Quem derrama sabe
A sede disperdiçada
O copo vazio
Parece crescer
Semente de solidão
A mão que abraça
Esquece de sentir
O que o olhar pediu
Quem derrama sabe
A sede disperdiçada
O copo vazio
Parece crescer
Semente de solidão
A mão que abraça
Esquece de sentir
O que o olhar pediu
Bate uma saudade
Incontida de exageros
Sobressaltos e suspiros
Uma dança que desfila
Até o último suor
Encontros de olhares
Que contaminam o coração
A sedução é pura
A parte mais perigosa
Da caça ao tesouro
É depois de acha-lo
Possui algo
Em seu passado
Onde a vida se interessa
Quando choro
Algo em mim se desfaz
Volto a descobrir
O rumo do rio
Aprendo com o mar
Coroa de espinhos
Sangrando o coração
A reflexão é forte
E as palavras acabam
Ensinando o silêncio
De cada olhar
Gosto de pedir
Dias melhores
Olhares agraciados
De abraços enternecidos
Saudades aquecidas
Amizades novas
E também renovadas
Corações que não esquecem
Que a dádiva de viver
Seja mais
A esperança é o luxo
De quem está
Aliviado pelo destino
E bebo um pouco mais
Até que esvazie
O sentimento cure
E de volta faça
Aquele sorriso
Aparando as arestas
Aprendendo com as farpas
Os espinhos que apreciam
Pra valer muitos sentimentos
Entre a dor e o prazer
Está essa viagem
Que de brincadeira
Não tem nada de engraçado
Rindo de mim mesmo
É o melhor que faço
Lugares quentes e frios
Estragam meu nariz
Que revela o humor
Destrona qualquer bipolar
Olhares confusos
E distantes na busca
De algo que me faz espirrar
A poesia que brinca
De abraçar sempre
Cada coração
Entre um espirro e outro
Certas manias
Me escapam
Passeiam no cotidiano
Tomam conta
Rodeando sempre
Essência é natural
Tenha cuidado
Ninguém é alegria
De ninguém
O outro só conhece
Espelho e o eco
Que tudo muda
E ganha outra cara
Como um raio
Se dissipa no céu
Um luar que aguarda
Que nasce no entardecer
E repousa no acordar
Que faz pulsar o coração
Ninguém avisa
O que faz
O dia sorrir
E abrir os olhos
Voce apenas sente
No meio da ponte
Se ver os lados
E cantos
Um equilíbrio só
O brilho no olhar
Que arremessa
Sempre o coração
Provocações são benvindas
Limpam o caminho
As folhas saem do lugar
Dando passagem
A próxima celebração
Viver como um desejo
Único de se encontrar
Nunca fui um cara
De um só lugar
Talvez seja
Uma forma politicamente
De ser com as aparências
É se despir nessa arena
Como um sacrifício de prazer
Que só pede cada vez mais
Não é nada
De outro mundo
Traços que se tornam
Lugares que pensei
Nunca existir
Esse talvez seja
Um olhar que nunca vi
Cores que busquei
Mexem com carinho
Um afago sem sim
Rede me esparramar
Olhar em volta
Esquecer onde estou
Cores que busquei
Aprender a dar
Mais um passo
A frente
Bem rente
Sentindo o vento
Fazendo sentido
Esquecendo a pausa
Adiantar o passo
Alguém pra conversar
E se sentir melhor
Atravessar olhares
Mergulhar no coração
Provar cada sabor
E misturar a química
Que faz nascer
Além da solidão
Voce sentiu
Pena de mim
Olhe que aconteceu
A espada seguiu
O caminho natural
A mão estendida
Perde a razão de ser
No fundo onde tudo
Acontece o coração
Enquanto houver sonho
Tudo pode mudar
Ganhar direção
Revelar novo horizonte
É como arremessar
Sem esperar o eco
Nem o bumerangue perdido
A vida assim evolui
Nada é de brincadeira
Por mais lúdico
Que pareça ser
Arrancando sentimentos
Tirando do lugar
Corre corre
Pega pega
Sobe e desce
O balanço lembra
Demais o cotidiano
Me faça um favor
Abra a janela
Descubra aquele
Dentro e fora
Desembarace o olhar
Tenha a coragem
De chegar bem perto
Do que sempre
Te faz sorrir na vida
O que tá no ar
E não vejo
Jeito suave
Leve de sentir
Que há muito tempo
Escondi sem perceber
Pura semelhança
Coincidência estranha
Estrela sem guia
Lua escondida
É claro que perdi
Com sono deixei
Passou o sonho
Assim que despertei
Entardeci
Muitos olhares
Por onde passo
Pedem espaço
O sorriso é o silêncio
Que aprendo no cotidiano
O que tanto já fiz
E o que tanto faço
Que todos querem saber
Nem tudo
O que se quer
É o que preciso ter
Ser e ter
São passos
Onde se distingue
Quem você é
E não o que pensa ser
Aonde voce vai
Eu não sei
O pássaro canta
E não sei a música
Já tentei
Dançar assim
O ritmo me derruba
Não sei o que é demais
O que tanto falta
Só sei que a vida pede
E ainda não sei responder
Numa busca
Os valores nascem
Novas oportunidades
Um refazer constante
Distante o tesouro
Ainda espera
Por desenterrar
O passado e abrir
O futuro
Não se desfazer
Perde o sentido
Cria um peso
Desnecessário
Ser leve
Faz o coração voar
Não disse
Que seria fácil
Já aconteceu
E se estiver
Que escolher
Posso fazer
Tudo sozinho
E não quero
Na cabeça a imagem
Apagar o que
Não se consegue
Fique a vontade
Esparrame teu ser
Pelo brilho da vida
Nada é demais
Ou de menos
Equilíbrio natural
É com exagero
Que se perde a paciência
O exagero dos extremos
Visão distorcida
Neblina nos pés
Precipitando tempestades
O exagero tem gosto de tédio
Gosto de fruta estragada
Que acorda de mau humor
O que jamais alcança
Aconteça em solidão
Aqueça como um sol
Toque seu rosto
Tão suavemente
Sem forma
Tenha o vento
Que a folha pensou
Serem além de asas
Soluço de alegria
Tinha aqui comigo
Um pouquinho desse olhar
Que vinha e voltava
Passeava até arrepiar
Sem fazer rodeios
Encarava o momento
Um furacão em silêncio
Superar as dificuldades
É como um sonho antigo
Tijolo após tijolo
As vezes desmorona
Ou muda de lugar
Uma coisa é certa
Sem dificuldades
O que seria
A mente viaja
O corpo pede devagar
Desistir sem tentar
Insulta o ego
E quem prepara
Sente melhor
As nuances
Sem saber
O que esperar
Encarar o desconhecido
Requer esse olhar
De horizonte que se abre
Além das nuvens
Onde que voce
Não viu o óbvio
O que faltou
Pra que fosse
E tivesse
Razão de ser
A intuição iluminou
O orvalho é natural
Como uma lágrima
Que perdida lembra
Com saudade restou
Um outono chegando
Leva pra casa
Tira do lugar comum
Arremessa um olhar
Que se abre forte
Não perde o foco
A ilha do farol
Tem um mistério
Uma lenda no coração
O bom senso
Nos leva longe
Vence barreiras
Atravessa sem desculpas
Olha em volta
Sem dar a volta
Ajuda sem pedir
É um milagre
Um dia assim
As vezes é difícil voltar
Não se culpe
Já ouvi essa frase
Sempre falta
Alguma coisa
Só preciso saber
Se tem um monstro
Dentro de voce
Esparramado
Olhar arrepiado
Abanando de alegria
Corre muito
Sente a presença
Antes de todos
Brincalhão inesquecível
Vira lata mesmo
Ponguinho
No meio do dia
Nem deu tempo
Uma correria doida
Olho do furacão
As vezes demora
E serenando como milagre
Faz repousar as folhas
Quase esqueço de respirar
Coitado do fósforo
Queima rapidamente
Sem perder o momento
Dando calor e luz
Clareia a escuridão
E alguns usam
Lembrando outros tempos
Para palitar os dentes
Como evitar
Curvas sinuosas
Lábios que incomodam
Seduz o olhar
Faz tropeçar
Perder a direção
Acordar na ilusão
Como não chorar
Pra onde
Vou levar
Lembrar a saudade
O olhar repousa
Namora bem o mar
Vai devagar
Sentimento na maré
Que aguarda a lua cheia
Cheio é um lugar de paz
Um olhar que não escondia
Espremia o tímido
Sem saber
Em qual canto
Que o sentimento beijou
E deixou saudade
Apaguei a luz
Me pede um jeito
Gentil que não sou
Desajeitado como um coice
Palavras que machucam
Nem repara se quebra
Pedaço de sentimento
Lembra um filme
Os brutos também amam
Como destrancar
Onde esconderam
A chave do mundo
A fechadura é cada olhar
O barco só afunda
Se esquecer de voltar
Voltar pra casa
É só o que peço
A chave e o barco
A vida é uma curiosidade única
Um abrir de páginas infinitas
Por mais que se escreva
Nunca chega o bastante
O que está em branco
São como nuvens
Tempestades que mudam
Sol que virá lua
Eclipses que passeiam
Tudo muda
Como criança
Aprendo a amar
Até os momentos que chateiam
Gratidão sempre
Qual é a sensação
De continuar a caminhar
Assim a contragosto
Dilacerando o melhor em voce
O que agita as ondas
Um grito ensurdecedor
Rasgando o horizonte
Estou lá... Bem lá
Esperando o sol se por
Acho que perdi a coragem
Cansado de desafios
E muros que se erguem
Pessoas caladas
Olhares fixos
Esquecem até o reflexo
Cadê o espelho meu
As certezas são
As melhores dúvidas
Se agarram sempre
Como um nó cego
Ou laço bem apertado
Não importa o lado
Dentro ou fora
De mãos dadas
Se não escuto voce
Como posso ter opinião
Antagonismo é um veneno
Que infla o ego
Admitir a cegueira
É um passo doloroso
Onde a arrogância enferruja
O que podia ser bem melhor
Diálogo
Bem devagarinho
Esquentar as mãos
Sentir o café
Pedindo um gole
Pão com manteiga
Mistura perfeita
Tem outras
Nem de longe
Deixaria escapar
Uma manhã de prazer
Deveria ser curar
E por que remédio
Se a vida não é
De remediar
Ninguém discute
Aceita o repetir
Bem que poderia
Como natural
Eu me curar
Desculpas se somos
Realidades diferentes
Ou modo de ver
Ser com cada contexto
Os braços esticam
E nem sempre as mãos alcançam
Querendo apenas dizer
Fique um pouco mais
Até o entardecer das estrelas
Todo mundo
Vem com defeito
Não há conserto
Que dê jeito
O que é demais
Fica sendo pouco
O absurdo nasce
Sem pressa
E o maior defeito
É esquecer de viver
E é só...
O que preciso saber
Sem se desorientar
O excesso escorrega
Brinca com o stress
Faz um estrago admirável
Lembra aquele dominó
Não fica uma só peça
Em pé
Certos olhares
São palavras
Que se completam
Namoram melhor o momento
Um silêncio
Que diz muito
Essência que se espalha
Traduz o coração
Mistura fina
Vim te visitar
Voltarei sempre
Mesmo que não saiba
Estarei perto
Nada pode mudar
O que a amizade une
Infinito revela
Legítimo amor
Não importa
O que sempre faça
A solidão devora
Saudade engole
Um guerreiro
Em busca de paz
O descanso foge
Acredito em milagres
Nada é impossível
Difícil sim
Perigoso
Mas, não impossível
Terá um preço
Nada é impossível
Meu amor permanecerá
Jovem em meus versos
Consegue ver
Não está perdido
Isso não morre
Todos aqueles livros
Eram tempos melhores
Sim, eram
Voce e eu éramos melhores
A chave de tudo
É o que somos
E vamos sendo
Buscando sentido
No que não faz
Sentido algum
Uma gota
Na imensidão
Um olhar no infinito
O tempo não devolve
Não engole lembranças
É um estrada reta
Que não se inspira
Em curvas
Nem tão pouco
Atalhos convincentes
O tempo não pula
A saudade
Pra que tanto
Se o pouco completa
Muito assim
Sem jeito
Aparando o destino
Que insiste
Com outras escolhas
Sem direção
Bate o vento
Arrancando o chão
Deixando sossegar
O que é pra ser
Tem a sua vez
Numa tarde sincera
Um sol escondido
O pensamento passeia
Sente o caminho
Dando muitas
Namorando as nuvens
Desenham o olhar
Nem de longe consigo
Imaginar o que houve
Talvez seja o sono
Que me faz ver
Lugares onde não estou
Me sentindo um cavalo manco
Reconheço a preguiça
Após um longo almoço
Espreguiçar sem fim
Até adquirir um ar
De sonolência profunda
Que me faz delirar
Cadê a sobremesa
Quem passou
E nada deixou
Nem se desesperou
A fogueira queimou
O tempo abafou
O sentimento mofou
Saudade de ver
O amanhecer
Aquele pedacinho
De luz saindo
Entregando o horizonte
Entre as gaivotas e as ondas
Quero ouvir de novo
Aquela música esquecida
Que aquecia o coração
Que fazia passar
E alegrar o momento
O violão continua lá
Esperando você voltar
Por um tempo
Estou de volta
Distraído nas ruas
Tentando ver
No que a cidade mudou
As pessoas parecem voar
Nas calçadas um ar de correria
E atravessar cada esquina
Um ritual sem fim
Onde fica mesmo
Os bastidores da vida
Parece ser voce
Mas, não estou aqui
Será mesmo?
O reflexo da lua
Ainda se despedindo
Um olhar convida
A bebida enche o copo
Disfarça o sentimento
Acenando esperança
Dando espaço
Pra que venha outra vez
Nada fica como antes
Nem o depois
Sempre tem
Um outro olhar
Que diz mais
O arrepio sim
É a surpresa
De ver o dia nascer
E perceber
Que ainda sou
Além das pegadas
Teve época
Que já fui
Capaz de qualquer
Horizonte mais brilhante
O que mudou
Acho que sei
O arco íris
Não tem só cores
Esqueci o pote de ouro
Já tive tantas dúvidas
Penso que a certeza
Vive fugindo de cada encontro
Acredito que sejam desafios
Que vamos criando
Uma mistura de desejos
Criando vida própria
Crescer é vida
Esconder sentimentos
Dói muito
É se afogar no coração
Segredos atiram pelo avesso
Uma trajetória singular
Nem sempre sei
O que seu olhar quer dizer
É bom perceber
Que vento não levou
Esse raro momento
Lucidez que acena
Despetalando o dia
Virou realidade
Esse jeito gostoso
De ser multicor
Olhar açucarado
Indisfarçável gula
Saindo do saquinho
Numa sofreguidão enorme
Adoro jujuba
Me sinto um liquidificador
Triturando pedras
Que insistem perturbar
Um rede moinho de sentimentos
Virando uma essência de sabores
Esse furacão só amansa
Entre o por do sol e o amanhecer
É de virada
Um lugar qualquer
Ganha o vento
Sorriso vem
Como ninguém
Entre os carros
Calçadas e contra mão
Furando fila
A bicicleta tem
Um nostálgico olhar
Nem de longe acertei
Aquele ponto no horizonte
Que mais lembrava um rabisco
Onde a natureza desenhou
Pra que pudesse encontrar
Um olhar como o seu
Tem tempo
Esqueço o despertador
O Café desce correndo
Pãozinho na manteiga
Encontros saborosos
Mortadela queijo salaminho
Até queijo minas
Pão de queijo no forno
Quando tudo falta
Salva a pizza da janta
No café da manhã
Distraído olhando a chuva
A janela disfarça a paisagem
Com detalhes que são gotas
Espalhadas por um olhar
Que admira a coragem
Dos relâmpagos e trovões
Nuvem passageira
Estica a coluna
Sente a parede
O descanso momentaneamente
Passam entre as pernas
Ignoram a presença
Meio do caminho
O vizinho acha um absurdo
Uma água que não pára
No varal
Como descrever
Despir a essência
Avançar na escuridão
Conhecer o desconhecido
Que habita cada solidão
Desapegar o sentimento
O balão só sobe mais
Quando perde o que não precisa
Prefiro ficar de pé
Insistir no furacão
E com toda tempestade
Sentir no íntimo
Como se esconde a insanidade
A cachoeira na lua cheia
Magia de outras vidas
O mar nunca espera
A chuva insiste
E não desisto
Mesmo que molhe
E me faça chorar
As nuvens mudam
Mudam sempre de lugar
O sentimento namora
A chuva insiste
O prato parece vazio
Por mais que esconda
Os espaços da fome
Na essência o olhar
Que me devora
De um lado a solidão
E outro a multidão
O prato sabe
Eu observo
Sou louco
Por essas ondas
Que arrastam
Meu coração
O que cansa é o corpo
A mente não se importa
Quer sempre mais
Ninguém abandona
O que faz bater forte
Uma trilha sonora bacana
De um gosto apurado
Que passeia muito
Marcando saudades e lembranças
Nas tranças do destino
Lugares que viraram sonhos
Alguns se realizaram
Onde a música não pode parar
Quero que seja sincero
Abandone a dúvida
Tire do olhar
Abuse da coragem
E quando derrapar grite
Porque as curvas não perdoam
Corra como se fosse a última vez
E só assim acreditará
No caminho de volta
Faça o dia brilhar
Nem que precise
Apagar toda tristeza
E preguiça que aparecer
Quem sabe vive pra valer
Não espera a vez
O que faz sentido
E sentir o primeiro passo
É um ser repleto
Onde a intuição é a lógica
Ou nem sempre
De uma essência divina
Humor que varia com a lua
De uma coragem de viver
E encarar situações
Que nem te conto
Sem elas o mundo não existiria
Ensina sempre
A beleza do coração
Com a arte familiar
É o que faz brihar
Quando nascemos
É um desafio
Apenas assistir
Sem tocar
Sentir a canção
Voar numa dança
Como o primeiro passo
De criança que cai
Levanta e insiste
Atropela a língua
Porque as palavras
Não saem ainda
Compor a vida
Uma pequena luz
Afasta pra longe
O que não é
Seu caminhar
O que não está claro
Espera o agir
Como uma lanterna
Pra não se perder mais
Abrace o momento
Oportunidade aproveite
Aprenda com a bagunça
Respeite a essência
E quando não for possível
Sonhe até realizar
Sem embaraço
Nada é fácil
Até voce conseguir
Voce pode fazer isso
Crescer em árvores
Quebrar galhos
Sentir as folhas
Aprender com os frutos
E fazer tudo
De novo com as sementes
Privilegiar a vida
Ou simplesmente deixar passar
Eu não presto atenção
A tristeza que insiste
Em dar voltas
Querer ficar
De solidão irá perecer
Porque a alegria
É o meu lugar
Existem momentos
Que habitam o ser
Exploram o sentimento
De ir além
Mudar é aprender
O que não muda
A ignorância toma
Com a ilusão
O que faz sentido
A vida dar de presente
De um jeito ou de outro
A brisa abraça o barco
Namora a orla
Enquanto passeia
Entre as ondas
A gaivota espera
Só aceite a vitória
Vale se deslumbrar
Arriscar sem saber
O prêmio passa
O pensamento viaja
Pra que guarde sempre
Novas memórias
A serem feitas
O que vale a pena
Desculpe interromper
Incomodar o coração
Despentear o momento
Aprender com o vento
Sentir pra que lado mesmo
Onde tudo foi parar
Como desfazer um nó
Melhor surpresa
Será que existe
Ver que o outro
Alcançou
Por alguns momentos
O que alavanca o coração
É do tamanho do seu olhar
Bastaria um olhar
Um jeito sincero
E o melhor meio
Como não tocar
A música está lá
Esperando você voltar
Para próxima dança
Quem sabe você esteja
Tem sempre
Mesmo que pareça
Um sonho adormecido
Quem nunca acordou
Assim com sorriso aberto
Sem saber de onde veio
Lá vem o sol
Faça desse abraço
Um beijo longo
E leve o fôlego
Na essência do dia
Acredite mais
Que só assim
A ajuda nasce
Nada é pra já
Ninguém espera
Coincidência é um espelho
Que não reflete
O espetáculo da vida
Palco e bastidores
Nada é pra já
Essa paz e alegria
Que me invade o coração
Atravessa a tristeza
Descabela o momento
Tem muito mais
Sempre é bom aproveitar
O vento a favor
Quem me viu passar
Não perdeu o sorriso
A brincadeira virou
O faz de conta
Saiu do sonho
Criou pernas
E desenhou asas
No coração
Suave é a flor
Que habita o jardim
Não escolhe lugar
Semeia o ambiente
De verde e muitas cores
Que fazem valer
Cada momento
Quero de presente
Esse ar de liberdade
Que paira
Me atravessa o coração
E corre e vai longe
Na emoção da paisagem
De muitas estações
Um trem das estrelas
Meu mundo
Voce não vê
Por mais que esteja
Do meu lado
Solidão a dois
Olhar distante
Mastigo a saudade
Esperando encontrar
O que estava solto
Perdido num canto qualquer
O que faço
Pra descobrir
E esconder o olhar
Cria embaraço
Nunca vai embora
Concorda com a saudade
Sem desistir do coração
Será estranho
Ver o dia nascer
Um brilho no olhar
Escapar pela janela
Não querer levantar
Se arrastar até cair
Da cama e beijar o chão
Será estranho
Querer do outro
O que não tem
É sofrer na certa
Dormir acordado
Não perceber
O sentimento voa
Quando se descobre
Tenho a possibilidade
De dançar
E não danço
De nadar
E não nado
De amar
E não amo
Tenho a possibilidade
De viver
E deixo passar
Ainda escondo
O sol e a lua
É bom reunir
Amizades assim
Perdendo tempo
Num longo bate papo
Onde o tempo não existe
E o prazer estar no olhar
Despretensioso de um abraço
Que celebra a vida
De um olhar único
Que faz sorrir
Colorir a vida
Carioca da gema
Da serra ao mar
Jeitos e falas
Rasga abre veste o verbo
A graça de viver
Um rio de janeiro a janeiro