Se perco a paciência
Ganho um pneu furado
A casca de banana
Não tem culpa
Quando desisto
De cada sorriso
Deixa fluir
Se perco a paciência
Ganho um pneu furado
A casca de banana
Não tem culpa
Quando desisto
De cada sorriso
Deixa fluir
Poderia lhe dizer
Muitas coisas
Existe o que falta
Preencher o vazio
Que sempre escapa
E volta sem saudade
Siga em frente
Tudo muda
Se existe um lugar certo
Devo parar de ficar
Dando voltas na montanha
Escalar e aguentar a altura
Os que ficaram ainda precisam
Aprender que a montanha
É a ilusão que criamos
Sermão da montanha
Está uma tempestade
Aqui dentro
Sacudindo tudo
O coração grita
Pra desapertar
Tirar o nó
Vontade doida
De comer goiaba
Preparando o prato
Tantos temperos
Do sal ao doce
Com recheio ou seco
Molhado quase afogado
Assado e cru
Um ritual que arranca
Muitos aplausos
A poesia tem fome
Fiquei de olhar
Um tanto tímido
Dando colo
Feito criança
No balanço
Ainda sei correr
Comer depressa
Sem esquecer
Meu nome é sobremesa
Pra que a chuva soubesse
Fiquei olhando as nuvens
Vendo passar como um espelho
Que não fazia diferença
O brilho sempre voltava
Sentindo teu silêncio
Pra que lado
Que eu vou
Já não vejo
As pegadas apagadas
Lambidas no tempo
Pensando bem
Não existe lado
Existe eu esticando
Cada vez mais a vida
Domingo no olhar
Querendo acariciar
Sentir na pele
Quem sabe
Pedir ao vento
Que volte
Com força
Longe de mim
Quando o sono vem
Carrega o coração
Dando colo
Abraça o silêncio
Nada parece incomodar
Quando os olhos pedem
Um pouco paz
Quando o sono vem
Como não atravessar a noite
Encontrar a madrugada
E quase amanhecer
Sentir o teu mistério
Desvendar o coração
Quando acontece
O universo vira faísca
O que me atinge
Em cheio
Sinto falta
Os lábios tem
Sede sempre
Posso correr
Que não saio
Do lugar
Balança coração
Cadê a vontade
De sair do lugar
Alcançar o vento
Onde faz a curva
Quem é sóbrio
Perde a ilusão
Cadê a vontade
Será que tira pedaço
Estragado ou amadureceu
Passou do ponto
De tão doce
A boca cheia
Corri o que deu
A fruta caiu
A poesia é meu diário
Onde solto as pedras
Flores no jardim
Namoro as ondas
Fico descalço
Arregaço o coração
Sentimento doido
Que não pára
A poesia é meu diário
Prato parece cheio
A fome escondida
Um enjoo que não passa
A mesa farta
Um oásis
O que mudou
Acho que esqueci
Que nem tudo
É bom sem você
Se fosse simples
Admiro o complicado
Olhar no avesso
Espelho quebrado
Tesoura cega
Roendo a unha
Até encontrar
O que incomoda
Se fosse simples
Fiquei na superfície
Namorei o raso
De algum modo
Sei o que me fez
Mergulhar bem
O medo tomou conta
Como soltar
O que não tem dono
Olhar com sono
Tirando a preguiça
A tiracolo vem
Sede que desperta
Quero beber muito
O que te faz sorrir
Sempre um café
Todo gesto ecoa
Sobressai na brisa
Uma formiga despercebida
Desordenada pelo caos
Se existe um caminho
Onde vai parar
Quem sabe perdi
O olhar da bússola
Tive medo
Mergulhei no susto
Abri sem ver
Que não tinha
Nada a perder
Aprendendo com a solidão
Pensativo coração
Selvagem desejo
O que dar fome
Não tem lugar
Se fosse espelho
Daria um jeito
De namorar muito
Narciso
É o mar
É o peixe
Alegria de viver
Quando a ilha
Sai por aí
Não tem maré
O dia sabe
Que senão sorrir
Perde a noite
A poesia das estrelas
Não me faltaram
Despedidas desencontros
Atrasos diversos
Olhares perdidos
As ondas estão lá
Da poesia o amor
Inesquecível mar
Sabe quando
Sinto câimbras
Nos dedos
De tanto segurar
Olhar ardendo
E só paro
Já quase
Sem forças
Pra repousar
Lembra algo
Que deveria
Ser pequeno
Celular
Vou voltar pras luzes
Lá no céu
Talvez encontre
Em outro momento
O sonho que ficou
Virou pintura
Ninguém viu
O que somos de coração
A estrela e o beijo
Se o tempo leva
O vento traz
Um sentido único
De prosseguir
O palco aberto
Não se prende a platéia
Quem aplaude reconhece
Que o sorriso vem de longe
Como tá o tempo
Dentro de casa
No aconchego vem
As vezes um temporal
De repente um deserto
Um silêncio no corredor
Em cada canto um quadro
Lembranças esquecidas
Num desfile quieto
Como tá o tempo
Dentro de casa
Estive distraído
Percebendo teu olhar
Passei despercebido
Perdi o medo de errar
Cada curva tem um nome
Estou fugindo
Não querendo
Encarar o dia
Na ilusão o conforto
No sofá da vida
Perdendo o momento
De ganhar mudar
Crescer sem dor
Estou fugindo
Procurei muito
Fui a tantos lugares
Atravessei o horizonte
Descobri outras ilhas
Então olhei pra trás
As ondas apontavam
Tá na praia
Sentimento quieto
Esperando passar
A dor de cabeça
De tanto esquentar
O que era beco
Virou saída
Sentimento quieto
Que de um abraço
Venha a semente
O que une
E nunca devia
Separar
Quando nascemos
Esquecemos da árvore
O céu parece se rasgar
Rompendo as nuvens
Como um sinal aberto
Os olhos correm
Pra saber de que lado
Que vem outra vez
A folha que cai
Sem dizer onde
Num mundo de incertezas
O colibri voa entre as flores
Pólen da vida
Uma dança diferente
Não vejo suas asas
Só imagino
Como não cansa
Um passeio de amor
Olhando o sol
Quase fico cego
Como criança
Não entendo
Do que tanto sorrir
E faz dormir nas noites
Esse ser tão quente
Que faz brilhar a vida
Amigo sol
O que me resta de visão
A beira de ficar cego
Cego para o amor
Quem movimenta o universo
Um olhar sereno
Sabe quando e quanto
Vale a pena abraçar
Deixe a tristeza ir embora
É na fuga que me deparo
Com o amanhecer solitário
Espremo a vontade
Reconheço o início e o fim
A língua sem palavras
Estranhamento
Esqueci no silêncio
Eco perdido
Desejo veio
Pra despertar
Tirar o anseio
Na madrugada
Um mar de estrelas
Toque de recolher
Esconder a mão
O caminho de volta
Trocando a solidão
Perceber a chuva
Que nunca cai
Quando quero
Ninguém vive de querer
Dance comigo
Deixe o barco velejar
Descobrir o beijo
O que não faz sentido
É te ver perder
O melhor de você
Dance comigo
As vezes a vontade de chorar
É forte como o horizonte
Deixa rastros
Que nem o tempo apaga
Gostaria de dizer
O quanto foi bom
Te conhecer de novo
Chorinho na praça
Vamos combinar
Não deixe a emoção
Bagunçar dançar
Sem parar a música
Como se fosse um olhar
Num chão de palavras
Vem pra cá me ver
Sair do olhar
Pintar a janela
Se alguma cor faltar
Não deixe de lembrar
Eu sou um viajante
Talvez os calos sejam
A certeza de cada esforço
Do que passou
O valor tem o momento
O tempo esvazia
Ninguém enche a lembrança
Se o copo está vazio
A sede soube dar alegria
Sem pétalas
O que não se distingue
Se mistura liquidificador
Carne moída
De tantas dores
Só quero repousar
Quem disse que deixou
Quebrou o espelho
Não viu o tempo passar
A folha namora o vento
Sabe quando
Encontro oásis
Fico muito feliz
A sede não abusa
O sentimento vai
Muito com a poesia
O que está
Fora do ar
Perde a sintonia
Como encaixar
Parece torto
Quando tento
Arrumando o arco íris
Estou me sentindo
Uma ilha perdida
Em sentimentos
Que namoram
Tantos lugares
Que olhando bem
Adoro o teu jeito
Fogo de palha
Incendeia muito
Senão correr
Vira brasa
Passa do ponto
Sentimento cru
Fogo de palha
Estou a flor da pele
Olhar marejado
O arrepio foi no vento
Brincou fez cócegas
Me trouxe de volta
De onde a música habita
Estou a flor da pele
Acho que já fui
Longe demais
Os pés doem
Sem poder mais
Como ficar de pé
Se todos insistem
A poesia não desiste
Na falta de amor
Não durma
Ficar esquecido
No canto
Só faz demorar
Pra que te encontrem
Se esperar do lado fora
A solidão acaba ficando
Quando sai fácil
E perguntam
De que tanto sorrir
Se vejo muitas lágrimas
Invadindo cada olhar
E um eco retorna brilhante
Você só pode dar o que é ainda
Sei que sou
Um bom passatempo
Palhaço de circo
Até as lágrimas
Tem o sorriso
Que não disfarça
Saindo dos trilhos
De onde que sou
Estou vestido
Personagem camaleão
Vitrine escondida
Fogueira acesa
Unhas decoradas
Se fosse simplesmente
Um motivo entre as águas
A correnteza cria
O espaço vira pensamento
Quem pesca mata a fome
Eu sou sua praia
Taça vazia
Largado na mesa
Um silêncio que pousou
Tirei um sentimento
Guardado no coração
O tamborim sabe
De que vale um sorriso
Perdido no salão
A dança passou
O convite não veio
Fiquei de voltar
Desejei muito
Sentir outra vez
O leão ruge
Dentro o coração
Rasga tudo
Que faz mal
Liberta sem palavras
Com o quero
E sou muito mais
Essência calor frio
Se misturam
É muito bom tocar
Quando a corda estica
Ou vai junto como âncora
Escolho quando canso soltar
Vejo o barco deslizar nas águas
De uma saudade em ondas
Na poesia eu sou a gaivota
Ao sabor do vento
Desliza o beijo
Deixando perto
Um desejo doce
Que dar sede
Quando os dedos
Se tocam
Se é tarde demais
Grite não sufoque
Coloque o sorriso
Sem visto a viagem
Não tem fronteira
Tem gosto de quero mais
Bagunça o coração tambor
Arranca dos pés
Ervas daninhas correm
Tem medo da paz
Que nada prende
Difícil de não se acostumar
Amo acordar assim
Sem beira
Só pra te despertar
Sacudir a poeira
Deixar em paz
Toda coceira
A sede não abusa
Só avisa bem
Pedaços de poesia
Momento de dor
Pede silêncio
Tenho a atenção
A solidão dar o abraço
Quase esmaga
O barco pediu a brisa
Que esqueci de viver
Momento de dor
O que está lendo
O tempo não serve
Leve o vento
Segue a luz fria
Que escolhe a janela
A lua não viu
O amor conhece
Com suas pegadas
Faz muito tempo
Que não vejo
Passar esse olhar
Voando com o tempo
E pousando no coração
Perdi teu nome
Só ficou a saudade
Quando chorar
Vira um lago
Que transborda
É chegado o tempo
De muitas despedidas
Vida cigana
Se esqueci
Talvez perdido
Na bússola o sentido
Coração aquecido
Ficando derretido
Saudade de mim
Preciso que você
Alcance lance mão
Estique o arco
Sem esquecer a flecha
O que está fora do alvo
Sempre esteve dentro
De um mistério lanço
Uma pedra esquecida
No tempo de criança
Jogada no sentimento
Que aproxima sempre
Como não amanhecer
Sorrindo no olhar
Parece delírio que voa
Ecoa um prazer
Olhar nada quieto
Uma música no coração
Conquista o silêncio
Feito poesia
Onde que você está
O que tem feito
Olhar vago
Acho que perdi
Como uma pétala
Reconhece o caminho
De volta pra casa
No elo do coração
Entre as estrelas
Encontrei você
De tantos olhares
O que estava perdido
Saiu das nuvens
Eu não sei dançar
O presente só se torna
Novo e atraente
Quando mudamos
No agir repetindo
O que machuca
Está fora da solidão
Sentimento de amar