31 de out. de 2018

Âncora e poesia

O que torna
O pensamento
Leve ou pesado
Vem da imaginação
Se permitir o caos
Ou a serenidade
Depende sempre
Do que carrega
Dentro do navio
Se dar importância
Ao cais então
Nunca sairá
Do lugar
Libere
A âncora
Que existe
Em você

Um pouco mais com amor

De certa forma
Perdi muito
Do que já fui
Mudei muito
Até o espelho
Tem me estranhado
Com reflexos
Que vejo que sou
Ou seja
Eu mesmo sendo
Um pouco mais
Com amor

Poeira do tempo

Pra você escutar
Sentir o desejo
Que a música dar
Como folhas
Ao vento
Tento soprar
O que está
Bem fundo
No teu coração
Tirando a poeira
Do tempo

Tua melodia é meu piano

É bom te ver
De volta
Tocando
As flores
Dando
Um despertar
Fazendo
O sonho
Voar aterrissar
No teu sorriso
De mar
Tua melodia
É meu piano

Teu coração me traz vida

De tantas marcas
Criei um gosto
Estranho diferente
De sempre está
Partindo dos lugares
Me sentindo pendurado
Na parede do quarto
Como uma memória
Que só vive olhando
Nada fala
Parece que me encara
Muito quando fico
Em silêncio
Na poesia
Teu coração
Me traz vida

30 de out. de 2018

A lua despenca

Ando falando
Com as paredes
Subindo muros
A lua despenca
Devagar pelo horizonte
Onde tem de tudo
Menos o amor
Que deixei
Perdido
No coração

Sono e poesia

Quando desmaio
De tanto sono
Sei que acontece
Do mundo andar
Sozinho sem
Saber quem
Toma conta
Da direção
Quando as rédeas
Do destino aparecem
Nunca volto do lugar
Que estava
Saio do sonho
Abrindo os olhos

Curva e poesia

Tive que buscar fora
O que tinha dentro
Beijei a flor
Esquecendo as pétalas
Como posso ser
Tão distraído
Diante de tanto
Amor que vem
Dos teus olhos
Que chamo
De curvas

Muitos seres

A gente se chama muito
Alimentando a união
De valores invisíveis
Pra os que preferem
O prazer da superfície
O trono dos bobos
Cai bem na corte
Onde o precipita
O coração em tantos
Tantos abismos
Preciso do vento
Com amor
Que venha
A poesia
A ponte
De muitos
Seres

Eu sou a busca

Acredito que o tempero
Venha do hábito saudável
De se alimentar das boas
Palavras significados
Leves distinguindo
Cada olhar
Como único
Ingrediente vital
A poesia tece
Com amor
Eu sou
A busca

29 de out. de 2018

Cigano e o vento

O vestido parecia voar
Ia de encontro onde
Mais eu não contava
Um sentimento nascia
Não tenho dúvidas
O cigano é um vento
Que se revela
Durante o amor
O encontro de vocês

Desejos doidos

Já tive desejos doidos
Caminhei por mares
De ondas montanhosas
Catei na curvae
Os pedaços
Quando bati
De frente
Mordi a língua
E o mais absurdo
Foi encarar o amor
Pedindo me salve
Da solidão

Ondas montanhosas

Já tive desejos doidos
Caminhei por mares
De ondas montanhosas
Catei na curva
Os pedaços
Quando bati
De frente
Mordi a língua

Muito colo

Pisei no teu pé
Quando dancei
Desci da escada
O degrau sumiu
Não tive
Como segurar
A vontade
Enorme
De te pegar
Muito
Muito no colo

Geladinho no beijo

De algum lugar sai
Entra na pele
Expulsa o que incomoda
Dar alegria sem saber
De onde vem esse calor
Amor que não esfria
Mistura de saudade
Com gosto de hortelã
Geladinho no beijo

Sentido música poesia

Acho que não consigo
Responder o sentido
Da música que toca
Arrepia faz demais
O coração pular
Pra bem perto
Perto de você

28 de out. de 2018

Calor da emoção

É no calor da emoção
Que vem sempre
A força do sentimento
A expressão
Ninguém sugere
A saudade nunca
Como escolha
De louco o amor
Não tem nada

Onda contrária

Uma onda contrária veio
Só assim comecei a perceber
Que não havia um beijo
Dentro um solitário
Sentimento de amor
Lembrava a travessia
Uma ponte perdida
Na lembrança

Pra mim menina do vento

Tentei resistir
Menina do vento
Que descabela
Meu coração
Feito folha
No chão
Não é
De se admirar
Que me rastejo
Pra conseguir
Afagar o momento
Você me ensinou
A poesia
Pra mim

Poço sem fundo

É natural que seja
Traga muitas dúvidas
Foram e não tardaram
Vieram como nuvens
Ganharam o contorno
Um recheio doce
De devorar
Cada emoção
Poesia dar fome
Poço sem fundo

Nesse lugar chamado vida

Não jogue
Tanto peso
No que não é
Tão necessário
Seja um balão
O sobe e desce
Ajuste o pouso
Saboreie o vento
Pra onde te levar
Se não gostar
Da paisagem
Veja a causa
O  que irradiou
Atraiu pra está
Nesse lugar
Chamado vida

Quando se caminha com amor

De assuntos leves
Cheguei até você
Experimentei
O pão da vida
Lembrei o jejum
Que a fome provoca
Quando se tem medo
Medo de amar
E se contenta
Com a paixão
De meros momentos
Percebo que não são
As asas que fazem
O pássaro descobrir
A importância
Da poesia quando
Se caminha com amor

Barganhas

Sobre barganhas
Vantagens
Indevidas
Olhar surpreso
Engole o vento
Que não deixa
De soprar dentro
Amo teu jeito
De seduzir
Sacudir tudo
Na estante
Tua música
Não vai deixar
De tocar
Em mim

27 de out. de 2018

Fruta azeda

Só comi a casca
Da fruta azeda
Caiu do pé
Sem amadurecer
De suas opinião
Eu sei bem

Bilhete da entrada

Procurei trazer
O que restou
Correu no tempo
Quem disse que
Apagou a luz
Se o pavio sumiu
Só tinha
Um jeito
Pedir de volta
O bilhete
Da entrada

Saudade e poesia

Saudade
De várias
Cores
Tons
Vertentes
Encontro
De rios
Que desaguam
Libertando
O coração
De tantos
Desafios

Quero você

Quero você
como poesia
despir sentir
a cor
o calor
o olhar
dar colo
ver
o que os lábios
querem
e o silêncio
namora

Show

Quero abrir
Teu show
Ver os bastidores
Conhecer o palco
Aplauso e coração
E se assim for
Quem sabe
Destinar
Um buquê
De flores
Com dedicação
Segredos
De quem
Te admira
Muito

O amor voa

Nos pequenos beijos
E afagos carinhosos
Vem o encontro
Olhar distraído
Bem de criança
Que fica olhando
Pousar a folha
De papel no chão
Imaginação doce
De ver que sem
Sem asas
O amor voa

Deseja mais

Tenho receio
Que perca
A cabeça
E o pescoço
Sinta falta
Do sentimento
Que não veio
Bastaria
Um olhar
No sinal
Vermelho
Te vi atravessar
Com uma pressa
De muitas vidas
Como esquecer
Quando o coração
Deseja mais

Sofá doido

Estou jogado
No sofá doido
Que range
Pela idade
De outros
Outros momentos
A música era outra
O coração o mesmo
Não desconfiava
Que a saudade
Poderia confiscar
O amor

Doce e poesia

Quero esticar
Até perder
Os sentidos
Lambidos
No beijo
Do doce
Que comeu
Correndo
Pra não
Me dar
Nenhum
Pedaço
De você

No meio do jardim

De nossa flor nasceu
Essa semente
No meio do jardim
Quando menos
Se esperava
A saudade
Que eu tinha
Nos uniu
Quem sumiu
Foi você
Que estava
No espelho

A pele sente

Estava aqui
Um pouco distante
Querendo dizer
No silêncio
Um olhar
Simples
De volta
Pra casa
O que mudou
A pele sente

Artesanato

O que me cativa
Vem de tuas mãos
Que cria
Faz arte
Torna a inspiração
Real saindo do sonho
Do que era imaginação
Pra afinação do coração
Artesanato

26 de out. de 2018

No peito a poesia

Não estou
Em condições
De lhe dizer
O quanto
Guardo
No peito
De poesia
Nem como
Esvaziar
O que sempre
Está cheio
No coração

Conversando com a vida

Eu tenho
Um problema
Sério
Com você
Sabia uauuu
Amo tua voz
Teu jeito
Como faço
Pra fazer
O vento pousar
No meu coração
Dever ser
Bem simples
Acho que complico
Conversando
Com a vida

Beduíno

Só não espero
Que o deserto leve
Leve suave
A sombra
Refresca
Dar um alento
Pra que possa
Prosseguir
Na caravana
Atravessando
Conhecendo
A vida
Beduíno

Obrigado poesia

Coração não tá legal
Se acaso crio paredes
Não é o outro
Que impede
Quem perde
Sou eu
Que não quero
Conhecer
A outra ilha
Que existe
Dentro e fora
Dando muita
Risada
Pra vida
De cada olhar
Obrigado poesia

25 de out. de 2018

Ultimamente

Ultimamente
Tenho esquecido
De rir
Sentir
A paisagem
Que crio
Em cada
Pensamento
Torto louco
Varrido de pedra
Será que andei
Perdendo alguma
Memória no caminho
Só pode ser

Silêncio e poesia

Não tenho muito
O que gritar
O que sou
Vem do silêncio
Ecoa mais
Feito música
Quieta tímida
Inspiração
Teu olhar

Cupim e poesia

De que mesmo
Tinha vergonha
O cupim comeu
A madeira
Cara de pau
Deve ser
O armário
Sem porta
Te vi lá dentro
Sorrindo pra mim
Dessa vez
Não tenho
Como escapar
Do amor

Garoa

Que ideia estranha
Não está no lugar
Vazio sem preencher
Me dar medo
Ver que a chuva
Não passa
Penso que o sol
Dormiu de vez
Garoa

Mundo cheguei

Eu sou feito
De finais felizes
Mesmo sem fome
De querer mais
Lágrimas ou sorrisos
São momentos
Que aceleram
Dizendo ao freio
Segura coração
Ladeira abaixo
E afinal de contas
O que que tem
Demais
Tem muito mais
Que outras vidas
Tem você gritando
Mundo cheguei

Pegadas e poesia

Por um instante
Permitir o amor
Numa fresta
Em silêncio
Viesse
Deixando
As marcas
Pegadas
Na areia
Antes da maré
Varrer
Pra dentro
Da saudade
Eu tenho
Muito
De você

Coração bobo

Eu me perco
De você
Quando sei
Que sobe
O olhar
Empina
O nariz
E pisa
O mundo
Que cria
Nas nuvens
Eu sou
Coração bobo

Do outro lado do teu coração

Nada disso
Teria acontecido
Se não abrisse
A janela
E nem
Atravessasse
O destino
De ver
O que tinha
Do outro lado
Do teu coração ♥

Sorte

A chuva veio limpar
Sem pedir a vez
Como um rio
Percebe a falta
Que faz o sorriso
O brilho
Dos teus olhos
Alagados
Cheios de esperança
Molhado aqui
Tem nome
Você me dar
Muita sorte 🍀

Mar da paixão

Naquele mapa
Tinha um coração
Marcado como
Um tesouro
Enterrado
A tanto tempo
Só pra quem
Tivesse coragem
De saber
O que aconteceu
Teria que ir fundo
No mar do paixão

24 de out. de 2018

Perfume e poesia

Lugar mágico
Não se desliga
O coração
Vem pra cá
Tenho visto
Que caminha
Muito tempo
Na saudade
Só preciso
Que mude
A estação
Será que lembra
Que o perfume
Tem sua cor
Na poesia

Perto pra mim

É por voce o amor
Que o mergulho
Tem o fôlego
Da onda do mar
Que muitas vezes
Quis me levar
E ainda não era
Tempo de me despedir
A música só toca
Todas as partes
Que você chamar
Vem pra mais perto
Perto pra mim

Salamandra

Como seria
Me vestir
Do que nunca
Senti na pele
Um cheiro
De canela
Espalha
Agrada
Quem passou
Ficou querendo
Saber quem
Quem foi
Que destino
Levou a cigana
Do fogo
A salamandra

Novelo de lã

Tem o poder
De me tirar
Do chão
Ganhar o dia
Atravessar
Paredes
Invisíveis
Que dão
Medo
De enfrentar
E ficamos
Dando volta
Na situação
Novelo
De lã

Eu sou de açúcar

Eu sou de açúcar a chuva não gosta de mim me deixa espalhado doido em gotas de olhares que secam quando as nuvem vão embora e tenho o ligeiro sentimento que estão rindo de mim de tanto que esperneio pela vida eu sou de açúcar

No olho tem um furacão

De que lado estou
Dentro de mim
Um sacudir
Sem fim
Tenho guardado
Demais o sentimento
Sendo a saudade
Uma amiga
De longas datas
No olho tem
Um furacão

23 de out. de 2018

Espadas Cruzadas

Deu vontade
De abrir o livro
E te ver
La dentro
Entre lugares
Poesia
Existe
Uma fogueira
Acesa
Pedindo
Pra que
Aqueça
O que precisamos
Fazer juntos
Duas espadas
Cruzadas

Ouro e poesia

De tua mão mansa
Veio o abrigo
O ouro bem-vindo
Que nutre a paz
Dar o caminho
Esquecido
No tempo
De muitos
Outros
Ancestrais
A tocha
Acesa
Tem o símbolo
Que guarda
De onde veio
Pra que leve
A alegria
Desembarace
O ódio do amor

Lua e poesia

Eu juro que vi
A lua se esconder
De mim
Faz sentido
O coração
Arde em chama
E chama no olhar
Um namoro
Que invade
A madrugada

Pano de chão

Não tive consentimento
Fiquei afastado
Num mar de tormentas
O medo me amedontrou
Me tirou pedaços de esperança
Nem deu pra esconder
Debaixo do tapete
Que por sinal
Quase virei
Pano de chão

Dançar contigo

Se soubesse antes
Lhe diria bem forte
Com sorte voe
Para o alto
Debruce além
Na ponta dos pés
Esticando
Pra alcançar
Mudar ouse
Estou aprendendo
A dançar contigo

A mão do coração

Na vez do amor
Venho te chamar
Salvar quem
Muito esteve
Lá no fundo
E não soube
Que podia
Sempre
Te estender
A mão
Do coração

Sem pressa

Tenho entre
Os dedos
Desejo brando
Danço sem
Tua música
Roçando
No ouvido
Pra ver
Se o arrepio
Namora
A pele
Querendo
Teu sol
Mesmo
Com tantas
Tantas nuvens
Com você
Eu sou
Sem pressa
De chegar

Tempestades

Talvez a gente
Tenha ido
Longe demais
Como prender
Os cabelos
Solto no vento
Com anseios
De muitas
Muitas tempestades

Aflorando

Não tirei do lugar
Nem tomei posse
Das terras
Do coração
Revirei estradas
Mergulhei em caminhos
Cercados de abismo
Jurei imaginar
Que a poesia
Nascia
Aflorando
Um jeito
De pedir
Pra você
Me leia
Pelo menos

Implicante

Quando os implicantes
Se encontram
O mundo se acaba
E tem quem diga
Que nada disso
É de verdade
Pra pousar
Sentar
Basta
A gente
Se encontrar
E tudo de novo
Começar
Amo implicar
Com você

22 de out. de 2018

Eu sou azul

Foi com sua cor
Que me encantei
Desejei o beijo
Das ondas amei
Experimentei
Muitas cores
Outras realidades
Sem nuvens
Eu sou azul

Tão azul

Adoro teu jeito
Descontraído
Lúdico de ser
Um descanso
Pra meu coração
Que para de correr
Pra te acompanhar
Nem que sejam
Alguns segundos
E quando disse
Quero te mostrar
Tipo viu
Tá tudo
Tão azul
Muita poesia
Unindo a gente

Travesseiro

Tenho perseguido
Um sonho
Que se esconde
Entre o travesseiro
E a vontade
De não levantar
Ficar um pouco mais
Quem sabe apreciar
Vestígios da noite

Calado

Gosto de ficar calado
Ao teu lado
Jogando olhares
Perturbando
Quem cutuca
Quem é quem
Na soneca
Guerra de almofada
Preguiça boa
Pra esticar
Você nunca
Coça minhas
Costas

Velha poesia

Fica aqui
Um pouquinho
Faz sentido
Beber no olhar
Olhar de perto
Encarar teu jeito
De sereia sem mar
Por onde andava
Que o pescador
Cansou de sonhar
E te guardou
Numa velha
Poesia

Luxo e poesia

Estou me dando o luxo
De me achar ou perder
Diante de cada olhar
Inquieto deve ser
O momento que nasce
Mexe dando uma coceira
Que só para
Quando cresço
Na vida

Eu sou muito bobo

De tua vida eu sei
Não caí sem paraquedas
Nem perdi o avião
Só esqueci de pousar
No seu coração
Por pura timidez
De você não gostar
Do que tenho em mim
Eu sou muito bobo

Enlouquecendo

Estamos enlouquecendo
Calmamente calando
A semente demente
Que não sente
A mão estendida
Ainda não é sua vez
Aquieta a poesia
Estou de verdade
Com e em você

Camaleão e poesia

Cansei do que fazia
Quero mudar
Jogar fora
Chorar sem solidão
Dar um grito
Pra ensurdecer
De vez o coração
Quem quiser
Que pertube
O sossego
Do camaleão

Sereia azul

As cores as comidas
Os gostos os cheiros
Os amigos ficaram
Ficaram diferentes
Sentem que a chuva
Passou e o sol voltou
Pra aquecer
O que estava frio
Sereia azul

De olho em vocês

Se não abrir mão
De muitas coisas
Não poderei ser
E só  o ter serei
Esquina doida
De todas as escolhas
A mais cabível
Veio de carroça
Puxada por tartaruga
Cansada sem paciência
Pelo visto o caminho fácil
Era tudo que a sedução
Podia me dar
Escolhi o afago
Do amor de um cafuné
De um bule sem café
A poesia tem me deixado
Assim de olho em vocês

Louca saudade

Não tenho vergonha
De largar o livro
No meio
Sair correndo
Logo pra o encontro
Antes que eu esqueça
Do que tanto corro
De estar o todo tempo
Correndo
Dentro de mim
Louca saudade

Sorrindo com a natureza

Cogumelos divertidos
Adquiridos na imaginação
Fértil de frutas
Perto do pomar
No quintal de uma casa
De cores que ficavam
Vivas pelo olhar do sol
De todo encanto surgia
Pela janela
Um jato de arco iris
Ainda lembro
Das brincadeiras
Que era acordar
Sorrindo
Com natureza

Escritor

Eu sonhava
Que alguém
Me olhasse
Algum dia
Que não
Escutasse
O guarda chuva
Saísse na chuva
Dando ao vento
Um trabalho
Que me secasse
Das lágrimas perdidas
Que viesse o livro
De páginas bonitas
Tirando do que era
Tão branco
Memórias
De sua vida
Sem poesia
Não haveria
O escritor

A estrela e a sereia

Eu sei que não precisa
Falar muito
Nem tocar
A nossa música
Que a dureza
Dos dias e desafios
Tem sido
Um tom acima
Se fosse passar
A vida assim
Escolheria
Que pudesse
Ser feliz
Admirando
As noites
Eu sou
A estrela
Que encontrou
Uma sereia
Escondida
No fundo
Do mar

Chip

Um aperto de mão
Ficou longe
Parece
Que não existe
Mais
Costumes outros
Trocaram a palavra
Por tantos símbolos
Que nosso nome
Virou um chip

Máscaras

De todas as necessidades
Algumas tem me torturado
Com a delicadeza
De muitos gestos
Só aparecem
Caso eu mude
De lugar
Não seja
Espectador
Como ignorar
O holofote
E agir
Naturalmente
Com tantos olhares
Cheios de máscaras

21 de out. de 2018

Árvore

Eu queria
Ser uma árvore
Aprofundar
As raízes
Envolver
A terra
Despencar
Em folhas
Guardar
Nos galhos
Os ninhos
E frutas
Pra serem
Sementes
De outras
Muitas
Estações

Abraço e poesia

Não quero saber
Daquilo que já fiz
Sair por aí
Sentindo o vento
Bater no rosto
Dando o rumo
Da música
Que vem
Do coração
Tua poesia
É um abraço

Eclipse de amor

Eu sei
Que sei
Viver
Melhor
Com você
Do amanhecer
Ao anoitecer
Eclipse de amor

Notas

O que seduz
Induz
Luz
Sinto
De verdade
Teus dedos
Tocarem
Cada nota
Da música
Estão tão
Vivas
Sentindo
Você

Matrix

Obscuros lugares
Pedindo muito
Pra que ficasse
Só pude dar
Alegria
Fui expulso
Por provocar
A união
Dos poucos
Que conseguiram
Acordar
Matrix

Olhar seco

Tenho um sentimento
Especial por você
Que me convida
A viver com harmonia
E quem mais vier
Junto com amor
De tão invisível
As lágrimas
Não conseguem
Dar ao olhar seco
Da razão
Um pouco
Do colirio
Da intuição

Tá difícil

Tá difícil
Desligar
O que toca
Sem parar
Arrasta
Tudo
No coração
Solavanco
De ideias
Que não
Se desmancham
Do mar
Que estou

Junto pra mim

Se pra te ver
Deslizar
Cair
No mar
Esperando
Levar
Maré
Vida
Música
Poesia
Toca
Tudo
Isso
Junto
Pra mim

Pimenta do reino

Como dilacera
Abre a ferida
Carne e dor
Trilha viver
Sensação
Que aonde
Vou levo
O coração
Pedindo
Mais
Que cores
Teu sabor
Arder
Como pimenta
Deve ser
Do reino

DJ do vento

Os pés parecem
Tocar o calor
Que faz
O chão
Desandar
Dançar
Ouvindo
Bater
Pra valer
Não me canso
De ouvir
Falar
De onde
Vem
DJ do vento

Sem liberdade

Um acordo
De cláusulas
Inseguras
Não tem
Contrato
Que resista
Aos apelos
Do coração
Como assinar
O que amarra
Sem liberdade

Cantando voce

Uma música
Que quase
Não fiz
Saiu
Sem ir
Embora
Ficou
Na calçada
Querendo rua
Voltou pra casa
Cantando você

Valsa da Rosa

Onde a culpa
Pediu desculpa
Na valsa da Rosa
Um lamento
Se fez
Nascer
Uma flor
Pétala
Poesia
Nos olhos
Tirando
Os espinhos
Pra que volte
A sorrir

Vento

O vento frio
Incomoda
Meu nariz
O vento
Não tá nem

Pra que
Eu sinto
Quer soprar
Sem parar
Qualquer
Dia
Pego
O vento
Pra dentro
Do meu coração

Colo

Somos colo
Um acalanto
No berço
Um ninar
De muitos
Muitos olhares
Um beijo
Que não se acaba
Ganha vôo
E só aterrissa
Quando ver
Teu coração
Sorrir pra mim

Comigo

Não tenho
Todos motivos
Nem desculpas
Que sei
Que vem
No pacote
Completo
Qualidade
E defeitos
Lapidando
O coração
Creio que seja
A vida pedindo
Com carinho
Se aconchegue
Namore um pouco
Comigo

Disfarçar

Como disfarçar
O que por sinal
É tão natural
Em você
Por mais
Que o tempo
Passe
Tenho sempre
A impressão
Que não vejo
De onde veio
O encanto

Avesso

Já tive medo
De te perder
Agora tenho
Outros medos
E é de encontrar
Onde fui parar
Como sair
Do avesso

Ninho estranho

Numa praça
Haviam olhares
No encalço
Eu estava
De um caminho
Ninho estranho
Como sair
Sem sentir
Falta de você

Ferrugem

Fui capaz de ver
Envelhecer
De ferrrugem
A âncora
Esquecida
No cais
Um jeito
Diferente
De ser
Com saudade

Distância

Não houve distância
Nem sentimento
A chama acesa
Não esquecia
De iluminar
Teu rosto
Com a lua
Toda saudade

Nuvens

Algumas nuvens
Deixei passar
Pelo teu olhar
Atravessei
Quieto
E fiquei
Na solidão
Esperei
Voltar
Outras
Nuvens

20 de out. de 2018

Gentil

De tão gentil
Que fui
Perdi
O beijo
Da lua
Frágil
Luz
Quem sabe
Em outra
Noite
Encontre
Segredo
Do amor
Que esconde
No silêncio
Muito de você

Amizade e poesia

Eu tenho a escolha
De melhores sentimentos
O encorajar de aprender
Com a dúvida
E a incerteza
Sobre vários
Rumos
Ninguém abandona
O próprio coração
Quem conhece
O mar
É profundo
Com a clareza
Da amizade
E poesia

Cigano poeta

Quero conhecer
Tua poesia
Nuances
Desejos
Mistérios
Adoro
Quando quer
Vestir
As palavras
Com cores
Sentimentos
Mexendo no fundo
Cigano poeta

Poesia em todos

É no precipício
Que  te sinto
Respiro
O abismo
Que se abre
No peito
Um fôlego
Que dispara
Clara noção
Que tenho
Nas mãos
As palavras
Que não se apagam
Quando se ama muito
Um dom como o seu
De incentivar
A poesia em todos
Prossiga
Espalhe a semente

Laranja com amor

Desculpe gostaria
De ser
Menos lados
Está inteiro
Metade da laranja
Doi tipo perdeu
A casca
Ficou sem
Sem semente
Subir no teu tronco
Balançar entre
Os galhos da vida
Querendo saborear
Te descobrir
Como deve ser
Meu jeito
De te olhar
Laranja com amor

Amar ler

Eu sou
O que resiste
Ao ódio
Fujo
Do que confunde
Paixão com amor
Engole vento
Pensando
Que tem
Um balão
Na barriga
Confunde
Poesia
Com melodia
E lá no fundo
Eu sou
Um amor
Esquecido
No tempo
De algum livro
Que ousei
Amar
Ler

Menos amor

Muitas vezes
Querermos ser
Um navio sem agora
Alguns pedem
Um abraço
Uma mão
Outros confundem
Com uma gaiola
Só dando tudo
Menos amor

Pérolas e poesia

Gostaria
De te soltar
Deixar livre
Voando de volta
Pra o ninho
É bom te ver
Acampando
Pelo universo
Uma ostra
De muitas
Pérolas

Linha do horizonte

Dos detalhes
Sobrou você
O recheio
Cheio
De saudade
Tempero
De tantas
Muitas
Mudanças
Um tempo
Onde me encontrava
Na linha do horizonte

Pincel e poesia

De cada medo
Em pedra e pedra
Ergui um caminho
Destino com cores
Que busco aprender
Pintando a vida
Com a tela
Que vem
Do coração
Agradeço
Teu pincel
Poesia

Lindo céu

Lindo céu
De um amanhecer
Quieto surge
Teu jeito
Sincero
De sorrir
Quando
Abro os olhos
E saio
Do descanso
Pra conhecer
Caminhar
Nos teus braços
Vida

19 de out. de 2018

Pingos da lua

Roubando da chuva
Nos pingos da lua
Escondida
Rua deserta
Uma frase
Gigante
Na parede
Tem um olhar
Escorrido
Dando vida
Nem parei
Pra dizer
Que amei
Cada momento
Com você

Amor e poesia

Se soubesse antes
Te diria assim
Se correr
Chegar
Onde precisa
Partir
Perdendo muito
Se for devagar
Vai deixar de ser
E só pensará
Em ter
E finalmente
Se souber
Unir
A vontade
Com a fome
Pode não conseguir
Tudo nem todos
Certamente
Conhecerá
O amor

Blusa e poesia

De que tempo
Ou quando tirei
A blusa
Cheio de calor
O vento batia
Sem rosto
Dando sede
A imaginação

Pelado

Tudo o que a gente sofre
Norte é o caminho mais
Com sol de lascar
Se for pra despir
Estou sou
Pelado na poesia

Violão na praia

Me sinto
Dentro
Do teu abraço
Apertado
Fico
De saudade
Do violão
Na praia
Eu era
Inquieto
Chamava
Cada música
Dentro
Do teu abraço

Sexta feira

Quebrando pedras no caminho
Agora aqui estou pedindo
Que seja o desejo sonho
Realizado de me ler
Combinando o som
De cada palavra
No que bate
Aí dentro
De cada momento
Sendo
Todo dia
É sexta feira

Olhar ao lado

Certa vez precisei
Da franqueza
Percebi a falta
Que fazia
A falta
De tempo
Sem sentimento
O comprometimento
Perdia o mergulho
Necessário
Águas rasas
Teu coração
Me fez ver
Do beijo
Que nunca
Esqueci
Poesia você
Olhar ao lado

Nave e poesia

É nessa nave
Que quero voar
Habitar o sentimento
Conteúdo de cores
A música levando
Pra muitos lugares
Espaço e poesia
Você é um lugar
Que agora
Me ler 📖

Berimbau

Bate áfrica
Teu tambor
Liberta
O silêncio
A corrente
Do rio ao mar
Tribo espalhada
O mundo dar volta
Berimbau

Tiro e queda

É no ruído da cidade
Que começo o dia
Rasgando o coração
Liberando o silêncio
Forte quem está
Dentro de mim
Tiro e queda

Estranho no coração

Tenho muito
Que aprender
Me confundo
Fico preso
Fiapos de manga
Entre os dentes
Mostram sempre
O desconforto
De tirar
Um corpo estranho
No coração

Tua boca e poesia

De propósito
Reclamei
Esperneando
Descobri
Teu lado
Escondido
Como descascar
A laranja
Ou não chorar
Com a cebola
Alho sem hálito
São surpresas
Que não calam
Tua boca

Profundo e poesia

De tão profundo
Não sei de onde
Fui tirar a ideia
Que o amor
Nasce
Quando olho
Sem pressa
Sinto
Que posso
Voar
O tempo todo
Dedicar bem mais
É muito bom
Sorrir
Sem saber
Um presente
E tanto

Trem das estrelas

Corri pra ficar
Bem perto
De  te ver
Partir
Da estação
Olhando
Da janela
Acenando
Um olhar
De volto logo
O lenço ficou
Mergulhado
Num mar
De saudade
Trem das estrelas

Em paz e poesia

Como pode ser
Tão diferente
De tudo
Que imaginei
Gostaria
De comparar
Como poderia
Se não existe
Lugar melhor
Do que se sentir
Em paz

18 de out. de 2018

Andorinha

Tinha medo
De não ser
Ser aceito
Barreiras
Fronteiras
Muros
Preconceitos
Vestem bem
Pra que não
Não mude
A vida
De muitos
Como um rebanho
Indo pro abatedouro
Uma andorinha
Faz verão sim
Eu sou uma
Pulga na poesia
Vim pra você
Coçar incomodar
Eu sou
A próxima semente

Troca de pão

Não sei a cor
De suas palavras
Da borracha
Que apaga
São do seu
Seu coração
Dando luz
Pra que
Se possa
Escrever
Vem teu olhar
Quieto lúdico
Eremita
Sem caverna
Estou na pista
Em todos lugares
Pedindo um pouco
Pouco de poesia
Em troca de pão

Trem da história

O trem da história
Já partiu
E agora
Só resta caminhar
Sentir o horizonte
Rindo pra mim
Quem mandou
Amar as folhas
Namorar a fruta
Nunca lhe disseram
Eu vim pra abrir
Conhecer teu mar
Maré de ondas
Eternas pela vida

O teu pra mim

Você é minha
Pedra no sapato
Que machuca
Meu coração
Que amo
Quando implica
Por tudo
Ou todo
Qualquer
Momento
Adoro
O teu pra mim
Vamos fugir
Desse lugar

Despedida com poesia

Não tive medo
Quando perdi
O chão
O abismo
Estranhou
A falta
De sentimento
No vazio
Que ficou
No olhar
Alguns
Chamam
De coragem
Creio
Que seja
Uma despedida
Com poesia

Águia amor poesia

Desço devagar
Pra não tropeçar
Na escada
Da vida
Quem consegue
Aprender com
A subida
Reconhece
A descida
Que precisa
Fazer
Pra ver
O que esqueceu
Abrindo os olhos
E as asas
A águia
Ver que é
Do amor
A poesia

Gracioso

Teu jeito
Gracioso
Me derrete
Como pode
Existir
Um coração
Que abraça
Tanto
Sem pedir
Nada
Em troca
Acho que
Me acostumei
A apreciar
Demais
O que ninguém
Percebe
Defeitos
Teu jeito
Gracioso

Equações da vida

Ninguém vai
Lhe trazer
De volta
O que já
Foi
Algum dia
Quem te acompanha
Não tem nome
É uma soma
Que aprende
Quando tá cheio
A fazer
Outras
Operações
Matemáticas
Equações
Da vida

17 de out. de 2018

No fundo do mar

Tive o pressentimento
Um sonho adormecido
De que tudo seria
Um passar de nuvens
Pra que pudesse
Te ver estrela
Que não sai
Do pensamento
Remexe fundo
A poesia
No fundo
Do mar

Sabor só meu

Estou cansado
De repetir
Sentir
A dúvida
Alimentar
O que já sei
Decorei
Sei teu jeito
De amar
A música
Com poesia
Sabor
Só meu

Poros e poesia

Só vem
O que pede
Se soltar
O caminho
Quem estica
Perde a linha
Deixe sempre
Que puder
O que chama
De suor
Acreditar
Nos poros
Da vida

Beijo de pássaro

Cheia de dedos
Como segurar
O vento
Pelo amanhecer
Se sobra algum
Espaço nesse olhar
Que sonha assim
Com jeito
Beijo de pássaro
Quando foge
Do ninho

16 de out. de 2018

Cigano do mar 🌊

Um amor em cada porto
Embarcando na vida
Saudade desenfreada
Sujeito a tempestade
Em alto mar
Ondas seguidas
De terras
Não exploradas
Um tesouro feitiço
Lenço pirata
Ilha pra te buscar
Cigano do mar

Chá de hortelã

Um geladinho
No sabor
Dar um ar
Frescor
Beijo
Diferente
Uma temperatura
De um paladar
Único
Muito bom
Sempre
Que posso
Te provar
Chá de hortelã

Iceberg

Eu me sinto
Um iceberg
Um exagero
Em forma
De gente
Querem
Me derreter
Não sei pra que
Se amo incomodar
Quem tem frio
E quer viver
Na razão
Tenho um palpite
Lugar errado

Furo e poesia

Acho que tenho
Um furo no coração
Vivo esvaziando
Os sentimentos
Com bobagens
Sem sentido
Nenhum
Alguns dizem
Que é impressão
Que tenho do amor

Pólen perdido

Deixei descoberto
O coração sem pétalas
A abelha não viu
Que podia pousar
Um orvalho leve
Ficou após a chuva
Não sei
Como você
Me quer
Pólen perdido

Peixe fora do aquario

Do que estamos
Correndo tanto
Sorrisos e silêncios
Ganham a distância
Assuntos infinitos
De improviso a poesia
Desliza o sentimento
Peixe fora do aquario

Fugir e poesia

Deu água na boca
Solta é a fome
Caminha por passos
Bem largos
Como correr
Fugir do sentimento
Que vem sempre
Sempre de dentro
De cada coração
Quem mora
Com amor
Conhece

15 de out. de 2018

Amor nas alturas

Não vou tirar
Do teu lugar
Quem disse
Que não estou
Em suas asas
Sempre que posso
Amor nas alturas

Bobo e poesia

Não seja bobo
Como eu
Decida
Perceba
Seja
Escute
Não estou brincando
No piano tem
Todas teclas
Do meu coração

Expectativa

Já criei
Tantas
Expectativas
Que nem preciso
Usar mais
Maquiagem
Máscara
Ficar atrás
Do espelho
Ou ser vitrine
Ainda descubro
A melhor
Cara de paisagem
Se não foi
Inventada
Tá no forno

Olhar sapeca

Como separar
Uma salada
Essência
Que não
Existiria
Sem se misturar
Deixaria de ser
O que sou
Tua vontade
Vem no olhar
Olhar sapeca

Encontro das nuvens

Olhar solto
No vento
Escolho
Ouço
A música
Que faz
Toda vez
Anunciando
A chuva
Uma solidão
Diferente
Encontro
Das nuvens

Sol e lua

Acordei sorrindo
veio você fácil
sem nuvens
um desejo louco
de dizer
pra que mais
se o tempo tem
o nosso tempo
em cada dia
sol e lua

Ninguém

Ninguém nunca me namorou como você me namora em silêncio no pensamento na distancia no humor na  tristeza nas lágrimas na alegria um amor de outro mundo o amigo que somos agradece

Torta na cara

Quando dou ênfase
Destaque a adversidades
No que não gosto
Em você
O espelho entorta
Como uma torta
Na cara
Como naqueles
Filmes bem antigos
De comédia
Onde havia
Um pouco de teatro
Pra se pensar
Na vida
Com mais alegria
Nos olhos

No olhar do amor

Pra se despir
Tirar as impurezas
Sem julgar o outro
Um filtro de muitos
Muitos talentos
Se aproprie da coragem
O vento derruba
Toda árvore apodrecida
Alimentada dos sentidos
Do prazer a gula
Tudo se liberta
Tendo em mente
A semente da palavra
Teu pensamento sabe
Do que se alimenta
Eu acredito
No olhar do amor

14 de out. de 2018

Dias nublados

Como pedir sol
Em dias nublados
E clarear
Sem abrir
A janela
Do coração
É querer
Ver a lua
Sem passar
Pelo teu olhar

Triste olhar

Perdi a calma
Quando vi
Que desistiu
De lutar erguer
A cabeça
E o esforço
Ficou na cama
Na preguiça
De viver
Triste olhar

Gnomos e duendes

Da magia veio a fantasia
Dando um caminho longe
Onde o pote de ouro
Namora o arco iris
Gnomos e duendes
No jardim estão
Me esperando
Que eu cante
A música
Animando
O coração
Adoro
Teu ombro

Ninho cigano

Inocente brilhante
Desejo brando
Aquece sendo
Momento claro
Luz acenando
Antepassados
Enigmas
Pássaro sou
Ninho cigano

Sorriso perdido

Dar pra imaginar
Fugir do embaraço
Da multidão
Que espreme
Todos na fila
Só quero chegar
Antes do por do sol
A cigana leu minha mão
E disse que está lá
Meu sorriso perdido

Minuto e poesia

Assim nunca
Vou te abandonar
Na solidão
Por um minuto
Achei que estava
Perdido na poesia

Sendo saudade

Mude o caminho
Pras coisas
Andarem melhor
Sinta que os pés
Pedem descanso
Quando faz força
No que não precisa
Sendo saudade

Longe e poesia

Se fiquei de longe
Creio que sem querer
Nem vejo mais
O  que faz
Teu silêncio
Em mim

Teimando

Sei que não pode
Me libertar
Do que sou
Insisto ser
E provocar
A tempestade
Traz lágrimas
Que não precisam
Conhecer o sangue
A dor de viver
Teimando
Com a vida

Silêncio e poesia

Bastaria um silêncio
Que não faço ideia
Onde está
Dentro de mim
Esse vento
Que sopra
Um amor livre
Abrindo o caminho

Saudade das estrelas

Fui de peito aberto
Sentindo no horizonte
Um cigano olhar
Despertar o sonho
Algumas pegadas
Ficaram na areia
A maré levou
O que chamei
De saudade
Das estrelas

O gosto é ser

O gosto é a necessidade
Do que somos
Em vários momentos
Mesmo sem fome
Comemos com os olhos
O gosto se mistura
Com que já está
Temos
Cheio de si mesmo
O gosto precisa mudar
De lugar o tempo todo
Pra não perder o ter
Sem o gosto
Eu gosto disso
Daquilo isso
Sem nada
O gosto é ser

13 de out. de 2018

Caçador e poesia

O caçador
Sabe
Que a presa
Conhece
A tocaia
Saia justa
Observa
Ensaia
O tom
Na voz
Das tribos
Ancestrais
De muitas luas
Vidas ciganas
Na fogueira
Nas brasas
Queima
O coração
Eu sinto
Tua vez

Mistério e poesia

Não é o que digo
Que faz a diferença
Eu vibro
Cada vez
Que insinua
Fica nua
Diante do espelho
Faz da música
Que ecoa
Soa a paz
Bem no coração
Me fale mais
De você
Mistério

Estranho amor

De todas as vezes
Veio um ar de suspense
Ar de floresta
Mistério no bosque
Entre as árvores
Como levar a sério
Se te dou o coração
E só quer minha mão
Estranho amor

A quem interessa

A quem interessa
As notícias boas
A quem interessa
Dar destaque
Ao que nos une
A quem interessa
Melhores caminhos
A quem interessa
Ser a voz do coração
A quem interessa
Que nada mude
E continue assim
A quem interessa
Não sermos poesia
Uns com os outros
A quem interessa

Paradigma

Desculpe
Esqueço
Que todos
Me pedem
Padrões
Lembra também
Sou músico
E a matrix
De cada momento
Chora
Porque não perco
As asas
Pras outras vidas
Paradigma

Estrela do mar

Tive o encanto
De te conhecer
Nas ondas
Na vida
De muitas marés
Um desejo
Que cresceu
Virou estrela
Um sorriso
Por onde
Caminho
Aprendi
Com você
Estrela
Do mar

Vento e poesia

Gosto de ficar
Esparramado
Sentindo a vida
Bater de leve
Nas folhas
Namorando
O vento
Que não cessa
De avisar sempre
Não esqueça
De mim
Moro
No teu coração

Beijo na janela

Não tive tempo
De te explicar
Que o beijo
Na janela
Marcado
No vidro
Não saiu
Da memória
Pena que não
Tirei uma foto
Onde existia
Você

Passear na vida

Dei um salto tão grande
Que olhando bem
Percebi o vale
Onde me encontrava
Ficou pequeno
O mundo em volta
Um desconhecido
Tão gigante
Me perguntou
O  que fazia
Tanto tempo
Nesse lugar
Que nada fora
Tinha importância
Você veio aprender
Ou só pra passear
Na vida

12 de out. de 2018

Vida e poesia

Consegui fazer
O que importava
Me passou
Pela cabeça
Esse pensamento
Não existe
O que encontrar
Quem vem
Tem o princípio
Do degrau
Que não vejo
Sinto que estou
De volta na poesia
Que me fez acordar
Pra vida

Asas do coração

Não consigo me desfazer
Dos nós e nem laços
Que apertei
Pensando
Que era liberdade
Acreditei
No dourado
Da gaiola
Só me restam
As asas
Do coração

Eu sou criança

Quando crescem
Fica um silêncio
Forte pela casa
A bagunça dar
Lugar
A uma ordem
Perdendo espaço
A brincadeira
Que era o aprender
De quebrar consertar
Ralar o joelho
E chorar
Como fosse
A maior dor
Dor do mundo
Eu sou criança

Ponte e poesia

Não te julgo
Se não sabe
Nadar
Nem boiar
Espero
Que eu seja
Uma ponte
Pra te ajudar
Atravessar
Um pouco
Teu coração

Coração da poesia

Talvez olhe
Algum dia
Suas palavras
Eu sinta
A indiferença
No entanto
Só sei
Como um tambor
Bate acelerado
O coração da poesia

Cachoeira

Se você deixar
De pensar
Irá me ver
Com a clareza
Das águas
De uma cachoeira
Que se entrega
Como num sorriso
Aberto
Estou onde
Menos
Você procura

Defeitos

Estive longe
De concordar
Que o amor
Não ignora
As sombras
Tive sim
Que olhar
E aprender
Que os defeitos
Estão aonde
Mais preciso
Mudar

Chegar perto de você

Me sinto submerso
Querendo saber
O que existe
Em tua superfície
Poros pelos
Cabelos
Em desalinhos
Fico careca
De tantos pensamentos
Não dou conta
Das inúmeras vezes
Que tentei
Chegar perto
De você

Brincar de viver

Espero teu brilho
Vir lá do horizonte
Como criança
Tentando adivinhar
Se vai dar sol
Ou chuva
Um olhar ávido
De querer
Aprender
Brincar
De viver

11 de out. de 2018

Reflexos

De que valeria a pena
Se não fosse leve
Como uma pluma
Que não liga
Pra o peso
Das coisas
Absurdas
Surdas
No espelho
Acenam
Fazendo
Mímica
O outro lado
Parece
Que vive
Me imitando
Na vida existem
Reflexos assim

De fazer inveja ao vento

Quer que eu volte
Pra você seria
Descer do sonho
Sair da nuvem
E no encanto
Levo teu susto
Num arrepio
No peito
Um fôlego
De fazer
Inveja
Ao vento

Marujo

Não tive certeza
Perdi a chance
A onda do navio
Âncora deixou
O sentimento
Guardado
Atado
Em seus dedos
Meus calos
O marujo
Amou

Desnudo

Quem dá jeito
No beijo perdido
Lembra do gosto
Que não sentiu
Desnudo o lugar
Nada parece
Se encaixar
Quando se namora
O mar

Sorriso de palhaço

O que não te traz de volta
Uma sombra penumbra
Rodeando o pensamento
O que restou
Nem o tapete
A nuvem
Escondeu
No sorriso
De palhaço
Encontrei

É de estranhar

É de estranhar
Te ver assim
Sentado
Quieto
Como consegue
Voar tanto
Sem asas
Me ensina
Poesia

Solidão e poesia

Gosto quando fica
Me encarando
Do outro lado
Da mesa
Eu sou apenas
Um cara
Que combina
Com tua solidão

Maré seca

Quando é que vem a vez
Só sei que tá dando muita
Muita saudade de você
Caminhando na areia
Sentindo o mar
Bater tão devagar
Catando conchas
Maré seca

Lua e poesia

Não estou a par
Do que acontece
Diário perdido
Sem folhas
Descrevem
A saudade
Não sei
Porque a lua
Me olha tanto
Quando fico assim

Abraço

Acho que perdi
O medo de sentir
Teus lábios
Sem palavras
Querendo o encontro
Uma música suave
Que vem do coração
Quando cansar da solidão
Pode se aproximar
A poesia é teu abraço

Amigo amor

O que nos torna
Frequente
É o amigo
Luz acesa
No caminho
Quem está
Em volta
Tenta se aproximar
Com o manto
Da escuridão
Não encontra lugar
Onde habita
Sempre o amor

Lago

Não sei como
Voltar a tona
Na superfície
Tem um lago
Que faz o sentido
De quem rodeia
Sem mergulhar
Em tuas águas
De pura solidão

Frutos do amanhã

Ninguém desperta
Sem abrir os olhos
E por mais
Que seja o desejo
A vontade deve
Tomar o rumo
Com o horizonte
Num  crescer
De amor
Não é uma escada
Comum de degraus
E em cada andar
Tem muito mais
Como uma semente
Que precisa ser ver
Novos mundos
Frutos do amanhã

10 de out. de 2018

Flor aberta

Uma flor
Bem aberta
Você é
E sentir
Tuas pétalas
Dão um colorido
Especial a vida
Um pólen
De muitas
Surpresas
Um coração
Que ajuda
A todos

Xícara sem pires

É como uma asa
Que cresce
E faz voar
Muitos sentimentos
Espalhados na memória
Querendo reunir
Juntar o que já foi
Quebrado pedaços
De muitos lugares
Como se fosse
Uma xícara
Sem pires

Pra mim no coração

De seus traços
No rosto um caminho
Por onde passou
Rios incontáveis
De um olhar
Que soube
Em cada abismo
Ensino vivido
Lembrar da ponte
Pra mim no coração

Preste atenção

Como te alcançar
Se não te vejo
Te sinto
Como nuvem
Que desagua
Pra permitir
Que venha
O sol e a lua
O único momento
Que estou com você
Acredito que seja
Quando está tocando
Rodeado de músicos
Sei que nos encontramos
Teu coração é uma música
Que não se esquece
De viver
Preste mais atenção

Flor de lotus

O que faz
Tua mão
Deslizar
Até a minha
Se chama
O lugar
Não importa
Quando não existe
Razão pra se impor
Ao coração
A poesia é uma oração
Que liberta o ser
Ensinando ao ter
Unindo
O caminho de muitos
Muitas vidas
Flor de lotus

Reiki

Não estou
Tão distante
Que não possa
Sair
De mim
Mesmo
E ir
Em pensamento
Encontrar
Habitar
Um olhar
Junto
No coração
Amor irradia
Amor
Reiki

Palco

Me fale
Um pouco
De você
Nem que seja
Pra aumentar
O mistério
De não saber
Abrir
A cortina
Do teu palco

Plural

Um plural de coisas
Me fazem explodir
Em emoções
Nem sei
Se tenho noção
De onde vai parar
A flecha que o arco
Precisou esticar
O alvo cresce
Quando se ama

Serpente

Você deixou claro
Que a serpente
No ninho
Não esconde
Pra que veio
Basta ser
Pra quem
Não teme
O amor
Caso escolha
O ter
A serpente
Sabe onde está
Cada vez mais
Teu coração
Aprenda com a serpente
Não seja uma serpente

Somos uma lenda

É no descompasso
Que desacelero
Entrego
O que faço
Correndo
Se tem
Um tempinho
Respire fundo
Eu sou muito
Do que já fui
Somos
Uma lenda

Coração de vento

Foi de longe
Que vi
Você chegar
Sorrateiramente
Sem querer nada
Um jeito solto
De dizer
Fique a vontade
Meu coração
É de vento
Aproveite
Enquanto
Sou perto
Onde o amor
Nunca passa
Sempre mora

9 de out. de 2018

Tuas águas

É em tuas águas
Que mergulho
Perco o orgulho
Nado até a superfície
Tiro o peso do coração
Esperando teu canto
Invadir o abismo
Que ainda existe

Lua discreta

De onde vem
O arrepio
No silêncio
Nuvens
Quietas
Ausente
O vento
Uma lua
Discreta
Tá de olho
Aberto
Na janela
Na espera
Que a solidão
Vá logo
Embora

Sem máscara

Sem máscara
Não há anestesia
Que contenha
A agonia da ansiedade
Como prender o olhar
Implicante coração
Nunca se cansa
De andar amar
Por onde quer
Consegue
Arrancar
O meu melhor
Sorriso
Sem máscara

Passaporte

Eu sou uma viagem
Ímpar interminável
Um filme na cabeça
Maria fumaça
Nos trilhos
Do carvão ao diamante
Pedindo a cada estação
O tempo não retorna
Quando a saudade
É um eterno presente
A poesia é meu passaporte

Sem musa

Sabe aquele olhar pensativo
De janela entreaberta
Fazendo um silêncio
Que encena nos lábios
Palavras que se calam
Numa dança que namora
Os pés da saudade
Se existe esse lugar
Minha poesia está lá
Sem musa

Pedaços de você

Digo que tempero
Não deixo azedo
Talvez doce
Cedo demais
Fica cru
No sentimento
O que devora
Apavora na espera
É nela mesmo
Quem mais
Encosto
Nas manhãs
Pedaços de você

Lágrimas das nuvens

Tô na chuva vem
Pingos de esperança
Molhado aqui
Querendo secar
O coração bem
Gostoso pra mudar
Quando secar
As lágrimas
Das nuvens

Inspiração

Pra ficar juntinho
Aquecer o verso
Quero lembrar
Ver o vento
Despenteado
Se livrar
É um desafio
Que faz
Do teu coração
Um lugar melhor
Eu sou
Teu sonho
Acordado
Vontade de roubar
Pra mim
Toda essa inspiração

8 de out. de 2018

Círculo e o amor

De que cor
Ficou a parede
Descascada
Na temperatura
Humor umidade
Erosão simpática
Tantas desculpas
No decorrer
Do tempo
Só tenho
Pra me lembrar
O círculo não tem
O lado que encontra
O amor

Círculo e amor

De que cor
Ficou a parede
Descascada
Na temperatura
Humor umidade
Erosão simpática
Tantas desculpas
No decorrer
Do tempo
Só tenho
Você
Pra me lembrar
O círculo não tem
O lado que encontro
O amor

Colo do mundo

Eu tiro um pouco
De você
De minha cabeça
Pensamentos
Nuvens
Que não se cansam
De pousar
Esqueço
Que não sou
O colo
Do mundo
Quando a poesia
Me avisa
Abra bem
As asas
Quero voar
Em você

No café

Senti tua falta
No café
Você sabe
Onde me achar
Se puder
Me faça
Um favor
Não cale
A poesia
Em você
Por mais
Que sejam
Os desafios
Na vida

No rosto da vida

Nada tão
Estranho
Assim
O caminho
Não se perdeu
Faltou
Corda
Pra esticar
Pendurar
A esperança
Tire a nuvens
Mude o céu
Ache teu lugar
Não fique
Próximo
Demais
Do sol
Que pode
Queimar
O que ainda
Tem de papel
Mel na flor
Pra escrever
No rosto
Da vida

7 de out. de 2018

Atrás da vitrine

Se tenho dúvidas
Foram criadas
No instinto
Bem selvagem
De muitas escolhas
Folhas esquecidas
No tempo da boca
Que calava
Dando ao silêncio
A certeza
Do que não sou
Vivia atrás
Da vitrine

Eu amo tua música

Eu amo tua música
Nua rabiscando tudo
Onde cabem todas
Poesias e voz
Como largar
O silêncio
Quando sou
Com você

Viajando

Vou bater nessa tecla
Até cansar o dedo
Que aqui não é
O meu lugar
Que estou de passagem
Não importa o avião
Pássaro sou
Estou no seu olhar
Viajando

Poesia de criança

Desde de quando
Você tem
Nariz empinado
O meu é achatado
Parece batata
Esparramada
Pelo chão
Lembra até poesia
Poesia de criança

Borboleta e flores

Se não fosse
A saudade
Inventaria
Algo
Bem gostoso
Quem sabe
Pra sempre
Poder provar
Tua essência
De borboleta
Entre as flores
Existe meu olhar
Buscando a vida
Que deixou
Aqui dentro
No coração

Esqueci de perguntar teu nome

Seria tão simples
Tão bom
Te ver
Com muitas
Ondas
Fantasia
De nuvens
Numa multidão
De corações
Estou
Que eu seja
Poesia
Sua nossa
Esqueci
De perguntar
Teu nome
Estrela
Que apelidei
De amor

Você é inteiro não está partido

Não duvide
Do que é
Capaz
Saiba
Que
Existe
Muito
Mais
Que
Um país
Inteiro
Dentro
De
Você
Aconteça
Todos os dias
Seja
Um bom governo
Em sua vida
Não acredite
No que está
Partido
Você é inteiro

Estação poesia

O que tem feito
De bom
Além do silêncio
E o soprar
Dos galhos
Que caem
Como folhas
De papel
Um mudar
E tanto
Ver as cores
Da natureza
Estação poesia

Segredo

Você não precisa
Ser minha praia
Nem tampouco
Me esconder
No coração
Se pareço
Confuso
É que ainda
Não sei
Quantos lados
Tem o sentimento
Como contar
O segredo
Que tenho
Sem ser
Em poesia

Eu nasci de uma onda

Tive a impressão
Que vi a vida
Passar em segundos
Os pés deslizando
Em nuvens de memória
Um desfile de sentimentos
De altos e baixos
Numa roda gigante
Imensa de um coração
Que sorrir muito
Com uma frase
Que não sai da mente
Volte quantas vezes quiser
Estarei esperando você
Eu nasci de uma onda

Fale comigo

Quem sabe
Um pedaço de mim
Tenha espaço
Em você
E se torne
Uma lembrança
Um jeito diferente
De ser poesia
Em cada dia
Quando peço
Que apenas
Fale comigo
Nem que seja
Em pensamento

6 de out. de 2018

Cego de amor

Só tenho medo
De perder
O trem
Que passa
No horário
E acontece
Quando mais
Estou distraído
Na ilusão
Que a estação
Não avisa
Cadê o alarme
despertador
Que resista
É difícil ficar
De olho aberto
Cego de amor

Fruta do vizinho

De tanto esticar
Tenho dor nas costas
Corcunda arrependida
Espinha torta
De tanto olhar
De lado no muro
Escondido
Pra apreciar
A fruta do vizinho
Até hoje
Não sei
O sabor

Destino simples

Nem de longe pensei
Que pudesse levar
A saudade nunca
Soube que o vento
Soprava o caminho
Destino simples
Do por do sol
Saber encontrar
A lua na poesia

Amor poeta

Estou louco
Pra te pegar
Em cada esquina
Da vida atingida
Pelas paredes
Pintadas com a cores
Esforço spray
Incessante luta
Expressão urbana
Ninguém vive preso
Em ideias
Acredite
Tua poesia
É própria
Vestida
De muito puro
Amor poeta

Doce poesia

Gostaria de ficar
Tranquilo
De papo pra o ar
Olhar o teto
Me perder
Nos cabelos
Cachos da vida
Dando uma risada
Em silêncio
Pra que ninguém
Descubra
O tesouro
Que Carrego
Em mim
Doce poesia

Chato demais

Tenho vontade
De te pendurar
No pescoço
Carregar
Pra lá
E cá
E quando
Cansar
Te deixar
Num canto
Qualquer
Até sentir
Saudade
De novo
Eu me chamo
Chato demais

Conviver na poesia

Venho te soltar
De voce mesmo
Conviver na poesia
Dar nisso
Posso ir
A qualquer
Lugar
O inexistente
Perde a solidão
Invento o vento
No barco sem vela
Crio o próprio rumo
Supra sumo do amor
Sentimentos
Que estão
Por nascer

Primeiro beijo

De uma conversa
Franca nasce
Tão despercebido
Doces olhares
Momentos únicos
Paisagem que marca
Pontua o sentimento
Dando uma música
Suave de quem toca
A melodia inesquecível
Primeiro beijo

5 de out. de 2018

Nossa música

Não tive
A resposta
Desejada
Esqueci
Que as regras
Quem faz
É o vento
A favor
Tenho
A batida
Que faz
Quando
Toca
Nossa
Música

Rascunho

Impossível não sorrir
Em cada encontro
Esquina intervalo
Vale ficar em silêncio
Sentir a respiração
Do outro lado
A moeda só cai
Quando não apostamos
Como será
A próxima vez
Rascunho

Confunde

Quiseras eu
Perceber
Teu barco
Braço
Estendido
Quem sabe
Acenando
Confunde
Gostoso
Quando
Sorrir
Eu gosto disso

Na palma da mão

Não posso te dar
O que não sou
Como ajudar
Se não vejo
Na palma
Da mão
O sentimento
Que torna
Tudo possível
Ser distraído
Está deixando
De ser fuga

Mundinho doido

Fugindo aqui
Desse mundinho
Doido
De vontade
De voar
Sem asas
Andar
Sem os pés
Encontra
Uma sombra
Leve
Pra esticar
Bem
A vida
Uma poesia
Vindo de você

Música de bueiro

Escutei isso
Adorei
Música de bueiro
Algo denso
Rola uma tristeza
Um rebuscar
Sincero pleno
Digno no coração
Se não tá legal
Porque não mudar
É ver no que vai dar
Outra curva na vida

Couro do coração

Tirar o couro
Do coração
Não é legal
Esfolar
Tendo
Fome
De viver
Abrir janelas
Portas doidas
Se faltar
Sentimento
Olhe debaixo
Da cama
Eu caí daí
Há muito
Tempo
E só agora
Que me diz
Que tem saudade
E eu sou o louco
Nessa estória

Moleque na chuva

A chuva cai
Despretensiosamente
Encontra
O que molhar
Agraciando
Com um banho
Generoso
Misturado
Ao suor
Que antes afligia
Talvez o nariz
Ceda aos espirros
É muito bom
Sentir essa água
Toda despencar
Moleque na chuva

4 de out. de 2018

Doce obsessão

Você me deixa no ar
Não sei o que fazer
Sem me desesperar
Talvez quem sabe
Perca o chapéu
Ou a cabeça
Caia em algum
Buraco pra chamar
Atenção do que não vejo
Em nenhum lugar
Doce obsessão

No meu quarto

Não me sinto preso
No meu quarto
Onde pinto
Estrelas na parede
O pincel não sossega
Tem sempre tempo
Pra colorir o dia
A janela tem inveja
Do que tanto
Nos faz sorrir
E o mundo lá fora
Não tem ideia
Como somos
Tão felizes

Amor do nunca

Não pude me despedir
Em cada por do sol
Nem fingir
Que não via
Tua estrela
Apagar
No horizonte
Num palco
Que desde de criança
Me intriga
Como pode o sol
Namorar a lua
Sem nenhum tempo
Segundos bastariam
Esse é um amor
Que nunca
Pensei existir

Acaso

Se acaso me descuidei
O acerto vem em cheio
Creio que seja no olhar
Que mudou o nome
Lugar sentimento
Tem fases
Estações
Ainda não sei
Como o coração
Não se cansa
De amar sem você

Magia

Uma certa magia
Havia algo
No ar
Foi um
Dos raros momentos
Em que artista e público
Se tornam um

Pescador de ilusões

Não vou tirar a razão
De te ver
Pescar a ilusão
Perdendo o anzol
Que vive caindo
De suas mãos
Quando cansar
De por tantas
Iscas variadas
Os peixes virão
Não precisa
De rede
Pra prender
O que a vida
Quer que flua
Pescador
De ilusões

3 de out. de 2018

Entranhado

Tá entranhado
Na minha cabeça
Tantas poesias
Quem nem discuto
Quando sai o suor
Na pele um arrepio
Ganhando no verso
O caminho de volta
Ao coração
É na flor
Que encontro
A pétala perdida
Tá entranhado
Na minha cabeça

Sozinho no quarto

Eu vi no espelho
Um pouco escondido
Um desejo na sombra
Sem brilho distorcido
Pelo tempo no canto
Teia de aranha
Pedaços sobrando
Onde encaixar
Quem devorou
A parte que ainda
Cabia um coração
Sozinho no quarto

Sinfonias

Estou mais perto
Da liberdade
Do solo gentil
Do instrumento
Fluindo na melodia
Que não cessa
Movendo mundos
Montanhas lugares
Nunca antes inventados
Quem sabe esse seja
O caminho natural
Da música inspiradas
Pelos poetas
Sinfonias

Aquarela


Se em tua essência
Vier um sonho
Veja como realizar
Ou aprender
Como pintar
Essa tela
Que destila
Tantos sentimentos
Em tintas
Que nenhuma
Nenhuma aquarela
Ousaria
Se insinuar
Descubra esse amor
Que existe
Só em voce
Pra você

Leme

Segura o leme
Que pode virar
Sacudir a proa
A deriva
A broa caiu
No chão
Sente que tudo
Passa como
A tempestade
Dilui fazendo
Vibrar o momento
Intenso olhar
Que revira
Deixando fora
Do lugar

Todas as noites

As nuvens passam
O olhar não sabe
Pra onde foi
O que estava
Lá atrás
No pensamento
De criança
Em festa
Acelera
Bate mais forte
Quando você chega
De surpresa
Todas as noites

Se vista do melhor

Se vista do melhor
O melhor momento
Aparece no fio
Da agulha
Que tece
Pedaços
De vários
Sentimentos
Que vão
Se reunindo
Poéticos
Retalhos
Crescem
Dando
Sua vez
Se vista do melhor

Sorrir com o sol

De quem mesmo
Estou falando
Se me falta
Desejo lugar
Nada é longe
Saudade
De você
Que sabe
Acordar
Com a natureza
De sorrir
Com sol

2 de out. de 2018

Feio

Tem um efeito
Devastador
Tira o eixo
Não ver
Defeito
No feio

Eremita

Eu sou
O que caminha
O eremita
Sério
No centro
Do olho do furacão
Eu habito pra espalhar
Guiar o vento
Com as mudanças
Eu aprendo amar
Com você

Espinho

Pensei que tinha
Mergulhado pra valer
E vejo que estou mais
No raso do que antes
A ilusão consegue
Pintar o quadro
Com as cores
Sabores
Que corroem
A vontade de mudar
Como sair
Dessa dor
Que insiste
Com solidão
Onde pisei
Morava
O teu espinho

Escriba

De vários chamados
O que mais dei atenção
Foi um cálice de madeira
Atrás de tanto ouro
Prata brilhantes
De suas mãos
Veio o coração
Coroa de espinhos
Tantos símbolos
Do Egito nasceu
Lembro de você
No corredor
Na poesia
O escriba

Procure saber

Procure saber
De onde vem
Teu sorriso
Pode olhar
Pra todos
Todos os lados
Até debaixo
Da mesa
No segredo
Dos pés
Em muitos
Encontros
Procure saber

Rio

Estou quieto aqui
Do lado de cá
Quem vai atravessar
O rio que segue
Sem parar
Tua correnteza
Já levou muitas
Muitas vidas
Uma mistura
De saudade
E amor

Coração cheio

Não perdi o hábito
De agradecer o tanto
Que já fez por mim
Na caminhada da vida
Dando sempre luz
Onde as sombras
Só queriam dar
O prazer e o descanso
Pra que desistisse
Do deserto
E não saísse
Do oásis
De tanto persistir
O sentimento que fica
É de mãos vazias
E o coração cheio

1 de out. de 2018

Sem dar sopa

Na colher da sopa
A percepção passeia
Espera esfriar
Sente o calor
Que afasta
O sabor
E sem pressa
Aprende a fazer
Da vida momentos
Sem dar sopa

Fantasia

Do que mesmo
Vivo reclamando
Esperneando
De barriga cheia
Não existe
Vida sem desafio
Nem nas lendas
Fábulas
Contos de fada
A fantasia sabe
O que precisa
Sentir é tudo
Animar a poesia
Tem o teu olhar

Como as borboletas

Quando choro
Sei que algo
Novo vem vindo
Um olhar no coração
Que me diz assim
Não demore muito
Tenho todo tempo
Do mundo
Somente pare
De teimar
Mude
Como as borboletas

Lábios

Sou muito suspeito
Sem jeito
De cuidar
Do que
A boca não fala
Perde o espaço
Da língua
Seca na sede
Do verbo perdido
Talvez a noção
Tenha pego
O tímido na palavra
Tesouro guardado
Tem seu valor
É difícil calar
Teus lábios

Amor e dor

Tento buscar
As nuances
De cada humor
O curioso é que
Só vivo mordendo
O próprio rabo
E não sei como
Nem de onde
Vem a dor
Será que virando
O pescoço
Descubro  o óbvio
Amor que tenho
Pela dor

Lado bom

Não vejo as estrelas
Quando fico assim
Quieto no canto
Do quarto
Devaneios
Da teimosia
Caminho que restou
Ruínas de uma noite
Mal dormida
Cheia de pensamentos
Tem também
Seu lado bom