31 de mai. de 2015

Outros olhos

Outros olhos

Não escondem

Fazem o lugar

Dão um arrepio

Linda emoção

De estar sem estar

Difícil saudade

Em outro lugar

Outros olhos

Nunca é simples

Nem sempre

Só sei que dessa vez

Passei perto

E não vi

O que precisava

Apenas aprender

Observar mais

Nunca é simples

30 de mai. de 2015

Ritmo e o silêncio

Ritmo e silêncio

São benvindos

Até mesmo uma pausa

Se o personagem

E as entrelinhas valem

O ritmo e o silêncio

Corpo é essa máquina enjoada cheia de vontades doidas

Corpo é essa máquina enjoada

Cheia de vontades doidas

Anima e desanima junto

Na corda bamba

O que satisfaz passa logo

O insatisfeito movimenta

Deixa inquieto

Faz valer a vida

O que não faz uma soneca

Gostaria de descobrir

Sair as pressas do escuro

Ver o clarão do dia

O triste me freia

Dar apertos no coração

Belisca os melhores

Melhores momentos

Me tira do sério

Que as vezes deixo

Deixo de acreditar

Na paz que sinto agora

O que não faz uma soneca

Desobediência

Minha desobediência

Não se altera

Tão facilmente

Precisa de uma disciplina

Apurada de sentimentos

Que se afloram

Quando me permito ser

Pura desobediência

Apressado

O apressado deve

Colher o tempo

Guardar bem

Pra usar depois

Só pode ser

Essa a natureza

Do apressado

Fingir a vida

Até imaginei

Que ousaria

Mergulhar sempre

Cada desafio é único

A paisagem veste

E desnuda qualquer

Personagem que se atreva

Fingir a vida

29 de mai. de 2015

De que lado mesmo

Nem lembro direito

O gosto no ar

Nem dar

Pra distrair

Separar de que lado

De que lado mesmo

Voce está

Quando o filme termina

De que lado

Embaraçado e sem jeito

Embaraçado e sem jeito

Dando voltas

E nunca chegar

A lugar algum

Um tempo perdido

Onde o fim

É um eterno começo

Embaraçado e sem jeito

Noite de outono

Quero tanto

Esqueço a vez

Deixo passar

O momento fez

Um sorriso quieto

O luar acena

Sentimento na noite

Noite de outono

Coração elástico

Tenho um lugar assim

Faço maior bagunça

Onde posso tudo

Até o que não sei ainda

Explorações contínuas

Que me enchem o saco

E outras me dão prazer

Acho que tenho

Um coração elástico

28 de mai. de 2015

O cigano e o mar

Me sinto um cigano no coração

Um olhar que muda sempre

Que ver a vida além da paisagem

Atravessa o abismo como um degrau

Conhece o medo e se abriga na coragem

Sem  lugar a tristeza se afasta

O cigano e o mar

Manhã azul

O universo é um telhado aberto

Faça sol ou chuva

Nuvens e estrelas

Parecem não se importar

Um passeio e tanto no olhar

Surpresas infinitas

Manhã azul

27 de mai. de 2015

Como faço pra voltar

Acho que me afastei

Demais da luz

E não percebi

As sombras em volta

Nem o olhar fechado

Que o amigo faz

Querendo ajudar

Mesmo calando

Como faço

Pra voltar

Vento de amor

Seria mais perto

Se o vento não

Não soprasse

Me faria ver

Que esse fôlego

É o ar de um coração

Que se agita no vento

Vento de amor

O coração só embrutece

O coração só embrutece

Quando esquecemos

O que deveria ser

O principal na essência

A importância da capa

Não despreza o conteúdo

Nem a leitura do livro


Descobri assim

Descobri assim

Que ninguém coloriu

O azul do céu

E não botaram

Tanto sal no mar

E que todos eram

Pequenos e cresceram

E esqueceram onde

Precisavam ser

Descobri assim

Acordei no sofá

Olhar manso

Que descansa

Devagar vem

Coração leve

Um levantar suave

Acordei no sofá

26 de mai. de 2015

A vida é uma provocação

A vida é uma provocação

Que alimento

Com susto e suspense

Conflito generoso

Que cria atrito

Aquece a lareira

Nas noites longas

De lua cheia

Uma estrela não brilha sem querer

Uma estrela não brilha sem querer

Nem sabe que você imagina

E sonha com vários desejos

E sente como um grão

Que observa o céu

Garimpando constelações

Só os loucos percebem

Seria natural

Senão fosse

Tão estranho

Sentir a ausência

Sem saber

O porque nem o que

Só os loucos percebem

Sol que nasce e esquenta meu olhar

Levei pra longe

Que nem solidão

Não adianta

Volta sempre

O gosto de quero mais

Esse sol que nasce

E esquenta meu olhar

Como um coração

25 de mai. de 2015

Olhar no luar

Até que bem distraído

Diferente e incomum

Tempera mais

Louco sabor

Lugar que aproxima

O medo não esconde

Além do brilho

Um olhar no luar

A vida é um delírio

Debaixo de cada olhar

Existe a vez

Um silêncio qualquer

Nem adianta procurar

Como um tapete

Por mais que se esconda

A vida é um delírio

24 de mai. de 2015

Não tem como

Não tem como

Esconder o caminho

Morder o destino

Admirar o horizonte

Que desenha

Cada curva

Tem seu lugar

E que lugar

Sol a pino

Sol a pino

Quem disse

Onde o suor

Nasce o olhar

Que aprova

Prova o sabor

Sol a pino

É bom abrir os olhos

É bom abrir os olhos

Sentir o agradecer

Espalhar o sorriso

Pelo corpo esticar

Fazer valer

Que o acreditar existe

23 de mai. de 2015

Flor rara

Flor rara

Que desabrocha

Acredita no jardim

Criando a trilha

O jardim que inspira

Exala o que falta

Pode entrar agora

Pode entrar agora

Deixe tudo

Que voce era

Para fora

Desta porta

Tudo que voce é

Traga com voce

Aquela canção

Quero te roubar

Um pouco desse mundo

Tirar seu cotidiano

Lembrar que ainda

Respira o coração

Que não só bate

Mais forte

Quando escuta

Aquela canção

Amigo sol

Só sei que deixo

Um brilho na janela

Refletindo um sorriso

Que as vezes vem

Em nuvens

Ou até com chuva

Escondido venho

Querendo clarear

Amigo sol

22 de mai. de 2015

Descobrir cada abraço

De tão acolhedor

Que é fácil

De acreditar

Enxergar mais

Sentir que nada

Nada além

Desfaz o encontro

Como é bom

Descobrir cada abraço

Acordo demais

O que se apressa

Escorrega e sai

Liberta os sentidos

Decola na intuição

Aproxima o sonho

E vai despindo

Que pena

Acordo demais

Esse barco a vela acredita no vento

A dúvida me estimula a pensar

Sair de órbita sempre

Ver estrelas sem nuvens

Um mar de ondas

Que se agitam

No encanto da vida

Esse barco a vela

Acredita no vento

Helicóptero biruta

Helicóptero biruta

Agita as hélices

Espalha o vento

Faz o céu ficar perto

Um passeio nas nuvens

A cidade fica pequena

Daqui de cima

Helicóptero biruta

No coração e outras vidas

Não esqueça que os momentos passam

Até a saudade passa

Teimamos em segurar

Prender o tempo no pensamento

Isolar o sentimento

Que nasce solto

Os dias e noites levam

As estrelas sabem

Quem fica é o caminho

Que criamos pra sempre

No coração e outras vidas





21 de mai. de 2015

Onde a sensibilidade aterrisa

Onde a sensibilidade aterrisa

Ninguém imagina o que se passa

Atravessa o coração assim

Lembra uma flecha

Quando o arco estica

A vida aponta firme

Outro e mais outros desafios

20 de mai. de 2015

Essa música

Essa música

Me tira do sério

Bagunça tudo

Emociona o corpo

Num suor legitimo

Dar um ânimo

Um alívio no olhar

Salvando o dia

Essa música

Espírito de criança

Nem sempre

Foi assim

O céu era azul

Todo dia era feriado

Os problemas divertiam

Sonhar uma atividade

Um suor feliz

Que nunca cansava

Os amigos cresciam

Espírito de criança

19 de mai. de 2015

A vida é uma dança

As costas nuas

Vestido longo

Olhar Suave

Cor caramelo

Um silêncio que anima

Jeito de menina

A vida é uma dança

O sentimento é de mudar

Já fiquei atrás

Muitas vezes

E na frente então

Perdi o costume

Encontrei outros

Outros que também

Ainda nem sabem

O sentimento é de mudar

18 de mai. de 2015

Pra cima e sempre

Certas lembranças

Tem vida própria

Nunca deixam

Barco cair

Não tem essa

Que a casa cai

É pra cima e sempre

Vida inteira

Aos pedaços

Como um quebra cabeça

Espalhados em tantos

Tantos sentimentos

Que não via a hora

De montar tudo de novo

Pra ver se dava conta

De uma vida inteira

Enterrado de sentimentos

Tirando a raiva

Trocando por paciência

Rabiscar a página

Até o ver o desenho

O mapa que ficou

Esperando o tesouro

Enterrado de sentimentos

Que querem sair

Dança dos desafios

Abrir o caminho

Libertar o olhar

Seguir em frente

Perseverança

A dança dos desafios

17 de mai. de 2015

Festa no mar

Não sei se é

De sua natureza

Descobrir a paisagem

Que se esconde

Onde mesmo

Qualquer lugar

Sempre será especial

Como aquela festa no mar

Quero logo

Quero traçar uma linha

Uma busca de coerência

Impossível prever

Um quadro criei

Que considere

E não espere

Quero logo

Estou onde quero chegar

É proibido se calar

Sem deixar de sorrir

Quando chega a vez

De acertar forte

A reta final

Como uma maratona

Estou onde quero chegar

Onde a lógica vira sentimento

Não existe exemplo

Que mostre dentro

Dentro do coração

O que se passa

E não larga

Bate num compasso

Onde a lógica

Vira sentimento

A solidão com muita saudade

Traz pra cá

De um jeito encabulado

Um olhar distante

Que parecia não existir

Mentir é permitido

Quando a dor beija

A solidão com muita saudade

Um lugar pra refletir

Um lugar pra refletir

Sentir o momento

Revelar o silêncio

Mergulhar no fôlego

Rever o suor esquecido

Na sede e fome

Que só o tempo permite

Na essência a saudade

Domingo sempre

Vou dormir de novo

E só acordar

Quando a semana passar

E for domingo

Assim a magia não escapa

Do lugar comum

Domingo sempre

Domingo azul

Deixe a música entrar

Transpirar o coração

Partir sentir

Que o momento é sempre

O que muda é a gente

E não os lugares

O espelho só reflete

E vem de lá

Num sorriso largo

Domingo azul

16 de mai. de 2015

Amor próprio

Conversando a só

O nó se desfaz

A sombra é amiga

Não tira o abrigo da  luz

Sem desacordo algum

Longe de ser

Um tratado de paz

Nunca visto a dois

Trem de um vagão só

Tem nome sim

Amor próprio

É o que te desejo estrela

Não tem remédio

Que cure

Esse olhar desconfiado

Mordendo o silêncio

Que arrebenta a solidão

O efeito é fatal

É o que te desejo estrela

Maquiagem

Algo assim disfarçado

Parecia fazer sentido

Seguindo viagem

Ninguém engana a vida

O valor é de quem olha

Sendo maquiagem

Barco azul

Isso me fez

Parar pra pensar

Enxergar sem tatear

A imagem do coração

Um brilho que ofusca

A ignorância e o orgulho

Sei que estou lá ainda

No barco azul

Penso vejo sem espelhos

Parece uma busca interminável

Um descobrir de valores

Que faz o olhar saltar

Entrar em órbita

Manjar dos deuses

Tem quem diga

É um sonho

Um privilégio de poucos

Penso vejo sem espelhos

15 de mai. de 2015

Que Deus me livre

O que é mais medonho

Pesadelo disfarçado

Ou aquele chato

Que tira a paz

Até do ambiente

Faz um estrago

Que Deus me livre

Cresça pra poder dar frutos

Esqueço que não posso

Dar o que não sou

E ainda me espanto

Como isso acontece

Será que é

Um olhar submerso

Sempre alerta

Cresça pra poder dar frutos

14 de mai. de 2015

Bem lá no fundo

Tentei dar

O melhor de mim

Acho que não foi

Não foi o bastante

A maré subiu

O olhar derramou

Da saudade que fui

As ondas cresceram

Talvez eu esteja

Bem lá no fundo

O adormecido

Mas quem

Realmente somos

Mantemos enterrados

Dentro de nós

Onde ninguém

Nunca encontrará

O adormecido

Mesmo na escuridão

Mesmo na escuridão

Voce verá a luz

E é o espinho que proteg

Essa é a ironia da rosa

A vida exala

Somente o que ainda somos

Mesmo na escuridão



Cadê a criança

Antes tinha dúvida

Até receio

De perguntar

E o tempo levou

A vergonha de ser

Mais um na multidão

E nem olhando pra trás

Não sei onde foi

Parar aquele olhar

Cadê a criança

De sair nú no frio

Nariz frio

Humor intragável

Nem cachecol salva

A meia demora

Namora o frio

Cadê o gorro

Quem tem coragem

De um banho frio

Não conheço ninguém

Que tem coragem

De sair nú no frio

13 de mai. de 2015

Até o sono chegar

Gostaria de ouvir

O vento colar

Namorar o silêncio

Encostando o horizonte

Esperando a lua

Despencar na madrugada

Até o sono chegar

Armadilha sorridente

Armadilha sorridente

É aquela que dar

Um prazer enorme

E um prejuízo

Que evita qualquer

Comentário ou crítica

Talvez seja a mola do mundo

Sem armadilhas como seria

Despertador

Longe de acordar

É sair da cama

Na marra sem pensar

Perder o conforto

O ninho desaparece

Abri aquele olhar

De mundo acabado

Só me resta ignorar

O despertador

12 de mai. de 2015

Deixar a mente clara e limpa

Deixar a mente

Clara e limpa

Talvez seja

Um lugar

Que nem ainda

Ousei imaginar

Certamente sinto falta

Saindo da matrix

Não sei

O que vou fazer hoje

Talvez algo dramático

E me faça arrepender de vez

Nem que seja

Como um sonho

Saindo da matrix

Novas idéias

Nem sempre

O melhor cenário

É o que mais precisamos

Bater de cabeça na rede

Faz a gente rachar

Novas idéias

Para ver o mundo num grão de areia

Para ver o mundo

Num grão de areia

E o céu numa flor selvagem

Segurar o infinito

Na palma da mão

E a eternidade

Em uma hora

Eles usavam estrelas para navegar

Eles usavam estrelas

Para navegar

As estrelas estão lá

Estamos distantes

De mudar e aceitar

Que mesmo as estrelas

Também sabem

Que precisam mudar

É mesmo assim

Um acordo invisível

Vamos tecendo pela vida

Onde tudo

Nunca parece

Estar no seu lugar

É mesmo assim




Irritação

Queria entender

De onde vem a irritação

Que espalha atrapalha

O humor de se viver

Bem um com o outro

11 de mai. de 2015

Único lugar

O único lugar

Em que eu ficava só

Comecei a desejar

Ir pra lá

Porque era seguro

Eu me sentia seguro

Pelo menos eu sabia

O que era

Voce muda o mundo

Voce muda o mundo

Sabe o que fazer

Encontra em si mesmo

Voce muda o mundo

Do lugar em que está

E quem dar voltas não sai do lugar

Não quero brigar

Por isso

Vamos pular

Para o silêncio ressentido

O que quebrou

Nem colando

Dar jeito

E quem dar voltas

Não sai do lugar

Lágrima de crocodilo

Por descuido

Não dei valor

Ao pontapé inicial

Nem tão pouco

Ao esforço original

Nem olhando pra trás

Pra rever

O porque do abismo atual

Que devora muito

O que ainda não sei

E vem adiante

Lágrima de crocodilo

10 de mai. de 2015

Tanto tempo descalço

Tanto tempo

Descalço

Meus pés já

Não entendem mais

O sentido do sapato

Que sufoca

Prende o sentimento

Que me afasta do chão

Mãe é vida

Mãe é vida

Seria pouco

Falar da presença

E até ausência

Que faz em nossas vidas

A beleza do amor

Num ser de palavras doces

E também duras

Pra que saibamos

Caminhos melhores

Um exemplo que o universo

Nos presenteia sempre

Insubstituíveis elas são

Mães de leite

Adotivas, tias, avós

Pãe , irmãos e pais

Quem quer seja

Ninguém tira o seu lugar

Onde a família começa

Mãe é vida



9 de mai. de 2015

Que acalenta o coração

As vezes esqueço

O quanto mais jovem

Já fui

E que tudo amadurece

Sempre ganhando

Novas formas

Ciclos e fases

O nome que for

Entre pontes e abismos

Nasce uma nova flor

Que acalenta o coração

A magia de viver

Ninguém pode tirar

A magia de viver

De estar em vários lugares

Mesmo que sejam pensamentos

Nem tem como pensar

Como você pensa

Nem do seu jeito

E só o que temos em comum

A magia de viver

8 de mai. de 2015

A estrela não esconde o brilho

A gente não tem tempo

De experimentar

Todos sabores

Essência e sensações

E nem assim

Precisamos esconder

E fingir que somos

Como grão de areia

A estrela não esconde o brilho

Ouvir

Sabe as vezes

O que quero ouvir

Não é exatamente

O que quero ouvir

Nuances do destino

Olhares desencontrados

Além da sensação das palavras

Ouvir

A janela espera

Não apresse

O que não é seu

Não atropele o ritmo

O vento não sopra

Só avisa que vem chuva

Não desperdice a vez

De conhecer melhor

O mais simples

De cada olhar

A janela espera

Sem cobrar nada lembro de sorrir para vida

Não é tão

De longe assim

Que não mereça

Atenção sem estar

Presente sem se sentir

Ausente no olhar

O que tem de bom nisso

É que a todo instante

Sem cobrar nada

Lembro de sorrir para vida

7 de mai. de 2015

Queda de braço

Enquanto houver medo

E a coragem esticar

A queda de braço

Terá seu valor

De ir de um lado

Ao outro

E descansar

A cada escolha

Numa queda de braço

Até que te abrace em paz

Até que te abrace em paz

É um longo caminho

Onde a paisagem engana

Facilmente o que distrai

Nem se trata de culpa

Ou culpados que ocupam

O espaço livre

Até que te abrace em paz

Tudo tem seu propósito de ser

Nada é tão descabido

E sem propósito

Que a ignorância

Com a mola da teimosia

Que só abre passagem

Através de longos desvios

Tudo tem seu propósito

De ser

Acordei com sono

Distraído perco a cabeça

Um mar de pensamentos

O momento agita

E fica tomando conta

Sei que de nada adianta

Se preocupar tanto

Além do mais

Acordei com sono

6 de mai. de 2015

Mar agitado

Mar agitado

Gosto de ver

Enormes ondas

Uma explosão sem fim

Mistura de sentimentos

Adrenalina cresce

Mar agitado

Fogo com fogo

Fui combater

Fogo com fogo

E me queimei

Nem tudo

Parece ser familiar

O que se esconde

Se revela no olhar

Fogo com fogo

Lágrimas no vinho

Que o vento está batendo

Em suas cansadas velas

As partes mais sensíveis

Segredos obscuros

Como lágrimas no vinho

Devorando o caos

Nada é tão difícil

Como suar a camisa

Sem fazer força

Segurar o vento

Esperando o furacão

Que nunca cessa

Ganhando simplesmente

A vontade que engole

Devorando o caos

Espero que ainda possa escutar o coração

Esqueço de desejar

De agradecer e sorrir

Aprender o que é simples

E complico tanto

O que deixava de ver

E ser com mais paciência

Espero que ainda

Possa escutar

Melhor o coração

Saindo da casca

Me sinto

Fora de forma

De órbita também

O corpo persegue

Pensamento voa

Um elo perdido

Levado pela correnteza

Querendo asas

Saindo da casca

Cor de rosa

Como é possível

Que suporte tanto

De onde vem

Como um arrepio

Dando choque

Cor de rosa

Faz o corpo bocejar

Acompanhar quieto

O silêncio das manhãs

Sentir tudo despertar

Um ritmo que nasce

Do fio de cabelo

Até os pés

Faz o corpo bocejar

5 de mai. de 2015

Descascando a vida

Quem descasca

Conhece a casca

Casca de banana

Abacaxi e pepino

Tudo lembra

Que entre escorregar

O sentimento da dor

Tem um gosto

De desafio sempre

Descascando a vida

Copo d'agua

Como um copo d'agua

De uma transparência

Que assusta

De um gosto comum

Não tem nada demais

Nos ajuda em tudo

Nem assim damos

O devido valor

Só apenas

Na pressão da sede

Como um copo d'agua

4 de mai. de 2015

Poeira

A poeira esconde a visão

Não engana o olhar

Faz do oásis um deserto

O que está tão perto

Um lugar longínquo

A poeira tem essa magia

De ser o que não é

Que o coração tanto pede

Se eu pudesse

Iria beijar

Todas as constelações

Namorar a beira mar

Cada onda

Matar a sede

Que o coração

Tanto pede

Quando fico triste

Quando fico triste

As coisas se atrapalham

Ganham outras formas

Só enxergo farpas

O coração reage

Como pode

Senão a vida emperra

É bom acordar

É bom acordar

Buscando o silêncio

Silêncio perdido

O espreguiçar leve

Esticar por todos os lados

Até sentir os pés no chão

Com um olhar desconfiado

3 de mai. de 2015

Ilhas no coração

Além de todos oceanos

Todos temos

Pensamentos assim

Livros que escrevemos

Nos levam a lugares

Por mais que pareçam

São ilhas no coração

Muito mais cor a vida

A tristeza teme

O sorriso

A luz do coração

Paz que irradia

Acorda dando cor

Muito mais cor

A vida

É aprender com as diferenças

Até o onde

Sempre igual

Ajuda ou atrapalha

Ver de novo e de novo

Entendo de coração

E avançar no desconhecido

É aprender com as diferenças

Dê um tempo olhe pra si mesmo

Dê um tempo

Olhe pra si mesmo

Tudo está

No seu lugar

Mesmo que não

Reconheçamos nada

Nada familiar

A vida é muito curta pra ficarmos com raiva

A vida é muita curta

Pra ficarmos com raiva

Deixar os abraços de lado

Os encontros que aquecem

Estão aí

Esperando sempre

2 de mai. de 2015

Além dos pés

Me fez lembrar

O que tenho perdido

O pássaro sabe

Sentimento de voar

Não ouso sair além

Além dos pés

E de novo sorrir

Deixe tudo em volta

Reclamar espernear

Subir a poeira

Explodir a ladeira

Despertar o coração

E de novo sorrir

Só eu e muito sol

Algumas coisas

Não podem ser

Substituídas

Ainda estou tentando

Me acostumar a isso

Nem imagino o que

Só eu e muito sol

É o que voce já foi e precisa jogar fora

Intoxica o coração

Quando nasce essa fumaça

Escondendo o horizonte

Uma tristeza que parece

Inundar sem fim

Mas basta olhar bem

E ver que apenas

É o que você já foi

E precisa jogar fora

Doce ao coração

Ninguém é tão distante

Que não possa ser alcançado

Nem tão amargo

Que esqueça o que é

Doce ao coração

Silêncio das estrelas

Um fio de luz

Lá vem vindo

Se despedindo

Dança das marés

O olhar não esconde

Namora a solidão

Rompendo o medo

Silêncio das estrelas

1 de mai. de 2015