31 de mar. de 2016

Com o coração a poesia

Acredite

Você só brilha

Se soltar o que é

Sem ser verdade

Se apaga como vela

E tem mais

Quando sorrir

É quando aperta

Com o coração a poesia

A sede do momento

Sei que seria

Bem capaz

De esperar

Secar as lágrimas

Ver o cacto crescer

E no deserto matar

A sede do momento

Olhar quieto pedindo você

A chuva cai

A janela chora

Como lágrimas

No vidro um jeito

Cheio de gotas

Que se espalham

Olhar quieto

Pedindo você

O infinito tem esse sabor

Não sei como o horizonte

Encosta o sentimento

De encontrar o por do sol

Tocando o momento

Na curva do destino

Deve ter um arco íris

Um lugar repleto de estrelas

O infinito tem esse sabor

O vento não leva pra longe

O vento não leva pra longe

Só movimenta o que precisa

Pra que o novo lugar

Cresça sempre

A semente habita

Onde a busca

É o aprender

30 de mar. de 2016

Quem sabe o mar

Quem sabe o mar

Saiba a saudade

Da areia molhada

De tantos sentimentos

Lágrimas que rolam

Com a maré cheia

Entre as ondas

Meu olhar vira uma gaivota

Que sobrevoa o coração

Que alimenta a poesia

O prazer do outro está

Onde menos se espera

Nenhum desencontro é casual

Cada eclipse tem seu tempo

Quem gera a dúvida

Tem o atrito

Que alimenta a poesia

Dentro o coração agradece

De um olhar assim

É o que preciso

Pra começar o dia

Um silêncio que faz

A diferença vem

Com a sua luz

Que me faz sorrir

Dentro o coração agradece

28 de mar. de 2016

Onde você é mais

Gostaria se ser

O seu melhor personagem

Que preenchesse bem

As lacunas do coração

Sem solidão

Pudesse namorar

Cada pensamento

Onde você é mais

O brinquedo se esconde

Como fumaça

O brinquedo se esconde

De mil maravilhas

Nasce o era uma vez

É contagiante não perder

A inocencia da criança

O truque da moeda

O mágico não conta

Não tenho pra quem contar

De uma janela

Vejo debruçar

Um sonho esquecido

No colo um silêncio

Que se agita

Nao tenho

Pra quem contar

Um pouco desse amor

Acredito que bastaria

Um pouco desse amor

Nas sombras do coração

O espinho insiste

E não sair

Talvez seja

Orgulho e vaidade

Que não quero largar

A saudade soubesse

Enchi a boca

Despejei palavras

Me arrependi com o vento

O eco devolveu em dobro

O que não sabia

A ignorância me deu

Pra que com o tempo

A saudade soubesse

Estrela de Belém

Não sei de onde veio

Nem pra onde vai

O que fez ou deixou

De fazer ontem

Ou hoje

Só sei que ensina

A brilhar com muito amor

Estrela de Belém

Desnudando o dia

Já misturei muito

Perdi o sabor original

Quebrei a poesia

Que vestia o sentimento

Acreditei no beijo

Desnudando o dia

27 de mar. de 2016

Páscoa

Pedaços de paz

Atingem em cheio

Com  jeito o sentimento

Desnudando a ilusão

Enquanto houver coração

A luz da oração

Sai da lenda

Páscoa

26 de mar. de 2016

Que a saudade grita muito

Num sofá esticado

Mal cabe o tamanho

Da vontade que tenho

De viajar sem asas

E pousar no intervalo

Que a saudade grita

Grita muito

Barco tem vida

O melhor jeito

Vem pronto

Se pensar

Nunca vem

Deixa o vento

Soprar na vela

O leme é você

O barco tem vida

Entre as gavetas caiu você

Faz meu coração dançar

Imaginar a vida

Sem espinho

Foto amarelada

Amarrotada no chão

Entre as gavetas

Caiu você

Virei aperitivo

Estou numa mesa vazia

O prato sumiu

O garfo foi embora

A colher saiu a francesa

Virei aperitivo

Enganar o sol

Um pouco desse sorriso

Pra animar o sentimento

Dia nublado

Tem seu valor

Talvez esconder

Enganar o sol

Quando sinto dor

Gostaria de praticar

Tiro ao alvo

Aquele dardos

No bar embriagado

Me recuso a ficar sóbrio

Quando sinto dor

Sabe o cheiro

Poderia negar

De nada adiantaria

Esconder o sabor

Que se espalha no ar

A panela queimou

Quem esqueceu

Sabe o cheiro

Por um instante

Por um instante

Percebi a folha

Que suavemente

Pousava no pensamento

Onde que fui parar

25 de mar. de 2016

Universo

Amo o jeito

Como voce pensa

Abre um olhar intenso

Que ousamos chamar de dia

Dar várias pinturas e pensamentos

Pra que possamos criar

Outros lugares

E nas noites tantas estrelas

Que não cabem num sonho só

Deus te abençoe universo

24 de mar. de 2016

Lembre que ainda existe você

Não quero sua foto

Minta que está com saudade

Dance esquecendo a música

Afine o coração

Tire o espinho

Lembre que ainda

Existe você

Pra pousar de leve no seu olhar

Manter a mente aberta

Passar uma vassoura

Descobrir o lixo

Não se contentar

Com o tapete sacudir

Agitar bem

Pra pousar

De leve no seu olhar

O que é natural flui

O que é natural flui

Quem emperra

Precisa mudar

A represa prende

O que tem mais

Deixe passar

Um pouco de você

Pra ver a diferença

Estou tão perto que esqueço

Estou tão perto

Que esqueço

De amar cada momento

De apreciar o coração

Tecer o desafio

De chorar e sorrir

Como uma pirâmide

Que deixa o mistério

Pra outra vida

23 de mar. de 2016

Anjo caído

Estou aqui por você

Quieto no canto

Parte coração

E a outra saudade

Tocando no piano

A falta que sinto

Anjo caído

Boca do poeta

Agradeço dando

Um abraço forte

Sentimento puro

Desejo e vontade

Alimentando os sonhos

Deslizando nos pensamentos

Saem pela boca

Boca do poeta

O sorriso de cada lugar

Gostaria de ser de lá

Mas sou daqui

Sem perceber

Creio que nem lá

Nem aqui

Pareço confuso

Em cima do muro

Que eu não perca

O sorriso de cada lugar

22 de mar. de 2016

Tiro no pé

Tiro no pé

Tô nada bem

Lembra uma música

Sentindo o gramado

Na orla namorando o mar

No sentimento das ondas

Um gole importante

Não faço chover

Nem sei brilhar

Sem nuvens

Por onde anda

Quem sabe

Um pouco mais

Um gole de vida

Um gole importante

Quando saio da cama

O vulcão cospe o que sabe

Quem fica em volta

Se apavora

Quando acorda

Acho que fico assim

Quando saio da cama

Ineditismo

O ineditismo tem essa cara

De surpresa com olhar

Inquieto que saboreia

O momento com a cor

Dentro pede muito

Régua

Estou habituado

Com uma régua

Diferente

Lugares que parecem

Pousar no coração

Paisagens que me fazem

Encontrar o que sou

Animando a preguiça

Sonhar dar muito trabalho

Realizar então muito mais

Os atalhos atrasam

O que precisamos aprender

Não sair do lugar

Pensando que é bom

Animando a preguiça

21 de mar. de 2016

Pressinto que o dia voa

Pressinto que o dia voa

Tirando do chão

Alcança a tarde

Invade a noite

Sente a madrugada

Pressinto que o dia voa

Um silêncio que faz dando arrepios

É de um alvoroço só

Essa goteira indo embora

Que não vejo

Onde vai dar a trilha

Um silêncio que faz

Dando arrepios

Volte pra casa

Sair do radar

Viver nas montanhas

Acenando sempre

Pra natureza na janela

Outra música no ambiente

Quem sabe um dia

Volte pra casa

Dando espaço para raiva

Dando espaço para raiva

Dissipar o medo

O que alimentou

Nem faz falta

O sorriso é o que amo

Por que então

Esquecer de amanhecer

20 de mar. de 2016

Que esqueci de ficar rouco

O que você ver

Ninguém ver

Nem sente

O sabor da lágrima

E correr atrás

Tem um sentido estranho

De animar o outro

Estou gritando tanto

Que esqueci

De ficar rouco

Diferente

Esse mundo

É bem diferente

Do que imaginava

Perde as cores a toa

Fica triste com a chuva

Se alegra com o sol

Quando não dorme

Lembra da lua

Ainda bem

Que todos somos

Diferente

O aperto de mão

Tentei abrir as mãos

Descobri mais

Que os dedos

Namorei os calos

As unhas queriam

Ser maiores

Mas arranham

O sentimento que abraça

O aperto de mão

O que é junto se chama você

Enxergar algo a mais

O que tá escuro

Nada esconde

Só distrai

Faz pensar

Que o longe é sempre

O que é junto

Se chama você

O bolo da vida

É uma pausa que favorece

Que dar a liga do bolo

Faz o galho

Reconhecer a raiz

Lembrar da flor

Querer o fruto

Melhorar a receita

O bolo da vida

O que tanto devora

O que tanto devora

E faz vibrar

Acreditar que o dia

Só acorda

Quando a luz

Do coração

Chama mais alto

19 de mar. de 2016

Estou sorrindo

O luar brilha timidamente

Fugindo das estrelas

Levanta um olhar

Que inspira o simples

Onde menos se espera

Estou sorrindo

A vida só pede amor

Ninguém é tão sóbrio

Que não possa derreter

Uma lágrima

Cutucar a poesia

A vida só pede amor

18 de mar. de 2016

Anjo azul

É um recurso natural

Esse beijo que me invade

A alma que sobrevoa

Não é a toa

Que vim a esse mundo

Aprender sem as asas

Anjo azul

Porque bebo mesmo

Gosto de beber

De me esconder

De mim mesmo

Me virar pelo avesso

Deixar de ser

Eu mesmo

Prazer passageiro

Me dar esse líquido

Como um ritual

Celebro e peço saúde

E digo é apenas social

Por que bebo mesmo

Explosão

A explosão não é um lugar apropriado

Pra se esconder em paz

Nem um parque de diversão

Sem diálogo

A explosão tem a intensidade

Do que pensa que não fez

Assim nasce a explosão

Tirando o tédio

Escondi tão bem

Que esqueci

Nas chaves da memória

Mesmo assim estou tranquilo

Devo ter uma boa razão

Para me presentear assim

Criando tantos desafios

Tirando o tédio

Contador de estórias

Um contador de estórias

Dar todos os sentidos

Cria a vida

Onde menos se espera

Mata a sede

De cada curiosidade

Só após o era uma vez

O sentimento tem cor

Atravessar a rua

Sentir o outro o lado

Um mundo novo

A calçada diferente

Lugares que parecem

Nunca mudar

O sentimento tem cor

A lenda do sorriso

Faz um tempo

Que não vejo

Seu sorriso por aqui

Por onde tem andado

Essa luz que tanto

Corre do meu olhar

O que tem feito

Pra se esconder

Da alegria do seu coração

A lenda do sorriso

16 de mar. de 2016

Saudade de você estrela

Saudade de você estrela

Que me fazia sorrir

Me dava muitos sonhos

Guiava na noite

Beira mar

Fazia uma festa

No sentimento o coração

É tão longe esse olhar

É tão longe esse olhar

Que acolhe o horizonte

Derruba a escuridão

Acorda cedo

Num silêncio descobre

O que tanto precisa

15 de mar. de 2016

Vento e janela

Te deixo entrar

Sem nada ver

Um leve sorriso

Sinto tua presença

Um abraço breve

Que passeia

Vento e janela

14 de mar. de 2016

No sentimento habita a poesia

De uma transparência simples

Tecendo em palavras

O som ganha o sentimento

Que escorrega nas rimas

Encontra o ninho

No sentimento habita a poesia

Vou clarear

Descobrir que o lugar tem a mágica

Um tato invisível que arrepia

Faz do céu um palco

Que abre as cortinas

Despindo o horizonte

Acenando sempre

Pode vir

Vou clarear

13 de mar. de 2016

Nos pequenos gestos nasce o abraço

Nos pequenos gestos nasce o abraço

O calor do momento acelera

Sem correr

Fica mais vivo o momento

Os detalhes crescem

Atingindo o melhor

Um presente que só os simples

Conseguem ver

Quando o rei se perde

A tristeza tenta esconder os raios de sol

Enganar a chuva com nuvens

Espalhar cada olhar

Como cartas marcadas

O xadrez sabe o valor da rainha

O xeque-mate só vem

Quando o rei se perde

Muitas palavras

O que seria dito

Seria pouco

Um mergulho assim

Tem todo sentido

De se encontrar

E de tão escondido

Só vem

Após o arco íris

Que insiste

Muitas palavras

Cara limpa

Encarar as coisas

De cara limpa

Segurar os sentimentos

Pelas mãos

Ir além das lágrimas

Sem esquecer o amor

Pra que a vida não enferruje

O que a chuva limpa

12 de mar. de 2016

Gostaria de agradecer

Gostaria de agradecer

Não sei como

Como juntar

Tantas pedras

E formar um caminho

Que dar o lugar

Onde a luz

Lembra você

Dentro do coração

O silêncio não afasta

Faz ficar junto

O que parecia perdido

Um lugar infinito

Que está dentro

Dentro do coração

Pra que o dia brilhasse melhor

Esperei as nuvens passarem

E só assim percebi

Que não nunca esteve

Ausente nos dias de chuva

E que a claridade

Era o seu coração sorrindo

Pra que o dia brilhasse melhor

11 de mar. de 2016

Águas de março

O entardecer tem um jeito mágico

De namorar o por do sol

Quase beijando a lua

Sabor de estrelas

Que invadem o sentimento

Pedindo outro encontro

Romântico mesmo

E como a noite não esconde

Só aumenta o mistério

De cada olhar

Assim nasce o desejo

Águas de março

Em algum lugar está a semente em você

Seria simples

Não vejo o degrau

Escorrego no corrimão

Num vai e volta

A planta cresce

Em algum lugar

Está a semente

Em você

Sentindo o abraço do sol

Preciso repousar

Venho de muito longe

Apreciar esse momento

Quem vem nascendo

Prazer de acordar

Sentindo o abraço

Do sol

Coração martelando numa concha do mar

Ninguem dar desconto pra saudade

Como em muitas coisas

A metade ou pedaços

Não parecem existir

Inteiro olhar

Coração martelando

Numa concha do mar

10 de mar. de 2016

Uma conversa com o espelho

Como você está

Sinto sua falta

É isto

Sinto sua falta

Estou aqui

Juntos

Há um abismo

Uma conversa com o espelho

Horizonte acordando

Faz de conta que não nasci ainda

E passeio pela madrugada

Me despedindo da lua

Pensamentos leves

Que a insônia namora

E só sossega

Quando te vejo brilhar

Horizonte acordando

9 de mar. de 2016

Um foguete no pensamento

Em orbita

Sinto o planeta

Ficando pequeno

Onde cada lugar

Vira poeira

Um foguete no pensamento

Sabe no que não paro de pensar

Sabe no que não paro de pensar

Afasta a poeira

Veste o amor

Tira o que está fora do lugar

Arruma o pensamento

O que é muito bom

Fica melhor ainda


O silêncio dos aplausos

Tentarei fazer melhor da próxima vez

Reparar mais os pingos nos is

Descer do palco

Ver antes da platéia

De onde vem

O silêncio dos aplausos

Quando acerto o caminho

O sabor é você quem faz

Ninguém mais está fazendo do teu jeito

Esperando asas pra ver melhor

E desembrulhar passou de moda

O presente se ganha todo dia

Doce ou amargo

O sabor é você quem faz

Louça suja

Vamos ver

Se o tempo melhora

A louça suja

Sai da pia sozinho

E tapete mágico voa

Sem pedir nada

Perde o presente

Quem acredita

Na preguiça

O sentimento tem a chave que liberta o dia

Abrir a vez

Acenar com o horizonte

Que estou indo

Sonhando pra realizar

Cada momento como único

O desafio nunca é o problema

O sentimento tem a chave

Que liberta o dia

8 de mar. de 2016

Encontro na saudade

Encontro na saudade

O motivo de te encontrar

Sempre pela vida

Não existe ausência

Só a presença

E o pensamento

Que não fica longe

Quando precisa visitar

Paginam meu viver

Nada traduz esse vazio

No peito esse vacuo

Que insiste em pedir mais

Presença de espírito

Olhares ausentes

Paginam meu viver

7 de mar. de 2016

Jararaca não é um anjo

Jararaca não é um anjo

Mas se esconde bem

Na pele do cordeiro

Tem boa educação

E sabe bem das leis

Não confunde o quer

Chacoalha a vítima

Alguns chamam de política

Herdeiro

Filhos fazem por merecer

Criando momentos

Que mudam o tempo todo

O curso da vida

Quem não tem

Nem tem como teorizar

Só acreditar que assim

Começa o herdeiro

Saco de pancada

Saco de pancada

Até parece

Que é de verdade

Ficar tão moído

De tantos sentimentos

Que nem espremendo

Sai algo

Saco de pancada

Essencia do cotidiano

De um jeito as coisas acontecem

E outros nem percebemos

Como o sol dar vida

O vento faz circular

Alegria que espalha

Por mais que se esconda

O que torna a esperança

Essencia do cotidiano

6 de mar. de 2016

O poeta delira

Muita cachaça

Lugar incomum

Desafio tocar

Assim entre a melodia

Do jazz ao chorinho

Nasce o músico

O poeta delira

Estou em silêncio

Estou em silêncio

Dando presença

Fazendo sentido

A música no ar

Com as folhas

Que caem

Mudando o compasso

De acreditar com amor

O que me impulsiona

Não vem desse mundo

Enche o coração

Dando vida

Por onde passa

Nasce o momento

De acreditar com amor

Bom dia beija flor

Foi pra agitar

Que percebi

Que as asas

Iam de encontro

Único pensamento

Momento feliz

Bicando a janela

Bom dia beija flor

Sinto falta do tic tac

Sinto falta do tic tac

O romance do analógico

Ansiedade diferente

Suspense de fato

Os atrasos eram

A nostalgia do esqueci

Esqueci de dar corda

Capaz de acordar o dia

Entre o intervalo

O descanso apresenta

Um necessário olhar

Reconhece o sentido

Capaz de acordar o dia

5 de mar. de 2016

Os lábios parecem famintos

Os lábios  parecem famintos

Como num ranger de dentes

Pra dar o bote

A tocaia pede paciência

O alimento corre

Muda de lugar

Quando somos apressados

O primeiro sorriso

Deixou escapar

O primeiro sorriso

Assim nasce o dia

Sem pedir nada

Um presente sempre

Que esquecemos de agradecer

O primeiro sorriso

4 de mar. de 2016

Que lembra o seu olhar

De uma palavra nasce o desejo

A vontade que monta

Aprendendo com o reflexo

De cada dia um som

Uma nova música

Que lembra o seu olhar

Encontra o mar

De um entardecer assim

Que leve longe o pensamento

Um tesouro que se esconde

Ilha secreta no coração

Que atravessando o tempo

Encontra o mar

Seria razoável acreditar

Seria razoável acreditar

Que o mar não mata a sede

E a chuva refresca e limpa

Que a raízes pedem mais

Pra que as folhas sejam

Mais verdes

Casca de banana

Foram as desculpas

Que fizeram

A casca de banana

Escorregar tanto

E sair do lugar

É mudar onde pisa

A dificuldade tem cara de montanha

A dificuldade tem cara de montanha

Que no primeiro momento é tão bonita

Cansa somente lá no meio da escalada

Despencar não parece seguro

E subir mais menos ainda

E quanto maior menor fica

Quem nos vê lá debaixo

Lembrei de beliscar o sol

Lembrei de beliscar o sol

Dar um abraço quente

E desejar bom dia

Dizer que entendo

Porque as vezes se esconde

E namora as nuvens

Lembrei de beliscar o sol

3 de mar. de 2016

Pura nostalgia

O vinho pede

A taça de cristal

Mesa vestida de sonhos

Que vai de encontro

Talheres de prata

Um piano de cauda

Pura nostalgia

Incrível que assim seja

Incrível que assim seja

A escultura tem a solidão

Que assombra a inspiração

Sem saber onde vai dar

Ganhando a forma

Que o sentimento pede

Relógio quebrado

Relógio quebrado

Ou o tempo parou

Emperrou a fila

Olhar parece surtar

Rasgando o grito

Namora o reflexo

Que faz o dia nascer

2 de mar. de 2016

Fui com a lua

No suave me perdi

O vento contra

Lembrei do leme

Soltei a ancora

Esperei a maré

Fui com a lua

Segurar o por do sol

De tanto sacudir

Voou moedas

Pra todos lados

Um olhar absurdo

De tantos sentimentos

Quem dera pudesse

Segurar o por do sol

Rio antigo Santa Teresa

Parecia voar sem rodas

Pelo paralelepípedo

Entre as calçadas

Casas de muros

Com tantas rosas

Lugar nostálgico

Rio antigo

Santa Teresa

1 de mar. de 2016

Flutua coração

Falta pouco pra sentir

A águia no olhar

No pico da montanha

De novo mergulhar

Entre as nuvens

Um vale descobrir

Flutua coração

No alambique da vida

Um papel especial

Deve ser feito

Num monte de coisas

Que misturamos

Ingredientes sentimentos

Que destilam com o tempo

No alambique da vida

Um louco na cozinha

Um louco na cozinha

Viaja forte

Na panela de pressão

Pimentão alho e cebola

Cadê o limão

Esfrega no frango

Mela no vinagre

Se apavora

Pra que pegue

Logo o gosto

Dando uma canja

Sentimento e tempero

Será que nasci desafinado

Tudo nesse mundo

Parece partido

Perdeu o elo

Tem um que

De quebrado

Uma correria

Pra dar tempo

De fazer tudo

O que não fez antes

Será que nasci desafinado