Olhar nas nuvens
Estonteante sono
Abrigo singelo
Nem a lua sabe
Como é bom
Sentir as estrelas
Olhar nas nuvens
Estonteante sono
Abrigo singelo
Nem a lua sabe
Como é bom
Sentir as estrelas
Se eu soubesse
Estaria no seu olhar
Ouvindo mais
A chuva cai
Como gotas
Vem o pensamento
Que dança
Dando muita saudade
Só de longe
Atravessa o rio
Descobre o mar
De onde vem
Essa música
Que toca
Abusa demais
Dar a melhor
Cantada de todas
Só de longe
O calor no degrau
Em demasia o coração
Delira no jazz
Namora o blues
Faz do sonho
Não alivia
O tesão
O que jorra
Vem de você
Do cume ao infinito
Da esfinge vem o deserto
A duna é a montanha
Que muda constamente
Após cada tempestade de areia
O brilho do ouro não engana Só
A água da vida
Oásis
Piramide branca
Preciso apaziguar
A bagunça que criei
Lavar as mãos
Levantar a poeira
Matar a sede
Deixar a saudade nascer
Buscar as coisas boas da vida
Não causa transtorno algum
Ver que o vento levou
Descobriu as folhas
Nas arvores descabeladas
Despiu a estação dando cores
Vestindo de flores
Levantou forte
O olhar da primavera
Tenho pra você
O que as ondas
Esperam do coração
Uma dança que envolve
Uma lágrima de saudade
Revela a lua cheia
Tenho pra você
Ninguém acorda de olhos fechados
Nem tão pouco mata a sede
Sem sentir a água
Até o sol sabe
Que o dia nasce
Quando existe a semente
Ouse brilhar
Se falo pouco
O silêncio abraça
O olhar predomina
Dando o ponto
O lugar que nasce
No sentimento do poeta
O que faz brilhar
O coração vai longe
Atravessa sempre
Levanta o olhar
E encara mesmo
Não tem tempo feio
Gostaria de ter amnésia
E no absurdo esquecer
Que a música que passou
Ficou no vento
No papel de pão
Só queria que o desejo
Nunca fosse embora
Ou mudasse de lugar
Que o sabor ficasse
Bem mais que momentos
Amor tutti frutti
É com muita energia
Que se absorve
A clareza de mais um dia
Se os olhos só abrem pra fora
Experimente o que acontece
Dentro de você
Hoje tomei banho de chuva
Andando de bicicleta
Boné e óculos
Sem para lamas
Parecia um lava a jato
O freio gritava
Pelo asfalto e calçada
Aventura urbana
De quem está em paz
Esquece a distância
Abraça a diferença
Dar colo ao coração
Ilumina sem ofuscar
E de um olhar em silêncio
Namora a saudade
Porque é próprio mesmo
De quem está em paz
Eclipse lembra o sol
Querendo piscar pra lua
Num intervalo imenso
E quem dar valor
Sabe o sentimento
Que é o desencontro
Do coração em eclipse
De uma brisa um descanso
Que passa tão rápido
E outra missão
Já se apresenta
Anuciando o desafio
Tempestade no olhar
Sabe o que é
Tirar de letra
Gol de placa
Dar aquele drible
Inesquecível
E ainda olhar
Bem de lado
Eu sei
E me ponho
No seu lugar
É muito bom
Te ver brilhar
Com um sorriso
No coração
Seria um gesto generoso
Agradecer o dia
Novas chances
Reconhecer melhor
Que a diferença está lá
Em quase todo lugar
Que ainda não ousamos
A chuva só molha
Quando a terra precisa
Nunca é por você
O tempo pode mover tudo
Menos os pensamentos
A saudade que atinge
Profundamente o por do sol
No belo inesquecível mar
Essa praia me atinge
Em cheio o coração
Arpoador
Longe ninguém está
De ver o sol nascer
Existe um horizonte
Que brilha e acalenta
O coração nasce
Com o dia
Faça valer sua vez
Encoraje o coração
Saia da encruzilhada
O que faz brilhar
Vem de você
O caminho
Um delírio envolvente
Me cercando de um sorriso
Que não disfarça
Sem entregar o o motivo
Que faz o momento unico
No capricho do universo
Tenho inclinações
Que até estranho
Exagero no olhar
Talvez seja
Porque ouso colorir
O inimaginavel surreal
Que de tão surrado
Já estou
Que só me resta
A poesia de viver
O tiro não sai mais
A munição acabou
A pólvora perdeu o pavio
A bandeira pede a trégua
O desafio das fronteiras
Um absurdo repartir
O que é junto
Todos num barco só
Planeta terra
Não há o que discutir
Cria um delírio
Faz o paladar voar
Olhar discreto
Se mistura na mesa
Amanteigando o dia
Pão com manteiga
O vento empresta o lenço
Não abandona o encanto
Na noite a magia
Descobria as nuvens
Desnudava o luar
De tão sincero
O chapéu acenava
Um lugar pra você
Numa xícara de chá
Guardo muitos segredos
Fazendo com que
O rumo da prosa cresça
Arvoreça o caminho
Interminavel olhar
Digam bem mais
Que os lábios
Me deixa a vontade
Sem o laço do presente
Fico sem a surpresa
Que instiga
Alimenta o curioso
Sem saudade
A águia admira
Penso logo enlouqueço
Não sei como me distrair
Tirar a âncora da razão
Mergulhar na intuição
Afogar o melhor argumento
E num namoro sem fim
Beijar todas evidencias
O balanço voa
Será que ainda existe
O cuco do relógio
O pendulo vai e volta
Sem campinar
Perco a trilha
O balanço voa
Um pouco do dia
A poeira que desperta
O café no bule
Pão que namora
A manteiga derrete
Uma preguiça legítima
De sair da cama
Acordei dormindo ainda
Parece um banquete sem fim
Alegria que transborda
Lá vem num brilho
Um ponto no horizonte
Despertador natural
O bem te vi tá de olho
Ganha-se o espaço vazio
O eco espera
O grito que não vem
E no silêncio um descanso
Que reflete a lua na madrugada
Um passeio azul
Uma fogueira pela madrugada
Esperando o amanhecer
Um luau de estrelas
Olhares na roda
A maresia desperta
O mistério da ilha do farol
Ilha rasa
Num estalar de dedos
Faz piscar o olhar
Uma fila enorme
Na estação cada vagão
A paisagem passa correndo
Nos trilhos um caminho
De idas e voltas
No trem da vida
Já fiquei tão amarrotado
Que nem sei
Como eu era antes
De tão torto de tudo
Em mim caiu
O peso e desconforto
Sobrou um pouco
Pouco da noite
Tem que esperar
Pra ver as estrelas
E ficar de olho
Pra descobrir
Em qual constelação
Se esconde o seu coração
No pulo do coração
Que nunca abandona
Dar luz e impulso
Conhece a escada
A espada e o sonho
Atravessam o desafio
A chuva desnuda
O que está seco
E o que é feito de açúcar
Não esquece
E pra não se molhar
Capa e galocha
Cadê o guarda chuva
Perfurar o poço
Saber onde
E como encontrar
Ir lá no fundo da terra
Quando a superficie
Tem ânsia
Só mergulhando
O vento espalhou
Na calçada
Folhas esquecidas
No tempo
Iam fugindo
Pelas esquinas
Perdendo de vista
Também os galhos secos
Dar sede essa saudade
Faz muita falta
O sorriso do mar
As espumas das ondas
O espinho do ouriço inesquecível
O golfinho no Arpoador
Tinha um olhar
Um desafio e tanto
Faz muita falta
Aquela pipa sobrevoava
Muito longe numa linha
Quase invisível
Era uma magia
Que encantava
Cores no céu
Houve um tempo
Que a dúvida habitava
Criava raíz
Quase não se saía do lugar
E mudar era um ato de fé
A correnteza leva
Qualquer momento
Pra que venha outro
O filme não tem roteiro
E por mais que improvise
Nem todas as pontes
Te salvam do abismo
No olhar da manhã
Caindo uma chuva
Forte como lágrimas
Difícil sair da cama
Dou um jeito
Despenco pelo dia
Queria disfarçar
Não consegui
Delirei mesmo
Quase surtei
Em silêncio
Cada olhar
Que você fez
Numa sombra eu guardo
Tranquilo o coração
Sentindo o vento
Que arrepia a pele
E um livro solto
Pelo canto da casa
Esperando meu olhar
O por do sol no mar
Tem outra viagem
Descansa bem
Qualquer pensamento
Encontra a maré
Namorando as ondas
Desenho o por do sol
Esperando o anoitecer
Ganho a saudade
Sem esquecer
A inspiração
De cada encontro com você
O que tanto faz
Na diferença
Descobre o sentimento
Estica muito
Não complica
Vai até aonde
O sorvete derrete
Dar um nó
Esfrega o som
Flutua bem
Despeja o prazer
Derrete a paciência
Sentimento satisfaz
Conhece a distância
Nas margens do rio
Não existe
Momento certo
O agir habita
Cria o lugar
Faz o eco necessário
Pra que saia do reflexo
Seja além do espelho
O teu brilho invade a janela
Liberta o nevoeiro
Vem devagar
Tateando a mente
Poeira inquietante
De idéias no café
Da manhã
De um terror único
O arranhar do giz
No quadro negro
Uma agonia ajuda
Tirando muitos suspiros
Um antagonista que virou passado
O giz
Minha auto crítica
Nunca me acolhe em paz
Me sinto estacionado
Num pensamento infinito
Esse cara é um vilão por excelência
Minha auto crítica
Tenho um interesse estranho
Talvez seja um hobby
Criando palavras diferentes
Onde não existiam pontes
Curiosei
Fui buscar inspiração
Encontrei um lugar
Cheio de essencias
Experimentei o gosto
O gosto de escrever
Acreditei que as linhas
Criaram vidas
Na lenda da abobora
Nasce a carruagem
Que não ousa a madrugada
Namora o baile
Até a meia noite
Seria um passeio
Sem guia
No Improviso da emoção
A música emudece
O sentimento tranquiliza
Ganhando o olhar
Tão leve
Não pousa nunca
O vento me leva
Longe e sem direção
É dura a vida
De uma pluma
Na lareira aquece
A lembrança de um olhar
Na lenha o estalar da madeira
Que distrai como pipoca
Se espalhando pelo tapete
O vira lata
Veio num barco
Uma pintura de luz
Nasce pintando o dia
Desenha sem compromisso
Passeia entre as nuvens
Vira arco iris
No espelho das águas
No sorriso a emoção
De um arco iris
De um delírio nasce
Tecendo a pele
Ganha a tatuagem
Que espalha
O suor e o momento
A paciência não cansa
Insiste na paz
Fiz força
Pra quebrar a noz
Que resiste forte
Casca vigorosa
Só na marra
Sem gentileza
Tento buscar
Sem perder
O alimento da vida
Ergue firme
Assim é a ponte
Atravessa o vale
Dando a paisagem
O olhar do abismo
Lá embaixo
Parecem formigas
Quem está por aí
Que não volta pra casa
Parece perdido
O que tanto busca
O cachorro perdido
Mordendo o próprio rabo
Seria capaz de comer
Uma torta inteira
Admirar a cereja
Combinar com recheio
Que tudo nunca
Foi um engano
Encontros que dão fome
De um lado para o outro
Buscando a janela
Que não esconde a chuva
A cortina tenta
As gostas não disfarçam
Mostram como lágrimas
Pelo vidro
O sentido acontece desaparece
Não esquece de levar as nuvens
Conhece o brilho e amanhece
Nem disfarça o sorriso
Que vem com o horizonte
Café com canela
Pra subir pelas paredes
Escalar montanhas
Vencer abismos
Só tem jeito
Tirar o peso
Sentir o balão
Perceber quem voa
Reconhece os pés
De mãos dadas
Descobrindo a vida
É preferível
Aprender sempre
Mesmo que eu esperneie
Faça bico
E correr não adianta
O tempo esquece a pressa
Pra tenhamos momentos
O desafio do encontro
Bebo apressado
O café quente
Nem saboreio
O momento foge
Perco a paisagem
O sentimento
Quem sabe
O pão com manteiga
Tenha a resposta
O que desnuda
Não esconde a roupa
Ganha a cor da pele
Outros olhares
Uma dedicação
Que exala o perfume
Por onde passa
Bem quieto o amanhecer
Me distrai com o silêncio
Esperando o bem te vi
Abrir o olhar
Como uma semente
No pensamento
É bom olhar o mar
Descobrir cada onda
Que a vida leva
Caminhos que mudam
O tempo todo
Ver que o sentimento
Cresce com a maré
Maresia no coração
Com sua leveza
Me fez chorar muito
Criar coragem
De vencer cada desafio
De ver com a grandeza
De um olhar pequeno
O que iria surgir
Bem mais adiante
Uma folha no coração
Esculpir
Talhar forte
Na madeira
Descobrir
O que não tem nome
Nem forma ainda
Assim aos poucos
Te ver nascer
Eu sou minha própria música
Faço o meu próprio barulho
Pertubo pra valer
Tudo que está em paz
Aqui dentro de mim
Sim reclamo
Porque amo
Bagunçar a vida
Pensamento aquatico
Me leva pra longe
Deixa o submerso
Do que restou
Sem se afogar
Saindo do mergulho
Abismos do coração
Quando a sede aperta
O pouco não sacia
A língua seca
Não abandona
O louco entra
Entra cena
A bandeira não perde a importância
O símbolo carrega o sentimento
Que permite guiar
Dando sentido
Hasteada voa
No coração dos times
Que levam no coração
Sonhando com uma pátria
O amor não espera
Atravessa em cheio
Descobre qualquer
Esconderijo
Ninguém brilha
Sem amor
Chover no molhado
Descreve bem
Acolhe sem dar colo
Redundância implícita
Como também
Enxugar gelo
Deve ter alguma lição
Confundi desapego
Com parar de respirar
Deixando o sério
Lubridiar o palhaço
No amasso da vida
O coração grita
A alegria continua
Talvez não esteja
Sentindo nada
O significado tem nome
Estou com muita saudade
De encontrar novamente
Onde ficou aquela onda do mar
Pense nisso
Não demore muito
O tempo urge
Apressa o sentimento
Além do mais
O sonho só nasce
Vivendo a inspiração
O clima tenso
Mede o medo
Que atinge
Dilacerado momento
Sentimento frágil
Talvez ilusão
Tempestade num copo d'agua
Jogo a concha
Que quica
Entre as ondas
Afunda sem fôlego
E outra concha vai
Tentar o mesmo caminho
Dando novas surpresas
Concha do meu olhar
Dentro do mar
A vista da terra
Um conforto surreal
Quanto mais se afasta
Sentimos falta
Do que a principio
Pudesse ser visto
Quem muito descansa
Tem algo guardado
Demais ou não sabe
Usar porque não ver
Que é capaz
O silêncio não cala nunca
Como sabia
Quando ia
Longe demais
Simplesmente
Não sabia
Até ser
Tarde demais
Não podia resistir
Não parecia uma pescaria
Fisgavamos vidas
Antes afogadas
Em iscas de ilusões
O anzol não tinha idéia
Nem sabia que a maré
Era o tempo necessário
Eu era apenas um peixe
Quando a gente diz
Entrei no clima
Quer dizer que
Estava aonde mesmo
Comeu o entusiasmo
E agora mudou o cardapio
Outra sintonia talvez
Acho que entrei no clima
Não seria nada demais
Se desprender um pouco
Sentir o corpo voar
Perceber que o silêncio
Cura sem ver a cura
O desespero e a agonia
Não estão longe
De tocaia aguardando
Pra dar o bote
No desfiladeiro a onça
Esperando o momento
A palavra grita
Ganha o significado
Apaixona o silêncio
Que sai do lugar
Vai de encontro
Saindo do casulo
Momento frio na barriga
Medo extremo
Desafio mesmo
De superar
E de algum jeito
Vem o agir
Respira fundo
É a vez
Uma pessoa falando sozinha
Resolve muitas coisas
Privilégio de poucos
Um troféu de asas
Que libertam
Pedindo bis
Em qualquer canção
Existe outro lugar
Melhor do que está
De bem com você
De atravessar cada dia
E sentir que a noite
Dar o descanso
O que vale a pena
A ponte traz mudança
Favoravel a nuvem passa
Segue o vento
O sentimento reflete
E entre as arvores
Bom te ouvir
Clareia um pouco de você
Foi por te buscar
Que encontrei a flor
Por mais ingenuo
Que fosse a palavra
Abri o sorriso
Que afastou a tristeza
De um dia nublado
Beirando a loucura
Exploro o abismo
Insisto na ânsia
Um beijo no vazio
Cria um eco
Que espero
Que retorne ao coração
Fala-se muito
De um conteudo
Fraco e pobre
De idéias simples
O complexo fascina
Deixa o mistério no ar
Abandona quem precisa
Apenas de um olhar
No Improviso das emoções
Vem a aula
Roteiro completo
Rasgando a palestra
O que parecia duro
Ganha a flexibilidade
Para aprender com amor
Queimou na largada
Perdeu a emoção
Esqueceu de acreditar
Que o desejo é a estrela
Deu tudo
Pensando na troca
Virou saco vazio
Num consentimento único
O que agrada o coração
Dando o abraço
Que acolhe
Com descanso
O abrir da vida
Tinha um passo leve
Andar elegante
Na orla uma garça
Enebriava os sentidos
Balançava o sorriso
O pensamento saía do chão
Nuances de um olhar
Sorrateiro e sedutor
Namorando os detalhes
Caixinha de surpresas
Só tem valor
Quando o coração pede
Vamos ver o sol nascer
Regando o bonsai
Folhas abertas
Um passeio na casa
Entre a janela e a porta
Vou vislumbrando a poesia
A dúvida permeia
Toma conta
Dar o sinal
Que sem colorir
O preto e branco
Esquece o leme
O cais parece longe
Numa trajetória
Colidindo com as estrelas
Uma fusão
Reflexões no chá
Conquistando em segundos
Uma faísca de felicidade
Só acreditar
Não basta
Ter fé é pouco
Esquecendo o simples
Escrevo o impossível
O surreal pensamento
Que brota no paradoxo
Na poesia e sentimento
E se ele não sabe
O que faz
Do carvão ao diamante
Distante passeio
Que habita no sonho
O tesouro cava sozinho
Na ilha tem um coqueiro
Aquilo que lhe falta
É o que mais dói
Nada quebrado
Pedaço sem encaixe
Quebra cabeça
Amoroso olhar
Quero chorar
Aprender o que vem
Nadar sem se afogar
Lágrimas livres
Pra poder soltar
Lembrar o beijo
Que nada mais é
Que você no meu olhar
Quero me despedir
Sentir a pipoca
Estalar na panela
Explodir e saborear
Amanteigando o coração
Levando a saudade
Quero me despedir
Fiz de você
Uma estátua
Talhado no coração
Um sentimento doce
Que embala o calor
De viver bem
O que o momento pede
Perdi o disfarce
Ganhei o beijo
Olhos amendoados
Cabelos cacheados
Pele morena
Vem de tão longe
De um horizonte
Perdi o disfarce
Caminhar a noite
Sentir a orla
Maresia
Detalhes das ondas
A areia molhada
Era um namoro
Que seguia a maré
Nas estrelas descubro
Um véu infinito
Que desembaraça
Nebulosa visão
Na falta de um abraço
O tato aumenta
Chegando nos olhos
Um perfume bem seu
Sinto as pessoas escondidas
Dentro de si
Um baú de tão enferrujado
De tantas desculpas
Que pra sair
Só saem quando enchem
Enchem pra valer a cara
No bar da vida
Até hoje impossível
De se esconder
Nem na sala de aula
Ponto de referência
Me sinto uma torre
Jogador de basquete
Três pontas na cesta
Agraciou assim a vida
Um pequeno gigante
Pelo que já passei
Faria muitos livros
Meu amor era outro
Revista em quadrinho
Hoje essa poesia
Me dar o afago
Do coração que espreme
De prazer a inspiração
Entre um abismo e outro
Existem muitos vales
De alguns não quero sair
E tem aqueles
Que a saudade
Passou longe
Montanha russa
Bola de gude
Tinha o charme
Lembra sinuca
Onde o taco
Era o dedo
Nunca aprendi
Tenho trauma
Perdia sempre
É de costume
Assustar o soluço
Nunca entendi
Deve ter uma lenda
Que saiba
Do que se assusta
O soluço
Esqueci de olhar
A panela queimou
Churrasco nasceu
Passou do ponto
Será dar pra comer
Sem sentir o gosto
Direi que é uma nova receita
Lembro como hoje
A mordida do papagaio
Ria sem parar
Meu dedo tem
A cicatriz que atravessa
O tempo da semente
Semente de girassol
Comia muito
Gravata borboleta
Sempre admirei
Esconde o pescoço
Entre o esportivo
E o clássico
Faz um bom
Meio de campo
Quem inventou
Devia temer
O nó da gravata
Tudo que como
Quer sair logo
Tremenda dor
Dor de barriga
Suor frio
Dar um desespero
Quem tem
Sai correndo
Fico me contorcendo
Entre uma soneca
E outra
Resisto a agitação
Peço descanso
O corpo não se acomoda
O travesseiro não tem lugar
Briga comigo
Como um fantasma
Atravesso paredes
Carrego correntes
Assusto sempre
Entre a dimensão
Do medo no escuro
Bicho papão
Quero brincar
Mais ficou sério
Futebol de botão
Bola de meia
Amarelinha e queimado
Correr até cansar
Quero brincar
Essa lagoa me encanta
O vento desliza em suas águas
Escolas de remo e ciclovia
Escoa no Jardim de Alah
Encontrando o mar
Ipanema e Leblon
Rodeia Humaitá
Gavea aos pés
Do Cristo Redentor
Lagoa
Essa maratona
Não cansa os pés
Que pedem mais
Explora mesmo
Cada pegada
Quanto mais demorar
A vida ganha mais graça
É bom te ver cantar
Mergulhar na melodia
Aproximar o coração
O que não falo
Vem na música
Tem nada a ver guardar
É um sonho assim
Veste o jardim
De girassol
E rodeia a casa
Dar o colorido
Que o coração pede
O silêncio não te apagou
Minha princesa
Faz um carnaval
Rasga a fantasia
Destrona o reino
Que não tem nada
Nada de simples
Sem complicar
Perde a graça
Sem discurso
As palavras beijam
O silêncio diferente
Ganha a palavra
No olhar que sorrir
Sem discurso
Tem muita coisa
Que me causa dor
E nem assim
Desisto do prazer
De saber
Que tudo faz parte
Do grão de areia
Que não vejo que sou
Nada é tão calmo
Até que venha
A provocação do desafio
Amargo ou doce
Tanto faz
O gosto se agita sempre
As margens de um rio
Descobri a correnteza
Que tudo leva
Muda por onde passa
A natureza fala
Nas águas claras
Do coração
Nunca é tarde
Pra se Libertar
Trazer de volta
Fazer surgir
O que clareia
E mesmo esses
Que ainda ignoram
Não podem calar
Um olhar no infinito
Vou desembrulhando
Escolhendo o vento
Que possa me fazer
O favor de desenhar
E assim acompanhar
O que antes era um rio
E virou mar
Queria ser a semente
Que faz brotar
Num desejo um sorriso
Na memoria a nuvem
Tem o formato
Que desfaz
Varrendo as folhas
De outra estação
É o que peço
Um momento com você
Desnuda o cenário
Preto e branco
Outra arte
Ninguém apagou a luz
A cor está ali
No sentimento
Que apura
Na cor do coração
Preto e branco
O absurdo está
Onde menos esperamos
Não foge
Vai ao encontro
Encarando o momento
O absurdo compra a briga
Despreza a imaginação
Acordei com a absurda vontade
Tem sabor de fruta
Esse beijo
Que não se cansa
Esqueci guardado
Como pode
Era um caminho
De galho em galho
De muita coragem
Aquela goiabeira
Era uma fantasia
Teatro vivo
Sem pessoas
No palco
Uma luz mágica
Criava vida
A platéia delirava
Principalmente os casais
No escurinho do cinema
Me jogo no espaço
Vale perdido
Doces pensamentos
Alguns me enganam
Ficam salgados
Perco as asas
E o horizonte abocanha
Meu coração sempre
Me permito
Sentimento proibido
É um atravessar especial
Que contemplo
Sereno e agitado
Da cabana um lago
Da praia a montanha
Não são os lugares
Sou eu que ouso
Colorir intensamente
O que sinto
Tem o pra sempre
Amo viver assim
Pura plenitude
De tão natural
Te abracei
Criei ilusões
E muita coisa
Aconteceu
Me preocupei
Como criança
Aprendi o sorriso
Ainda vou ser
E pintarei de verdade
O caminho que fiz
O velho e o mar
Há muito
O que se ver
Não tinha idéia
Que de onde estava
Nem podia saber
O quanto o olhar
Precisa descobrir
Prato fundo
Desperta a fome
Dar água na boca
Longe ainda
Feijoada e mocotó
Suculenta sobremesa
A vontade não sai
Tô com pena
De comer devagar
Quero acordar
Sair da cama
Missão quase impossível
Necessária mesmo
Ainda invento um jeito
De levantar
Exercitando os olhos
Aquele samba
Não sai
Invade muito
Tamborim menino
Surdo no equilíbrio
Mais que um amor
Cavaquinho seduz
Os olhos nas nuvens
Pedindo descanso
Nas estrelas um sorriso
O leão abranda
Um outro lugar
O sino da igreja
É bom voltar
Numa gota de orvalho
Nasce o beijo
Delírios de uma janela
O que mudou
Está além
De cada sentimento
Numa gota de orvalho
O mago ver as trevas
Estrela e o cálice
Nas mãos a chama
O capuz não esconde
Guarda o caminho
Quem dar a luz
Aprende o coração
O que não calou jamais
Ganha um eco absurdo
Assola a paixão
Asas especiais
Abismo sem paraquedas
Vôo livre
Te ouvir
Num tom baixo
Arranca mesmo
Pedaços de muitos
Lugares e uma névoa
Que aquela árvore
Tem marcado seu nome
É bom despencar
Deixar o coração
Bater até ao chão
Se arrastando
Eu te reconheço
Aprendendo com olhar
Você faz de propósito
Ironiza esculacha
Joga fora
Me poe no lixo
Diz cada coisa
Que eu pensava
Nem existir
Até quem sabe
Morra de saudade
Numa constelação
As estrelas não se separam
Acreditam que cada um
Pode brilhar sem ofuscar
O outro deixa de ser o outro
Quando o amor nos faz próximos
Atinge um grau de luz maior
Parece congelar de verdade
Num lugar bem guardado
Que pulsa com vontade
Porque é daí
Que nasce
Os melhores momentos
Um livro aberto
Tem disso
Não se assombra
Nem surpreende
A personagem passeia
Ganha coração
Desfila sem ilusão
Que as páginas são
O caminho e destino
Foi ainda a pouco
Forte no olhar
O sentimento
Eclipse natural
Quando sol e lua
Ignoram o tempo
Num único fôlego
Derrama a vez
Foi ainda a pouco
Você ecoa forte
Despertando desejos
Nem sei o que dizer
O talher e os pratos
Voam pela mesa
A cadeira desaparece
O garçom sorrir
O que vou sendo
Se desprende
Crescimento
Semente de luz
Nada demais
Tecendo a vida
A borboleta acena
Agradecendo a lagarta
A esperança é a essência
Natural e exala forte
Por onde passa
Deixa o brilho
Faz presença
O que antes era
Virou milagre
A esperança é a essência
Meu coração explode assim
No delírio desse saxofone
Que insiste no sentimento
Dilacerado da emoção
Enxugando gelo
Pra de novo
E de novo
Voltar com mais
Muito mais saudade
Não tenho o quilate do teu olhar
Nem o sabor do teu beijo
Quem dera ser o ritmo de sua respiração
Como iria aprender a gentileza
Desse tão dourado coração
E em suas tempestade
Desprender muita paciência
Nada como um dia de fúria
Pernas bambas
De tantas peripécias
Olhar desgovernado
Lábios que falam
Sem emitir
Um único som
Qualquer sinal
Não é mera coincidência
Que tudo está
Em seu lugar
Seria bom
Ter nas mãos
O calor do sol
O banho do mar
E sentir no olhar
No olhar do vento
Disparando o coração
Alimentar a vida
Seria bom
Gostaria de ser artificial
Perder o suco
Não ser real
Acordar do sonho
Fazer o filme ter
Outro começo
Desaprender os vícios
E dessa vez acreditar
De verdade nos hábitos
Gostaria de ser artificial
Um estrago e tanto
Esquecer a fantasia
Lembrar que ficou
Sem graça
Durante tanto tempo
E nem assim
A luz se apagou
E no que calou
Nasceu o silêncio
Gostaria de ser próximo
Mas, nem de mim mesmo
Eu sou
É um tão distante
Aqui dentro
Que me perco
Querendo encontrar a saída
Ou seria a entrada
Talvez seja o próximo
Eu devo muito
Não sei como pagar
O que usei
E deixei pra lá
O resto que ainda tenho
Não esquece
Que assim que terminar
Preciso devolver
Um banco no tempo
É profundo o olhar
Que não deixa pra trás
Nem dar alarme
Um quieto abandono
Guarda o sentimento
Como pano de chão
Eu vou pensar
Libertar a idéia
Espremer bem
Até sair
Um caldo de esperança
Enquanto não vem
Arrisco o desejo
De encarar
O universo com um abraço
Espero a música chamar
Encontrar e perder
Esvaziar de cada vez
Desejo no olhar
Animar o vazio
Ganhar a melodia
Dar vida
Espero a música chamar
Onde estou
Ninguém quer
Entrar e pular
Além do abismo
O eco não responde
Desejo inconfundível
Nirvana
Eu me visto assim
Tão pelado e sozinho
Esquecido da roupa
Que foge sentindo
A pele arrepios
Que não passam
Eu me visto assim
Não se esqueça do detalhe
Aquele mesmo
Que só você reconhece
Ninguém ver
Mas, pra você
Está lá
Não esqueça do detalhe
As mãos tem calos
Que reconheço
Como montanhas
Percorrido por momentos
Em que o esforço
Era o fôlego que precisava
Tornando o olhar macio
Não daria certo
Espremer o limão
E sentir doce
Libertar a vida
É ser preso
Amar as idéias
E não realizar
Os sonhos
Não daria certo
Nem de longe
Deve ser sim
Pensamento bom
Que irradia
Atravessando nuvens
E tantas tempestades
O sentimento sabe
Pode demorar
O tempo não existe
Pra quem tem foco
Foi assim nadando
Que veio o fôlego
Tranquilo no cais
A espera de outro lugar
Desatando a saudade
A paisagem sem fim
O que a lucidez lembra
Não traz à tona
O sonho namora a razão
Dando o beijo necessário
Sem dar despedida
A solidão parece sumir
De uma forma ou de outra
Conhece bem o coração
Me deixe sozinho
Pra que possa
Mergulhar na solidão
Preciso do silêncio
Que foi embora
Encontrar a solidão
O descanso que fugiu
Do coração do olhar
Olhando o teto
Sem luz
Um passeio meu
Nos cantos da sala
Um teatro vivo
Olhando o teto
Não vi você passar
Fiquei triste
Sem o calor
Que antes desejava
Na ânsia da surpresa
Quase sem fôlego
É na sinceridade do seu olhar
Um mergulho sério
Que limpa a alma
Desnuda o beijo
De uma vida
Tenho que perder
A mania de chorar
Chorar por tudo
Derrotar a conquista
Desvalorizar o sentimento
E agradecer sem culpa
Pedi desculpas
Esqueci de tirar
O peso da saudade
Naufraguei o olhar
Soltei a âncora
Aquele pedaço
Escondido de todos
Ninguém viu
Estava lá
Guardando o silêncio
Pra alegria do seu olhar
A montanha não ver
O que está aos seus pés
Custa a perceber
O que vem debaixo
Não facilita
Nem dar atalhos
Escalada da vida
Desse negócio
Não entendo nada
Nem disfarço
Pode me enganar
A vontade
Fazer a festa
Que estarei
Aprendendo
Olhei em volta
Abrindo os braços
Estiquei tudo
Respirei fundo
Tive dúvidas
E mesmo assim
Fui adiante
O deserto não ilude
Dunas e mais dunas
A caravana levava
O valor legítimo
A liberdade de um povo
Nas noites claras
Oasis da vida
O lápis marca o papel
Que antes estava
Tão amassado
Indecifrável enigma
Estranhando demais
A própria letra
Hieróglifo
O balde enchia
Caia a chuva
Intensamente
E nada de parar
Muita água
De uma vez
Lágrimas da primavera
Nem daqui
Nem daí
De onde vem
Semente feliz
Giz da vida
Não se cansa
De boiar
Vitória régia
Só olhar o bolo
Dar fome
O estômago ronca
Nada romântico
Essa espera dói
Ainda quente no forno
Só olhar o bolo
Sem semelhança
A coincidência perde
Qualquer sentido
A matemática do acaso
Namorando a probabilidade
Ganhando o prêmio
Estatísticas da vida
Será que esqueci
De apertar
De onde vem
Dança forte
Que fazem voar
Os pés sentem
Que o melhor
Vem depois
Das pegadas
O sino balança
Agita com a badalada
Ecoa longe
O vilarejo sabe
É chegada a hora
Dividindo a atenção
Quebrando o silêncio
Apertado o coração
Tenta suportar
Vencer pelas beiradas
O furacão tem um olho
Devorando o sentimento
Que fica perto
Encarando as sombras
Firme arracando
Ervas daninhas
A pintura nasce
Na janela do sonho
Ganha o pincel
Dança num mergulho
De cores que casam
Sem saber
No que vai dar
Trânsito parado
Sem saída
Um caos e tanto
Naufragando no asfalto
Quase sem fim
Parece que o mundo
Está tropeçando
Nos próprios pensamentos
Trânsito parado
Se pudesse te daria
Um sorriso lindo
Que te levasse de volta
Pra alegria que passou
Criando um novo lugar
Acreditando mais
Sem pedir ao coração
É por estar em silêncio
Que estou em você
Celebrando cada momento
O que abraça o coração
Esticando os braços
Da longa amizade
Que nasce pelo dia
Acordo bem no seu olhar
Acredite porque eu sou
Onde habita a fé
Machuca muito
Perder a unha
A águia tem esse olhar
Trocar de roupa
Assim como a estação
O tempo muda
Machuca muito
Pra que discutir
Escorrega pelos dedos
Líquido e pesado
Senti a temperatura
Quando há febre
Envenena no sabor
Está no céu
Diz a lenda
Que corre muito
Mercúrio
Criar distância
Lugar vazio
Enchente no olhar
Nas cartas tem um jogo
Descubro o naipe
Do ouro e coração
Paus e espadas
Quem foi
Que embaralhou
Sem saber a vida
Existe um tesouro
Que todos têm
Namora a menina
Dos olhos
Escondido no óculos
Inspiração vira respiração
Só cavar bem
Que chega no coração
Dia nublado
Cabelo largado
Atravesso a rua
Sem sentir a calçada
Onde encontro
A luz escondida
Nas nuvens
Foi de passagem
Sorriso brando
Confortável sofá
Elevador escondido
No meio do saguão
Lembra um chafariz
O coração esticou
Não faz mal
Tanto assim
Esperar o que não vem
Tem outro caminho
Ou curva esquecida
Quem ficou pra trás
Talvez esteja
Em outro trem
É importante que saibamos o manso
Que a direção seja a luz
E onde menos se espera
Possamos ajudar
Que o mais próximo
Seja uma dádiva
Que revele a oração
Do caminho
De alguma maneira
Acredito que seja
Aquele olhar
Que veste assim
Querendo dizer
Aquecendo a emoção
A fila não tem pé
E anda
Tem mãos sem dedos
Conversas surreais
Engorda e emagrece
Nem lembra
Que faz dieta
Essa fila é de que mesmo
O sabonete cai
Parece escorregar
Com propósito claro
De me tirar do sério
O chuveiro me faz cantar
Sem desafinar a vida
É desse brilho
Que falo
Essa cor
Lembra o dia
Que ficou
Lá dentro
Pra não perder
Toda saudade
Quando o entusiasmo
Come pelas beiradas
Assombra os mais quietos
Sensualiza de verdade
O dominó cria
Efeito borboleta
Pedra sobre pedra
Cai abrindo
O melhor presente
Do ninho veio o pássaro
Saiu e voou
Muito mesmo
Ganhou asas
Abraçou o mundo
E quando chega
O dia de voltar
Do ninho veio o pássaro
Como um vaso frágil
A qualquer momento
Pode partir
A luz que não se apaga
E só muda de lugar
Viemos assim
Sem jeito
Pra nada
Do olhar da criança
Até atingir outro lugar
Dando muita saudade
Pra descobrir encontrar
Ouço a música
Olho no olho
Mergulho impossível
Deslizo os pés
Estico as mãos
Ponho no colo
Com vontade
No cavaquinho
No vôo da gaivota
Vejo bem
A onda e o peixe
Alimento da vida
Nessa brisa suave
Inesquecível maresia
Por do sol no Arpoador
No vôo da gaivota
No tambor do mundo
Vai ecoar
Até cansar o eco
Vamos acordar
Do lugar tirar
Plantar o próximo
É lindo o que faz
Tão bem ao coração
Contos africanos
Jongo da vida
No tambor do mundo