31 de jul. de 2014

Não para de nascer

Tenho esperado

Tanto tempo

Não sei pelo o que

Se são estrelas cadentes

Incontáveis noites

De onde mesmo viemos

Acredito na estrada

Que seja infinita

Porque lá atrás

Não para de nascer

Sem amadurecer

Sem amadurecer

O caminho emperra

O deserto é sempre

Nem o sonho resiste

Sem amadurecer

A vida perde o brilho

Da estrela que cada um

Somos quando queremos

Brilhar sem interesse

Caboclo do mato

Uma vez o caboclo do mato

Disse que a vida é sempre

E quem passa são os momentos

Que olhar e o coração

Aprendem sem rédeas

Onde o sorriso se esconde

Está o amor

Querendo acordar

30 de jul. de 2014

Precisa acordar pra vida

Oscila o humor

Bagunça muito

E como ficar de pé

Sem perder o chão

Quem muito esquece

Precisa acordar pra vida

Casa vazia.

Casa vazia

O silêncio me esgota

Ecoa um olhar

Devora o tempo

Pra ver se volta

Num abandono

O sorriso no coração

Saia do cobertor

Deixa o sol brilhar

Acordar o coração

Ser suave pelo dia

Aparar as arestas

Sentir as farpas

E ver como desafio

Apenas aprender

Saia do cobertor

29 de jul. de 2014

Namoro o mar

Não me venha

Roubar o sentimento

É uma dor forte no peito

Mesmo que a solidão fosse

Um liquidificador no coração

Nada pode traduzir

O que sinto quando

Namoro o mar

eu não sei dançar

Vontade de dançar

Até o amanhecer

Esfriar os pés no mar

Vendo o sol nascer

Pedir as ondas

Um desejo escondido

Eu não sei dançar

Nas conchas do mar

Que seja com amor

Tudo ao seu tempo

É um desejo que explora

Segura a vez

De ir em frente

Driblar o caminho

É um carinho

Que a vida pede

Que seja com amor

Quem semeia acredita

De um brilho no olhar

Faço um sonho acordar

Respirar silenciosamente

A espera do adormecido

A esperança tem seu lugar

Quem semeia acredita

28 de jul. de 2014

Longe é uma inspiração

Longe é uma inspiração

Que a saudade deixou

A canção que ficou

Na fogueira se protegendo

Do frio, um luau

E o mar soprava uma brisa

E a lua sentia

Longe é uma inspiração

O amor nasce no humor

O humor salva

O que deixa

O coração amargo

Peneirando as pedras

Fazendo sorrir

O que dava vontade de chorar

O humor tem disso

Feito de surpresas amorosas

Sabendo onde buscar

O que mais precisa

O amor nasce no humor

27 de jul. de 2014

Espero o dia passar

Tiro do lugar

Abstraio o momento

Desmonto o pensamento

Viro pizza com muito oregano

Fico em pedaços

Sem tempero

Não perco o temperamento

Me jogo ate sentir

Espero o dia passar

Rumo ao infinito

Hoje eu posso dizer

O q fui virou ontem

E aquele impossível

Atravessa o olhar no presente

Pendura no coração

E costuro o futuro

Rumo ao infinito

Através da música

O que faz você dançar

Está além da música

Jorra o sentimento

A harmonia e melodia

Invocam o mais profundo

Suspiro do coração

O que está em você

Através da música

Frio

O frio é algo tentador

Me faz voar

Pra um cenário

Onde esconde

Uma cabana e lareira

O frio é assim

Senão tiver coragem

Congela o coração

Não é morrer

Não é morrer

Viver nos corações

Que ficam

O que destroça

Não traz saudade

Enforca o sentimento

Ultrapassa o momento

Não é morrer

26 de jul. de 2014

Outras estrelas

Quando olhar as estrelas

Pense numa delas

Aqueça o pensamento

E não importa onde estiver

O brilho não só retornará

Mas, fará brilhar o coração

De outras estrelas

Só me resta boiar

O barco balança

Quem não sabe enjoa

Sem chão e muita água

Não tem onde se agarrar

Lá no fundo

Um olhar na praia

Só me resta boiar

Piquenique

Tem tempo

Que nem lembro quando

E como foi

Nem onde

Talvez, os costumes mudaram

Onde vai parar o piquenique

25 de jul. de 2014

Antes parecia

Antes parecia

Um mar de rosas

Os espinhos eram doces

De tempestades a calmaria

E por mais que fosse impossível

Uma nova janela se abria

Basquete da vida

Em pleno arcos da lapa

Bola na cesta

E insistentes arremessos

Num raro momento

A rede faz o menino sorrir

Desengonçado e sem jeito

O olhar desliza

Como um troféu

Acertei, cesta ...

Quando estive por aqui

Quando estive por aqui

Não pude te olhar nos olhos

Nem sentir a brisa na pele

Refrescar o suor do dia a dia

Mergulhei onde ainda estou

O bem te vi  pelas manhãs

O sentir é um belo lugar

Nem sei dizer

E sentir é um chão

De quem ousa aprender

O vento leva sempre

O sentir é um silêncio

Que agita o coração

Aos trancos e barrancos

O olhar fica cheio no sentir

O sentir é um belo lugar


24 de jul. de 2014

Vejo o prato voar

Vejo o prato voar

Se espatifar

Beijar o chão

Deixando de ser inteiro

E viver em pedaços

As vezes, é só isso

Que faz a diferença

Nem assim o coração

Se cala

Menino nú

O mundo está mudado

Frase engraçada

E outras também

Sou de outro século

Até aprendi uma nova

O tal de menu

Que tem som de meni

E virou menino nú




Pétala

Não percebemos

Que as pétalas

Se renovam

Criam novos ares

E não resistir

As mudanças são caminhos

Que fazem a pétala

Ser o começo

E não o fim da flor

23 de jul. de 2014

O poder

O que é de mão beijada

Voa mais que o vento

Faz falta o suor

Mente quem diz

Que não gosta

A natureza do poder

É assim mesmo

Quanto mais tira

Mais quer

Não deixe de sorrir

Vivemos a vida

Pedindo atenção

E por mais que digamos que não

Traçamos metas e caminhos

Que sem ajuda e sem atenção

O que nos resta como esperança

A alegria de viver não se esconde

Se espalha pela vida 

Não deixe de sorrir

Balanço

Adorava me pendurar no balanço

O mundo subia e descia

Numa intensidade doida

De emoções e sentimentos

Desenfreados por desejos

Que envolviam explosões no coração

Ainda lembro o que sobrou

No balanço da pracinha

Nas margens do coração

O que percorre a espinha

Num arrepio forte

Fica marcado no tempo

Surpreende o sentimento

Que busca aprender

Além da solidão

O silêncio ensina

Nas margens do coração

22 de jul. de 2014

Anoitece o coração

Espero o entardecer

Levar o que ficou do dia

O por do sol se aproxima

Encostando no horizonte

Nas ondas, um olhar

Anoitece o coração

Fazendo o dia acontecer

Fazendo o dia acontecer

Removendo montanhas

Descobrindo detalhes

Que antes se escondiam

Percebendo que a vida

Não são apenas reflexos

Do rio que desemboca no mar

Mas, algumas coisas acontecem

Não vejo a hora

De sentir a brisa

Como se fosse a primeira vez

Como um sonho que nunca termina

Uma música que só vem com o coração

Conquistar um pouco a cada dia

Que nem tudo pode ser

Mas, algumas coisas acontecem

21 de jul. de 2014

Antes do tempo

Se fosse apenas caminhar

As pegadas traduziriam bem

Como uma receita de bolo

A mágica do sabor

Só quem mete a mão

Na massa sabe

Que nada fica pronto

Antes do tempo

Onde você está?

Onde você está?

Olhos no horizonte

Do outro lado do mundo

Percorrendo caminhos

Antes obscuros

Que pareciam desafiadores

Mas, acenam com clareza

E fazem repousar o coração

Onde você está?

Não vou a lugar algum

Não vou a lugar algum

Me disfarço de despedida

Avanço cada esquina

Esqueço o sinal

Faço o motor roncar

Disparar o coração

Não vou a lugar algum

O que espanta

O que espanta

Afasta muito

Mas, viver de aparência

Só puxa o que espanta

E como num teatro

Vamos tecendo personagens

Espantosos  pela vida

20 de jul. de 2014

Inverno carioca

Não há mais poesia

Nem lugar algum

Pra se esconder

Do frio que não aquece

E esquece o calor

O nevoeiro vai

E a brisa leve irradia

Um pouco de sol pela orla

Inverno carioca

19 de jul. de 2014

Namora a lua

De um olhar nasce

Uma luz que nada esconde

De um olhar vem o coração

Nas margens descubro um rio

De um olhar abro as constelações

A estrela que faz sorrir

Namora a lua

Cadê as nuvens

Deixa as nuvens levarem

Mesmo que chova

Ou escureça

Tudo passa

Só fica a lição

O desafio de fato

Cadê as nuvens

17 de jul. de 2014

Vou namorando o dia

Ecoando forte no coração

Certas palavras em certos momentos

Atravessam a eternidade

Como uma borboleta que nunca esquece

Onde ficou a lagarta

Uma gota no oceano

Vou namorando o dia

Acordo com a lua

Acordo com a lua

Esperando o sol acordar

Deixo o silêncio descansar

Me arrumo com um olhar 43

Só os loucos sabem

E vou dançar com a vida

Que me fazem lembrar

Várias canções

16 de jul. de 2014

Bem em cima do meu coração

Bem em cima do meu coração

Nasce uma esperança

Que não se ilude e abraça

Com vontade de acertar

Fazer valer cada momento

Me embriago em lembranças

Que trazem de volta sempre

Alegrias e desafios

Bem em cima do meu coração

Com coragem lute pela vida

Entre tantos problemas

Lutar é a essência da vida

Sem vigor, não há jeito

O que entorta cria raízes

E só com muita luta

Lutar é buscar

Sempre com muita paz

Nunca confunda

Luta com guerra

Viver é lutar

Com coragem lute

Pela vida

15 de jul. de 2014

Encarar a lua

Encarar a lua

Não impedirá

Que o sol nasça

Só o tempo muda

O que a semente guarda

Nos olhos do coração

Tem sim como encarar

Encarar a lua

Oração do coração

Preciso ser maior e melhor

Comigo mesmo

Sair desde lugar que me prende

Fugir não liberta ninguém

Retornar com paz

E só assim caminhar

O caminho é longo

E as minhas pernas não são

Com o sol e a lua

Clarear com a vida

Que venha a oração

Do coração





Como toda lágrima salgada

Como toda lágrima salgada

Retorna para o mar

Todas as coisas voltam

Isso é algo que se aprende

Nem que seja na fogueira

E desafios do cotidiano

Como toda lágrima salgada

14 de jul. de 2014

Um olhar sem coração

Calejado até os ossos

Mergulhado num vulcão

Deixo derreter

Transpiro sem parar

Atravesso ruas pequenas

Ainda tenho medo das avenidas

Que parecem engolir

Um olhar sem coração

Somos carinhosos

Somos carinhosos

Esquecemos os muros

Despencamos pelas estradas

Saimos em órbita

E aterrisamos em pleno mar

Desejamos o melhor ao outro

Aquecemos nossos corações

Estamos em extinção

Somos carinhosos

Seria simples

Seria simples

E o complicado sumiria

Só linhas retas

Sem curvas

Nem atalhos

Um sonho ou utopia

Seria simples

Cadê ...

Cadê aquele olhar

Que nasce com o dia

Entardece seguindo

Com o anoitecer

Cadê a vida

Dia e Noite

Fazem a diferença

Cadê o coração

Nisso tudo

13 de jul. de 2014

Simplesmente crescer

Não quero que pense

Que está sozinho

Porque não está

Nem tudo alimenta

O coração abraça

Mesmo que não saiba

O caminho se abre

Desde que se permita

Simplesmente crescer

Inspiração

A música toca no fundo do coração

Melodia que marca além da pele

Ressoa com ecos no pensamento

Voa nas asas do tempo

A música remexe muito

Onde nem mesmo ouso sonhar

Como um arco íris

Assim nasce a inspiração

12 de jul. de 2014

Na balança da vida

Olho em volta

Ando em círculos

Estico o passo

Pareço não sair do lugar

Andar nos trilhos

É pedir muito

E o peso certo

Na balança da vida

Eu preciso de uma ilha

Eu preciso de uma ilha

Senão posso afundar

Afastar o mar agitado

Buscar a beira mar

As pegadas que a maré leva

E não traz de volta

Eu preciso de uma ilha

Tem gosto de fruta

Tem gosto de fruta

Salada de tudo

Como distinguir

Um único sabor

Quando misturamos

Emoções e razões

Que nos fazem viver

Tem gosto de fruta

Muitas vezes

Muitas vezes

O que nos separa

Nunca está além

Longe é o que esquecemos

De amar pela vida

E quem se prende aos detalhes

Perde o todo

O coração sente e sabe

Desembestei

Desembestei a andar

Sem paradeiro

Ignorando curvas e pontes

Recebendo cada paisagem

Como fotos iam ficando permanentes

Além da memória

Muitos sentimento que afloram

Desembestei

11 de jul. de 2014

Esse cara existe

Eu sou essa coisa despojada

Largada sem mistério

Que admira sem tirar

O pedaço do outro

Que mergulha na música

Tocando no bar

Roda de samba

Enquanto todos bebem

E estou ali no canto qualquer

De Pernambuco ao Rio de Janeiro

Um longo encontro de amor

Que sem dúvida alguma

Esse cara existe

Nos intervalos da vida

Nos intervalos da vida

Escrevo poesias

E sinto que são grãos de areias

Que se espalham pelo infinito

Revejo o mundo em preto branco

Ao cor de rosa que parece

Um lugar comum a todos

Nos intervalos da vida redescubro

Que vale sempre a pena

Ninguém perde o chão

Só descobre que pode voar


Eu lhe contaria

Eu lhe contaria

A verdade se pudesse

Ninguém consegue ver

O que aperta o peito

Não é o coração

Mas, a tristeza

De estar tão longe

E perto

O que despenca

O que despenca é o abismo

E nunca as asas que imaginamos

Quem abandona o barco

Não é o mar

Âncora só prende

A cachoeira liberta

O que despenca

Vamos fazer dar certo

Não existe maior energia

Que a vontade vinda do coração

Acalenta sem palavras

Faz os sentimentos se unirem

Juntos e com direção

Sem milagres

Pedra por pedra

Vamos fazer dar certo

Sinto muita saudade do mar

Sinto muito por ontem

Sinto muito não compreender

Certos momentos que de fato

Marcam o resto da vida

Sinto além do pensamento

E não ver tão bem o coração

Amar é um aprendizado longo

E acessível e só se aprende

Aprendendo a se desnudar

Do que não somos de verdade

Sinto muito nao poder sorrir

Sempre para os seus olhos

Sinto muito realmente

Sinto muita saudade do mar

10 de jul. de 2014

Lua azul

O que seduz a lua

Seja nova,

Crescente, minguante

Será a noite

Ou esse cobertor de estrelas

Que caminha até o amanhecer

Lua azul

Quando você não perturba

Quando voce não perturba

Sinto falta e fica um vazio

Um silêncio que agita o coração

O relógio parece mastigar o tempo

Tão devagar passa o dia

Uma longa espera

Quando você não perturba

9 de jul. de 2014

De onde vem

De onde vem esse olhar

Que devora o coração

De um silêncio perdido

A chuva roça a pele

O que antes era suor

Atravesso a rua

Na calçada, um sorriso

De onde vem

Pescador

A boa pescaria

Ver o anzol solitário

Olhar perdido

Peixe não fisga

O que não precisa

Isca sem valor

Desanima o pescador

Que vive de animar

O coração de longas estórias

É como nasce

A lenda do pescador

Carcaça

É só a carcaça

Sei  que não é você

Absorve o coração

Num mergulho agradável

Recobro os sentidos

Abandono a ilusão

O que fura não é o pneu

Mas, a vontade de encher

Sem perder o fôlego

De viver

Ondas que namoram

A maré leva

O que suja

E renova limpando

A correnteza é sábia

O mar tem esse mistério

De avançar pela areia

Ondas que namoram

Pelo amanhecer



8 de jul. de 2014

Olhar de pimenta

A pimenta arde sem pedir

Apura a sede na marra

Não tem como correr

E vai se desenhando

Um caminho absurdamente

Ardido tempero

Olhar de pimenta

7 de jul. de 2014

Política

Quem viu já sabe

E não acredita

Direita ou esquerda

O meio se existir

Ainda quero viver

E ver sair da teoria

O que tanto querem

Desde que o mundo é mundo

Essa tal de politica




Cadê o meu espaço

Não esprema demais

O seu espaço

Reserve nem que seja

O mínimo pra você

São tantos lugares

A sua volta sem espaço

Sem espaço, não fique

Deixamos de existir

Cadê o meu espaço?

Mais um dia

|Mais um dia

E um novo olhar

Que nasce

E desprende

Raios de sol ou chuva

Nuvens não escondem

Vamos clarear

E guardar as estrelas

6 de jul. de 2014

Rua Santa Clara

De que lado fica aquela rua

Onde as arvores escondiam

Casas de muros baixos

Janelas abertas

Futebol de bola de meia

E correr do morro a praia

Prazer de criança

Rua Santa Clara

Bons  tempos

Bairro Peixoto

Despejar a saudade

Despejar a saudade

Arregaçar a manga

Quem sabe perder

O medo de acreditar

No que todos acham ser

Ser impossível

Sem jeito dou um sorriso

Que começa pelo coração

Namorar o rio

Em qualquer ocasião

O olhar sobrevoa por horizontes

Pensamentos abraçam gestos

E discordar por discordar

Não  te leva a lugar algum

As palavras perdem significados

Quando o que pesa é o coração

E sem coração cadê a direção

O que amanhece não é o olhar

Mas, o mar que não deixa

De namorar o rio

5 de jul. de 2014

Consideração

Sem te tocar

Sei muito de você

Até o calor da pele

Pareço maluco

Converso com as paredes

Me entrego as janelas

A tela insensível

Fica devendo

A luz se apagou

Consideração

Itamaracá

Tive aquele sonho bom

Que faz o rio desaguar

No mar como paraíso

A desfilar nos coqueiros

Ilha de Itamaracá

Um olhar na memória

Faz muito tempo

Estou buscando

Estou buscando

Águas boas em  mim

Correntezas mais amenas

Refúgios doces

Um lugar sem tempo

De partir e apenas chegar

E saber que posso

Repousar novamente

O coração

Fronteira

De que servem as fronteiras

Se persisto tanto

Rasgo limites

Até quebro a cara

Constantemente novos desafios

De um modo ou de outro

Pisamos em falso

O que antes era seguro

Muda de lugar

Ou a fronteira são reflexos ...


4 de jul. de 2014

Fome

Pode ser

Que passe despercebido

E não tenha nada a ver

Tempestades em copo d' água

Nem mata sede

É difícil fazer sorrir

O estômago ronca

A fome nunca atrasa

Gosto de encarar

Gosto de encarar

Quem usa óculos escuros

Mergulhar serenamente

Num passeio diferente

Despertar sentidos

No silêncio desse olhar

Uma busca sem fim

De vários caminhos

Gosto de encarar

Família

A família reúne traços

Do que somos

E vamos sendo

Desde a parentes e a novas amizades

A família tem esse olhar

Sempre cabe mais um e mais um

Momentos de paz e guerras momentâneas

É uma grande prova de vida

A família é um tesouro

Que só se pode ver por dentro

3 de jul. de 2014

Um outro sinal

Nem sempre

Fazer o necessário

É o bastante

Limites escondem fronteiras

Distraído é o olhar

Que ver entre as folhas

Que caem

Na troca de estações

Um outro sinal

Cheiro de café

Adoro cheiro de café

E no inverno então

Manjar dos deuses

Além de acordar tudo

Tem um gosto amargo

Que agrada não sei como

O café é um mistério

Anjo bom

Vim pra ajudar

E quem será

A ajuda que preciso

Não tenho asas

E voando perco as pegadas

Lá longe vejo um horizonte

Que se abre sempre

Quando o seu coração permite

Amar sem pedir nada em troca

Meu anjo bom

2 de jul. de 2014

Bem na foto

Fiquei de esperar

Mas, fui embora

Arrumei o olhar

Desembarecei os cabelos

Consertei o sorriso

E só faltou o mais importante

Rechear a saudade

De sonhos pra que ficasse bem

Bem na foto

Trave

Daqui pra frente

Tudo vai ser diferente

Lembra aquela música

E até que faz sentido

O que não muda

Não tem jeito

Ou melhora ou piora

Tenta e consegue

Nem que bata na trave

Mas, insista diferente

1 de jul. de 2014

Montanhas

Não tenho a coragem

De escalar montanhas

Medo de altura

Quem sabe fobia

Tem que ter fibra

Subir tão alto assim

Não levo jeito

A vida já é uma montanha

E tanto

Não sei quando

Do carvão ao diamante

Existe um longo caminho

Um olhar aguçado

Feito águia

E a paciência que lembra

O andar de tartaruga

Eu só sei que chego lá

Não sei quando

Inocência

Perdi o olhar inocente

Em troca ganhei um sorriso

Sorriso amarelo de vergonha

Onde existia alegria

Um silêncio que agita

A inocência tá lá

Você só aprendeu pra fora

Olhe melhor