suficiente bom
Só preciso perceber
Que nada pode afastar
O coração em paz
Irradiando o caminho
Conheço esse sorriso
Essa busca incansável
Insossegada de ser
De fazer o dia se abrir
Respirar a natureza
Sentir o momento
O que vento levou
E o que te trouxe ate aqui
Perco tempo
Em detalhes
Bobagens sem fim
E valorizo até
A cor do vento
E tem mais
Senão fossem as noites
Provavelmente agradeceria
E diria que a vida
Não é curta
Mas, o tempo sim
De uma vez
Por todas
Onde você está
Que não te encontro
Nem com a maré
Mesmo sem lua
Olhar de coruja
Um vôo sem asas
Um pensamento azul
A poesia é uma praia
Que me dar muitas alegrias
De muitas tribos
E vários lugares
Um oásis amoroso
Nesse cenário de razões
E pensamentos concretos
A poesia distorce
Remove o que há de melhor
Vai além das palavras
É expressar ser com o amor
Por mais incrível que pareça
É se tornar
Nesse que seja
Por um momento
A essência do poeta
Me sinto um macarrão
As vezes com molho
Ou simplesmente alho e óleo
Levando garfadas
Sedentas de olhares
Que demoram a saciar
E o tempero é o lugar
Onde o inesperado ganha
A forma de viver
Escutei
E sou meio lento
De pernas pro ar
Sem jeito
As janelas se abrem
E as portas escancaram
A sua vez
Quando se acorda
Um novo se apresenta
Decola no olhar
Faz ficar longe
E congela por instantes
O tic tac virou digital
Ainda lembro o cuco
De relógio de parede
Que fim levou
A quem resista
A um banho de mar
E descubra nos grãos
De areia um novo olhar
A quem resista
Ninguém desfaz
Um carinho
Nem pede perdão
Por amar tanto
As pétalas do coração
Aprendendo tocar
Violão até o anoitecer
Sentir os dedos
Extasiados de prazer
Um passeio no coração
Orgasmos de ver
Cada canção nascer
E merecer um lugar
No olhar do compositor
Nada é tão simples
Que não se possa complicar
Ir além da compreensão
O desconhecido tem esse charme
Que encanta sempre
E faz de muitos
Um sonho a ser perseguido
Amadurece com amor
O que liberta
Desarrama a ignorância
Nunca se esconde
Está a espreita
Esperando o momento
Não é tão distante assim
Esse impulso que demora
Que só vem com o tempo
Da experiência de encarar
O desafio de ser
Onde fica esse lugar?
Preciso acalentar o dia
Com uma música agradável
Perceber com amor
O que aparecer desafinado
Buscar harmonia
Fazer por onde
Mais uma caminhada
Olhar escondido
Lágrima contida
Garganta seca
Mãos trêmulas
Que fazem
Palpitar melhor
Certamente a vida
Existem estórias
Que são melhores
Não serem contadas
Que só pedem passagem
E só servem como exemplo
Ficando em silêncio
Sendo guardadas no coração
Atravessam pela vida
As vezes, sendo lembradas
O sonho não esquece
A liberdade que constrói
E deixa de lado
As rédeas da paixão
Como furacão
Que começa
Com um simples vento
Teoria do caos
Efeito borboleta
Enriqueça o coração
Com que há de melhor
Una a fé com atitude amorosa
O brilho elevará cada passo
De alguma forma irá
Sentir saber
O que for necessário
Dando a volta por cima
A dor é um alerta
De que algo não vai bem
Não desperdiça com rodeios
Vai direto ao ponto
Não remedia e sinaliza
Aprofunda quando não cuidamos
É um cascudo pra todas as idades
Onde dói em você mesmo?
Descer do palco
Ver da platéia
Sentir o calor
O sabor da vida
Nem que seja
Por um dia
Sem trono
Dia de mudança
Dar um novo rumo
De acreditar mais
Renovar a esperança
Esquecer o discurso velho
Fazer a diferença
Nem que seja aos poucos
Não se intimide
No que é importante
Todo coração é político
Mude o trono
O rei tanto faz
Desde que faça
Seja bem representado
Essa melodia
Faz delirar
O violão mergulha
Sem pedir passagem
Atravessa o coração
Onde a música habita
A vida tem mais cor
Desde de quando
Que se arrepender
Fere o orgulho
Quem nunca
Se arrependeu de nada
Alimenta um olhar
Que deixa triste
Qualquer coração
Até a pedra muda
Mesmo que demore
E quem se arrepende
Sabe o amor
Que a vida tem
Por você
As gaivotas passeiam
Nas ondas um olhar
Desde que nasci
Esse imenso cenário
É bom sentir
A areia molhada
Descobrir o sentido
Essa é a minha praia
Adoro um final feliz
Que faz disparar
O coração sem fim
Desperta em lágrimas
Como uma fonte
Que desagua
E faz jorrar
Um novo olhar
Que acreditava
Não existir
Não me importo
Quando estou
Com vocês
Já fui assim
E vejo de fora
Como mágica
Seus corações
Crescerem
E admirarem
Um novo mundo
Aprendo demais
Com seus olhares
Entre brigas e certos
Minhas filhas
As folhas caem
Um vento leve
Mistura de saudade
Com sabor
Que não sei
Atinge lugares
Que o olhar
Sabe distinguir
Como chocolate
Que sede no coração
Está em algum lugar
Num canto aguardando
Como um tesouro de pirata
Enterrado numa ilha
Longe de suas atenções
Esperando ser lembrado
Adormecido coração
Do segredo sempre
Nasce um novo sorriso