Deixei escapar o sorriso
Fiquei dias olhando
Sentindo a ilha
Só me dei conta
Quando acordei
Com uma borboleta
Que pousou no meu coração
Deixei escapar o sorriso
Fiquei dias olhando
Sentindo a ilha
Só me dei conta
Quando acordei
Com uma borboleta
Que pousou no meu coração
Importante que seja assim
Aguardando a próxima cobrança
A multa sem sentimento
Nessa hora o ego foge
A culpa é sua
Deixa a chuva cair
Acho que pedi errado
Cadê o gênio da garrafa
Vivo esfregando a dor
Será que exagerei
Na pimenta ou no doce
Acho que pedi errado
Senti falta
Do cabelo na sopa
Espinha na garganta
Pedra no arroz
Feijão queimado
Pão duro
Mordi a língua
Me leve
Pra perto
Perto você
Me tire
Esse olhar
Sombrio
Que tenta
E não consegue
Devorar a Luz
Soube que passou
Por aqui
Nem te vi
Desencontros
Ritmo das nuvens
De que lado mesmo
Está o vento
Soube que passou
Daqui um instante
Irei partir
Dando o sinal
Escondendo a lua
E todas as estrelas
Preciso abrir o palco
Deixar o sol entrar
Ouço uma tempestade no coração
Como abrandar tantos sentimentos
Quem vive intensamente
Sabe como a música
Nunca para de tocar
E o que vem torna
Cada mudar
Muitas sementes
Quando o perdido toma conta
O olhar voa
Se as coisas não vão bem
Nem adianta sorrir
Coração em silêncio
Não seria ousado
O bastante
Se não reconhesse
Que no capricho do beijo
Os lábios morrem de saudade
Pode me acompanhar
A servir o chá
Me sentir a vontade
Ver que o momento
Não disfarça o desafio
Que viver é pintar
Colorir o dia
O que me faz distante
Beira o rio
Ganha a margem
Espera a cachoeira
Distrai o coração
Pra que saiba
Que ainda existe amor
Me visto de você criança
Tropeça cai e levanta
Sente o vai e vem do balanço
Também do mar
Nada manso
Que nunca deixou
De amar cada onda
Tem um pedacinho
De você poeta
Faz tempo
Que não te vejo
Vejo sorrir
Pra valer
Rasgar lágrimas
Reconhecer
Que o tempo
É um grande
Palhaço
As labaredas não afastam
O frio que sinto
Talvez eu ainda
Não veja
Que o calor
Se alimenta
Quando se aprende
Com amor
Quando me calo
Seguro uma ancora
Deixo vazio
A saudade de um rosto
Perdido no tempo
Na parede um retrato
Pendurando a lembrança
Do que já fui
Se faço pouco
Porque esqueci
No cantinho
O sabor da solidão
De esperar
Sem saber
Onde fica
O ninho
De um momento assim
Nasceu o brilho
Lá bem distante
Devagar mostrando
O que muda está presente
Sempre no pensamento
No coração do poeta
Muitas barreiras
Separam muito
O recheio do olhar
Vestido de cores
Um desfile sempre
Milagre pra quem ver
Talvez outra hora
Peça o momento
Suspiro nas nuvens
Tentando acompanhar
O que tanto o sol
Quer esquentar
No coração
Como se não bastasse
Poeira das estrelas
Na solidão do olhar
Infinito coração
Bate o unico
Sentimento
Que traduz
Bem a vida
É bom estar
De volta com você
O mar não me devia nada
Mesmo assim mandou ondas
Pra que sempre lembrasse
De que não adianta viver
Chorando sem agradecer
Quando se estar em cima
Ou embaixo
Veja aonde
Isso nos leva
Um romance
Sem vento
Então nāo esqueça
As folhas precisam
Que sopre mais
Com o coração
Quando tudo parece
Não ter saída
O mudar vem
E por mais
Que não veja
Além do verso
A poesia abre
Passando a ver
Com outros olhos
E descobrir
Além das cores e o som
Muito o que me falta
O mundo parece ser
Surdo e mudo
Pra os que são especiais
No encanto da poesia
Existe uma ponte
O graal e a semente
Que espera o momento
Pra que venha
Desperte o poeta
Alquimista de Luz
De um abraço vislumbrei
Muitos horizontes
Aterrissei sem para quedas
Ganhei e perdi sentimentos
Outra poesia
Não teria tanta certeza
Que vi o tempo passar
Ganhar tantas formas
De que nem lembro mais
Deixei as ondas levarem
Encontrei o encanto
Do rio e o mar
E de muito longe
Assim nasceu o amor
O que nos afasta
Cria um muro
Ninguém ganha
Nessa guerra
Onde todos perdem
A direção simples
De perceber
O que vem do coração
Havia uma flecha
No alvo
Um arco no chão
Perdido no tempo
Como roda gigante
A memória subia
E descia
Para que pudesse
Voltar a vida
Não abandonar tanto
O que o coração pede
Sair das fronteiras
Ver o que tem além
Do vale da vida
Na poesia reconheço
O amor
Vem pra cá
Me dar um sorriso
Cafuné daqueles
Abraço abertado
De perder o fôlego
Pra desocupar
O coração
Não deve temer o vento
Confie nele
Onde as asas fecham
Os olhos do coração
Sentem o caminho
O que nos afasta
Cria um muro
Ninguém ganha
Nessa guerra
Onde todos perdem
A direção simples
De perceber
O que vem do coração
Se fosse tarde
O bastante daria
Um presente abraço
Perderia a solidão
Se estivesse ao seu lado
Ainda é cedo
Agradeço com amor
A luz que nasce da poesia
Iria pedir
Que ficasse
Um pouco mais
Subir o olhar
Sentir as nuvens
Quem sabe esperar
Pra que viesse
Outro dia
Estive alerta
Bem certa
Janela aberta
Conheci a seta
Queria a meta
Esqueci a coberta
Que lua é essa
É no olhar do dragão
Que sobrevoa as chamas
Do sentimento nasce a lenda
O caminho dos que arriscam
Acreditam na mudança
Na dança do fogo
Tive escolher
Demorei a ver
Que a pedra muda
Mesmo que não perceba
Nada traz de volta
O que parecia bom
Não queria ficar triste
Enquanto muitas pessoas
Em volta estão alegres
Só que acontece
Esse olhar de mar
Que escorrega
Entre um sorriso e outro
Encontro a lágrima
Do que a gaivota tanto
Tanto sorrir
Não posso te dar
O que tanto pede
O tranquilo fora
Só vem quando você
Dentro já é
O que busca
Sem sossego
Fora de você
Abro o capítulo
E vejo várias páginas
Águas passadas
Maré cheia
Ouso buscar
A inspiração
A poesia
Abro o capítulo
Esse mundo adora
Vários sons
Que se misturam
Se perdem em nomes
Gêneros e tipos
Lugares comuns
É de se admirar
Que essa linguagem
Tem o dom de todos sentimentos
Que venha a sua música
Nadei até aonde
As ondas deixaram
Ganhei o beijo
O beijo da brisa
O silêncio escondido
Saiu do coração
Pra de novo
Te abraçar
Precisei de algumas despedidas
Dores no coração
Saudades imensas
Cores que mudaram
Desejos que enlouquecem
Talvez tenha pedido demais
Na panela ainda tem pipoca
Entre um olhar e outro
Passei correndo
Sem distinguir
O que veio primeiro
Talvez a dúvida
Seja o caminho
O destino dessa vez
Jogo de cartas
Quem sabe faça a diferença
A torta de maçã tem feitiço
E pra acordar nem sempre
É possível ver atrás das cortinas
Bastidores e segredos combinam
Faltaram os aplausos
Acordei com o sonho
Altas ondas
Um sorriso do lugar
Jeito manso
Ondas longas
Passeio no coração
Um mar de ressaca
Diga me mais
Sopre com o vento
Sinta a folha caindo
O sussurrar das ondas
O abraço de cada olhar
Mesmo que chova
E tudo fique tão cinzento
Quem ama conhece o adversário
Acho que fui
Memória e momento
Nuvem sem rumo
Caminho e pegada
Que desmancha
Com o mar
Poesia e pele
Por do sol e lua
Salada e sobremesa
Tô com fome outra vez
Como um disparo
O tiro ecoa
Não sabe o alvo
Só tem pressa
De chegar sempre
Enquanto isso
Vai esquecendo
O principal na vida
Amor no coração
Pensei que fosse demais
Confundir o coração
Balão solto
Pra onde que
Leva o vento leva
O vento da vontade
Pedir pra você
Um pouco mais
De paciência
Devagar calmo
Sentindo a pétala
Conhecer a estação
Amadurecer com amor
Quem sabe
Foi engano
Insano momento
Desequilibrio euforia
Não sei o que comi
Já quer sair
Dor de barriga
Vontade de te dar
Alegria em beijo
Vibração sem fim
Saudade infinita
Uma roda de amigos
Para celebrar a constelação
De tantos caminhos
Se faz todo sentimento
Uma pitada de poesia
Sabe de uma coisa
Tô de olho em você
Boquiaberto o coração
Desmancha em elogio
Feito manteiga
Prefiro pão de queijo
Mal consigo respirar
De tão rouco
Que estou
Cheio de dúvidas
Que demoram
A cair
E juram sempre
Voltar como poeira
De onde mesmo
Que sou
Me aceite como sou
Entre em trânsito
Descubra a galáxia
Quem está além
E tão próximo
Do coração
Eu habito
Em você
É proibido reclamar
Assim fica difícil
Conversar tanto
Sem atacar
Qualquer diferença
Cadê a luz
No fim do túnel
Sem diferença
Como fazer
Esquecer a crítica
Ver o que une
O elo perdido
É proibido reclamar
Vem ver uma coisa
Que eu fiz
Antes que suma
Corre antes
Que o mar não espera
Que invade sem pedir
Ilha poesia
Sem contra indicação
Mergulho no beijo
Do dia abrindo
Sentir o sol
Silêncio único
De aprender
O que não tem preço
Sem contra indicação
Molhando o bonsai
Veio um olhar
Majestade humilde
Um verde nascendo
De cada nova folha
Uma alegria no coração
Tranquilo presente
Fazendo brotar a vida
Busco a delicadeza
De cada palavra
As vezes só o som
O brilho que irradia
Até a agressividade
Que molha a emoção
Furacão girassol
Goiaba bichada
Diferente pomar
Tudo é um ninho
Ninho de inspiração
O pouco que escrevo
Ficou na entrelinha
Quem sabe aguardando
A vez de acordar
Só sei que nasce
Quando encontra
O sentimento
Se me recordo bem
Faltou dizer
O quanto sinto
Tua falta
Desde a voz
E o andar
Olhares
Abraços
Pura poesia
Deixei escapar o beijo
O jeito de dizer
Quando se corre
Tem esse preço
Implicante com o tempo
Tempo fácil
De ficar em silêncio
A dois
Pelo amor vaguei
Por caminhos claros
Perdi a dúvida da paixão
Senti os pés na areia
O mar molhando
O tempo que demorei
Serviu de lição
Que a vida tem sentido
Quando não perdemos
As cores
Descobri que a desculpa não tem dono
Rota de fuga que se esconde
Entre a razão e a lógica
Lágrimas de crocodilo
Pra não dizer que não tem
Sentimento de culpa
O som do sax ainda sai
Invade ecoa no coração
Bagunça a escada
Alegrando o degrau
Agarra o amor
Não cansa
Aguenta sem
Pedir pra ficar
De qualquer distância
Fico em silêncio
Espero o som
Da água caindo
Feito cachoeira
Olho da margem
A correnteza
Me sirvo a mesa
Sem mesa
Café quente
Liberta o olhar
Do sono um pouco
Trem doido
Me arrastando
Pelos trilhos
Despenco nas estações
Quem sabe tem coração
Será que falta muito
Pra que eu aprenda
De que nada vale
Enquanto estiver
Correndo de mim
Esqueço que a sombra
Só persegue quem tem
Tem luz na vida
Deixei o sinal
Que ia precisar
Encontrar de novo
O brilho nos olhos
Nos olhos da noite
Pedi um chá
Fusão sempre
Dando sabor
Brincando
Chego lá
Bem próximo
Pra esquentar
O sentimento vem
Pedi um chá
Desengonçado vem o palhaço
Invade o picadeiro
Sapato largo
Lábio enorme
A lona protege da chuva
Ao redor diversos olhares
Habitam o coração
Quando cai o palhaço
Faz a plateia ganhar
O melhor fôlego de viver
A essência do sorriso
O palhaço encontra a poesia
Diamante parece sorrir
Sem parar nunca
De uma felicidade única
Desperta tanto o desejo
Cria o desafio sincero
Entre o ter e ser
De toda luz nasce
Respira cada ser
Tem um papel um lugar
Destina o coração
Sem pedir muito
O que parece atenção
Ganha sentido
Quando te vejo acordar
Desde cedo que desejo
O que a onda levou
Camaleão na vida
É natural sentir
Que na direção do vento
Vejo teu rosto
De toda alegria
Só busco uma
Paz infinita
Escada enorme
Quem sabe
Os degraus
Estejam
Onde já estou
Me dando espaço
Reflito mais
A vontade nasce
Conhece outros
Outros cantos
O encanto do mundo
Que sempre passa
Quem fica é o coração
Estou ficando amargo
Preciso descobrir
Onde esqueci o doce
O tecido de seda
Que se rasgou
Com o tempo
Um outro em você
De dentro pra fora