31 de mar. de 2015

O que o olhar pediu

Quem derrama sabe

A sede disperdiçada

O copo vazio

Parece crescer

Semente de solidão

A mão que abraça

Esquece de sentir

O que o olhar pediu

A sedução é pura

Bate uma saudade

Incontida de exageros

Sobressaltos e suspiros

Uma dança que desfila

Até o último suor

Encontros de olhares

Que contaminam o coração

A sedução é pura

Onde a vida se interessa

A parte mais perigosa

Da caça ao tesouro

É depois de acha-lo

Possui algo

Em seu passado

Onde a vida se interessa




Quando choro

Quando choro

Algo em mim se desfaz

Volto a descobrir

O rumo do rio

Aprendo com o mar

Coroa de espinhos

Sangrando o coração

A reflexão é forte

E as palavras acabam

Ensinando o silêncio

De cada olhar

Gosto de pedir dias melhores

Gosto de pedir

Dias melhores

Olhares agraciados

De abraços enternecidos

Saudades aquecidas

Amizades novas

E também renovadas

Corações que não esquecem

Que a dádiva de viver

Seja mais

30 de mar. de 2015

A esperança é o luxo

A esperança é o luxo

De quem está

Aliviado pelo destino

E bebo um pouco  mais

Até que esvazie

O sentimento cure

E de volta faça

Aquele sorriso

Não tem nada de engraçado

Aparando as arestas

Aprendendo com as farpas

Os espinhos que apreciam

Pra valer muitos sentimentos

Entre a dor e o prazer

Está essa viagem

Que de brincadeira

Não tem nada de engraçado

Entre um espirro e outro

Rindo de mim mesmo

É o melhor que faço

Lugares quentes e frios

Estragam meu nariz

Que revela o humor

Destrona qualquer bipolar

Olhares confusos

E distantes na busca

De algo que me faz espirrar

A poesia que brinca

De abraçar sempre

Cada coração

Entre um espirro e outro

29 de mar. de 2015

Essência é natural

Certas manias

Me escapam

Passeiam no cotidiano

Tomam conta

Rodeando sempre

Essência é natural

E ganha outra cara

Tenha cuidado

Ninguém é alegria

De ninguém

O outro só conhece

Espelho e o eco

Que tudo muda

E ganha outra cara


Voce apenas sente

Como um raio

Se dissipa no céu

Um luar que aguarda

Que nasce no entardecer

E repousa no acordar

Que faz pulsar o coração

Ninguém avisa

O que faz

O dia sorrir

E  abrir os olhos

Voce apenas sente

Sempre o coração

No meio da ponte

Se ver os lados

E cantos

Um equilíbrio só

O brilho no olhar

Que arremessa

Sempre o coração

28 de mar. de 2015

Provocações são benvindas

Provocações são benvindas

Limpam o caminho

As folhas saem do lugar

Dando passagem

A próxima celebração

Viver como um desejo

Único de se encontrar

Nunca fui um cara de um só lugar

Nunca fui um cara

De um só lugar

Talvez seja

Uma forma politicamente

De ser com as aparências

É se despir nessa arena

Como um sacrifício de prazer

Que só pede cada vez mais

27 de mar. de 2015

Um olhar que nunca vi

Não é nada

De outro mundo

Traços que se tornam

Lugares que pensei

Nunca existir

Esse talvez seja

Um olhar que nunca vi

Cores que busquei

Cores que busquei

Mexem com carinho

Um afago sem sim

Rede me esparramar

Olhar em volta

Esquecer onde estou

Cores que busquei

Toda dança

O ritmo da música

Me leva

Come as palavras

Esnoba os sentidos

Faz dos pés

Toda dança

Adiantar o passo

Aprender a dar

Mais um passo

A frente

Bem rente

Sentindo o vento

Fazendo sentido

Esquecendo a pausa

Adiantar o passo

Além da solidão

Alguém pra conversar

E se sentir melhor

Atravessar olhares

Mergulhar no coração

Provar cada sabor

E misturar a química

Que faz nascer

Além da solidão

Acontece coração

Voce sentiu

Pena de mim

Olhe que aconteceu

A espada seguiu

O caminho natural

A mão estendida

Perde a razão de ser

No fundo onde tudo

Acontece o coração

Enquanto houver sonho

Enquanto houver sonho

Tudo pode mudar

Ganhar direção

Revelar novo horizonte

É como arremessar

Sem esperar o eco

Nem o bumerangue perdido

A vida assim evolui

Nada é de brincadeira

Nada é de brincadeira

Por mais lúdico

Que pareça ser

Arrancando sentimentos

Tirando do lugar

Corre corre

Pega pega

Sobe  e desce

O balanço lembra

Demais o cotidiano

Me faz um favor

Me faça um favor

Abra a janela

Descubra aquele

Dentro e fora

Desembarace o olhar

Tenha a coragem

De chegar bem perto

Do que sempre

Te faz sorrir na vida

O que tá no ar

O que tá no ar

E não vejo

Jeito suave

Leve de sentir

Que há muito tempo

Escondi sem perceber

26 de mar. de 2015

Entardeci

Pura semelhança

Coincidência estranha

Estrela sem guia

Lua escondida

É claro que perdi

Com sono deixei

Passou o sonho

Assim que despertei

Entardeci

Muitos olhares

Muitos olhares

Por onde passo

Pedem espaço

O sorriso é o silêncio

Que aprendo no cotidiano

O que tanto já fiz

E o que tanto faço

Que todos querem saber

25 de mar. de 2015

Ser e ter

Nem tudo

O que se quer

É o que preciso ter

Ser e ter

São passos

Onde se distingue

Quem você é

E não o que pensa ser

Só sei que a vida pede E não sei responder

Aonde voce vai

Eu não sei

O pássaro canta

E não sei a música

Já tentei

Dançar assim

O ritmo me derruba

Não sei o que é demais

O que tanto falta

Só sei que a vida pede

E ainda não sei responder

Numa busca

Numa busca

Os valores nascem

Novas oportunidades

Um refazer constante

Distante o tesouro

Ainda espera

Por desenterrar

O passado e abrir

O futuro

Faz o coração voar

Não se desfazer

Perde o sentido

Cria um peso

Desnecessário

Ser leve

Faz o coração voar

24 de mar. de 2015

Não disse que seria fácil

Não  disse

Que seria fácil

Já aconteceu

E se estiver

Que escolher

Posso fazer

Tudo sozinho

E não quero

Na cabeça a imagem

Apagar o que

Não se consegue

23 de mar. de 2015

Equilíbrio natural

Fique a vontade

Esparrame teu ser

Pelo brilho da vida

Nada é demais

Ou de menos

Equilíbrio natural

Fruta estragada

É com exagero

Que se perde a paciência

O exagero dos extremos

Visão distorcida

Neblina nos pés

Precipitando tempestades

O exagero tem gosto de tédio

Gosto de fruta estragada

Que acorda de mau humor

Soluço de alegria

O que jamais alcança

Aconteça em solidão

Aqueça como um sol

Toque seu rosto

Tão suavemente

Sem forma

Tenha o vento

Que a folha pensou

Serem além de asas

Soluço de alegria

Um furacão em silêncio

Tinha aqui comigo

Um pouquinho desse olhar

Que vinha e voltava

Passeava até arrepiar

Sem fazer rodeios

Encarava o momento

Um furacão em silêncio

Dificuldade

Superar as dificuldades

É como um sonho antigo

Tijolo após tijolo

As vezes desmorona

Ou muda de lugar

Uma coisa é certa

Sem dificuldades

O que seria

22 de mar. de 2015

A mente viaja

A mente viaja

O corpo pede devagar

Desistir sem tentar

Insulta o ego

E quem prepara

Sente melhor

As nuances

Sem saber o que esperar

Sem saber

O que esperar

Encarar o desconhecido

Requer esse olhar

De horizonte que se abre

Além das nuvens

21 de mar. de 2015

Onde que voce não viu o óbvio

Onde que voce

Não viu o óbvio

O que faltou

Pra que fosse

E tivesse

Razão de ser

A intuição iluminou

Outono chegando

O orvalho é natural

Como uma lágrima

Que perdida lembra

Com saudade restou

Um outono chegando

Uma lenda no coração

Leva pra casa

Tira do lugar comum

Arremessa um olhar

Que se abre forte

Não perde o foco

A ilha do farol

Tem um mistério

Uma lenda no coração



Bom senso

O bom senso

Nos leva longe

Vence barreiras

Atravessa sem desculpas

Olha em volta

Sem dar a volta

Ajuda sem pedir

É um milagre

Um dia assim

As vezes é difícil voltar

As vezes é difícil voltar

Não se culpe

Já ouvi essa frase

Sempre falta

Alguma coisa

Só preciso saber

Se tem um monstro

Dentro de voce

20 de mar. de 2015

Ponguinho

Esparramado

Olhar arrepiado

Abanando de alegria

Corre muito

Sente a presença

Antes de todos

Brincalhão inesquecível

Vira lata mesmo

Ponguinho



Quase esqueço de respirar

No meio do dia

Nem deu tempo

Uma correria doida

Olho do furacão

As vezes demora

E serenando como milagre

Faz repousar as folhas

Quase esqueço de respirar

Fósforo

Coitado do fósforo

Queima rapidamente

Sem perder o momento

Dando calor e luz

Clareia a escuridão

E alguns usam

Lembrando outros tempos

Para palitar os dentes




Como evitar curvas sinuosas

Como evitar

Curvas sinuosas

Lábios que incomodam

Seduz o olhar

Faz tropeçar

Perder a direção

Acordar na ilusão

Como não chorar

Cheio é um lugar de paz

Pra onde

Vou levar

Lembrar a saudade

O olhar repousa

Namora bem o mar

Vai devagar

Sentimento na maré

Que aguarda a lua cheia

Cheio é um lugar de paz

19 de mar. de 2015

Apaguei a luz

Um olhar que não escondia

Espremia o tímido

Sem saber

Em qual canto

Que o sentimento beijou

E deixou saudade

Apaguei a luz

Os brutos também amam

Me pede um jeito

Gentil que não sou

Desajeitado como um coice

Palavras que machucam

Nem repara se quebra

Pedaço de sentimento

Lembra um filme

Os brutos também amam

A chave e o barco

Como destrancar

Onde esconderam

A chave do mundo

A fechadura é cada olhar

O barco só afunda

Se esquecer de voltar

Voltar pra casa

É só o que peço

A chave e o barco

18 de mar. de 2015

Gratidão sempre

A vida é uma curiosidade única

Um abrir de páginas infinitas

Por mais que se escreva

Nunca chega o bastante

O que está em branco

São como nuvens

Tempestades que mudam

Sol que virá lua

Eclipses que passeiam

Tudo muda

Como criança

Aprendo a amar

Até os momentos que chateiam

Gratidão sempre

Esperando o sol se por

Qual é a sensação

De continuar a caminhar

Assim a contragosto

Dilacerando o melhor em voce

O que agita as ondas

Um grito ensurdecedor

Rasgando o horizonte

Estou lá... Bem lá

Esperando o sol se por



17 de mar. de 2015

Cadê o espelho meu

Acho que perdi a coragem

Cansado de desafios

E muros que se erguem

Pessoas caladas

Olhares fixos

Esquecem até o reflexo

Cadê o espelho meu

As certezas são as melhores dúvidas

As certezas são

As melhores dúvidas

Se agarram sempre

Como um nó cego

Ou laço bem apertado

Não importa o lado

Dentro ou fora

De mãos dadas

Diálogo

Se não escuto voce

Como posso ter opinião

Antagonismo é um veneno

Que infla o ego

Admitir a cegueira

É um passo doloroso

Onde a arrogância enferruja

O que podia ser bem melhor

Diálogo

Manhã de prazer

Bem devagarinho

Esquentar as mãos

Sentir o café

Pedindo um gole

Pão com manteiga

Mistura perfeita

Tem outras

Nem de longe

Deixaria escapar

Uma manhã de prazer

16 de mar. de 2015

Curar

Deveria ser curar

E por que remédio

Se a vida não  é

De remediar

Ninguém discute

Aceita o repetir

Bem que poderia

Como natural

Eu me curar

Entardecer das estrelas

Desculpas se somos

Realidades diferentes

Ou modo de ver

Ser com cada contexto

Os braços esticam

E nem sempre as mãos alcançam

Querendo apenas dizer

Fique um pouco mais

Até o entardecer das estrelas

Defeito

Todo mundo

Vem com defeito

Não há conserto

Que  dê jeito

O que é demais

Fica sendo pouco

O absurdo nasce

Sem pressa

E o maior defeito

É esquecer de viver

Dominó

E é só...

O que preciso saber

Sem se desorientar

O excesso escorrega

Brinca com o stress

Faz um estrago admirável

Lembra aquele dominó

Não fica uma só peça

Em pé

Mistura fina

Certos olhares

São palavras

Que se completam

Namoram melhor o momento

Um silêncio

Que diz muito

Essência que se espalha

Traduz o coração

Mistura fina

15 de mar. de 2015

Legítimo amor

Vim te visitar

Voltarei sempre

Mesmo que não saiba

Estarei perto

Nada pode mudar

O que a amizade une

Infinito revela

Legítimo amor

Sem paraquedas

Sem paraquedas

Dói demais

Até de pensar

Quem diria

Voar sem asas

Adorava sonhar

Acredito em milagres

Não importa

O que sempre faça

A solidão devora

Saudade engole

Um guerreiro

Em busca de paz

O descanso foge

Acredito em milagres

Nada é impossível

Nada é impossível

Difícil sim

Perigoso

Mas,  não impossível

Terá um preço

Nada é impossível

Shakespeare

Meu amor permanecerá

Jovem em meus versos

Consegue ver

Não está perdido

Isso não morre

Todos aqueles livros

Eram tempos melhores

Sim,  eram

Voce e eu éramos melhores

Um olhar no infinito

A chave de tudo

É o que somos

E vamos sendo

Buscando sentido

No que não faz

Sentido algum

Uma gota

Na imensidão

Um olhar no infinito

O tempo não pula a saudade

O tempo não devolve

Não engole lembranças

É um estrada reta

Que não se inspira

Em curvas

Nem tão pouco

Atalhos convincentes

O tempo não pula

A saudade

14 de mar. de 2015

Outras escolhas

Pra que tanto

Se o pouco completa

Muito assim

Sem jeito

Aparando o destino

Que insiste

Com outras escolhas

Tem sua vez

Sem direção

Bate o vento

Arrancando o chão

Deixando sossegar

O que é pra ser

Tem a sua vez

Numa tarde sincera

Numa tarde sincera

Um sol escondido

O pensamento passeia

Sente o caminho

Dando muitas

Namorando as nuvens

Desenham o olhar

Cavalo manco

Nem de longe consigo

Imaginar o que houve

Talvez seja o sono

Que me faz ver

Lugares onde não estou

Me sentindo um cavalo manco

Cadê a sobremesa

Reconheço a preguiça

Após um longo almoço

Espreguiçar sem fim

Até adquirir um ar

De sonolência profunda

Que me faz delirar

Cadê a sobremesa

O sentimento mofou

Quem passou

E nada deixou

Nem se desesperou

A fogueira queimou

O tempo abafou

O sentimento mofou

Entre as gaivotas e as ondas

Saudade de ver

O amanhecer

Aquele pedacinho

De luz saindo

Entregando o horizonte

Entre as gaivotas e as ondas

O violão continua lá

Quero ouvir de novo

Aquela música esquecida

Que aquecia o coração

Que fazia passar

E alegrar o momento

O violão continua lá

Esperando você voltar

Bastidores da vida

Por um tempo

Estou de volta

Distraído nas ruas

Tentando ver

No que a cidade mudou

As pessoas parecem voar

Nas calçadas um ar de correria

E atravessar cada esquina

Um ritual sem fim

Onde fica mesmo

Os bastidores da vida

Parece ser voce

Parece ser voce

Mas,  não estou aqui

Será mesmo?

O reflexo da lua

Ainda se despedindo

Um olhar convida

A bebida enche o copo

Disfarça o sentimento

Acenando esperança

Dando espaço

Pra que venha outra vez

Além das pegadas

Nada fica como antes

Nem o depois

Sempre tem

Um outro olhar

Que diz mais

O arrepio sim

É a surpresa

De ver o dia nascer

E perceber

Que ainda sou

Além das pegadas

13 de mar. de 2015

Esqueci o pote de ouro

Teve época

Que já fui

Capaz de qualquer

Horizonte mais brilhante

O que mudou

Acho que sei

O arco íris

Não tem só cores

Esqueci o pote de ouro

Crescer é vida

Já tive tantas dúvidas

Penso que a certeza

Vive fugindo de cada encontro

Acredito que sejam desafios

Que vamos criando

Uma mistura de desejos

Criando vida própria

Crescer é vida

12 de mar. de 2015

Nem sempre sei o que seu olhar quer dizer

Esconder sentimentos

Dói muito

É se afogar no coração

Segredos atiram pelo avesso

Uma trajetória singular

Nem sempre sei

O que seu olhar quer dizer

Despetalando o dia

É bom perceber

Que vento não levou

Esse raro momento

Lucidez que acena

Despetalando o dia

Jujuba

Virou realidade

Esse jeito gostoso

De ser multicor

Olhar açucarado

Indisfarçável gula

Saindo do saquinho

Numa sofreguidão enorme

Adoro jujuba

Liquidificador

Me sinto um liquidificador

Triturando pedras

Que insistem perturbar

Um rede moinho de sentimentos

Virando uma essência de sabores

Esse furacão só amansa

Entre o por do sol e o amanhecer

11 de mar. de 2015

A bicicleta tem um nostálgico olhar

É de virada

Um lugar qualquer

Ganha o vento

Sorriso vem

Como ninguém

Entre os carros

Calçadas e contra mão

Furando fila

A bicicleta tem

Um nostálgico olhar

Um olhar como o seu

Nem de longe acertei

Aquele ponto no horizonte

Que mais lembrava um rabisco

Onde a natureza desenhou

Pra que pudesse encontrar

Um olhar como o seu

Café da manhã

Tem tempo

Esqueço o despertador

O Café desce correndo

Pãozinho na manteiga

Encontros saborosos

Mortadela queijo salaminho

Até queijo minas

Pão de queijo no forno

Quando tudo falta

Salva a pizza da janta

No café da manhã

10 de mar. de 2015

Nuvem passageira

Distraído olhando a chuva

A janela disfarça a paisagem

Com detalhes que são gotas

Espalhadas por um olhar

Que admira a coragem

Dos relâmpagos e trovões

Nuvem passageira

Uma água que não pára no varal

Estica a coluna

Sente a parede

O descanso momentaneamente

Passam entre as pernas

Ignoram a presença

Meio do caminho

O vizinho acha um absurdo

Uma água que não pára

No varal

Balão

Como descrever

Despir a essência

Avançar na escuridão

Conhecer o desconhecido

Que habita cada solidão

Desapegar o sentimento

O balão só sobe mais

Quando perde o que não precisa

9 de mar. de 2015

O mar nunca espera

Prefiro ficar de pé

Insistir no furacão

E com toda tempestade

Sentir no íntimo

Como se esconde a insanidade

A cachoeira na lua cheia

Magia de outras vidas

O mar nunca espera

A chuva insiste

A chuva insiste

E não desisto

Mesmo que molhe

E me faça chorar

As nuvens mudam

Mudam sempre de lugar

O sentimento namora

A chuva insiste




O prato sabe

O prato parece vazio

Por mais que esconda

Os espaços da fome

Na essência o olhar

Que me devora

De um lado a solidão

E outro a multidão

O prato sabe

Ninguém abandona o que faz bater forte

Eu observo

Sou louco

Por essas ondas

Que arrastam

Meu coração

O que cansa é o corpo

A mente não se importa

Quer sempre mais

Ninguém abandona

O que faz bater forte

Trilha sonora

Uma trilha sonora bacana

De um gosto apurado

Que passeia muito

Marcando saudades e lembranças

Nas tranças do destino

Lugares que viraram sonhos

Alguns se realizaram

Onde a música não pode parar

8 de mar. de 2015

Caminho de volta

Quero que seja sincero

Abandone a dúvida

Tire do olhar

Abuse da coragem

E quando derrapar grite

Porque as curvas não perdoam

Corra como se fosse a última vez

E só assim acreditará

No caminho de volta

Primeiro passo

Faça o dia brilhar

Nem que precise

Apagar toda tristeza

E preguiça que aparecer

Quem sabe vive pra valer

Não espera a vez

O que faz sentido

E sentir o primeiro passo

Dia internacional da mulher

É um ser repleto

Onde a intuição é a lógica

Ou nem sempre

De uma essência divina

Humor que varia com a lua

De uma coragem de viver

E encarar situações

Que nem te conto

Sem elas o mundo não existiria

Ensina sempre

A beleza do coração

Com a arte familiar

É o que faz brihar

Quando nascemos

7 de mar. de 2015

Compor a vida

É um desafio

Apenas assistir

Sem tocar

Sentir a canção

Voar numa dança

Como o primeiro passo

De criança que cai

Levanta e insiste

Atropela a língua

Porque as palavras

Não saem ainda

Compor a vida

Uma pequena luz

Uma pequena luz

Afasta pra longe

O que não é

Seu caminhar

O que não está claro

Espera o agir

Como uma lanterna

Pra não se perder mais

Nada é fácil até voce conseguir

Abrace o momento

Oportunidade aproveite

Aprenda com a bagunça

Respeite a essência

E quando não for possível

Sonhe até realizar

Sem embaraço

Nada é fácil

Até voce conseguir

Voce pode fazer isso

Voce pode fazer isso

Crescer em árvores

Quebrar galhos

Sentir as folhas

Aprender com os frutos

E fazer tudo

De novo com as sementes

Privilegiar a vida

Ou simplesmente deixar passar

6 de mar. de 2015

Por que a alegria é meu lugar

Eu não presto atenção

A tristeza que insiste

Em dar voltas

Querer ficar

De solidão irá perecer

Porque a alegria

É o meu lugar

A vida dar de presente

Existem momentos

Que habitam o ser

Exploram o sentimento

De ir além

Mudar é aprender

O que não muda

A ignorância toma

Com a ilusão

O que faz sentido

A vida dar de presente

5 de mar. de 2015

A gaivota espera

De um jeito ou de outro

A brisa abraça o barco

Namora a orla

Enquanto passeia

Entre as ondas

A gaivota espera

O que vale a pena

Só aceite a vitória

Vale se deslumbrar

Arriscar sem saber

O prêmio passa

O pensamento viaja

Pra que guarde sempre

Novas memórias

A serem feitas

O que vale a pena

Como desfazer um nó

Desculpe interromper

Incomodar o coração

Despentear o momento

Aprender com o vento

Sentir pra que lado mesmo

Onde tudo foi parar

Como desfazer um nó

É do tamanho do seu olhar

Melhor surpresa

Será que existe

Ver que o outro

Alcançou

Por alguns momentos

O que alavanca o coração

É do tamanho do seu olhar


Quem sabe voce esteja

Bastaria um olhar

Um jeito sincero

E o melhor meio

Como não tocar

A música está lá

Esperando você  voltar

Para próxima dança

Quem sabe você esteja

Lá vem o sol

Tem sempre

Mesmo que pareça

Um sonho adormecido

Quem nunca acordou

Assim com sorriso aberto

Sem saber de onde veio

Lá vem o sol

4 de mar. de 2015

Faça desse abraço um beijo longo

Faça desse abraço

Um beijo longo

E leve o fôlego

Na essência do dia

Acredite mais

Que só assim

A ajuda nasce

Nada é pra já

Nada é pra já

Ninguém espera

Coincidência é um espelho

Que não reflete

O espetáculo da vida

Palco e bastidores

Nada é pra já

O vento a favor

Essa paz e alegria

Que me invade o coração

Atravessa a tristeza

Descabela o momento

Tem muito mais

Sempre é bom aproveitar

O vento a favor

3 de mar. de 2015

Desenhou asas no coração

Quem me viu passar

Não perdeu o sorriso

A brincadeira virou

O faz de conta

Saiu do sonho

Criou pernas

E desenhou asas

No coração

Suave é a flor

Suave é a flor

Que habita o jardim

Não escolhe lugar

Semeia o ambiente

De verde e muitas cores

Que fazem valer

Cada momento

Trem das estrelas

Quero de presente

Esse ar de liberdade

Que paira

Me atravessa o coração

E corre e vai longe

Na emoção da paisagem

De muitas estações

Um trem das estrelas

2 de mar. de 2015

Meu mundo voce não vê

Meu mundo

Voce não vê

Por mais que esteja

Do meu lado

Solidão a dois

Olhar distante

Mastigo a saudade

Esperando encontrar

O que estava solto

Perdido num canto qualquer

Sem desistir do coração

O que faço

Pra descobrir

E esconder o olhar

Cria embaraço

Nunca vai embora

Concorda com a saudade

Sem desistir do coração

Será estranho

Será estranho

Ver o dia nascer

Um brilho no olhar

Escapar pela janela

Não querer levantar

Se arrastar até cair

Da cama e beijar o chão

Será estranho

1 de mar. de 2015

O sentimento voa quando se descobre

Querer do outro

O que não tem

É sofrer na certa

Dormir acordado

Não perceber

O sentimento voa

Quando se descobre

Ainda escondo o sol e a lua

Tenho a possibilidade

De dançar

E não danço

De nadar

E não nado

De amar

E não amo

Tenho a possibilidade

De viver

E deixo passar

Ainda escondo

O sol e a lua

É bom reunir amizades assim

É bom reunir

Amizades assim

Perdendo tempo

Num longo bate papo

Onde o tempo não existe

E o prazer estar no olhar

Despretensioso de um abraço

Que celebra a vida

Um rio de janeiro a janeiro

De um olhar único

Que faz sorrir

Colorir a vida

Carioca da gema

Da serra ao mar

Jeitos e falas

Rasga abre veste o verbo

A graça de viver

Um rio de janeiro a janeiro