30 de set. de 2018

No olhar da águia

Quis me afastar
Acabei encontrando
O que amadurece
O que não pede
E vem dando
Ao vento
Um aceno
Sereno
No colo
No olhar
Da águia

Olhar jovem

De suas palavras
Guardei muito
Mais que momentos
Cheiros e cores
Alimentavam o prazer
De ser com poesia
As folhas pareciam
Respirar suavemente
O pulsar daquele
Sublime amor
Olhar jovem

Sino

Ainda lembro
Daquela vez
Quando veio
O sentimento
Do primeiro
Encontro
Um sino
Que balança
Sem som
Não ouço
Só sei
Que está
Lá longe
Querendo
Você

A flor que surge

A flor que surge
Emudece o princípio
O que antes tenha sido
Ganhou pousada
O lugar você
Percorre sem pressa
Como gotas de poesia
A flor que surge

Lua solta

Hoje tô de lua
Lua solta
Abrindo o caminho
Destino indo
De encontro
Ao abandono
Do silêncio
Que me traz
De volta
Pro meu lugar
Ao lado teu
Lua solta

Tatu

No calor do teu pensamento
Inauguro uma emoção
Feito varal
Muita roupa pendurada
Se não secar visto
Tudo molhado mesmo
Quem já viu
Tatu ter medo
De buraco

Muro

Em cima do muro
Vejo estrelas
Como não cair
E sentir o lado
Quadro sem parede
Prego solto
De que cor
Devo pintar
Não tiro
O olho de você
Estrela
Em cima do muro

Ninho

Pra o meu mundo
Ponho você
Rodeada de estrelas
Pra que possa
Tocar como um pássaro
Que só pede o ninho
Pra pousar deixando
O coração mais solto
Tenho ciúme da distância
Do que ainda somos 💙

Lua clara

Tive um palpite estranho
Que você vinha me visitar
Em sonhos cochilos
Em noite de lua clara
Nunca deu tempo
De me despedir
Só restou mesmo
Um olhar de quem
Abriu o coração
Sentindo muita saudade
Desses tempos

O espelho desviou

O espelho desviou
Teu raio na parede
Clareou a tempo
De ver a vida
Com mais luz
Ainda gosto das cortinas
Que são nuvens
Chuvas de lembranças
O espelho desviou

Trocadilho

Estive me buscando
De tão distraído
Que sou
Desenhei a janela
No lugar da porta
Pensei que os pés
Eram asas
E ainda Insultei
O coração
Tentando fazer
Que podia
Ser o meu sofá
Sempre
Pra arrumar
Tudo isso
Descobri
Um manual
Sem páginas
Tem dado certo
Só dói quando erro
Espero que também
Te ajude
Tem vários nomes
É como cada um ver
Escolhi esse
Amor

29 de set. de 2018

Radar

No teu radar
Deixei cair
Meu sinal
De encontro
Acompanhando
O momento
A pele elétrica
De um calor
Irrestivel
Lua cheia
Naquele
Monte
Uivante
Lembrei
Dancei
Na solidão

Dunas

Frenesi
Desisto
Sinto
Que nada
Levou
Tanto
Tempo
Pra vir
Dunas
Que mudam
O deserto
Sabe
Como sempre
Te encontrar

Bem de Leve

De sua leveza veio
Teu olhar maroto
Solto pra nos dizer
Estou mais perto de vocês
Bem de leve

Não sei ao certo
Onde a curva
Do rio ou do vento
Se fez necessário
Mexeu com tudo
Coração na boca
Querendo dizer
Não corra tanto
Senão nunca irei
Te alcançar na vida
Eu me chamo fé

Flui

Flui
Como o ar
Que respiramos
Levantando a poeira
Sentindo a grama
Roçar nos pés
Numa procura louca
Que não tem
Como não
Se emocionar
Com teu sorriso

Sem amor

Sem amor
O calo dói
A saudade
Implora
Ninguém
Solta
A mão
Que segura
Bem
O coração
Pra não cair
No chão
Sem amor

Pintura incompleta

Me sinto incompleto
Sem a predileta
Sobremesa
Faminto
Esperando
Que olhasse
Um pouco
Só um pouco
Pra mim
Sei que não tenho
Tudo que pede
Ainda sou assim
Essa pintura
Incompleta
Na vida

Emoção da poesia

Então
Como saberá
O quanto
Gosto
De está
Com você
É só como
Sei me expressar
Na emoção da poesia

Disciplina

No outro lado
Da moeda
Descobri
Que podia
Delirar
Ter surpresas
Encontros
Que ficariam
Pra memória
Escolhi outro
Outro caminho
Onde regras
E horários
Tento conter
O que não sou
A disciplina
Não perdeu
O amor
Que tinha
Ganhou
Um novo olhar
Um aliado

Colhendo paciência

Não sei se mereço
Um presente
Andei gritando
Com você
Insultei
Elogiando
A ignorância
Saindo do peito
Colhi o castigo
De perder
A alegria
De ver a vida
Preciso aprender
Colhendo paciência
Sendo com amor

Jardim da amizade

Se por um momento pudesse
Lhe daria uma mão de luz
Pra que soubesse a trilha
Comum a todos
Que se chama amizade
Ninguém se torna perdido
Por escolha consciente
Acordar o coração
Vem da poesia
Como uma flor
Que de suas pétalas
Tem a cor o perfume
Do jardim que acolher

28 de set. de 2018

Fôlego

Gostaria de perder
O fôlego assim
Ficar sem ar
Virar os olhos
Ver estrelas
Sucumbir
Ao prazer
De mergulhar
Em tuas águas
Vida

Obstinado

O que tanto
esse óculos seus
escondem
tomam conta
de mim
desembaraçam
vários pensamentos
não chego
a lugar nenhum
quando alcanço
teu olhar
obstinado coração

Avalanche

Somos uma avalanche
Várias tribos e nomes
Que não demora
E com tudo
Se arrasta
Deixando
A mensagem
Do amigo
Que nos faz
Presente
Esse carinho
Na essência
De sua aura
Azul
Viemos
Pra você

Toque de Midas

Toque de Midas
Na poesia
Nunca estou sozinho
Cercado armado
Uma plateia
De sons imagens
Cores
Dando a vez
De ser
Toque de Midas

Pra você poeta

Na esquina
Espinha
Esquisita
Curva
Estranha
Entranhas
De todas
Palavras
Que não
Se encaixam
E previam
Precisam
Sair do lugar
Desarrumar
A estrada
Somos
Um mundo
De inspiração
Pra você poeta

Sabor vida

O que não revelo
Tem o novelo
Da voz
O encanto
Coberto
No deserto
Que estende
Tua mão
Nua
Pedindo
Teu calor
Sabor vida

Nós dois

Quando a gente
Se encontrar
Depois
Tudo a sós
Lenda seremos
Detalhes escondidos
Medidos nas poesias
Lidas na escuridão
De algum e-book
Livro o nome que for
Fome de não dar tempo
De escrever outra
Outra poesia
Onde tem
Nós dois

Bilhete

Além de tudo
Tenho que pedir
Desculpas
Por esquecer
Você num bilhete

Cor

Eu sinto
É do alívio
Que vem
De suas mãos
Atirando
Pra todos
Os lados
Não existe
Sossego
Pra quem quer
Muito mais
Mais adiante
Qual cor
Você prefere
Hoje

Com você poesia

Quero dançar
Com você
Poesia
Soltar
As feras
Pra que domar
Seria um insulto
Prender
Todo esse mundo
Amor no peito
Nada pode ofuscar
Teu brilho estrela
Quero dançar
Com você poesia

Brinco

Não tenho ideia
Onde foi parar
O brinco caído
A orelha tem
Saudade
Perdido no canto
Lembrança de um
Olhar criança
Que sorria
Vaidoso é o tempo
Que não cansa
De soprar
Juntos
Na poesia

Poesia de cores

De todas as formas
Como haveria de ser
Tens o dom da gentileza
Nada consegue desapontar
Um coração que sorrir
Com puro amor
Consegue pintar
Com pincel da vida
Nesse dia olhando
Bem pro céu
Vi uma estrela
Veio você
Poesia de cores

27 de set. de 2018

Brigadeiro

Por um momento
Não resisti
Deixei a boca
Aguando
Peguei firme
O brigadeiro
Escondido
Saciei
O desafio
De criança
Em festa
De aniversário
Só o bolo
Tem dono
Se sobrar
Algum pedaço

Poesia maresia

Nada pra fazer
Vem do sonho
Que se realiza
Anima quem viu
Que não existe
Mais o lugar
Onde nasceu
Ficou a erosão
Ferrugem comeu
Poesia maresia

O bem

Nada pode afastar
Quando o bem
Se instala
Toma conta
De tudo
Faz gente
Estranha
Mudar
O rumo
E entrega
No fundo
Dos olhos
Qualquer
Mentira
Limpa
A poesia
Traz de volta
Muita paz
No coração

Não tem volta

Já tive o prazer
De te beijar
Correndo
E o sabor
Esfriar
Avancei
Num horizonte
Perdendo o detalhe
De cada paisagem
Quero voltar
No que não tem
Não tem volta
A chuva nunca
Cai pra cima

Distraído

Olha que de tão
Tão distraído
Custei a ver
Que tinha
Um passeio
Nos lábios
Quando queria
Descrever
Merecer
Vários sentimentos
Mantenho a distância
Senão perco cada detalhe
No silêncio que fazemos

Saudade de você

O coração tá assim
Um não se aguenta
Quieto querendo
Pular pela janela
Do carro
E quase
Te pegando
No encostamento
Lembrando
A canção
Que não sai
Do pensamento
Vem pra cá
Meu nome é saudade
De você

Pincel

Sabe quando
Se tenta
E não guenta
Senta
Olha
Ao redor
E descobre
Que não é
O quadro
De fora
Que precisa
Ser pintado
Ainda aprendo
A usar o pincel
De dentro

Sorte

Quem roubou
Toda alegria
Devolve um pouco
Pra que eu possa
Ser de novo
Um dia
E em troca
Darei
Um digno
Por do sol
Um manjar
Dos deuses
Assim que a lua despontar
Com sua multidão
De constelações
E em especial
Você minha estrela
Da sorte 🍀
Vamos amar

26 de set. de 2018

Colo na noite

Debaixo do abajur
Uma luz fugindo
Escondendo nas sombras
Entre as cortinas
Um desejo pequeno
Tão pequeno
Lúdico vem a criança
Um colo que cresce
Quando chega
A noite

Perdendo a timidez

Já te disse
Que preciso
Voar
Pra perto
Sentir na pele
O calor que você
Faz quando tem
Muito sol
Como não
Se desmanchar
Perdendo
A timidez

Ditados

Sabonete escorrega
E arde bem
Bem os olhos
E tem gente
Que pensa
Na pimenta
Aladim tinha
Lâmpada
E não dava luz
E olha que o gênio
Nem reclamou
Das três contas
De fábulas e lendas
Eu fico com a do cachorro
No mato ninguém viu
E te mordeu
Tantos ditados
Na poesia

Eu sou teu mar

De tanto dar nó
Desatei esperei
Você deixar
De vez
Parar de teimar
Com a correnteza
E fluir no vento
De que vale
Um sonho
Se não quero nadar
Eu sou o teu mar

Vagalumes solitários

Se exponha
Não se perca
Cuide da esponja
Sem perder
O sentimento
Dentro de um
Esconder
Que te leva
No medo
De crescer
Merecer
Não custa nada
Brilhar quando
Todos querem
Ser vagalumes
Solitários

Namorar arpoador

Revendo lugares
Por onde passei
Convivi intensamente
Um mar de ondas
Os lugares ficam
As pessoas mudam
Estou na sombra
Me aquietando
Do amigo sol
Tive o privilégio
De te namorar
Arpoador

Amizade

Nasci com essa marca
De mostrar a amizade
Sem laços apertados
Provar a mim mesmo
Que não posso agradar
A todos sempre
E namorar o ciúme
Que faz corroer
O dom original
De sermos juntos
Se ao menos conseguir
Deixar pelo caminho
Muitos grãos da essência
Iremos germinar
Frutos da amizade

Esquentando a poesia

Acho que vinha de longe
Essa sensação intuição
Que se insinua com o tempo
Pairando um ar de espelho
Que não reflete na pele
Nele repousa na alfomada
Um descanso remanso
Ando sem jeito de falar
Que estou pensando
Cansei de esperar
Deixar a lua quieta
Ir pra casa
E sair pelo sol
Que já vem
Querendo você
Nessa mistura toda
Esquentando a poesia

25 de set. de 2018

Poetisa

Nada disso
Faz diferença
Quando vem
O por do sol
Pedindo
Que a lua
Namore
Olhe
A estrela guia
De um jeito
Que só você
Sabe amar
Poetisa

Entender pra quê

Entender pra que
Se é na salada
Que existe
O encontro
Eu estou
Troncho
De saudade
Entender pra que

A poesia é como uma oração

De suas muralhas presenciei
Soube desde o começo
Que era um mergulho
E se erguer de coragem
Não é pra qualquer um
Quando a perseverança
Aflora sempre abre
O horizonte a poesia
É como uma oração
Na vida de quem
Ler e escreve

Colisão

Pergunte a ela
não fuja
não abandone
a resposta
se torture
suores de solidão
aproximam a saudade
bem antes
da colisão

Difícil

Será que é muito
Muito difícil
Te namorar
Tirar da água
Não sou terra
Ando onde gosta
Preciso voltar
Sentir o chão
Voar e não ter
Onde se segurar
Somos a diferença
Que faz a diferença
Quando o junto
Torna o impossível
Possível
Alguns chamam
De amor

Pra gente

É uma quantidade absurda
De pensamentos ideias
Projetos que fluem
Pra conhecer
O deserto
Sem oásis
Dunas
Ciganas
Perto do mar
Abrem com o vento
Um som de vozes
De antepassados
Voltando em versos
Pra casa pra gente

Converso com você

Converso
Com você
Através
Da poesia
Dando
O som
A cor
Ritmo
Sentido
Que sai
No pulsar
Da boca
Espremendo
Bem os olhos
Quando vem
A emoção
Essência
Pura água
Derramada
Do coração
Converso
Com você

Violão e poesia

Entre uma
Das primeiras
Vezes
Foi assim
Que veio
O violão
E poesia
De tantos
Ritmos
Fases lugares
Quase não sobrou
Espaço pra dizer
Que o coração
Se abriu
Como é bom
Tocar
Um instrumento

Sereia

De um olhar
Apaixonante
Que encanta
Faz sereia
Correr
Perder
O tino
Esquecer
A lua
Mergulhar
Na maré
Quem diria
O pescador
Encontrou
A lenda

Segredo

Deixo escapar
Um pouco
Do sorriso
Pra que
Encontre
O beijo
Entre as nuvens
Tem um segredo
Querendo
Brilhar
Ser
Pra você

24 de set. de 2018

Só os loucos sabem

As vezes
penso
que você
não existe
habita
sem noção
absurdo
coração
dar uns pulos
de perder
o fôlego
Só os loucos
Sabem

Poesia espalhada

Poesia espalhada
Meu partido alto
Não foi embora
Plantou a semente
Colheu meu olhar
Distraído cresceu
Tomou o coração
O ritmo do tambor
Solto nas mãos

Amor do outro lado

Vejo
Teus pensamentos
Transparentes
No vento saindo
Da névoa
Esperando
Quem disse
Que não existe
Amor do outro
Outro lado

Nos pequenos sinais

Nos pequenos sinais
Quem não ver vive
Levando coices
A abertura se fecha
Pra palavras pequenas
O silêncio toma conta
Navega atravessa
O labirinto que se forma
Criando curvas
Desnecessárias
O mundo também
Fala com você
Nos pequenos sinais

Corrimão

Ninguém tem
essa só você
minha louca poesia
descendo escada
ganhando o contorno
que não existe
mais corrimão
virou escada rolante
de um lugar distante
namorando um sentimento
perdido eu sinto
falta de você
sorrindo pra mim

Dose única

Você é minha
Dose única
Não tenho
Lado tímido
Eu só vivo
Respiro
Misturo
Arranco
Tô na dança
Dos sem
Sem destino
Ninguém banca
Se manca
Vim pra ser
O que a poesia
Pedir em você
Minha dose única

Outro lugar

Preciso que saiba
Que vou em silêncio
Pedir ao coração
Não fique
Tão agitado
O que balança
Tem a dança
Do que chama
Chama tempo
Estamos
Em outro lugar

Sede

Eu habito
Na sede
No momento
Que fico
Calado
Escutando
A chuva
Pingar
O sol
Secar
De saudade
Da chuva
Eu habito
Na sede

Um ponto de luz

De tua imaginação
Nasci diferente
Sem o peso
De ver
O costume
De cada lugar
Apreciei
Sabores
Admirados
Ficaram
Quando
Me viram
Passar
Criaram
Mistérios
Que de longe
Viraram
Lendas
Uma seara
Eu não sou
Daqui
Sou de onde
Vocês
Também vieram
Um ponto de luz

23 de set. de 2018

Toda vez

Se de toda beleza
Fosse retirada
Toda surpresa
Encanto segredo
De que reside
Como seria
Se tem lugar
No coração
Que ama
Enxerga
Longe
Têm também
A poesia leveza
Essência
É como consigo
Te encontrar
Melhor toda vez

Daqueles tempos

Descascando a parede
Quadro esquecido
Na poeira do tempo
Foto amarelada
Até o sentido
Mudam as palavras
Quando de verdade
Sinto saudade
Daqueles tempos

Fruta

De muitas cores
Tamanhos formatos
Alguns bem estranhos
Que não ouso
Ir além
Da imaginação
E sabores
De tirar
O chapéu
De seu pé
Eu devoro
Tua fruta

Aventura

Estou sem desculpa
Perdido no acampamento
Sentimento despido
Louco seria
Um momento
Debaixo de algum
Algum lugar
Desconhecido
É a poesia
Sendo aventura

Tirar você do sofá

Estive distante
No receio creio
Recheio vazio
De sentimentos
Criando ilusões
O confortável
Que só tem
O dom
De não tirar você
Do sofá

Vitrine doida

Como faço
pra roubar
um pouco
de você
pra mim
sem tirar
pedaço
vitrine
doida
que bagunça
sem parar
o coração

Olhar fugitivo

O resto dessa vida
Com você
O sol estava lento
Dentro das nuvens
E esperando acontecer
O que não vem
Seu eu não me atirar
Pra você soltar
Olhar fugitivo

Flores de primavera

Estou mais livre
Me sinto assim
Quando estou
Com você
Inúmeros
Arranca rabos
Claro que não
Concordamos
Sempre
Isso nos faz
Faíscas
No coração
Deixamos
As diferenças
Serem namoros
Sinceros sem manual
O amor une
Flores de primavera

22 de set. de 2018

Feira

Um vai e vem danado
Gritaria nas barracas
Desde frutas a verduras
E nas pontas e esquinas
Pastel com caldo de cana
Que ninguém é de ferro
Sou capaz de imaginar
Que o preço abaixa
No final na xepa
Teu nome é uma feira
Na poesia

Poesia

A poesia
Me faz
Lembrar
De casa
Conhece
A sensação
Do junto
Sol e lua
Eclipse
Somos
A diferença
Com a poesia

Ser com amor

Aguente
As vezes
Aperta
Muito
De tirar
O fôlego
O sossego
Só posso
Te dar
Um pouco
De poesia
Pra que espalhe
O que ainda dar
Dar tempo
De ser
Com amor

Lenda com você

Sinto que sou metade
Pedaço de algum lugar
Cabana perdida
No bosque
Entre as árvores
Galho caído
Sem folhas
Bom pra se fazer
Uma fogueira
Uma lenda
Com você

Águia

Quem foi
Que disse
Que podia
Ficar parado
No tempo
Como turista
Sem atração
Palhaço
Sem circo
Picadeiro armado
Esperando a lona
Cair
Impaciente
Platéia
Quer te voar
No olhar
Da águia

Paralelas

Tenho gosto
De saudade
Nos olhos
Não desvio
O sentimento
Colhido em verso
Em sorrisos
E lágrimas
Que temperam
Insaciável
Inspiração
Vidas paralelas

Asas

Pra te libertar
Da dor
Sigo teu passo
Grão de areia
Deserto
Quero
Encontrar
Quando vejo
Fico sério
Como bate
De verdade
O coração
Asas

Tem nome

Tem nome
O coração
Saboreia
Sereia
Leia
Tem
Manual
Pescando
A ideia
Que foge
Escapole
Pólen
Tem nome

Ponguinho despedida

Pude caminhar
Pelas areias
Com você
Me marcou muito
Muito amor
De te ver livre
Com a natureza
De olhar curioso
Correndo perto
Perto das águas
Mordeu o que pode
Pela vida
Conversa doida
Como latia
Nas madrugadas
Voou dessa vida
Foi embora
Virou estrela

Olhar bobo

Uma energia
Que percorre
Pela cabeça
Até os pés
Encontra
Na ponta
Dos dedos
Como uma faísca
Acendendo
Um sorriso
No olhar
Bobo

O velho e o mar

Na madrugada
Conheço o silêncio
Olhar manso
Estrela do mar
Saudade sonho
Sentimento
Que me levam
Pra um lugar
Longe no tempo
O velho e o mar

21 de set. de 2018

Tesão

De todas as qualidades
O ser humano não herdou
Deu a volta ao mundo
Mergulhou nas profundezas
Foi até a lua
Descobriu que aqui embaixo
De longe é tão azul
Nem assim achou
O tesão de viver

Olhar quântico

Nada parece sobrar
Ou ser de graça
Equilíbrio natural
Nunca percebi
É como se o caos
Fosse a ordem
Natural das coisas
Onde foi que perdi
O beijo na vida
Olhar quântico

Sonho

Foi tão real
Que perdi o sono
Não queria sair
Do sonho
Como faço
Pra voltar
De onde
Parei
Poesia
Me ajude
Dessa vez

Simples

As palavras criam
Essas proporções
Nuance propriedade
De levar muito
A inspiração
Cheiro no olhar
Ouvindo pássaros
Vestindo poesia
Não quero te pendurar
No varal
É tão simples

Cruzando as pernas

Sentado cruzando as pernas
Dando um ar que o mundo
É todo meu sempre
Só comer sobremesa
Fugir das filas
E voar em cada pensamento
Que a poesia ousar
Pousar repousar
No coração

Poesia solar

O que você quer
Que não espera
Nenhum lugar
Nem tempo
Seduz muito
Saber que vem
Durante o dia
Teu calor na pele
Te sinto
Mesmo mesmo
Nas nuvens
Poesia solar

Pergaminho

Quero atravessar
Ver por dentro
No centro sendo
Muitos lugares
Sentar na beira
Do sentimento
Como um pergaminho
Desenrolando a vida

Tempo de se amar

Todos temos
Um momento
Que pede
Pra fique
Quieto
Escutando
O que vem
Na voz do vento
Tempo de se amar

Dividir

Dividir é um desafio
Pra alguns seres
Seria como perder
Um pedaço de dentro
Ficar oco de uma ânsia
De encher a ilusão
Esquecendo a rosa
Escolhendo os espinhos

Vai na trilha

Vai na trilha
Descobre o jeito
Peito aberto
Sai do cais
Do teu grito
Não silencie
Use essa força
Amor próprio
Cante pra que o vento
Aproveite teu amor

Lágrimas soltas

Quando abrir o jornal
Não li nada sobre você
Vi que o tempo passou
Sem estrelas pra ofuscar
A ilusão que tinha do brilho
Que eu tinha e tenho
Sem prestar atenção
Que sou tão importante
E o quanto você
Me faz sorrir
Tá valendo a pena
Lagrimas existem
Pra serem soltas

Preguiça de amar

Não faz mal não
Perder a cabeça
Rachar a parede
O que não pode
Nem deve
É fingir
Que tudo
Está no lugar
Se voce só tem
Preguiça de amar
Você mesmo

Sede de você

Não tive receio
Abri a boca
Colhi até o medo
Dedo meti
Na colmeia
De abelhas corri
Quem ficou
Tirou o mel
Adoçou dando
Sede de você

20 de set. de 2018

Torto

Namoro muito
Não perco o laço
Descalço agradeço
Pisar na terra
Sentir o equilibro
Que me faz
Muita falta
Torto de saudade
De você

Fonte

Não se trata
De beber
Na fonte
Saciar
A sede
Ver que
Mesmo assim
A vida continua
E estamos sempre
Numa viagem
Onde as paisagens
Só mudam
Quando mudamos
Com amor

Pequeno

Eu fui pequeno
Quando perdi
O brinquedo
Descobri
Que não era
Ter algo
Pra ser feliz
O tamanho
Está dentro

Sem sol

Depois do café
Encarar o dia
Saber que vem
Sem nada perder
Animar o destino
A estrada é uma nuvem
Que muda de lugar
Fique de olho
A tristeza está
A espreita
Brilhe mesmo
Sem sol

Amanhecer com poesia

É bom ver
Tua luz
Se abrindo
Na cortina
Dos olhos
Um nublado
Nevoeiro
Espreguiçando
Um agradecer
Na vida
Que não tem valor
Amanhecer com poesia

19 de set. de 2018

Olhar comprido

Olhar comprido
Querendo pedir
Colo sempre
Cresce com a saudade
Esperando abrir a porta
Como não sei falar
As lambidas fazem sentido
Pra pular em você

Cigana estrela

De todos olhares
Restou o seu
No meio do salão
Última dança
Da noite
Sem nuvens
Lua cheia
Seus olhos
Eram como luzes
Que faziam
Qualquer coração
Pular num beijo
Que não veio
De todos olhares
Restou o seu
Cigana estrela

Xadrez do amor

É um jogo danado de bom
Tem bispo cavalo peão dama
E pra se vencer tem que ser
Hábil com cada movimento
Sendo o cara da coroa
Que se perder o trono
Não conquista o amor
Amor da sua vida

Insônia

Tô com saudade
De você
Que parou
De escrever
Poesia
Conheceu a ilusão
Anestesiou
A dor
Com o remédio
Do prazer
Que fim levou
teus rascunhos
Escondidos
Debaixo da cama
Nas longas noites
De insônia

Pimenta do reino

Me sinto sem saída
Pimenta do reino
Gosto apurado
Humor diverso
A lua tem inveja
De suas fases
De um olhar
Profundo
Que me diz
Sorriso
Que desmancha
Como um vestido
Não tenho
Teu fôlego

Autista

Faz tanto tempo
Que não lembro mais
Do cheiro de mato
De quando a chuva cai
Cheiro de terra
Grilos e cigarras
Do vento antes
Que anuncia
As nuvens
Com relâmpagos
E trovões
Numa sinfonia
De arrepiar
De quem tinha
Muito medo
De sair
De dentro
Pra fora
Autista

Uns aos outros

Te ponho num vaso
Espero você murchar
Esquecer o símbolo
Que penso que é amor
Do porque te arranquei
Do jardim da casa
Onde era seu lar
Ainda me prendo
No ter e posse
Me confundo
Com o brinquedo
Que se chama poder
O que machuca
Não é a poesia
É esquecermos
O quanto somos
Importante
Uns aos outros

Atalho

De viver atalhos
Criei a dor
Quis a paixão
Precisei crescer
Pra sair
Do que fui
E mudar
Não dói
O que dói
É deixar
De ser teimoso
Com a vida
Escolhendo
O amor

Anjo da guarda

Quando acordo com saudade
Sei que veio me visitar
Ficar mais junto
Unir o coração
Quero que saiba
Que eu existo
Estou presente
Não sou um sonho
Sempre estive
Ao teu lado
Dentro de você
Protegendo
Teu coração
Anjo da guarda

Amizade e poesia

Ei não me perca de vista
Estou com você poesia
Amizade sentimentos
Que se unem
Criando um caminho
Que atrai muito
Muito em cada um
De vocês
Amizade e poesia

Desastre

Me sinto um desastre
Quando te vejo chorando
Pisando em espinhos
No prazer da teimosia
Deixa eu cuidar
Um pouco desse sol
Que insiste em amanhecer
Sendo poesia

Pedra e flor

Nem as pedras impedem
O nascer da flor
Desejo de mudar
Andar por outras terras
Conhecer mais
Do que o coração
Tanto fala e esquecemos
De dar devida importância
Que seja em cada momento
Nem queira a pedra sempre
Experimente a flor

18 de set. de 2018

Multidão

As noites são mais claras
Quando a lua escondida
Nos faz arder em sentimentos
Que se afloram
Vindo de nossos ancestrais
Antepassados tribo amor
Numa multidão
Não existe milagre
O universo sorri
O que é junto
Sempre dar
Um jeito
De se encontrar

Papo tranquilo

Eu só queria
Um papo tranquilo
Antes da loucura
Começar
Deve ser difícil
Está do outro
Lado
Sem grade
Nem jaula
E preso
Dentro

Segunda pele

Segunda pele
Nem o sol viu
Descanso no coqueiro
Até a maré invadir
Segunda pele
Dando um ar de espelho
Sei que passou
Longe diz o tempo
Segunda pele
Quem deixou
Mudança de nuvens
Bloqueiam os sentimentos
Sentado no banco da praça
Segunda pele

Cigano poeta

Diga que tem namorado
Preciso da desilusão
Pra desamarrar o tênis
Fazer valer o calo
Amor calado
Sentir os pés no chão
Tirar o jeans
Tomar banho
Eu sonho
Partir outra vez
Cigano poeta

Vitrine

Tenho na vitrine
Tua fantasia
Com perfume
E cor
A capa distrai
O que o livro
Guarda bem
Como um profundo
Esperado tesouro
Leio página por página
O símbolo do que somos
E fazemos um ao outro
Louco é quem destrói
Um lindo amor

Apaixonado

Tento te descrever
Estou apaixonado
No teu olhar
Como chamar
Quem tem sede
E fome de poesia
Deixa o sentir
Morar beliscar
Tornar de verdade
Buscar agir
Quem sabe alcançar
Acordar o coração

Guarujá

Não sei dizer
Adoro teu jeito
Gesto de ser
De se jogar
Cair nas pedras
Se levantar
De cada abismo
E de novo ousar
Amar
Guarujá

Assobio

Pra onde
Que você
Me leva
Beijo
Manhãs
Estou
Em todo
Lugar
Cheguei
Eu sei
Nunca antes
Soube
Amar
Assobio
Na música
Que ouvia
Sentia
É pra você
Também lembrar
De mim

17 de set. de 2018

Mãe

É de tua luz
Que respiro
Tiro o ar
Pra que encha
O coração
E possa soltar
Tua voz
Equilíbrio
Eu tenho
Você
Dentro de mim
Mãe

Meu colo

Nada pode conter
O desabafo o espaço
A trilha que desenha
Encena o palco
No abrir das cortinas
Platéia diversa
Incendeia
Só pedindo
Aqueça não esqueça
Seja meu colo
Caminhe comigo

Centauro

Seguindo teus passos
Enlouqueço entorpeço
Os sentidos voam
Sem chance nenhuma
De o coração não pular
Um perfume que pode
O silêncio curar
Qualquer solidão
Centauro

Saudade doida

Olhei tanto
Que fiquei
Vesgo
Sorriso
Aberto
Um bobo
Sem corte
Trono coroa
Reino das mãos
Que tocam
No fundo do coração
Tua poesia
Ainda arranca
Muitas lágrimas
Saudade doida

Tua foz

Se houvesse uma chance
Lhe diria até que seria
Um milagre encontrar
O mar o rio a solidão
O quanto sinto
Tua falta
Encontro das águas
Igarapés
Tua foz

Não sei voltar

Não sei voltar
O que se partiu
No pires da xícara
Ficou um gosto
Amargo deixou
Doce era
Teu olhar
Na imensa saudade
Um temporal caiu
Até hoje não secou
Lembranças de você
No violão apaixonado

Mensagem

Onde escrevo descrevo
Seja mensagem o caminho
Carinho no papel
Tela de luz
Onde os dedos
Deslizam
Nos olhares
Quem ousa no sonho
Persiste e realiza
Mesmo tudo em volta
Estranhando do que
Tanto sorrir o poeta

Flor do amor

Por um suplício
Veio o grito
Virou um gemido
Sentido
E para encontrar
O silêncio
Namorar o infinito
Foi preciso
Enfrentar
O medo
Sem receio
A flor do amor

Casca de banana

Já estive perto
De perder
O melhor de mim
Como não escorregar
Na casca de banana
Ou seria sem espinho
Não existiriam
As rosas
Acredito que o valor
Está nas coisas
Que fazem você
Crescer aprender

Alma do poeta

De muitas emoções
Escolhi uma
Que não se afoga
Quando o mar vem
Com ondas imensas
Amo cada poesia
Que nasce
Jorrando nos versos
A alma do poeta

Quero mudar

Desde quando reconheço
Que tenho apanhado
Da ignorância ilusão
Espelho da alma
Tirar a máscara
É algo de quem
Tem muita vontade
Coragem de dizer
Quero mudar

Fraldas

De poucas palavras
A criança balbucia
Gestos quase mimicos
Minuciando o prazer
De tantas descobertas
E olhar e ver esse ser
Crescer aprender
Com amor
O que a vida
Nos proporciona
Diversas vezes
Fraldas pra que te quero

16 de set. de 2018

Respiro você

Não sei o que te dizer
Além do longo abraço
De saber que a vida
Uma ponte entre
Vários outros
Mundos e sentimentos
Onde as palavras são
Um pouco menos
Do que pensamos
A poesia tenta salvar
Um pouco do coração
Que não se apaga
Respiro você

Intuição

O que a intuição
Insinua
Deixa nua
A toalha cai
Perdi a maçã
Olho pra lua
Descalço de nuvens
Vem a noite
Tenho a impressão
Que eu sei
Quem é você

Místico

Tem um jeito solitário
De dizer o que ama
Atravessa a coluna
Do coração
Desejando a curva
Tem um olhar
Na mão
Tatuagem de borboleta
E um infinita poesia
Que não se cansa
De afirmar na intuição
Estou com você poeta
Místico

Seja tudo que sente

Me passou
Longe
O pensamento
Seja
Tudo
Que sente
É difícil
Não sorrir
Pra você

Assuntei

O antigo sentido despido
Flor amor cor decorei
Sei que amei deixei
Larguei a saudade
No canto com espanto
Assustei a esperança
O menino fez do destino
Cada lugar uma poesia
Assuntei

Admiro você

Só existe
Um propósito
Sólido
Feito parede
Refletida
No brilho
Que faz
O suor
Na testa
Disfarço
Pra que ninguém
Saiba
O quanto
Admiro você
As vezes penso
Que ficou
Tarde pra mim

Silêncio solidão

Não fui
Tão longe
Assim
Encontrei
A águia
Olhando
A borboleta
No espelho
Das aguas
O vento
Uniu
O que nunca
Foi embora
Todo laço
Pedaço
Encaixo
Quando
Peço
Silêncio
Solidão

15 de set. de 2018

Capítulo

Eu vim te ver
Pra repousar
No teu sorriso
Se preciso for
Não deixar
As lágrimas
Serem
Eu não sou
Só estou
Pedindo
Fique mais
Do que lembrou
Um pouco
Capítulo
Outro

Vazio

Uma selva de pessoas
Cercado de rostos
Olhares distraídos
Sem caminhar
Deixando exposto
A fantasia destila
Fermenta a bebida
Uma adega sincera
Será que tem
Como não ver
O que está
Vazio

Lento

Sinto que o lento
Me atrai
Irrita o agitado
Balança firme
Barco que não vira
Navega faz
Um passeio em cheio
Quando bate assim
Não existe solidão

Descobri você

Como ver o mundo
De dentro pra fora
Perceber a morada
Dos bichos soltos
Natureza mãe
Me diz em silêncio
Na leveza das mãos
Como foi
Que só agora
Descobri você

Cio

Desse lugar
Que estou
Posso te ver
Sentir na pele
Dando um ar
De saudade
Que não demora
Quando vem
O suor dizendo
Não deixe
O tempo passar
Cio

Sorrir com amor

O que lhe incomoda
Não precisa vir junto
Se o prato está cheio
Reserve um pouco
Pra outros
Ou outros momentos
Olhe pra o peso que faz
Quando fica triste
O seu melhor ninguém
Ninguém pode esconder
Aprendendo a sorrir
Com amor

Tesouro

No que guardo tanto
O tesouro
Que é de todos
Saiba que dar
A primeira vez
Pra sejam muitas
O amor nasce
Quando livre
O sentimento

Espalhe

De tanto provocar
É que veio a mudança
Tudo se predispos
A seguir o ritmo
Criado por um rio
Fluxo de muitas vidas
Pra de novo e de novo
Saber que respira
E só vim pra tão perto
O que nunca foi longe
Ficar no teu coração
Aprender com você
Com tanto amor
E poesia
Flores de poesia
Espalhe espalhe espalhe

Cadê o descanso

Cadê o descanso
Não vi
Então fui
Pensando
Que o corpo
Ia segurar
Todos desafios
Anseios
Descobri
Que de verdade
Mudei
E só assim
Soube ser
O que tanto
Balança
O sentimento
Largado
Pedindo você
Poesia

14 de set. de 2018

Sensatez

Pra percorrer
Tua pele
Sentir o arrepio
Tem mais sabor
Cor nos olhos
Um brilho
Sem deixar
A sensatez

Em suas saias

De um lado
Ao outro
Direção doida
Espremia o momento
E só faltava mesmo
Bater um vento
Perdido
Em suas saias

Poesia sou

Preciso colocar
De volta no coração
Ímpar cigano lugar
Como não desejar
A fogueira acesa
Esticando a saudade
No que for amor
O encanto magia
Encontro a palavra
Que me faz sorrir
E amar cada vez mais
Poesia sou

Primeiro beijo

Estive olhando o mar
Reparei em suas ondas
Mansas e bravas
De muitos humores
Conheci o mistério
De cada mergulho
Aventura inesquecível
Primeiro beijo

Pedaço de gente

Não tem
Tanto tempo
Assim
Que nenhum
Olhar podia
Admirar
É que não sabia
Escolher a vez
Pedaço de gente

Diferença

Acreditei no igual
Sem querer mudar
Aprendi na marra
O que faz a diferença
Diferença dos sentidos
O que distorce o espelho
Que criei
Acordar doi
Quando não se quer
Acordar
Viver
A vida

Semente poesia

Se por um instante pudesse
Daria sentido ao milagre
De ser poesia em todos
Todos lugares
Que habitasse
Na mais profunda
Escuridão
Que tirasse
Do abismo
Os que se perderam
Muito na ilusão
Na ignorância
E de cada sorriso
Que brotasse
Dessa flor
Que se espalhe
A semente
De que todos
Somos feitos

13 de set. de 2018

Tua luz

Em tua luz
Adormeço
Não esqueço
Que de um sonho
Nasceu o verso
Que seduz
Longe foi
O tempo
Que muito
Nos uniu
Nessa vida
E outras

Confiante

Fiquei a deriva
Sem margens
Nem ter onde
Se segurar
E mais a frente
Pressentia
Uma cachoeira
Um rio
De sentimentos
Só me restou
Ser confiante

Em você

Pra que
Houvesse
Tao calmo
Livre vai
Com o vento
Faz pousar
A folha
Não é a toa
Esse amor
Todo em você

Bem-te-vi

Se te olhei
De lado
É que fiquei
Com ciúme
Do bem-te-vi
Namorando
O amanhecer
Bem antes
Que pudesse
Abrir os olhos
Nos olhos
Da poesia

Lar

Saindo do armário
Segura a peruca
Roupa nua
Descabelo
O pensamento
Fervendo
Feito criança
Mudando de lugar
O que já sei
Doce lar

Aleijadinho

Tenho muitas
Muitas imperfeições
Delas tiro o proveito
Abuso como numa escultura
Lapidando forjando
Dando um olhar
Quem sabe seja
Um pintor de palavras
Pedindo mais cor
E sentimento com luz
Na poesia
Aleijadinho

Flor

Não tinha percebido
Que gostava muito
De mim
Uma flor perdida
No meio do jardim
Sem prestar atenção
Entendi que dava
Luz as que estavam
Na sombra do sol
E quando menos
Eu esperava
O sorriso
Abria o coração
A poesia pousava

Um

Aquela coisa
Solitária
Pura insistência
De te amar
Se fosse o sol
Te esconderia
Em nuvens
Pra te guardar
Só pra mim
É um sufoco
O silêncio
Que nos torna
Um

Poesia livre

Uma poesia livre
Sendo onde houver
Inspiração lugar
De se habitar
Abrir paredes
Conhecer o terraço
Namorar janelas
E atravessar portas
De muitos corações
E sentimentos
Eu preciso de você
Que tem cheiro de vida
Uma poesia livre

Junto

Quando saio
Da conversa
Atravesso
A saudade
Querendo
Voltar
Quem sabe
Ter um pouco
Mais desse olhar
Que não se cansa
De querer
Está junto

12 de set. de 2018

Engolindo

Você me surpreende
Muito e gosto
Desse sentimento
Sofrido torcido
Espremido pelo tempo
Lambido sem pena
Engolindo você

Morango

Não esqueci o morango
Entre os lábios macios
Descia o creme de leite
Eu já sabia
Que nem criança
Comeu correndo
Sem mastigar
Dando água na boca

Dedos

Se não digo nada
Me escapam
Entre os dedos
O desejo suor
Se misturam
Como correr
Onde se esconde

Em boas mãos

Com você estou
Em boas mãos
Posso voar
Voltar ao ninho
Escolher o vento
Flutuar com a vida
Aprender com sorrisos
E lágrimas quando cair
Como uma música
Que nunca para de tocar
Com você estou em boas mãos

Cheio de solidão

Estou confuso
Como posso
Saber que o lugar
Não existe mais
Só na memória
E vou esquecendo
Que o sentimento
É presente no coração
Eu me sinto
Muito sozinho
Cheio de solidão

Piscou

Tudo bem
Que me deu
Um sinal forte
Piscou no olhar
Ouvindo tão bem
A música dizer
Se você se calar
Não irei me aproximar
Do abraço que sinto
Com você

Sonho diferente

Tive um sonho diferente
Que tinha um pé dos desejos
Em cada fruta arrancada
Realizava meus pensamentos
Só tinha uma condição simples
Torcia pra não acordar
Pra não perder a felicidade
Que era saborear

Onde está você

Não tenho
Como trazer
De volta
Nem acelerar
A chuva
Pra que venha
O sol
Só posso namorar
As nuvens
E desenhar
Os pensamentos
Que fazem
No meu olhar
Distraído
Onde está você

Amar sem pressa

Descobri que correr
É estar fugindo
Se posso permitir
Que o devagar
Me leve a lugares
De sentimentos
Mais intensos
Profundos
De tirar
O fôlego
De tirar
O chapéu
Quem consegue
Pousar na paciência
De amar sem pressa
Descobriu o segredo

11 de set. de 2018

Um dom de Deus

Que da poesia venha
A delicadeza gentileza
Beleza destreza
De aprender
Com a diferença
Diferença dos sentidos
Sentimentos infinitos
Acredito que seja
Um dom de Deus
Olhar assim

Muito você

Aproveito e deixo
Passo o rodo
Não enxugo
Pertubo
Não mudo
De assunto
É muito você
Um presente
Te ver sorrir
Pra mim

Leão no coração

É bom esse sorriso
Que não disfarça
Dança muito
Toca o calor
Evaporo devoro
Nuvem danada
Quer esconder
Não consegue
Você tem
Um leão
No coração

Meia luz

A meia luz
Penumbra
Luz lúcida
Sem parâmetro
De onde ficar
Pra que gps
Se só quero
Muito
Me perder
Em você
A meia luz

Ciúme doido

Fiquei rouco
Percebi o sono
Que dar
Esmurrar
A ilusão
Ciúme doido
De ter tudo
E nada ser
Tinha uma
Cobra
Na árvore
Faltou
A maçã

Outros tempos

De que lado ficou
A lembrança doce
Da praça balanço
Escorrega gangorra
Dentro de uma tela
Sem cheiro de vida
Suor sede
De beber água
Da bica saudade
Que não mata
Outros tempos

Que pede o vento

Se não tivesse
Visto antes
Como acreditar
Que de um cristal
Nasce a luz
Simples
De coração
Tem a poesia
Do olhar
Que pede
O vento

Mãos no vento

Do pouco que sou
Tento te dar
O que respiro
Misturo
Arranco
Raízes
Só quero
Que saiba
Não saia
Não fuja
Tanto
Tanto de você
Você é um vento
Que amo conversar
Mãos no vento

Tempo é amigo

O tempo é amigo
De quem aproveita
Além da oportunidade
Não tem essa
De pressa ou lento
Na luz do pensamento
O tempo é amigo

Minha música minha pele

Vamos tocar
Tirar a música
Pedir ao infinito
O que acontece
Toda vez
Que encontro
A música tem o dom
De arrepiar
Minha pele
Minha música
Minha pele

Sopro

A vida é um sopro
Onde as páginas
Viram na velocidade
Necessária sempre
Mexendo em tudo
Sem deixar de fora
Nada esquecido
Eu sou quem ler
Você agora

10 de set. de 2018

A lua e a águia

A lua mergulha
E descubro
Que afinal
De contas
Tenho medo
Da estrela
Sozinha
Não saiba
Do amor
Que tanto
Tem nas asas
Da águia

Chocolate

É como se devorasse
O chocolate
Que ninguém ver
Quando cai a noite
Te vejo acender
Um olhar
Que se apaixona
Na escuridão
Levo você
Coração cheio
De amor

Borboleta

O que vem
Nascendo
Tem vez
E sede
De aprender
Cresce na lua
Quando cheia
Brilha quando
O sol vem
Guardando
As estrelas
Esperando
Você borboleta

Olhar vermelho

Nada mais tira
Meu sono
Cabeça fria
Se existe
Eu troco
Por um silêncio
Que caiba
Dentro de mim
Olhar vermelho

Encontros

Nossos encontros
São como eclipses
De tão raros
Horários diversos
Disperso olhar
Não sabe
Quando será
A próxima vez

Maresia

No que se desprende
A maresia leva
Te deixa leve
Outro lugar
Maré solta
Aparece no coração
Um caminho novo
Sem mais segurar
Tantas pedras

Manso

De um jeito
Manso
Revelo
Elo
Em torno
Esconde
Nos cabelos
Cachos
Rodeio
Teus dedos
Como um anel
Quer ficar
Tão junto
Muito
Pra se desvendar

Madrugada azul

Madrugada azul
Crie teu destino
Descanse sim
Adormeça
Em estrelas
Seja Lembre
De que de lá
Veio você

9 de set. de 2018

Amor in natura

De muitas impurezas
Vem o aprender
Sincero olhar
Que se desprende
Quando o rio
Encontra o mar
Desse namoro
Nasce
O que se chama
Amor in natura

Xamã

Tenho
Que tomar
Cuidado
Não estou aqui
E nem lá
Sou presença
Estrela natural
Que vem
Do coração
Altar
Que celebra
A vida
Me chame
Sempre
Que precisar
Xamã

Em casa

Muitas vezes
Só um obrigado
E te ouvir
Sem pressa
Me traz paz
Um sossego
Que ninguém
Diz
Como não
Se sentir
Em casa

Biscoito

Não estou brincando
Te amar é um trabalho
Árduo digno dos deuses
Um manjar de tirar
O fôlego de qualquer um
Talvez seja o tempero
Acho que perdi a mão
Na próxima vez prometo
Só biscoito de água e sal

Porto

No que partiu
O sentido se vestiu
Inaugurou quebrando
No casco do navio
Se partiu a poesia
Saindo do porto

No silêncio das manhãs

Nada do que te disse
Ou viu é em respeito
A sua pessoa
Quando a conexão
Não precisa de trilhos
O que faz sentido
Pra mim vira poesia
Fantasia caminho
Metáfora medida
No silêncio
Das manhãs

Voou

Fiquei sabendo
Que teu desejo
Voou
Subiu escadas
Conheceu a magia
Mania de amar
Deixou porta
Janela aberta
Certa de voce
Chegar
Ninguém viu
Onde foi parar
Essa poesia

Ame

Nada disfarça o medo
O medo que a tristeza
Tem do amor
Que se alimenta
De ciúmes intrigas
Conflitos confusões
Se vestindo de ilusões
O amor só olha
Namora perdoa
A natureza
Do medo de crescer
Crescer aprender
É a única lição
Essência que a vida
Doa em abundância
Não se sinta perdido
O coração sabe
Como te achar
Ame

8 de set. de 2018

Feliz

No que me distraio
Te encontro feliz
Feliz da vida
Não pule tanto
Ando sem jeito
De te dizer
Eu assim
Com você

Beijo

Vem pra mim
Pra que possa
Brincar
Instigar
O beijo
Tem jeito
Que ninguém
Acredita
Quando foge
Dos lábios

Tempo

O lugar pede
O brinde
Celebre
Seja
Certeza
O tempo
Anda
Pra frente
Sem passado
Namorando
O futuro

Zíper

Quando arreganho
Muito tudo
Arrebento o zíper
Falta espaço
Pra a tortura
Que aperta
Sem aliviar
O desejo

Submarino

O que torna melhor
Não precisa
De palavras
Nem atitude
Nada que venha
Da superfície
Submarino

Lição do amor

De onde vem
Essa paz
Que habita
Meu coração
Como me perco
Tanto em ilusão
Deve ser
A lição do amor
Entre o ter e ser
Vivo me perdendo

Gostoso

Tenho tua cor
Guardado em mim
Desejo bom
Pra despertar
Um calor
Que agita
Me faz admirar
Um jeito mais
Gostoso de ver
A vida

Briguei

Não fiquei quieto
Saudade em cheio
Solidão tomou
Briguei feio
Arranquei
De volta
Libertando
O coração
Pra que dessa vez
Soubesse
Se preciso for
Nem o mar
Irá nos separar
Como antes

Silêncio

Não precisei
Pedir muito
Você veio
Num mistério
De me calar
Sempre o olhar
Tua voz
É uma música
Difícil
De se ficar
Em silêncio

Agulha

De cada sonho
Fui tecendo
As estrelas
Na ponta
De uma agulha
Esperar com alegria
A fonte que sorria
Te pedindo
Pra saciar
A sede

Teimosia

Já fui capaz
De escolher
Abismos
Por pura
Teimosia
Absurdo
Olhar
De queimar
A língua
Até a pele
No sol
Aprendendo
Com dor

Poeta azul

A poesia tem o dom
De me tirar do lugar
Atravessar mundos
Invadir a fantasia
De cada canto
Um encanto
De tantas escolhas
Namorar a dúvida
Até me perder
Na beleza
Do mergulho
De amar
A essência
Excelência
Dos sentimentos
Poeta azul

Desespero

Nunca entendo
O desespero
Do furacão
Torcendo
O vento
Arrastando
Momentos
Apressados
Se existe resposta
Como desaparece
Assim do nada
Tenho saudade
De ver a natureza
Sendo

Em claro

Só perco a graça
Quando caio
No sono
Nem vejo
A festa
Que foi
De quem
Passou
A noite
Em claro

7 de set. de 2018

Boca

Pés inquietos
Parecem abraçar
Querer voar
Pelo chão
Pular num beijo
Que navegando
Sente os lábios
Olhando
Tua boca

Simples

De tão simples
Que não saio
Paraliso
E num arrepio
Tem mais
De você
Me calo muito
Pra te ouvir
Melhor

Forno

Fiquei apaixonado
Desejoso cheiro
De mato na trilha
Num vale que dava
Pra ver o mar
Praia escondida
É bonito de descer
Uma paisagem
Que faz bater
Forte o sentimento
Num forno

Flecha

Se eu fosse uma flecha
Pediria ao arco
Um acentuado carinho
Quando esticasse
Com vontade
E sentisse
Nas mãos
O alvo
O que tanto
Vem ao coração

Lua azul

Levanto o olhar
Te admiro muito
Saindo de lá
De trás
Na curva
Do horizonte
Tem um nome
Que não sai
Da cabeça
Entra em cena
Teu jeito
De amar
Lua azul

Cigarra

E quando vier
Seja como
Música
Caso esqueça
Me leve
Ao vento
Sereno
Pousando
Ainda ouço
A estação
Da cigarra
Em silêncio

Espelho doido

O que proporciona emociona
Como dona de todos lugares
Nem a poeira assenta o vento
Que arranca cada sentimento
Em muitas direções
Eu tenho a impressão
Que o reflexo me enganou
Espelho doido

Espírito do mar

Você não tem ideia
Do que passa
Aqui dentro
Maré alta
Quebrando
Forte
Ondas
Na praia
Estou
Eu sou
O que veio
Antes do mundo
Espírito do mar

Cada segundo

Sobrou pra mim
A única aventura
De respirar uma vida
Sem ensaio palco armado
Platéia diversa
Cores que mudam
Com o pulsar do coração
Nunca faltará poesia
Por mais que se esconda
A beleza de se amar
Cada segundo

Sentido

Queria ser
O tempo
Pra poder
Ser e acariciar
A coceira
Nas costas
Onde não consigo
Alcançar o motivo
De suas mãos
Serem suaves
Você faz sentido
Pra mim

6 de set. de 2018

Bailarina

De sua saia rodada
Tento esconder
A bailarina
De olhos pontiagudos
Sabem por nos pés
Como asas deslizam
Em sapatilhas
Um louco balé
Lago dos cisnes

Ponte

Quando perco o sono
Existe uma lenda
Que revela
Que estão
Pensando
Em você
Do outro lado
Do teu coração
Quase uma ponte
De muito amor

Sem você

Nada disso
Tem importância
Sem você
Distante
As flores
Ficam
Querendo
Perceber
Onde as pétalas
Caíram
Eu só digo
Volte logo
Pra mim

Terra de gigante

Não faz tanto
Tempo assim
Quando tinha
Fraldas soltas
E uma situação
Úmida e outras
O que via pela frente
Tinha sabor de chão
Até os dentes coçavam
Na agonia de morder
Ver crescer a vida
Terra de gigante

Incrível

De todos lugares
E em especial
Me dá muita
Muita fome
De te dizer
Que nada
Pode trazer
De volta
A saudade
Incrível
Que tenho
De você

Minha mente

Estou trancado
Me ajude
A sair
Do lugar
Que estou
Sem paredes
Nada pra impedir
Somente
A minha mente

De quem ama

Por favor
Leia
Mergulhe
No coração
Saboreia
A vida
Não tem pressa
Essa é a única
Poesia
Que existe
No amor
De quem
Ama

Declaração de amor

Desde já
Não prometa
Nada
Cometa
O absurdo
De não prender
Qualquer silêncio
De ficar boquiaberto
Sempre vai faltar algo
Numa declaração de amor

Na mente do poeta

Escrever
É um desafio
Constante
De um café
A um chocolate
Quente com a vida
Que celebra
Entre sempre
Vitorias e derrotas
Uma cirurgia delicada
De cada palavra
Que jorram sentimentos
Confusos bem sempre
Claros na mente do poeta

Prêmio

Senti um esforço
Que mudar
Incomodava
Muito
Como um calo
Que veio
Libertando
A dor
Foi quando
O prêmio
Despertou
Um alívio
Saber
Que está
Voltando
Pra casa

Semente

Existe o ponto de partida
Um lugar comum no olhar
Onde a memória marcou
Com jeito de coração
Que pulsa impulsiona
Te faz lembrar
Que muda com o tempo
Sendo nuvens
E novas ideias
Que ganham rumo
Quando acredita
Que viver
Tem tudo a ver
Com a semente

5 de set. de 2018

Sabor e cor

Desse mesmo olhar
Ficou um leve
Desejo pousando
Que não adormece
Entre o mar
E a lua se despede
Com a maré
Sabor e cor

Sofrimento

O que nos causa
Sofrimento
Vem da ignorância
Que se alimenta
Do medo
Que afasta
A vontade
De ver o sol
Se abrir
E olhar
As estrelas
Sabendo que a lua
Não dorme cedo

Travessia

Pra que você
Acorde lapidando
Descubra
Não cubra
O sentimento
Do amor
E seja
Um rio
E alcance
O mar
Travessia

4 de set. de 2018

Foi o vento

Não tem o pensamento
Preso a lugar nenhum
Tempestade de areia
Dunas ciganas
Oasis no coração
Na palma da mão
Ímpar
É teu caminho
Quem pediu
Foi o vento

Incógnita

Pra alguém
Sem ser você
Eu imaginando
Sutil olhar
Nuance descanso
Do teu colo ninho
Onde fica
O teu lugar
Incógnita

Fases da lua

Perdi as fases
Da lua
Fiquei torto
De saudade
Eclipse
Faria diferença
Reconheço muito
A falta que faz

Pessoas

As pessoas
São lugares
Inesquecíveis
Universos amplos
De fazer inveja
Ao infinito
Humores
E amores
Pra deixar
Boquiaberto
Não tem como
Silenciar o poeta

Chão de cera

Complicado sentimento
Dúvidas no ar
Beijo no abismo
Brilho louco
Dilacera encera
Chão de cera
Escorrega muito

Montanhas

Pra quem disse
Que o amor
Foi embora
Não conhece
A fundo
O coração
Que não cessa
Movendo
Montanhas
De sentimentos

Mexendo o coração

O que vou
Desprendendo
Solto no caminho
Não existe lixo
Desafio
É sempre
Te encontrar
Mexendo o coração

Numa ilha

Você me dilacera
De tantos desejos
Despejo solidão
Nas mãos livres
Estão suas marcas
Agitada vida
O que faz
Um poeta
Numa ilha

Arcos da Lapa

Você nunca quis
Desperdiçar
O sonho
Deixar
Pra trás
Quando o corpo
Veste outra pele
A voz fica rouca
Se faz canção
Amando
De coração
Arcos da Lapa

Prato

O que te faz
Pegada marca
Traço memória
Vendo a margem
Quem ficou
Deixou de ser
Pra ser
Mudou o nome
Perdi o gosto
Que tinha
Dentro
Pode servir
O prato
Aprendi
Com você

3 de set. de 2018

Mistério

Essa é pra você
Capaz de ser
Como a noite
Esperando
A lua nascer
Do teu mistério
Faz meu coração
Sorrir despir
O sentimento

Lado

Pra te buscar
Sem te ver
Sentir no olhar
Ouvindo tão bem
Num compasso
Que nada pede
De que lado
Bate dessa
Vez o coração

Luau

Pra onde que foi
O beijo desejo
Poesia no ar
Pra acender
A fogueira
Perto do mar
Saudade
Do luau

Pegasus

Pra que eu chegasse
A você
Muitas pontes
Delírios
E abismos
Descobertos
Na intuição
Esse cavalo tem
Tem asas
Pegasus

Poesia e cor

Sei
Que não estou
E permito
Que seja nuvem
Cada lugar amor
Pra que o sol
Nunca deixe
De brilhar
Poesia e cor

2 de set. de 2018

Correndo

Vivo correndo
O tempo todo
Pra não lembrar
Quem eu sou
Fico na trave
Evito o gol
Vivo correndo

Gente

Não é toda hora
Que encontro
Gente serena
Largada no olhar
Voz sorridente
Com asas
De alegria
Incontida
Que incomoda
Muito
O ambiente

Encontro poético

Quero morder
Arrancar
Um pedaço
Do teu vestido
Encarar o jeans
Preso na paciência
Querendo libertar
A flor do jardim
Encontro poético

Maçã

Deixando o mundo
Lá fora
Mergulhado
Nos livros
Tem de tudo
Menos como
Morder a maçã

Transição

Estou num momento
De transição
E teu olhar
Me diz órbita
Fique por lá
Aqui embaixo
É só pra os teimosos
Puro amor

Deserto

Acho que preciso
De muita ajuda
Consertar o coração
Talvez sobreviva
Se houver tempo
Atravessando
O deserto
Esperando
Tua poesia

Vento

Se tenho coragem
Não sei
Só que despencar
Sabendo a ponte
É uma loucura
A pipa só voa
Conhecendo
Que pode contar
Com o vento
Que só vem
Abrindo mão
Do coração

Colo

Só fico longe
Quando pede
Pra chorar
Sozinha
Atendo
Dando
Solidão
Isso não quer dizer
Que você saiu
Do meu colo

Origem das estrelas

Origem das estrelas
Vibração azul
Estou ao redor
Sendo o copo
Cheio e vazio
O que tem dentro
Que está tão fora
Tenho o cheiro
De bolo no forno
E quando esqueço
De amar
Me queimo
A toa

Não tem o mar

Quero suas unhas
Cravadas na pele
Esfolando os sentidos
Sacudir a coluna
Sair torto de desejo
De querer muito
Outra vezes
O prazer tem o dom
De me enganar
Dar a ilusão
Que mais gosto
Não tem o mar
Como posso nadar
Sem você

Cofrinho aparecendo

Calça frouxa
Quase caindo
Suspensório
Nem existe mais
Sem cinto
Olhares obscenos
Fronteiras absurdas
Passaporte perdido
Cofrinho aparecendo

Nuvens

Pode provocar
Soltar o berro
Na garganta
Lançar
O que busca
Correndo
As nuvens
Fazem
O desenho
Do que tanto
Olha
Sem poesia

Meus pensamentos

É importante
Que me diga
O que fazer
Implorar a dor
De não ser
Com paciência
Só sossego
Quando escolho
A cama que dar
Descanso
Aos meus pensamentos

Jeito de cada dia

Tenho a liberdade
De me perder
A todo momento
Sofrer chorar sorrir
De quem sempre
Caminha namorando
O que cada pé fala
Em silêncio
Quando sente o chão
Dar o tom
O jeito de cada dia

Ecos da vida

A montanha gritou
De volta
Ecos da vida
Me sinto tão pequeno
Diante teu olhar
De aventura nas nuvens
Frio na barriga
Quando te vejo chegar
Tímido

Sem letra

Eu sou apaixonado
Por teus olhos
Águas profundas
Me levam muito
A bagunçar tudo
Que parece
Sair do lugar
Teu jeito
Dar o ritmo
Da música
Sem letra

Velho sábio

Desde de já
Quero muito
Te convidar
A um longo
Abraço ser
Elo anel
União
Além da pele
Na pétala
Da prosa
Nasce
Todo um jeito
De descobrir
Novos caminhos
Um novo amor
Bem vivo
Quem diz
Quis dar
No coração
Velho sábio

1 de set. de 2018

Outrora

De que mesmo
A poesia viu
O tempo mudou
Capim subiu
Nem dar mais
Como saber
Quando o vento
Penteia o campo
Outrora

Anda comigo

No fundo
Dos meus olhos
Oceano
Plano
Somos
Maré desejo
Queijo e vinho
Anda comigo

Bonde

Pra onde você esconde
Bonde de muitos lugares
Espaço na montanha
Subir nas nuvens
De cabeça encaro
Caro amor

Desencontro

Ainda vejo
A flor
Sobre a mesa
Você não veio
Esperei muito
Até o dia
Amanhecer
Pra escrever
Espero que esteja
Tudo bem
Desencontro

Mundo Real

Onde tudo
Pode acontecer
Mundo real
Como não
Dançar
Espalhar
O que sinto
Por aí

Vestido

Não fique
Tão nua
Adoro
Teu vestido
Elegante
Sincero
Desfile
De cores
Insinuações
De pernas
Numa perfeita
Coreografia

Humor

Pra que despir a palavra
Quando o sentimento é nu
Nem sempre a pele
Tem a cor
Do humor
Da vida
Que passeia
Semeia
Amo o que você
Sempre planta
Em mim

Amor entre as estrelas

Amor entre as estrelas
Pra onde estou olhando
Não corra por tanto
Tanto tempo
Der ao tempo
O tempo
Namore
Não veja
Como pausa
O beijo
Que são

Tive momentos

Tive momentos
Dignos de muitos
Filmes e sentidos
Até a memória
De um pássaro
Me fez poeta
Quem diria
Que de um olhar
Inquieto das ondas
Ousei o amor
Tive momentos

Verdade

Precisei me afastar
Do que não era
Observar de longe
O que de perto
Parecia escondido
Perdido na paixão
O aprender cria
O merecer
Dando a liberdade
De que acredito
De verdade
Em você

Caminho

Gere o amor
Refletindo
Com a fonte
Tudo vem
Do que chama
Semente
Se ainda
Não te vejo
Preciso crescer
Pra sermos
O caminho