Quer ser você

Você não é
Tudo aquilo
Que falam
As aparências
Tem muitas
Vitrines
Algumas
Soltas
Tantas
Personagens
Coloridas
Que pra
Saber
De que
Cor
Se esquece
De abrir
A porta
A janela
Da vida
É difícil
Entender
Porque o outro
Quer ser você

Quem tem coragem

Quem tem coragem
Chega junto
Acaricia o medo
Com todo respeito
Deixa aflito
A preguiça
Nada como
Um dia
Após
O outro
Lubrifique
Com amor
Não enferruje
A vida

Vida em você

São momentos únicos
Quando se espalha
O pensamento
É como um tiro
No escuro
O que faz
Brilhar
Vem
Sempre
Do coração
Aprenda
Não precisa
Prender
A vida
Em você

Vulcão e poesia

Não estou livre
Da saudade
Que nasce
Daqueles tempos
Como congelar
O que vem
De um vulcão
Que não
Adormece

Noites e dias

Se houvesse
Um palpite
Diria mais
Pra o sol
Namore
A lua
Lentamente
Não deixei
As noites
E  dias
Correrem
Do coração
Abrace
A vida
Com amor

Selvagem arrepio

Tenho a sensação
Que esse arrepio
Não vai passar
Pedir ao sentimento
O que ainda
Não tem rédea
De selvagem
Me perco
No teu olhar

No fundo o amor

O que você desperta
Não está
Em lugar
Nenhum
Mesmo
Que estivesse
Como uma
Ampulheta
Pode dizer
Pra areia
Esquecer
No fundo
Do amor

Paixão e poesia

É na distância
Dos lábios
Que percebo
O beijo
Sem jeito
Desvio o olhar
Não tem como
Disfarçar assim
Começa a paixão

Ouvindo estrelas

De tempos em tempos
Acordo ouvindo estrelas
Uma música longe
Que vem chegando
Namorando o silêncio
Só pra descobrir
Como sair
De dentro
Do coração

Amar a vida

Fiquei a disposição
Do vento no jeito
Suave de acariciar
A pele despertando
Desejos tão escondidos
Perdidos em imagens
Fotos mensagens
Guardadas nos porões
Do tempo criado
Em algum lugar
Que não dei nome
Só sei que me faz
Sorrir muito
Esse teu jeito
Poesia de amar
A vida

Coisas fortes

Tive que te dizer
Muitas coisas fortes
Feito tempestade
Arracando raízes
Abraçando o medo
Cedo vi teu brilho
Névoa frio
Assim foi
Meu dia
Eu vivo
Esperando
Teu luar

Melhor versão

Estou buscando
Minha melhor versão
Que não fuja tanto
Do espanto da realidade
Personagem figura vestida
Que deixe cair a roupa
Fique nua crua
E saia da vitrine
Quem foi mesmo
Que acendeu
A luz

Vida urbana

To ficando rico
De tantas emoções
De não te ver mais
Passar do outro
Lado da calçada
Apressada
E desviando
Das multidões
Seguindo o caminho
De um despertar
Agitado
De surpresas
Inesquecíveis
Vida urbana

Amor com poesia

É bom
Te ver
Encostar
No horizonte
Abrindo
A janela
Da vida
Um brilho
Na névoa
Esfumaçando
Um olhar
De amor
Com poesia

Amor lento

Congelo o momento
Sem tormento
Alimento
O sentimento
É como tento
Com o vento
Livre no tempo
Olhar sedento
Amor lento

Inteligente poesia

Estou brincando
De ser inteligente
De pegar a corda
Enforcar o mundo
Imundo quem se diz
Limpo na língua
Que apavora devora
No que  o sentimento busca
Do que tanto corre
E nunca te alcanço

Café perturbado

Era minha vez
De comprar
O café
Acordar
O mundo
Pertubar
Sair do calmo
Agitar
A sobrancelha
Atingir
O sorriso
Que se esconde
Tanto da vida

Colar de conchas

Ansiando em te encontrar
Pés descalços na areia
Uma onda de espuma
Espalhando meu mundo
De muitas conchas
Como não fazer
Um colar pra você

É libertador poesia

É libertador
Viver apaixonado
Mundo passageiro
Ligeiro o coração
Bate papo
Com  teu olhar
Tudo maluco
E normal
Se quebrou
A bússola
Deixo
Em tuas mãos
Numa pegada
Existe a marca
Do amor na poesia

Você saudade

Minha versão carioca
Nasceu na Bahia
Meu coração
Veio dos trópicos
Sem invenção
Não existiria
A poesia
O espaço estaria
Sem a ilusão
De saciar
A sede a fome
Que tenho
De voce saudade

Banheiro e poesia

É no som
Do banheiro
Que vem
A canção
Que faz
Tão bem
Ao coração
Preciso ficar
Bem mais
Em silêncio
Quando
Te ouço
Tocar
A vida

Caçando amor

A preguiça tem
Me perseguido
Tenho evitado
Como posso
Um  retrato
Nunca muda
De lugar
Depende
Do ângulo
De quem
Ver
A vida
Caçando
Detalhes
Do amor

Uma flor no cabelo

No peito
Do poeta
Também
Bate
Um coração
Lembra
A canção
Desafinado
Quem esquece
De fazer
Da vida
Várias
Músicas
Namora
O silêncio
A solidão
De cada
Olhar
Só assim
Encontro
Você
Uma flor
No cabelo

Cair e levantar

Como criança
Tateando a parede
Aprendendo andar
Tocar qualquer
Que seja o objeto
Chamando a atenção
De que tudo é
Um mistério
Lágrimas
E sorrisos
Parecem
Fazer parte
Da brincadeira
De cair
E levantar
Pela vida

Detalhes POESIA

Pensamento longe
Vendo sentindo
A cidade acordar
Movimento novo
Calçada cheia
De entusiasmo
O café acelera
Quem sabe
Ou precisa
Aprender
Atravessar
O dia
São nos detalhes
Que habita o amor

Poesia vida

Difícil é não construir
Toda essa loucura
Que dilacera o coração
Como uma bola de tênis
Não resiste a rede
Até descobrir
O vigor da raquete
Nas mãos tenho
A melhor partida
Da poesia vida

Grãos do amor

Se tive dúvidas
Agora sei
O quanto perdi
Por medo de amar
O próprio reflexo
Do que sou
Escolhi o caminho
Sem espelho
O brilho do sentimento
Fez pegadas na areia
Ainda conto de quantos
Grãos é feito
O amor

Além das estrelas

O que faltou
Em palavras
O silêncio
Acalentou
E foi
De muitos
Pedaços
Retalhos
Veio
Tua forma
De amar
Além
Das estrelas
Lágrimas
De saudade

Cachoeira poesia

Preciso acordar
Me dê
Um beliscão
Chega de fazer
Cócegas
Lembra
Que o rio
Se agita
Na cachoeira
Me deixa
Despencar
Um pouco
Em você

Cardume

Tenho vários nomes
Me reconhecem
Melhor na solidão
Silêncio no mar
Entre as ondas
Um olhar de gaivota
Faz a festa
No meio do coral
Um cardume colorido
Um mergulho na vida

Sem ignorância

Sem a ignorância
A dor não se prevalece
Se dissipa como vapor
Virando nuvens
Chuvas pra limpar
O que está árido
Fazendo passagem
Em cheio no coração

Alegria poesia

Do seu cantinho mágico
Que saio pra espantar
Assombrar o mundo
Tirar a poeira
Da preguiça
Eu sou
O mais
Chato
De todas
As virtudes
Eu me chamo
Alegria
Poesia

Outros dias

Quando me dedico
Muita coisa boa
Acontece sem
Eu perceber
E olha que
Resmungo
Reclamo
Além
Mesmo com tantos
Desafios pra se vencer
O caminho novo
É feito de trilhas
Inexploradas
Ainda bem
Que existem
Outros dias

Atrás de cada amor

De que vale uma lua
Quando  cheia nova minguante
E não leva a sério o mistério
De um coração que não adormece
E só vive  pedindo  que seja um pouco
Com o sentimento de namorar
O que se esconde tão bem
Atrás de cada amor

Tuas nuvens sorriso

Estive de olho
Em tuas nuvens
Ousei pousar
Refleti muito
Deixei o amor
Passar
Fiquei
Na estação
Da paixão
O coração
Guardou
O sorriso

Coração cigano

Já subestimei o olhar
De uma criança perdida
E afinal descobri
Quem estava
Era eu
Confundindo
Colo com solidão
Os brinquedos
Mudam de lugar
O coração não
Quem tem
Coração cigano
Conhece
A fogueira
No frio

Cadê o casaco

Do que tanto
Me fala
E não entendo
Os ouvidos parecem
Perder a peneira
Da razão
Como achar
Uma folha
Que se solta
No vento
É de arrepiar
Quando o coração
Sente o frio
Cadê o casaco

Tua concha poesia

Te quero mais com música
Trajeto sincero mergulho
De qualquer jeito sair
Da ilha onde me encontro
Pra devorar o mar
E em silêncio sentir
O que tanto tuas ondas
Nuas procuram nos pés
Molhados tua concha

Tantos desejos

Ainda namoro
Cada detalhe
Do teu sorriso
Escondido
Me faz
Muito bem
Nem tenho
Tempo
De olhar as lágrimas
Da chuva molhando
Olhando o reflexo
Na janela tentando
Abrir janelas
Portas trancadas
De tantos desejos

Liberdade na vida

Acabei ficando
Tempo demais
Namorando
Os degraus
Esqueci
Que a escada
Só ajuda
Quem caminha
Sem interesse
No amor
Quem pede
Algo em troca
Perde
O mais importante
Liberdade na vida

Chamando tanto

Fale claramente
Perca a vergonha
Não deixe o coração
Ficar tão frio
Sem o agasalho
Do olhar no vento
Como tocar
O que está
Dentro
Me  chamando
Tanto

Inquieto

Quem
Me tirou
Do lugar
Devolve
Por gentileza
Cadê o sossego
Silêncio
Que não sinto
Como faço
Pra deixar
Em paz
Inquieto
Amor
No coração

Capas e poesia

Prossiga
Daqui
Em diante
Não se prenda
A página virada
Sem passado
Não existiria
Saudade
Se gosta
De capas
Tenha
Mais cuidado
Com os sabores
Cores no coração

Desafio na vida

A mensagem voa
No vento tempo
De se observar
Como cresce
A árvore
Que não vejo
Dar frutos
O que vem
Da semente
Tem estações
Para amadurecer
As vezes me sinto
Uma folha caída
Pronta pra se levantar
Pra outro desafio
Na vida

Sushi poesia

Ninguém sabe ainda
Onde cabe a língua
Beijo de enguia
Quem guia
A espada
Do peixe
Na isca
Faltou
A minhoca
Deve ser
Um jeito
Diferente
De encarar
Um sushi

Esquece de amar

Como saciar
A curiosidade
Do desejo
Sem despertar
A ansiedade
Depósitos
No coração
São profundos
Quem fica
No raso
Esquece
De amar

Outro por do sol

O que se esconde atrás
De cada timidez
Tem a cortina
Rasgada
No holofote
Da inspiração
Secreta
Nem sempre
O que ilumina
É visto por todos
Quem sabe outro
Por do sol

Alma leve

Tranquilo
Seria voar
Asas soltas
No vento
Flutuar
Nas nuvens
Alma leve
Leve no jardim
De tantos
Pensamentos
Qual flor
Irei pousar
Quem sabe
Seja o amor

Cada horizonte

Estalando os dedos
Um som uma dança
Ritmo lento
Que agita
Desperta
Acertando
O dia
Que já
Vem
Faça sol
Chuva
Nublado
Nuvem
Frio
Calor
Não pare
Vá adiante
Descubra
O que tem
Atrás
De cada
Horizonte

Lápis de cor

Quando saio de casa
E perco o caminho
Da volta talvez
Seja a pressa
Que se espalha
De querer abraçar
O mundo de um jeito
Que não sei colorir
Será que existe
Um apontador
Pra esse
Lápis de cor

Poesia nua

Foi na chuva
Que encontrei
A sede esquecida
E na  solidão enxuguei
A saudade da lua
Que vivia se escondendo
Nas nuvens de um olhar
Apaixonado pela vida
Poesia nua

Feliz de verdade

Do que mais
Sinto falta
Do balanço
Ao escorrega
Sobe e desce
Da gangorra
Castelo de areia
Cheio de sonhos
Que a maré
Amava levar
Nem assim
Perdia o sorriso
De brincar
Feliz
De verdade

Fruto Sol poesia

Peguei o teu fruto
Estiquei até alcançar
O galho com as mãos
Um presente tesouro
De criança no olhar
Subir no tronco
Um passeio digno
De um pássaro
Saindo do ninho
Pronto pra voar
Descobrir a vida
Em cores e sabores
Às vezes precisamos
Deixar a chuva passar
Pra perceber a falta
Do sol

Juntos na poesia

Também pudera
Como iria saber
Que das lágrimas
Nascem os arcos iris
Brotando as flores
Suave tem a cor
Do coração
Quando no encontro
Tem um olhar
Que diz tudo
Juntos
Na poesia

Conchas e poesia

De muitas alegrias
Descobri a sua
De jogar
Conchas
No mar
Ver deslizar
Sem precisar
Decifrar
Traduzir
O sorriso
Longo
Das ondas
Quebrando
Na areia
Paisagem
No coração

Ninho e poesia

Me diz
Como tem
Passado
Mesmo que tenha
Mudado a cor
Dos cabelos
Olhar
Não esconde
A alegria
De te encontrar
Distraída
Com o vôo
Dos pássaros
Que insistem
Em desafiar
O vento
Ninho
E poesia

Outra sinopse

Saiu do abrigo
Veio do horizonte
Fazer valer
Espalhar
O que muitas
Muitas vezes
Passa despercebido
Uma cortina se abre
Tão devagar
Que a luz
Atravessa
O olhar
Num brilho
Que lembra
Um sorriso
É assim
Que assisto
Cada amanhecer
Com amor
Vem vindo
Outra sinopse

O amor não é um tormento

É no crescimento
Que vejo o fermento
A beleza do momento
Se fossem um vento
Criaria o sentimento
O amor não é um tormento

Vento pra mim

Pra se jogar
Sem freio
Maluco
Maduro
Dura
Curva
Que não vejo
Pressinto
Que vem
Em breve
No decolar
Das nuvens
Quando o vento
Insiste forte
Em soprar
Você
Pra mim

Nos bares da vida

Como bebo assim
Pra fingir
Que estou
Aqui
Unir
O sentimento
Do que não sou
Entregar
O motivo
Que ao redor
Pede consentimento
Fantasia
Fora do carnaval
É fácil
Não ser
De verdade
Nos bares
Da vida

Muitas mães

Na vida aprendemos
A andar sem nos segurar
Usando os pés
Até onde
Os olhos
Pensam
Que podem
Aprender
E saber
Que uns
Precisam
Partir
Antes
Do tempo
Que imaginamos
Foge a compreensão
De muitos
Tenho o privilégio
De ter muitas mães
Na vida
Não sei  como
Agradecer
Tanto a vida

Mãe natureza e poesia

Por mais
Que seja
O desafio
Somos
Todos
Diferentes
E viemos
De um
Mesmo
Lugar
A mãe
É o começo
Na vida
O caminho
Que une
Quem ainda
Não tem
A visão
Quem sabe
A mãe
Natureza
Ensine
O amor
Sem
O colo
Que temos
Assim
Que nascemos

Pratos de poesia

Na prateleira
Onde não cabem
Mais os pratos
Vivem caindo
Cacos de vida
Nem sempre
Dar pra colar
A saudade
Em fotos
E filmes

Liquidificador e poesia

Tirei os pés do chão
Espalhei em nuvens
Que faziam a diferença
Olhos de sol e chuva
Como não misturar
Tantos sentimentos
Nesse liquidificador
Que chamo de vida

Do mar que namorei

Vibro na essência
Tranquila da poesia
Na busca do amor
Aroma que sai
Entra e encontra
A janela aberta
Nem esconde
A porta dos fundos
Faz valer
Gotas de alegria
Sem entrelaçam
Com lágrimas
De saudades
Do mar
Que namorei

Sótão e poesia

De quantos
Delírios
Precisei
Alcancei
A nuance
Desisti
Cansei
Da espera
Faltou
A alegria
Que ficou
Escondida
Nos porões
Que criei
Cadê
O sótão

Espaço e poesia

Será que não vi
Que existia
Tantas curvas
E que cada paisagem
Precisa de cores
Sabores nuances
Sem pedir nada
Em troca
Cadê o espaço
A confusão
Que criei
Qual nome
Dou ao sentimento
Que ganhei

Sinais de amor

Não me desfaço
Das lembranças
Guardadas
No coração
De sonhos
Que foram
Espalhados
Ao vento
Que muitas
Muitas vezes
Voltam
Num grito
De um eco
Sorriso
De saber
Que nada
Foi a toa
Sinais
De amor

Agulha e poesia

Foi na beleza
De um pensamento
Que teci teu desejo
Empobrecido
O sentimento
Não se traduz
A costura
Perdeu
A linha
O vestido
Caiu bem
A agulha
Agradeceu
O desfile
Começou

Dom Quixote

Já tenho visto
Vários milagres
Coincidências
Surreais
Pensamentos
Absurdos
De encontros
Inimagináveis
Pousei
Num palco
Personagem
Que abraçou
De vez
O coração
Dom Quixote

Raíz da vida

Pelas ruas
Mãos frias
Sem ter
Onde morar
Debaixo
Da ponte
Havia
Muitos
Corações
Orações
Presença
Calor
Amor
É
O que
Resta
Nessas
Vidas
Tão perto
E longe
De quem
Poderia
Um pouco
Ajudar
A crescer
A raíz
Da vida

Poesia quente

Me faço presente
No que sente
Ressente
Requente
De repente
A semente
Não mente
Aumente
Na mente
Um ente
Carente
Quente

Acredite poesia

Não tem
Nada demais
Acordar
Sorrindo
Com o sol
E se  for
Chuva
Abrir
Um olhar
Pras nuvens
Independe
Do calor
Ou frio
A temperatura
Exata
Está
No coração
Da vida
No que
Se propõe
Ser
Acredite
Poesia

Farpas e poesia

Foi me dedicando
A imensidão
Percebi
Que a superfície
Tem as farpas
Do aprender
E nem toda vez
É de se ganhar
Quem larga
O que dá peso
No coração
Conhece
A clareza
Leveza
De um novo
Dia

Cheio de solidão

Será que pedi muito
Acelerei o ritmo
Desperdicei a correnteza
Larguei a margem
Briguei com a natureza
Não deixei fluir
Ganhei o que mais
Faria sentido
Um lugar especial
Cheio de solidão

Amor pela dança

Já quis chorar
De revoltas
Cismei
Que o reflexo
Do espelho
Não era eu
Sobrava
Sentimento
Naquele olhar
Do outro lado
Demorei
A vestir
O caminho
Da mudança
A dança
Encontrou
O que tinha
Nos pés
Amor
Pela música

Loucos sorrisos

Me diz
Que foi
Tranquilo
Suave
Te conhecer
Passear
Entre as folhas
Descabelar
Cada olhar
E o que mais
Desejar
Descobrir
Cobrir
De beijos
Loucos
Sorrisos

Borbulhar poesia

Aos poucos
Deixo explodir
A champagne
Rolha espremida
Olhar esticado
Pra onde vai
A espuma
Que por segundos
Voa sem direção
Vamos borbulhar
Pela vida
Será que
Vale a pena
Impossível
Não sorrir
Pra você

Que se espalha no coração

Pararia o mundo
Pra ter ser
Uma prosa
Com você
Quem sabe
Fazer nascer
Uma canção
Feita
De tantos
Silêncios
Secretos
Esse
Sentimento
Que se espalha
No coração

Outras saudades

Quase não sei
Nada de você
Nem a ilusão
De uma foto
Me satisfaz
Qual lado
Que insisto
Que deve
Existir
Se nesse
Sorriso
Se alimenta
De outras
Saudades

Montanha de amor

Esperando por uma vida
Que só vejo em sonhos
Insistentes pedidos
Por um olhar
De lentes
Diferentes
Onde tudo
Aumenta
E diminui
Quando
Fujo
Da fé
Montanha essa
Feita de amor
Que vivo
A buscar

Mudanças de maré

Fiquei boquiaberto
Surpreso
De te ver
Na clareza
Das nuvens
Teu brilho
Lá  vem
Um mar
Palco
De ondas
Eu estou
De olho
Amo
Tuas mudanças
De maré

Não devemos parar de amar

Não precisa ir
Tão longe assim
Não se preocupe
Se te alcanço
Ou te largo
No  meio
Do caminho
A canção
Não termina
Continua
De onde
Ficamos
E não devemos
Parar de amar

Eu sou a ponte

Não vejo
Onde tudo
Acontece
Tecendo
A seda
Fio quase
Invisível
Pendurado
Num olhar
Saio
Do casulo
O que antes
Era abrigo
Virou passado
Ir adiante
Criar o horizonte
Eu sou a ponte

Fronteira poesia

Eu não sou
Nem devo
Ou posso ser
O conforto
Do outro
Sem diferença
Me perco
Pra aprender
Sempre
Com afinco
De conhecer
O que oferece
Cada fronteira
Na vida

Rede social

Ninguém esvazia
O medo de repente
Nem se enche
De coragem
Do nada
Não tem
Liga
E desliga
Na  vida
Nem puxar
A tomada
Ou tirar
A bateria
Resolve
O que
Envolve
Sempre
O coração
Quando
Vou aprender
Que viver
É lá fora
E não
Aqui dentro
Rede social

Estou sou poesia

De um universo apertado
Abri a concha
Pra descobrir
Que não havia
Pérola
Onde buscava
Só encontrei
Um sentimento
Pedindo pra tocar
Cantar
E não parar
De lembrar
Que em qualquer
Parte de você
Estou sou
Poesia

Outros sorrisos

Onde se alcança
A estrela
Será um colchão
Forrado
De pensamentos
Inundados
De tantos
Mundos
E trajetórias
Que não dar
Pra imaginar
O tamanho
Dessa estrada
Feita de amor
É no que acredito
E vivo cismando
Com outros
Sorrisos

Liberdade equilíbrio poesia

Tem a liberdade
De escolha
Do espinho
Doce
Da água
Salgada
Do exagero
E do que mais
Vier
Se fico
Em silêncio
E quieto
Quem sabe
Tenha tido
O equilíbrio
De ver
Que as pedras
Também
Podem virar
Um castelo
Pra se aprender
Na vida

Deixa o tempo passar

Quando existe
A demora
O propósito
Maior
Adquire
Uma visão
Que desperta
O que tem
Atrás
Do  horizonte
Vem da luz
Que irradia
De você
Quem não se mexe
Deixa o tempo passar

Se escondia tanto

Quando a luz
Se apaga
Não sei
Se a solidão
Fecha o livro
Ou as páginas
Fingem
Não ver
Quem perde
A cor da parede
E recebe de volta
O sentimento
Que antes
Se escondia
Tanto

Tua flor poesia

De que lado
Você está
Que não
Te vejo
Mais
Mande
Um sinal
Pra que
A lua saiba
Onde o sol
Descansa
Amansa
De toda
Sorte
De verdade
Quero
Tua flor
Poesia

Coceira nas costas

O que tanto
Me diz
Distrai
As folhas
Ao vento
Bem que
Tento
Aguento
No fôlego
O silêncio
Suspira
Urgente
Um desafio
Coceira
Nas costas
Onde nunca
Alcanço
Na vida

Cadê as asas

Levantando
A poeira
Da loucura
O tapete
Sem esconderijo
Desperta o segredo
De se amar
Cadê as asas

Raposa e poesia

Mostro
Que quero
Ir longe
A raposa
Não quer
Ser
Um troféu
Na caça
Que venham
Tempestades
Não estou
Perdido
Quando
Amo você

Desaperto na vida

Insulte
Provoque
Me faça
Ver
O que
Não vejo
Mude
As escolhas
Sacuda
Até cair
A pedra
Perdida
Que incomodava
Tanto
Os dedos
No sapato
Exija
Teu desaperto
Na vida

Partido sem ser inteiro

Olho
Tudo
Em volta
O que seria
Fazer
Parte
Ser
Partido
Sem ser
Inteiro
Não expor
Demais
O que se pensa
Me sinto uma
prensa
Espremendo a idéia
Simples
De que se rega
A flor
Sem exageros
Quando o amor
Amanhece
E anoitece
E nem percebo

Repousar um pouco em você

De qual viagem
Me fala o coração
Silêncio contido
Em gotas
Que pingam
Na imensa
Poça
De lembranças
De onde surgem
Tuas  mãos
Só te peço
Pra repousar
Um pouco
Em você

Pólvora no coração

Deixa eu ser
Tua casca
De banana
Derrapar
Na vida
Sentir
As curvas
Desvios
Desafios
Pavios
Curtos
Pólvora
No coração

Inquieto amor

Estava sonhando
Ou você sorriu
Fez da pétala
Um encanto
Cantinho feliz
Tirou a poeira
Do olhar
Coceira
Fronteira
Inquieto
Amor

Rabo de lagartixa

Do que foi
Que doeu
Magoou
Arrancou
Pedaço
Que nem
Rabo
De lagartixa
Voltou
A crescer
Nada
Se perdeu
A ilusão
É uma tempestade
Que distrai
Quem mantém
A janela
Do coração
Longe
Do amor

Crer para ver

Crer para ver
Nem açúcar
Ou sal
Resolvem
Como se alimentar
O que se espalha
Quando se reconhece
Que de cada olhar
Há um brilho intenso
Que faz da vida
Um caminho
Repleto de valores
Sabores cores
Que seja o amor
Crer para ver