Tenho esperado
Tanto tempo
Não sei pelo o que
Se são estrelas cadentes
Incontáveis noites
De onde mesmo viemos
Acredito na estrada
Que seja infinita
Porque lá atrás
Não para de nascer
Tenho esperado
Tanto tempo
Não sei pelo o que
Se são estrelas cadentes
Incontáveis noites
De onde mesmo viemos
Acredito na estrada
Que seja infinita
Porque lá atrás
Não para de nascer
Sem amadurecer
O caminho emperra
O deserto é sempre
Nem o sonho resiste
Sem amadurecer
A vida perde o brilho
Da estrela que cada um
Somos quando queremos
Brilhar sem interesse
Uma vez o caboclo do mato
Disse que a vida é sempre
E quem passa são os momentos
Que olhar e o coração
Aprendem sem rédeas
Onde o sorriso se esconde
Está o amor
Querendo acordar
Oscila o humor
Bagunça muito
E como ficar de pé
Sem perder o chão
Quem muito esquece
Precisa acordar pra vida
Casa vazia
O silêncio me esgota
Ecoa um olhar
Devora o tempo
Pra ver se volta
Num abandono
O sorriso no coração
Deixa o sol brilhar
Acordar o coração
Ser suave pelo dia
Aparar as arestas
Sentir as farpas
E ver como desafio
Apenas aprender
Saia do cobertor
Não me venha
Roubar o sentimento
É uma dor forte no peito
Mesmo que a solidão fosse
Um liquidificador no coração
Nada pode traduzir
O que sinto quando
Namoro o mar
Vontade de dançar
Até o amanhecer
Esfriar os pés no mar
Vendo o sol nascer
Pedir as ondas
Um desejo escondido
Eu não sei dançar
Nas conchas do mar
Tudo ao seu tempo
É um desejo que explora
Segura a vez
De ir em frente
Driblar o caminho
É um carinho
Que a vida pede
Que seja com amor
De um brilho no olhar
Faço um sonho acordar
Respirar silenciosamente
A espera do adormecido
A esperança tem seu lugar
Quem semeia acredita
Longe é uma inspiração
Que a saudade deixou
A canção que ficou
Na fogueira se protegendo
Do frio, um luau
E o mar soprava uma brisa
E a lua sentia
Longe é uma inspiração
O humor salva
O que deixa
O coração amargo
Peneirando as pedras
Fazendo sorrir
O que dava vontade de chorar
O humor tem disso
Feito de surpresas amorosas
Sabendo onde buscar
O que mais precisa
O amor nasce no humor
Tiro do lugar
Abstraio o momento
Desmonto o pensamento
Viro pizza com muito oregano
Fico em pedaços
Sem tempero
Não perco o temperamento
Me jogo ate sentir
Espero o dia passar
Hoje eu posso dizer
O q fui virou ontem
E aquele impossível
Atravessa o olhar no presente
Pendura no coração
E costuro o futuro
Rumo ao infinito
O que faz você dançar
Está além da música
Jorra o sentimento
A harmonia e melodia
Invocam o mais profundo
Suspiro do coração
O que está em você
Através da música
O frio é algo tentador
Me faz voar
Pra um cenário
Onde esconde
Uma cabana e lareira
O frio é assim
Senão tiver coragem
Congela o coração
Não é morrer
Viver nos corações
Que ficam
O que destroça
Não traz saudade
Enforca o sentimento
Ultrapassa o momento
Não é morrer
Quando olhar as estrelas
Pense numa delas
Aqueça o pensamento
E não importa onde estiver
O brilho não só retornará
Mas, fará brilhar o coração
De outras estrelas
O barco balança
Quem não sabe enjoa
Sem chão e muita água
Não tem onde se agarrar
Lá no fundo
Um olhar na praia
Só me resta boiar
Tem tempo
Que nem lembro quando
E como foi
Nem onde
Talvez, os costumes mudaram
Onde vai parar o piquenique
Antes parecia
Um mar de rosas
Os espinhos eram doces
De tempestades a calmaria
E por mais que fosse impossível
Uma nova janela se abria
Em pleno arcos da lapa
Bola na cesta
E insistentes arremessos
Num raro momento
A rede faz o menino sorrir
Desengonçado e sem jeito
O olhar desliza
Como um troféu
Acertei, cesta ...
Quando estive por aqui
Não pude te olhar nos olhos
Nem sentir a brisa na pele
Refrescar o suor do dia a dia
Mergulhei onde ainda estou
O bem te vi pelas manhãs
Nem sei dizer
E sentir é um chão
De quem ousa aprender
O vento leva sempre
O sentir é um silêncio
Que agita o coração
Aos trancos e barrancos
O olhar fica cheio no sentir
O sentir é um belo lugar
Vejo o prato voar
Se espatifar
Beijar o chão
Deixando de ser inteiro
E viver em pedaços
As vezes, é só isso
Que faz a diferença
Nem assim o coração
Se cala
O mundo está mudado
Frase engraçada
E outras também
Sou de outro século
Até aprendi uma nova
O tal de menu
Que tem som de meni
E virou menino nú
Não percebemos
Que as pétalas
Se renovam
Criam novos ares
E não resistir
As mudanças são caminhos
Que fazem a pétala
Ser o começo
E não o fim da flor
O que é de mão beijada
Voa mais que o vento
Faz falta o suor
Mente quem diz
Que não gosta
A natureza do poder
É assim mesmo
Quanto mais tira
Mais quer
Vivemos a vida
Pedindo atenção
E por mais que digamos que não
Traçamos metas e caminhos
Que sem ajuda e sem atenção
O que nos resta como esperança
A alegria de viver não se esconde
Se espalha pela vida
Não deixe de sorrir
Adorava me pendurar no balanço
O mundo subia e descia
Numa intensidade doida
De emoções e sentimentos
Desenfreados por desejos
Que envolviam explosões no coração
Ainda lembro o que sobrou
No balanço da pracinha
O que percorre a espinha
Num arrepio forte
Fica marcado no tempo
Surpreende o sentimento
Que busca aprender
Além da solidão
O silêncio ensina
Nas margens do coração
Espero o entardecer
Levar o que ficou do dia
O por do sol se aproxima
Encostando no horizonte
Nas ondas, um olhar
Anoitece o coração
Fazendo o dia acontecer
Removendo montanhas
Descobrindo detalhes
Que antes se escondiam
Percebendo que a vida
Não são apenas reflexos
Do rio que desemboca no mar
Não vejo a hora
De sentir a brisa
Como se fosse a primeira vez
Como um sonho que nunca termina
Uma música que só vem com o coração
Conquistar um pouco a cada dia
Que nem tudo pode ser
Mas, algumas coisas acontecem
Se fosse apenas caminhar
As pegadas traduziriam bem
Como uma receita de bolo
A mágica do sabor
Só quem mete a mão
Na massa sabe
Que nada fica pronto
Antes do tempo
Onde você está?
Olhos no horizonte
Do outro lado do mundo
Percorrendo caminhos
Antes obscuros
Que pareciam desafiadores
Mas, acenam com clareza
E fazem repousar o coração
Onde você está?
Não vou a lugar algum
Me disfarço de despedida
Avanço cada esquina
Esqueço o sinal
Faço o motor roncar
Disparar o coração
Não vou a lugar algum
O que espanta
Afasta muito
Mas, viver de aparência
Só puxa o que espanta
E como num teatro
Vamos tecendo personagens
Espantosos pela vida
Não há mais poesia
Nem lugar algum
Pra se esconder
Do frio que não aquece
E esquece o calor
O nevoeiro vai
E a brisa leve irradia
Um pouco de sol pela orla
Inverno carioca
De um olhar nasce
Uma luz que nada esconde
De um olhar vem o coração
Nas margens descubro um rio
De um olhar abro as constelações
A estrela que faz sorrir
Namora a lua
Deixa as nuvens levarem
Mesmo que chova
Ou escureça
Tudo passa
Só fica a lição
O desafio de fato
Cadê as nuvens
Ecoando forte no coração
Certas palavras em certos momentos
Atravessam a eternidade
Como uma borboleta que nunca esquece
Onde ficou a lagarta
Uma gota no oceano
Vou namorando o dia
Acordo com a lua
Esperando o sol acordar
Deixo o silêncio descansar
Me arrumo com um olhar 43
Só os loucos sabem
E vou dançar com a vida
Que me fazem lembrar
Várias canções
Bem em cima do meu coração
Nasce uma esperança
Que não se ilude e abraça
Com vontade de acertar
Fazer valer cada momento
Me embriago em lembranças
Que trazem de volta sempre
Alegrias e desafios
Bem em cima do meu coração
Entre tantos problemas
Lutar é a essência da vida
Sem vigor, não há jeito
O que entorta cria raízes
E só com muita luta
Lutar é buscar
Sempre com muita paz
Nunca confunda
Luta com guerra
Viver é lutar
Com coragem lute
Pela vida
Encarar a lua
Não impedirá
Que o sol nasça
Só o tempo muda
O que a semente guarda
Nos olhos do coração
Tem sim como encarar
Encarar a lua
Preciso ser maior e melhor
Comigo mesmo
Sair desde lugar que me prende
Fugir não liberta ninguém
Retornar com paz
E só assim caminhar
O caminho é longo
E as minhas pernas não são
Com o sol e a lua
Clarear com a vida
Que venha a oração
Do coração
Como toda lágrima salgada
Retorna para o mar
Todas as coisas voltam
Isso é algo que se aprende
Nem que seja na fogueira
E desafios do cotidiano
Como toda lágrima salgada
Calejado até os ossos
Mergulhado num vulcão
Deixo derreter
Transpiro sem parar
Atravesso ruas pequenas
Ainda tenho medo das avenidas
Que parecem engolir
Um olhar sem coração
Somos carinhosos
Esquecemos os muros
Despencamos pelas estradas
Saimos em órbita
E aterrisamos em pleno mar
Desejamos o melhor ao outro
Aquecemos nossos corações
Estamos em extinção
Somos carinhosos
Seria simples
E o complicado sumiria
Só linhas retas
Sem curvas
Nem atalhos
Um sonho ou utopia
Seria simples
Cadê aquele olhar
Que nasce com o dia
Entardece seguindo
Com o anoitecer
Cadê a vida
Dia e Noite
Fazem a diferença
Cadê o coração
Nisso tudo
Não quero que pense
Que está sozinho
Porque não está
Nem tudo alimenta
O coração abraça
Mesmo que não saiba
O caminho se abre
Desde que se permita
Simplesmente crescer
A música toca no fundo do coração
Melodia que marca além da pele
Ressoa com ecos no pensamento
Voa nas asas do tempo
A música remexe muito
Onde nem mesmo ouso sonhar
Como um arco íris
Assim nasce a inspiração
Olho em volta
Ando em círculos
Estico o passo
Pareço não sair do lugar
Andar nos trilhos
É pedir muito
E o peso certo
Na balança da vida
Eu preciso de uma ilha
Senão posso afundar
Afastar o mar agitado
Buscar a beira mar
As pegadas que a maré leva
E não traz de volta
Eu preciso de uma ilha
Tem gosto de fruta
Salada de tudo
Como distinguir
Um único sabor
Quando misturamos
Emoções e razões
Que nos fazem viver
Tem gosto de fruta
Muitas vezes
O que nos separa
Nunca está além
Longe é o que esquecemos
De amar pela vida
E quem se prende aos detalhes
Perde o todo
O coração sente e sabe
Desembestei a andar
Sem paradeiro
Ignorando curvas e pontes
Recebendo cada paisagem
Como fotos iam ficando permanentes
Além da memória
Muitos sentimento que afloram
Desembestei
Eu sou essa coisa despojada
Largada sem mistério
Que admira sem tirar
O pedaço do outro
Que mergulha na música
Tocando no bar
Roda de samba
Enquanto todos bebem
E estou ali no canto qualquer
De Pernambuco ao Rio de Janeiro
Um longo encontro de amor
Que sem dúvida alguma
Esse cara existe
Nos intervalos da vida
Escrevo poesias
E sinto que são grãos de areias
Que se espalham pelo infinito
Revejo o mundo em preto branco
Ao cor de rosa que parece
Um lugar comum a todos
Nos intervalos da vida redescubro
Que vale sempre a pena
Ninguém perde o chão
Só descobre que pode voar
Eu lhe contaria
A verdade se pudesse
Ninguém consegue ver
O que aperta o peito
Não é o coração
Mas, a tristeza
De estar tão longe
E perto
O que despenca é o abismo
E nunca as asas que imaginamos
Quem abandona o barco
Não é o mar
Âncora só prende
A cachoeira liberta
O que despenca
Não existe maior energia
Que a vontade vinda do coração
Acalenta sem palavras
Faz os sentimentos se unirem
Juntos e com direção
Sem milagres
Pedra por pedra
Vamos fazer dar certo
Sinto muito por ontem
Sinto muito não compreender
Certos momentos que de fato
Marcam o resto da vida
Sinto além do pensamento
E não ver tão bem o coração
Amar é um aprendizado longo
E acessível e só se aprende
Aprendendo a se desnudar
Do que não somos de verdade
Sinto muito nao poder sorrir
Sempre para os seus olhos
Sinto muito realmente
Sinto muita saudade do mar
O que seduz a lua
Seja nova,
Crescente, minguante
Será a noite
Ou esse cobertor de estrelas
Que caminha até o amanhecer
Lua azul
Quando voce não perturba
Sinto falta e fica um vazio
Um silêncio que agita o coração
O relógio parece mastigar o tempo
Tão devagar passa o dia
Uma longa espera
Quando você não perturba
De onde vem esse olhar
Que devora o coração
De um silêncio perdido
A chuva roça a pele
O que antes era suor
Atravesso a rua
Na calçada, um sorriso
De onde vem
A boa pescaria
Ver o anzol solitário
Olhar perdido
Peixe não fisga
O que não precisa
Isca sem valor
Desanima o pescador
Que vive de animar
O coração de longas estórias
É como nasce
A lenda do pescador
É só a carcaça
Sei que não é você
Absorve o coração
Num mergulho agradável
Recobro os sentidos
Abandono a ilusão
O que fura não é o pneu
Mas, a vontade de encher
Sem perder o fôlego
De viver
A pimenta arde sem pedir
Apura a sede na marra
Não tem como correr
E vai se desenhando
Um caminho absurdamente
Ardido tempero
Olhar de pimenta
Não esprema demais
O seu espaço
Reserve nem que seja
O mínimo pra você
São tantos lugares
A sua volta sem espaço
Sem espaço, não fique
Deixamos de existir
Cadê o meu espaço?
Despejar a saudade
Arregaçar a manga
Quem sabe perder
O medo de acreditar
No que todos acham ser
Ser impossível
Sem jeito dou um sorriso
Que começa pelo coração
Sem te tocar
Sei muito de você
Até o calor da pele
Pareço maluco
Converso com as paredes
Me entrego as janelas
A tela insensível
Fica devendo
A luz se apagou
Consideração
Tive aquele sonho bom
Que faz o rio desaguar
No mar como paraíso
A desfilar nos coqueiros
Ilha de Itamaracá
Um olhar na memória
Faz muito tempo
Estou buscando
Águas boas em mim
Correntezas mais amenas
Refúgios doces
Um lugar sem tempo
De partir e apenas chegar
E saber que posso
Repousar novamente
O coração
Pode ser
Que passe despercebido
E não tenha nada a ver
Tempestades em copo d' água
Nem mata sede
É difícil fazer sorrir
O estômago ronca
A fome nunca atrasa
Gosto de encarar
Quem usa óculos escuros
Mergulhar serenamente
Num passeio diferente
Despertar sentidos
No silêncio desse olhar
Uma busca sem fim
De vários caminhos
Gosto de encarar
A família reúne traços
Do que somos
E vamos sendo
Desde a parentes e a novas amizades
A família tem esse olhar
Sempre cabe mais um e mais um
Momentos de paz e guerras momentâneas
É uma grande prova de vida
A família é um tesouro
Que só se pode ver por dentro
Nem sempre
Fazer o necessário
É o bastante
Limites escondem fronteiras
Distraído é o olhar
Que ver entre as folhas
Que caem
Na troca de estações
Um outro sinal
Adoro cheiro de café
E no inverno então
Manjar dos deuses
Além de acordar tudo
Tem um gosto amargo
Que agrada não sei como
O café é um mistério
Vim pra ajudar
E quem será
A ajuda que preciso
Não tenho asas
E voando perco as pegadas
Lá longe vejo um horizonte
Que se abre sempre
Quando o seu coração permite
Amar sem pedir nada em troca
Meu anjo bom
Fiquei de esperar
Mas, fui embora
Arrumei o olhar
Desembarecei os cabelos
Consertei o sorriso
E só faltou o mais importante
Rechear a saudade
De sonhos pra que ficasse bem
Bem na foto
Daqui pra frente
Tudo vai ser diferente
Lembra aquela música
E até que faz sentido
O que não muda
Não tem jeito
Ou melhora ou piora
Tenta e consegue
Nem que bata na trave
Mas, insista diferente
Não tenho a coragem
De escalar montanhas
Medo de altura
Quem sabe fobia
Tem que ter fibra
Subir tão alto assim
Não levo jeito
A vida já é uma montanha
E tanto
Do carvão ao diamante
Existe um longo caminho
Um olhar aguçado
Feito águia
E a paciência que lembra
O andar de tartaruga
Eu só sei que chego lá
Não sei quando
Perdi o olhar inocente
Em troca ganhei um sorriso
Sorriso amarelo de vergonha
Onde existia alegria
Um silêncio que agita
A inocência tá lá
Você só aprendeu pra fora
Olhe melhor