amor escondido

Quando o coração se contorce

Querendo desentortar

Tantos sentimentos 

Espalhados ao vento 

O que resta vem

Num assobio longe

Longe a ponte 

Olhar de pássaro 

Amor escondido 

despertar silencioso

A princípio pensei 

Que não viria 

Fez suspense 

Aguardou a despedida 

Da lua bem tímida 

Pra se mostrar 

Num abraço cintilante 

Através do horizonte 

Num despertar silencioso 

você de volta

Notável é a dúvida 

Que se instala corrói 

Pedaços lados diferentes 

Fazem o passeio crescer

Em delírios febre olhar 

De quem comeu um pouco 

Sem saciar a vontade 

O mergulho nasce 

Não abandona 

O sentimento bate forte 

No peito vem o jeito 

De pedir você de volta 

barco nos olhos

Se tivesse idéia 

O que estava 

Por vir 

Levantaria a vela 

Pediria a brisa

Que levasse

O leme conhece

A maré a bússola 

Tenho um barco 

Nos olhos

um caboclo na poesia

Andei  pisando 

Onde não devia

Na pia água corrente 

Semente estragada 

Levou pra abrir 

Limpar a vida

Nublada 

Um caboclo 

Na poesia 

Asas da solidão

Do que tanto precisa
Que não tira
O olhar de mim

Pendura uma saudade
De gaiola perdida
Alpiste de gosto
Estranho diferente

Como deixar
As asas
Da solidão

Papel amassado poesia

O que escrevo
Não tem solução
São devaneios
Sem freios
Vivo beijando
As curvas
Que fazem
Do coração
Um papel
Amassado
De tantos
Rascunhos
Que não ousei
Ser na vida
Só bastava
Amar
Onde foi
Que perdi
Você

traduz o amor

Sabe quando o olhar 

Diz tudo 

Escapam 

As palavras 

E o abraço mudo

Pedindo música 

Uma dança 

No salão 

Um túnel do tempo

No apagar das luzes

Um suspense namoro 

Que traduz o amor 

saindo da caverna

Do nada nasce 

Lábios com silêncio 

Mistura esquecida 

Um bonde sem trilho

Não conhece a estação 

Despindo o passageiro 

Elogio estonteante 

Olhar de coração 

Saindo da caverna 

folha do livro

De uns tempos pra cá 

Descobri que a meia furou 

A gaveta transbordava 

Muita coisa perdida 

Preso num retrato de parede 

Parecendo sorrir sem parar

De cores e sentidos 

Escondido de quem

De quem ainda caminha 

Olhando pra o que passou 

Se a folha do livro não vira

O amor não sai do ninho 

gatilho

É de um gatilho 

Que preciso 

Pra enganar 

A preguiça 

Tendo em vista

Que a paisagem 

Só muda 

Quando soltamos 

Soltamos a teimosia 

E deixamos a flor

Germinar o jardim

Deixa de estórias

Deixa de estórias 

De longas datas 

Muitas viagens 

Lembra quando 

Saía devagar 

O horizonte 

Querendo dizer 

Pra lua não corra 

Você é minha estrela 

inesquecível amor

Ainda sinto 

Outro cheiro 

Em mim

É bom rir

De graça 

Dar sabor

A vida 

E na  falta 

De memória 

Criar na saudade 

Quem sabe

Foi num abraço 

Que veio o inesquecível 

Amor onde foi mesmo

Que te coloquei 

a ferida não mente

Senti 

Tua unha

Na pele 

Rasgando 

A ferida 

Não mente 

Tenho a impressão 

Que te conheço 

Sem nunca te tocar 

espelhos de muitas vidas

Você é bem diferente 

De mim admiro muito

E como é difícil 

De não concordar 

De ver  sem os olhos

Com outros sentidos 

De perceber que o coração 

Tem tantas cores 

E sabores e cheiros 

Da alegria a raiva 

Um corredor imenso 

Desafios intensos imensos 

Humores rumores dores

Prazeres que fazem de você 

O que é no dia a dia 

Sei perco muitas vezes 

A paciência e a razão 

Nem a intuição escapa

Espelhos de muitas vidas

o sentimento sorriu

Passou despercebido 

O olhar que joguei 

Escolhi a dedo

O momento mágico 

Me despi do orgulho 

Desci do altar 

Sonhei 

O que faltou 

Acabou em silêncio 

Feito diário 

A letra mudou 

O sentimento sorriu 

Rede moinho do amor

Minhas mãos
Não estão
Vazias

Quando estou
Muito
Muito com você

Não tenho asas
Mesmo assim
Voaria com o vento

Você pra mim
Pra mim
Sairia do mar

Redemoinho
Do amor 😍

Rolha

Uma maratona de ideias
Que vive povoando
Todo olhar pensamento
Que tenho quando
A música sai pra fora

Além do instrumento
Como uma rolha
Que celebra o brinde
Quando sai da garrafa

Sempre escondida
A espuma derrama
A alegria de se viver

Eu sei o que tanto busca 

soprar pra mim

Poderia ficar em silêncio 

Esperando o tempo passar

Ver as folhas caindo 

Com a mudança da estação 

Perceber o que mudou 

Tem outra cor sabor 

Sentimento olhar 

Inquieto vento

Que insiste 

Em soprar 

Teu nome 

Pra mim 

de cada verso

De cada verso 

Tiro o caminho 

Retrato filme 

Se o momento pede 

Depilo sem dor

O arrepio vem 

Esquenta fria

Persegue inquieto 

O sentimento veloz 

Da brisa a tempestade 

Tem o tom o dom

Do amor a poesia 

ninho no passado

Eu sinto muito 

Tudo que fizemos 

Encaixou bem 

De cada delírio 

Emoção pura 

Conhecer o amor 

A gente só cresce 

Soltando as raízes 

Deixando o lugar 

O ninho no passado 

sem tema

Sem tema

Não sei 

O que escrever 

Descrever 

Despir 

A verdade 

Sem tirar

A personagem 

Como interromper 

O silêncio 

Que alimenta 

A inspiração

Tô de olho

Na lua

Que aparece 

E devora

O coração 

saudades de você

Sei que preciso relaxar

Jogar fora 

O que entope

Tóxico lixo

Bagunça surda

Vício pegajoso

Se existe uma saída 

Que venha a vontade

De matar de vez

Saudades de você 

abrigo na poesia

A meia luz

Escondo 

Um pouco 

Teu rosto 

Vendo 

O nascer 

Do sol

Misturo 

Seguro

O momento 

Abrigo 

Na poesia 

muitos lugares na vida

Tive coragem 

De saborear 

Mergulhar 

No sentimento 

Flor encontro 

Pétala escolhi

Fiquei de longe 

Observando 

O amor

De muitas ondas

Apaixonei chorei

Conquistei 

Muitos lugares

Na vida

passear nas nuvens

Preciso me alimentar 

De sonhos 

Me erguer 

Na terra

Firme 

Reconhecer 

Que a dor 

E prazer 

São o equilíbrio 

Bússola 

Na vida

Como não 

Passear 

Nas nuvens 

namorando o tempo

O que rodeia a mente 

Semente cria

Acaricia a terra 

Fazendo ninho 

E são nas estações 

Que vem o fruto 

Amadurecer 

Crescer 

Sem pressa

Namorando 

O tempo 

Através 

Da saudade 

Descobri você

De que vale a dança
Se tenho saudade
Dos seus pés
Nos meus

Nem a música
Pode levar
No vento
Nosso amor

Pelo mar montanha
Do rio ao mar
Sentimento olhar
Descobri você

Coração surrado

Eu tenho coração
Surrado lavado
Pela ignorância
Que me conforta
De muitas ilusões

Saindo das margens
Encaro o encanto
A correnteza do rio

Aprendendo com as curvas
Nua visão cigano na vida
Deserto quem cria
Um lugar longe do anor

Melhor palhaço

Só precisa
Sair da escuridão
Se desligar do passado
Nas entrelinhas esculpir
Despir as desculpas lacunas
Com novas lições corações
Desnudar tirar a roupa
Que cansou de usar
Pra se chegar
No que chama
De feliz
Solte o melhor
Melhor palhaço
Que existe
Em você

Teia de aranha

De que troféu
Preciso mesmo
Pra pendurar
O que o tempo
Leva sem pedir

Nem saberia dizer
Onde ficou a saudade
Mergulho intenso
Na memória

Virou teia
Teia de aranha

Muito pra você

Rasgando o véu das nuvens
Vejo um clarão desafiar
A escuridão de cada pensamento
Sombra adormecida

Não saio do refrão
Apaixonante canção
Desce bem no paladar
Satisfaz o desejo

Quando solta
Tua voz no vento
Me chamando
Muito pra você

Dando cor a vida

De um cristal
Vi uma luz refletir
Criando um espelho
De várias cores
Como um arco íris
Percebi que não era
Somente o caminho
O detalhe importante
Estava onde estava
Meu coração
Dando cor
A vida

Quando criança

Fui ver o mar
O coração pulsar
Desejo saudade
De ondas lugares
Amizades

Um filme
De longas
Datas

Futebol
De areia
Frescobol

Onde habitava
Quando criança
Surfando na vida

É que sempre te amei

Sei que cometi
Muitos vacilos
E outros ainda
Virão

Despenquei por abismos
Cismei abracei a teimosia
Estive longe da ponte
Distrações

Espero está acordando
Do pesadelo que criei
E se de algum jeito puder
Me desculpar

É que sempre te amei

Um amor na vida

Foi de um fôlego só
Que você veio
Me tirou o ar
De tanta beleza

Desse teatro
Admiro as cortinas
Que as vezes
Trazem surpresas

A peça sempre
Muda a cada momento
A personagem se veste
Busca o sentimento

Um amor na vida

Um velho violão

Estive perto
De perder
A cabeça

O arco esticou
A flecha queria
Ir de encontro

Ao infinito
Restou o silêncio
Um amor nas estrelas

Na fogueira
Havia um olhar
Manso coberto

Aberto coração ficou
A canção veio assim
E hoje  só existe

Um velho violão

Vários sentimentos

O que me faz
Sorrir vem
Tem sabor

Descortinando
O horizonte
Beijo no vento

Rodeia o cabelo
Embaraçado
Coração solto

Pra voar desenhar
De todas as cores
Vários sentimentos

Amando teu olhar

Desisti
De tentar
Te entender
Me apaixonei

Pelo mistério
A mágica
Sem a cartola
Não existe truque
Destino na linha
Na palma da mão

De quem escreve
Inspirado coração
Amando teu olhar

O coração cresceu

Quando se caminha
Sem prender
Namorando as raízes
Os detalhes as diferenças

De lugares marcantes
Um afago na memória
Não tem como separar
Uma multidão de sentimentos

Só deixo passar
O desejo que pedi
Mudou é outro
O coração cresceu

Caindo de sono

Tive medo de perder
Merecer a coragem
De mergulhar ser
Detalhe sem cor

A dor que acompanha
Ganha em cheio
A solidão dando
Um ar de alívio

Quando se solta
Pela cama escondido
Lençol travesseiro
Que vive caindo de sono

Muitas sensações

Perdi o abajur
Juro que não sei
Onde foi parar

Cadê a luz
O grão a semente
Árvore fruto

Incendeia muito
Ganha forma
Brilho na boca

Que se abre
Liberta sempre
Muitas sensações

Vento da paz

Não somos iguais
Faço de nosso encontro
Um beijo único

E com o tempo
Criando sabores
Da saudade ao amor

Mergulhei no teu olhar
Pra descobrir o espelho
Janela porta teto

Desse caminho consegui
Ver a vida através
Da pele tamanho cor

Alguns me chamam
De vento da paz
Um  sopro na vida

Tuas asas

De quem nasce
Sem berço
E privilégio

Sente no ninho
Da rua a multidão
Um jeito de viver

De lição em lição
Esquinas curvas
Nada dura pra sempre

Querendo um dia
Quem sabe
Recordar você

Não esconda tanto
Tuas asas

Saudades do verbo amar

Muitas vezes acredito
Que deveria bater
Em você pelo que fez

E também pelo que não
Fez por por pura ausência
Essência sem perfume

Só podemos exalar
O que já aprendemos
Em outros momentos

Saudades do verbo amar

Dando uma volta

Dando uma volta
No mundo
Quebrei
Tudo

Que prendia
Sem lugar
Encontrei muito
Muito mais

Dando uma volta
No mundo

Estrela amiga

Poderia jurar
Que piscou
Pra mim

O desejo que pedi
Lá longe senti
Estava vindo

Um calor no coração
Fazendo disparar
Um sorriso solto

Não seja um sonho
É demais a saudade
Estrela amiga

Nas nuvens

Estiquei o que deu
Afastei a preguiça
Dei um salto no humor

Fritei a saudade
Deixando ferver
E mergulhei no sabor

De quem um dia
Soube  que de uma gota
Nascem as lágrimas

E foi  namorando  uma flor
De algodão que passei
A acreditar nas nuvens

Estrelas desejos vida

O vento invade a janela
Me dando arrepios
Acorda o sentimento

Que se arrasta cheio
De misturas
E cheiro de café

Parece um sonho
Quando olho
O teto solitário

Um céu assim
Cercado de paredes
Desenhos cores

São estrelas
Desejos
Na vida

Suando poesia

Caio de boca
No sonho congelado
Que se repete

Não mata
A sede vontade
Mordaça que aperta

Silêncio invento
Aconteço no beijo
Que imagino

Acordo assustado
De olho no coração
Suando poesia

Venha viver comigo

Mordi da maçã
Conhecimento
Perdido
Fuga ilusão
Verdade crua

Vesti a fantasia
Criei um barco
A vela
E com teu sopro
Conheci mundos
Pessoas lugares

E na curva
Encontrei
O que mais
Pedia
O coração

Venha viver
Comigo

Amar tanto assim

Depois de tanto caso
De fato tenho andado
Colorindo o que estava

Triste voou
Pendurou
No cabide
Deixou

No sofá
O que ninguém
Viu

Quem lembrou
No retrato
Acho
Que valeu

Amar
Tanto
Assim

Namoro entre as estrelas

Não dei sinal
De interesse
Tímido

Atravessei a calçada correndo
Antes  da esquina sem fôlego
Quando perdi de vista

Virou uma miragem sonho
Que não se repetiu
Confundiu o coração

A saudade tem jeito
De algema na memória
Oportunidade paixão

Namoro entre as estrelas

Sapeca

Jeito indomável
Olhar sorridente
Quente

Inquieto ser
Brincar arder
Pimenta

Só mata a sede
Dando um abraço
Naquele lugar

Sapeca

Chuva de amor

Pode despejar
Gotas de uma dança
Ensopando o cabelo

Passeio livre
De sentir
Molhar o desejo

Escorrega
Pra quem corre
Quando mexo

Vejo como faz
Falta e seca
Chuva de amor

Olhar acordar

Profundo olhar
Beijo no mar
Mergulho

Eu deixo
Provar
Namorar

Se a maré
Deixar mudar
Vale muito

Ver
Teu olhar
Acordar

Dentro de um sopro

Veio pousando devagar
A pluma num pensamento
Momento lúdico

Pegadas nas nuvens
Fazem sentido
Sem pressa

E quem  souber
Ao sabor do vento
Conhece o amor

Dando fôlego a vida
Dentro de um sopro
Eu sinto teu rosto

Qual cor

Qual cor que faltou
O pincel pedindo
Direção a inspiração

Intuição nua lua
No quadro branco
Lembra um abismo

No fundo um olhar
Dessa aquarela

Deve nascer
O outro lado
Da poesia

Meu anjo da guarda

Fiquei de mencionar
Que na dúvida
Pediria a certeza
A cereja do bolo

Hesitei emocionado
Vi o tempo passar
Os pedaços irem
Embora no tempo

Devorando um pouco
Da memória ainda
Ando meio perdido
Esquecido no olhar

Queria saber
Que fim levou
Quem abocanhou

O amor o calor
O valor ganhou
A saudade salvou

Do que tanto sorri
Meu anjo da guarda