Outros olhos
Não escondem
Fazem o lugar
Dão um arrepio
Linda emoção
De estar sem estar
Difícil saudade
Em outro lugar
Outros olhos
Outros olhos
Não escondem
Fazem o lugar
Dão um arrepio
Linda emoção
De estar sem estar
Difícil saudade
Em outro lugar
Outros olhos
Nem sempre
Só sei que dessa vez
Passei perto
E não vi
O que precisava
Apenas aprender
Observar mais
Nunca é simples
Ritmo e silêncio
São benvindos
Até mesmo uma pausa
Se o personagem
E as entrelinhas valem
O ritmo e o silêncio
Corpo é essa máquina enjoada
Cheia de vontades doidas
Anima e desanima junto
Na corda bamba
O que satisfaz passa logo
O insatisfeito movimenta
Deixa inquieto
Faz valer a vida
Gostaria de descobrir
Sair as pressas do escuro
Ver o clarão do dia
O triste me freia
Dar apertos no coração
Belisca os melhores
Melhores momentos
Me tira do sério
Que as vezes deixo
Deixo de acreditar
Na paz que sinto agora
O que não faz uma soneca
Minha desobediência
Não se altera
Tão facilmente
Precisa de uma disciplina
Apurada de sentimentos
Que se afloram
Quando me permito ser
Pura desobediência
O apressado deve
Colher o tempo
Guardar bem
Pra usar depois
Só pode ser
Essa a natureza
Do apressado
Até imaginei
Que ousaria
Mergulhar sempre
Cada desafio é único
A paisagem veste
E desnuda qualquer
Personagem que se atreva
Fingir a vida
Nem lembro direito
O gosto no ar
Nem dar
Pra distrair
Separar de que lado
De que lado mesmo
Voce está
Quando o filme termina
De que lado
Embaraçado e sem jeito
Dando voltas
E nunca chegar
A lugar algum
Um tempo perdido
Onde o fim
É um eterno começo
Embaraçado e sem jeito
Quero tanto
Esqueço a vez
Deixo passar
O momento fez
Um sorriso quieto
O luar acena
Sentimento na noite
Noite de outono
Tenho um lugar assim
Faço maior bagunça
Onde posso tudo
Até o que não sei ainda
Explorações contínuas
Que me enchem o saco
E outras me dão prazer
Acho que tenho
Um coração elástico
Me sinto um cigano no coração
Um olhar que muda sempre
Que ver a vida além da paisagem
Atravessa o abismo como um degrau
Conhece o medo e se abriga na coragem
Sem lugar a tristeza se afasta
O cigano e o mar
O universo é um telhado aberto
Faça sol ou chuva
Nuvens e estrelas
Parecem não se importar
Um passeio e tanto no olhar
Surpresas infinitas
Manhã azul
Acho que me afastei
Demais da luz
E não percebi
As sombras em volta
Nem o olhar fechado
Que o amigo faz
Querendo ajudar
Mesmo calando
Como faço
Pra voltar
Seria mais perto
Se o vento não
Não soprasse
Me faria ver
Que esse fôlego
É o ar de um coração
Que se agita no vento
Vento de amor
O coração só embrutece
Quando esquecemos
O que deveria ser
O principal na essência
A importância da capa
Não despreza o conteúdo
Nem a leitura do livro
Descobri assim
Que ninguém coloriu
O azul do céu
E não botaram
Tanto sal no mar
E que todos eram
Pequenos e cresceram
E esqueceram onde
Precisavam ser
Descobri assim
A vida é uma provocação
Que alimento
Com susto e suspense
Conflito generoso
Que cria atrito
Aquece a lareira
Nas noites longas
De lua cheia
Uma estrela não brilha sem querer
Nem sabe que você imagina
E sonha com vários desejos
E sente como um grão
Que observa o céu
Garimpando constelações
Seria natural
Senão fosse
Tão estranho
Sentir a ausência
Sem saber
O porque nem o que
Só os loucos percebem
Levei pra longe
Que nem solidão
Não adianta
Volta sempre
O gosto de quero mais
Esse sol que nasce
E esquenta meu olhar
Como um coração
Até que bem distraído
Diferente e incomum
Tempera mais
Louco sabor
Lugar que aproxima
O medo não esconde
Além do brilho
Um olhar no luar
Debaixo de cada olhar
Existe a vez
Um silêncio qualquer
Nem adianta procurar
Como um tapete
Por mais que se esconda
A vida é um delírio
Não tem como
Esconder o caminho
Morder o destino
Admirar o horizonte
Que desenha
Cada curva
Tem seu lugar
E que lugar
É bom abrir os olhos
Sentir o agradecer
Espalhar o sorriso
Pelo corpo esticar
Fazer valer
Que o acreditar existe
Flor rara
Que desabrocha
Acredita no jardim
Criando a trilha
O jardim que inspira
Exala o que falta
Pode entrar agora
Deixe tudo
Que voce era
Para fora
Desta porta
Tudo que voce é
Traga com voce
Quero te roubar
Um pouco desse mundo
Tirar seu cotidiano
Lembrar que ainda
Respira o coração
Que não só bate
Mais forte
Quando escuta
Aquela canção
Só sei que deixo
Um brilho na janela
Refletindo um sorriso
Que as vezes vem
Em nuvens
Ou até com chuva
Escondido venho
Querendo clarear
Amigo sol
De tão acolhedor
Que é fácil
De acreditar
Enxergar mais
Sentir que nada
Nada além
Desfaz o encontro
Como é bom
Descobrir cada abraço
O que se apressa
Escorrega e sai
Liberta os sentidos
Decola na intuição
Aproxima o sonho
E vai despindo
Que pena
Acordo demais
A dúvida me estimula a pensar
Sair de órbita sempre
Ver estrelas sem nuvens
Um mar de ondas
Que se agitam
No encanto da vida
Esse barco a vela
Acredita no vento
Helicóptero biruta
Agita as hélices
Espalha o vento
Faz o céu ficar perto
Um passeio nas nuvens
A cidade fica pequena
Daqui de cima
Helicóptero biruta
Não esqueça que os momentos passam
Até a saudade passa
Teimamos em segurar
Prender o tempo no pensamento
Isolar o sentimento
Que nasce solto
Os dias e noites levam
As estrelas sabem
Quem fica é o caminho
Que criamos pra sempre
No coração e outras vidas
Onde a sensibilidade aterrisa
Ninguém imagina o que se passa
Atravessa o coração assim
Lembra uma flecha
Quando o arco estica
A vida aponta firme
Outro e mais outros desafios
Essa música
Me tira do sério
Bagunça tudo
Emociona o corpo
Num suor legitimo
Dar um ânimo
Um alívio no olhar
Salvando o dia
Essa música
Nem sempre
Foi assim
O céu era azul
Todo dia era feriado
Os problemas divertiam
Sonhar uma atividade
Um suor feliz
Que nunca cansava
Os amigos cresciam
Espírito de criança
As costas nuas
Vestido longo
Olhar Suave
Cor caramelo
Um silêncio que anima
Jeito de menina
A vida é uma dança
Já fiquei atrás
Muitas vezes
E na frente então
Perdi o costume
Encontrei outros
Outros que também
Ainda nem sabem
O sentimento é de mudar
Certas lembranças
Tem vida própria
Nunca deixam
Barco cair
Não tem essa
Que a casa cai
É pra cima e sempre
Aos pedaços
Como um quebra cabeça
Espalhados em tantos
Tantos sentimentos
Que não via a hora
De montar tudo de novo
Pra ver se dava conta
De uma vida inteira
Tirando a raiva
Trocando por paciência
Rabiscar a página
Até o ver o desenho
O mapa que ficou
Esperando o tesouro
Enterrado de sentimentos
Que querem sair
Abrir o caminho
Libertar o olhar
Seguir em frente
Perseverança
A dança dos desafios
Não sei se é
De sua natureza
Descobrir a paisagem
Que se esconde
Onde mesmo
Qualquer lugar
Sempre será especial
Como aquela festa no mar
Quero traçar uma linha
Uma busca de coerência
Impossível prever
Um quadro criei
Que considere
E não espere
Quero logo
É proibido se calar
Sem deixar de sorrir
Quando chega a vez
De acertar forte
A reta final
Como uma maratona
Estou onde quero chegar
Não existe exemplo
Que mostre dentro
Dentro do coração
O que se passa
E não larga
Bate num compasso
Onde a lógica
Vira sentimento
Traz pra cá
De um jeito encabulado
Um olhar distante
Que parecia não existir
Mentir é permitido
Quando a dor beija
A solidão com muita saudade
Um lugar pra refletir
Sentir o momento
Revelar o silêncio
Mergulhar no fôlego
Rever o suor esquecido
Na sede e fome
Que só o tempo permite
Na essência a saudade
Vou dormir de novo
E só acordar
Quando a semana passar
E for domingo
Assim a magia não escapa
Do lugar comum
Domingo sempre
Deixe a música entrar
Transpirar o coração
Partir sentir
Que o momento é sempre
O que muda é a gente
E não os lugares
O espelho só reflete
E vem de lá
Num sorriso largo
Domingo azul
Conversando a só
O nó se desfaz
A sombra é amiga
Não tira o abrigo da luz
Sem desacordo algum
Longe de ser
Um tratado de paz
Nunca visto a dois
Trem de um vagão só
Tem nome sim
Amor próprio
Não tem remédio
Que cure
Esse olhar desconfiado
Mordendo o silêncio
Que arrebenta a solidão
O efeito é fatal
É o que te desejo estrela
Algo assim disfarçado
Parecia fazer sentido
Seguindo viagem
Ninguém engana a vida
O valor é de quem olha
Sendo maquiagem
Isso me fez
Parar pra pensar
Enxergar sem tatear
A imagem do coração
Um brilho que ofusca
A ignorância e o orgulho
Sei que estou lá ainda
No barco azul
Parece uma busca interminável
Um descobrir de valores
Que faz o olhar saltar
Entrar em órbita
Manjar dos deuses
Tem quem diga
É um sonho
Um privilégio de poucos
Penso vejo sem espelhos
O que é mais medonho
Pesadelo disfarçado
Ou aquele chato
Que tira a paz
Até do ambiente
Faz um estrago
Que Deus me livre
Esqueço que não posso
Dar o que não sou
E ainda me espanto
Como isso acontece
Será que é
Um olhar submerso
Sempre alerta
Cresça pra poder dar frutos
Tentei dar
O melhor de mim
Acho que não foi
Não foi o bastante
A maré subiu
O olhar derramou
Da saudade que fui
As ondas cresceram
Talvez eu esteja
Bem lá no fundo
Mas quem
Realmente somos
Mantemos enterrados
Dentro de nós
Onde ninguém
Nunca encontrará
O adormecido
Mesmo na escuridão
Voce verá a luz
E é o espinho que proteg
Essa é a ironia da rosa
A vida exala
Somente o que ainda somos
Mesmo na escuridão
Antes tinha dúvida
Até receio
De perguntar
E o tempo levou
A vergonha de ser
Mais um na multidão
E nem olhando pra trás
Não sei onde foi
Parar aquele olhar
Cadê a criança
Nariz frio
Humor intragável
Nem cachecol salva
A meia demora
Namora o frio
Cadê o gorro
Quem tem coragem
De um banho frio
Não conheço ninguém
Que tem coragem
De sair nú no frio
Gostaria de ouvir
O vento colar
Namorar o silêncio
Encostando o horizonte
Esperando a lua
Despencar na madrugada
Até o sono chegar
Armadilha sorridente
É aquela que dar
Um prazer enorme
E um prejuízo
Que evita qualquer
Comentário ou crítica
Talvez seja a mola do mundo
Sem armadilhas como seria
Longe de acordar
É sair da cama
Na marra sem pensar
Perder o conforto
O ninho desaparece
Abri aquele olhar
De mundo acabado
Só me resta ignorar
O despertador
Deixar a mente
Clara e limpa
Talvez seja
Um lugar
Que nem ainda
Ousei imaginar
Certamente sinto falta
Não sei
O que vou fazer hoje
Talvez algo dramático
E me faça arrepender de vez
Nem que seja
Como um sonho
Saindo da matrix
Nem sempre
O melhor cenário
É o que mais precisamos
Bater de cabeça na rede
Faz a gente rachar
Novas idéias
Para ver o mundo
Num grão de areia
E o céu numa flor selvagem
Segurar o infinito
Na palma da mão
E a eternidade
Em uma hora
Eles usavam estrelas
Para navegar
As estrelas estão lá
Estamos distantes
De mudar e aceitar
Que mesmo as estrelas
Também sabem
Que precisam mudar
Um acordo invisível
Vamos tecendo pela vida
Onde tudo
Nunca parece
Estar no seu lugar
É mesmo assim
Queria entender
De onde vem a irritação
Que espalha atrapalha
O humor de se viver
Bem um com o outro
O único lugar
Em que eu ficava só
Comecei a desejar
Ir pra lá
Porque era seguro
Eu me sentia seguro
Pelo menos eu sabia
O que era
Voce muda o mundo
Sabe o que fazer
Encontra em si mesmo
Voce muda o mundo
Do lugar em que está
Não quero brigar
Por isso
Vamos pular
Para o silêncio ressentido
O que quebrou
Nem colando
Dar jeito
E quem dar voltas
Não sai do lugar
Por descuido
Não dei valor
Ao pontapé inicial
Nem tão pouco
Ao esforço original
Nem olhando pra trás
Pra rever
O porque do abismo atual
Que devora muito
O que ainda não sei
E vem adiante
Lágrima de crocodilo
Tanto tempo
Descalço
Meus pés já
Não entendem mais
O sentido do sapato
Que sufoca
Prende o sentimento
Que me afasta do chão
Mãe é vida
Seria pouco
Falar da presença
E até ausência
Que faz em nossas vidas
A beleza do amor
Num ser de palavras doces
E também duras
Pra que saibamos
Caminhos melhores
Um exemplo que o universo
Nos presenteia sempre
Insubstituíveis elas são
Mães de leite
Adotivas, tias, avós
Pãe , irmãos e pais
Quem quer seja
Ninguém tira o seu lugar
Onde a família começa
Mãe é vida
As vezes esqueço
O quanto mais jovem
Já fui
E que tudo amadurece
Sempre ganhando
Novas formas
Ciclos e fases
O nome que for
Entre pontes e abismos
Nasce uma nova flor
Que acalenta o coração
Ninguém pode tirar
A magia de viver
De estar em vários lugares
Mesmo que sejam pensamentos
Nem tem como pensar
Como você pensa
Nem do seu jeito
E só o que temos em comum
A magia de viver
A gente não tem tempo
De experimentar
Todos sabores
Essência e sensações
E nem assim
Precisamos esconder
E fingir que somos
Como grão de areia
A estrela não esconde o brilho
Sabe as vezes
O que quero ouvir
Não é exatamente
O que quero ouvir
Nuances do destino
Olhares desencontrados
Além da sensação das palavras
Ouvir
Não apresse
O que não é seu
Não atropele o ritmo
O vento não sopra
Só avisa que vem chuva
Não desperdice a vez
De conhecer melhor
O mais simples
De cada olhar
A janela espera
Não é tão
De longe assim
Que não mereça
Atenção sem estar
Presente sem se sentir
Ausente no olhar
O que tem de bom nisso
É que a todo instante
Sem cobrar nada
Lembro de sorrir para vida
Enquanto houver medo
E a coragem esticar
A queda de braço
Terá seu valor
De ir de um lado
Ao outro
E descansar
A cada escolha
Numa queda de braço
Até que te abrace em paz
É um longo caminho
Onde a paisagem engana
Facilmente o que distrai
Nem se trata de culpa
Ou culpados que ocupam
O espaço livre
Até que te abrace em paz
Nada é tão descabido
E sem propósito
Que a ignorância
Com a mola da teimosia
Que só abre passagem
Através de longos desvios
Tudo tem seu propósito
De ser
Distraído perco a cabeça
Um mar de pensamentos
O momento agita
E fica tomando conta
Sei que de nada adianta
Se preocupar tanto
Além do mais
Acordei com sono
Mar agitado
Gosto de ver
Enormes ondas
Uma explosão sem fim
Mistura de sentimentos
Adrenalina cresce
Mar agitado
Fui combater
Fogo com fogo
E me queimei
Nem tudo
Parece ser familiar
O que se esconde
Se revela no olhar
Fogo com fogo
Que o vento está batendo
Em suas cansadas velas
As partes mais sensíveis
Segredos obscuros
Como lágrimas no vinho
Nada é tão difícil
Como suar a camisa
Sem fazer força
Segurar o vento
Esperando o furacão
Que nunca cessa
Ganhando simplesmente
A vontade que engole
Devorando o caos
Esqueço de desejar
De agradecer e sorrir
Aprender o que é simples
E complico tanto
O que deixava de ver
E ser com mais paciência
Espero que ainda
Possa escutar
Melhor o coração
Me sinto
Fora de forma
De órbita também
O corpo persegue
Pensamento voa
Um elo perdido
Levado pela correnteza
Querendo asas
Saindo da casca
Acompanhar quieto
O silêncio das manhãs
Sentir tudo despertar
Um ritmo que nasce
Do fio de cabelo
Até os pés
Faz o corpo bocejar
Quem descasca
Conhece a casca
Casca de banana
Abacaxi e pepino
Tudo lembra
Que entre escorregar
O sentimento da dor
Tem um gosto
De desafio sempre
Descascando a vida
Como um copo d'agua
De uma transparência
Que assusta
De um gosto comum
Não tem nada demais
Nos ajuda em tudo
Nem assim damos
O devido valor
Só apenas
Na pressão da sede
Como um copo d'agua
A poeira esconde a visão
Não engana o olhar
Faz do oásis um deserto
O que está tão perto
Um lugar longínquo
A poeira tem essa magia
De ser o que não é
Se eu pudesse
Iria beijar
Todas as constelações
Namorar a beira mar
Cada onda
Matar a sede
Que o coração
Tanto pede
Quando fico triste
As coisas se atrapalham
Ganham outras formas
Só enxergo farpas
O coração reage
Como pode
Senão a vida emperra
É bom acordar
Buscando o silêncio
Silêncio perdido
O espreguiçar leve
Esticar por todos os lados
Até sentir os pés no chão
Com um olhar desconfiado
Além de todos oceanos
Todos temos
Pensamentos assim
Livros que escrevemos
Nos levam a lugares
Por mais que pareçam
São ilhas no coração
A tristeza teme
O sorriso
A luz do coração
Paz que irradia
Acorda dando cor
Muito mais cor
A vida
Até o onde
Sempre igual
Ajuda ou atrapalha
Ver de novo e de novo
Entendo de coração
E avançar no desconhecido
É aprender com as diferenças
Dê um tempo
Olhe pra si mesmo
Tudo está
No seu lugar
Mesmo que não
Reconheçamos nada
Nada familiar
A vida é muita curta
Pra ficarmos com raiva
Deixar os abraços de lado
Os encontros que aquecem
Estão aí
Esperando sempre
Me fez lembrar
O que tenho perdido
O pássaro sabe
Sentimento de voar
Não ouso sair além
Além dos pés
Deixe tudo em volta
Reclamar espernear
Subir a poeira
Explodir a ladeira
Despertar o coração
E de novo sorrir
Algumas coisas
Não podem ser
Substituídas
Ainda estou tentando
Me acostumar a isso
Nem imagino o que
Só eu e muito sol
Intoxica o coração
Quando nasce essa fumaça
Escondendo o horizonte
Uma tristeza que parece
Inundar sem fim
Mas basta olhar bem
E ver que apenas
É o que você já foi
E precisa jogar fora
Ninguém é tão distante
Que não possa ser alcançado
Nem tão amargo
Que esqueça o que é
Doce ao coração
Um fio de luz
Lá vem vindo
Se despedindo
Dança das marés
O olhar não esconde
Namora a solidão
Rompendo o medo
Silêncio das estrelas