Deixar você ir
Um passeio no infinito
Perco o sentido
Alívio na dor
É de cabeça e sem esquecer
Sem perder o sonho
Deixar você ir
Deixar você ir
Um passeio no infinito
Perco o sentido
Alívio na dor
É de cabeça e sem esquecer
Sem perder o sonho
Deixar você ir
Sei que tudo voa
Sem a pena a pluma
De tão leve
Não sente
Que a parede resiste
Mesmo que o tempo dure
Toda uma vida
Se acaso tivesse uma chance
Daria um espirro longo
Só assim atravessaria
A rua voando sem asas
E de toda sorte
Ganharia o pouso
Da esperança de encontrar
De novo você
Sem poder respirar
O fôlego aperta
Não desespera
Dar a saída
Assusta sem medo
Não tem praia
De um passo em falso
Descubro o abismo
Saio do altar
Alegria e lágrimas
Lados diferentes
Só assim o rio encontra o mar
Mastigue a vontade
Não engula
O que não precisa
O estômago não esconde
A fome quando quer
Não perca a fome de viver
Sou egoísta demais
Não consigo ver claramente
Nem percebo mais as palavras
Me perco em cada esquina
Pra que escolher
Se não quero mudar
Pedi um pouco de silêncio
Pra sentir o lugar
Onde me encontro
Quero beber
Celebrar antes que passe
Fique sem festa
A ilha precisa do mar
Sei que não tenho
Cada resposta
Nunca sei
Pra onde leva
A essência
Que faz nascer
O olhar da pergunta
No que isso vai dar
Não sei a poesia
Que foge
Entre os dedos
Um jeito estranho
De perder o abraço
Daquele sentimento
Que retorna sempre
Louco desejo
Bebendo vinho no porão
Despercebido momento
Que agrada muito
Distrai a confusão
Que é desarramar
Solidão no coração
Fora de alcance
Cadê as pétalas
Perdidas no olhar
Derramaram o orvalho
Sem se despedir
No beijo da noite
Ei que vontade doida é essa
Acelerar além do freio
Beijar o chão
Quase queimo o sol
Se faltar esperança
Chamo as nuvens
Ninguém sabe
Onde estou
Tirando a poeira
Da poesia na vida
Arrisco em pedaços
A energia do amor
Um brilho de sol
Lua cheia no olhar
Avião sem asa
Trago de volta
Você pra casa
Existia uma nuvem
Que não deixava ver
A poesia nas coisas
Acho que deu tempo
Antes que o tempo cesse
Ainda bem vem alguém
Alguém muito mais
No caminho eterna canção
Não existe verdade escondida
Ninguém traz de volta
Por mais que insista
O que pulava na agulha
Jeito incorrigível
Tanto na qualidade
Como nos defeitos
Tinha o melhor som
Rodava quase sem parar
Uma estrada de rotações
Em algum lugar
Ficou a vitrola
Não tenho o requinte do pintor
Nem a poesia conhece o sentimento
A cor do som deve ser o caminho
Que nasce em cada coração
Criei a essência nessa inspiração
Talvez a fusão do chá responda
O quanto você me faz sorrir
Admiro o voo da águia
Atrevido quase infinito
Perco de vista
Quando nas nuvens
E o mergulho tem fôlego
De fazer inveja
A qualquer imaginação
Alguém tomou
Seu lugar
Tirou as paredes
Se vestiu de janela
Olhar de porta
Sem paisagem
Tome cuidado
Lá fora
Eu sou escravo
De cada desejo
Onde tudo cai
Pareço em pedaços
O que me torna
Um lugar incomum
Tem muito tempo
Que não converso
Com ninguém
Fico dando voltas
O precipício é forte
Seria pouco
Se não houvesse
Esse olhar
Se sobrar tempo
Quero lembrar
Sem pressa
O clima com sabor
De nublado com chuva
No sorriso das ondas
Gostaria de lhe oferecer flores
Me perder nesse longo instante
Na eternidade desse olhar
Que é sentir o por do sol
Encontrando a noite
Dando beijos nas ondas
O que velho mar
Perdi o dom
Do coração puro
Quando encontra
O amor reconhece
Não existe longe
Nem a ilusão
O tempo não leva
Ninguém resiste
Sem a correnteza
O rio não se une ao mar
Perdi o dom
O que está esquecido
Adormecido pão duro
Sem sair do forno
Vai pra torrada
Se passar do ponto
Tem outro sabor
Brincando com o espelho
Enquanto houver tormenta
Deixa o navio balançar
Fazer parte
Observar o momento
Através das ondas
A vida tem um jeito de lembrar
Quem você é
Atinge cada alvo
Sem perder a chance
De ensinar o que não ver
Faz o vento soprar
Quando tudo parece quieto
Me sentindo engessado no tempo
Sem poder ir ou voltar
Nem existe mais rebobinar
A chuva cai sem parar
Os raios de sol fugiram
Acho que a estrela brilha
Quando deixamos de acreditar
Que o desafio é aprender
Me sentindo engessado no tempo
O amor continua
Atravessa outros mundos
Na fica só na memória
Habita os lugares
Olhares do coração
Sem páginas a vida
É um livro eterno
Sei que irei sentir
Muita saudade
O amor continua
Acho que não importa
De onde veio e vai
Se evoluir melhorar
Tem tudo pra ajudar
O que a ostra insiste
Em não abrir
De uma forma
Ou de outra muda
Cadê o tesouro
Não se desculpe
As mesas desejam
Quando as cadeiras
Estão ausentes
Se falta lógica
Encontre a intuição
O sorriso perdido
É muita pressão
Esqueço de explodir
Bom pra dançar
Fone de ouvido
Sentado na praça
Vejo passar o bonde
No olhar a águia
Andando de bicicleta
Dar pra ver o mar
Espalhado pelos cantos
Tentando lembrar os pedaços
Quem sabe a fatia
Saciar a fome
Que tenho do tempo
Onde sonhar era um sorriso
Outro dia que voa
Vai de encontro
Ao passado sempre
O que deu pra fazer
Ficou na memória
No lugar do retrovisor
Escutei uma voz
Ao longe quebrando
Com as ondas na maré
Buscando a solidão
Nem vi a lua chegar
Tava frouxo
Esqueci de apertar
Sentir a torneira
Pingando na solidão
Então inundou o sentimento
Perdido pelo dia
Veio uma vontade
De esganar aquele olhar
Por onde começar
Se não existe fim
Olhando o beijo
Que o sol dar
Tanto sair das nuvens
Quando o dia nasce tímido
Ninguém perde paciência a toa
O que não tinha cabresto
Voa com o vento
Se acha que pode segurar
O que tanto esconde dentro
Mistura tudo sempre
Chega um dia que entorna
Ninguém perde a paciência a toa
Imperdível cada sorriso
Mágica de estar bem
Vem das raízes
Do plantar olhando
Sem problemas
Não existem os desafios
O aprender precisa
Desse ingrediente
Luzes e jasmim
Querendo dar um passeio
Pra saber onde vai dar
Cada olhar no caminho
Sentir o mar dizendo
Que bom que veio outra vez
Se sentindo
Jogado fora
Mais vazio
Quase oco
A beira do navio
Buscando desaguar
Quem atinge os exageros
Sabe onde chega
Desperdiça o tempo
Segue regras sem cabeça
Até cair sem ver
O pião não roda
Pra ficar tonto
Precisa da natureza
Pra encontrar o equilíbrio
Dentro do coração
Cabe o sonho
Com muita vontade de chorar
Confortar a emoção
Descabelar o coração
Soltar o olhar
Sempre abraçar
O que é novo
Vem com amor
Não quero ver
Você triste assim
Que seja sem sol
Agradeça a chuva
Se vier o frio
Aqueça o coração
De todos lugares
Escolha você
Tentou me dar liberdade
De olhos fechados
Porta trancada
De tanto medo
De ver o mar
Que cada um é
Sonhei forte
Está vindo
Na poesia a janela aberta
Veio me tirar do lugar
Sentir a agulha
Que costura o novo
Sem desperdiçar
O que ficou velho
Ninguém tece a vida
Esquecendo de amar
Acho que fiquei a toa
Vendo o vento passar
Sem pedir nada
Descendo a serra
A montanha lembrou
Da altura do mar
A ilusão tem seu valor
Ganhando alturas
Conforto lugar
Sem asas sonha
Quando vem a águia
O sonhou fugiu
Correu como doido
Bateu a cabeça
Sem ver a curva
Só parou quando
Teve que acordar
Se fosse pra descobrir
O que tanto esconde
Lá atrás do sol
Não tem escolha
Tem que andar muito
Resolvi buscar
Outras pedras
Sentir melhor
O caminhar
Talvez o descanso
Tenha sido a ilusão
Necessária no coração
Virando uma ostra
Balança de um lado ao outro
Como um sorriso um pêndulo
Não sabe onde vai dar
Encontra a maré
Se tá de ressaca
Demora a calmar
Uma mão que passa invisível
Dar arrepio só de sentir
Impossível esquecer
Se posso sempre lembrar
Em cada encontro
Alimento a saudade
Esperando que fique
Perdi o jeito
Ou fiquei menos
Exigente no coração
Ouço longe
O passo da formiga
Que mastiga a folha
E se não fossem as nuvens
Eu diria que a luz apagou
Perdi o jeito
Pode a trilha ser sempre
Um olhar sol lua
Noite dia
O que sopra
É só o vento
Bem baixinho
A sua música
Tenho muito ciúme
Do tempo que não tenho
Ou que tanto desperdiço
E como sair do casulo
Se o coração pula alegre
É bom esse olhar
Momentos de paz
Sem receio
Atravessei o medo
Venci muitas lágrimas
Altos e baixos
Parecia montanha russa
Cada curva e abismo
Esquecendo os detalhes
Ganhei a ilusão
De que um dia
Saberia em que praia
Te encontraria
Na poesia
O velho e o mar
Estive tão perto
Que perdi a noção
Do perigo de perder
Em cada onda
Um olhar
Surfei muito
É preciso esvaziar
Pra poder encher
Criar sentido
Revirar o avesso
E se nem assim
Vier o sabor
Persiga o cheiro
Que sai da panela
Me joguei de cabeça
Senti a pressão do mergulho
Escapar por um fio
O sentimento fugiu
Da surpresa sem saber
Que o medo era
O que impulsionava
A vontade de chegar
Onde você estava
Como sair desse sonho lugar
Que criei labirinto
Destino menino das ondas
Não se prenda ao espelho
Reflexo vida e luz
Outras palavras
Ir a Bahia
E eu vou
Pensar diferente
Ousei muito
Fiquei inquieto
Tive pressa
Comi cru
Muitos momentos
Perdi alguns sabores
Criei outras saudades
Não acreditei que repetir
Era o melhor a fazer
Até acertar
Pensar diferente
Nada disso
Tem valor
Quando nasce
O caos
Num sobe desce
Danado de doido
Abriga o coração
Se deixei passar
Porque vi
Muito no coração
Tento e não sei
Fugir do sorriso
A tristeza tem medo
Do que sou
De mãos dadas
O barco confia
A vela sabe
Cada correnteza
Namora a ilha
Longe dar muita
Saudade
Cansado de brigar
A pólvora acabou
Veio o silêncio
Na borda do prato
Esperando acordar
Outra fome
Não consigo chegar
Nem ficar perto
Até insisto
Perco a coragem
Sinto a montanha
Um olhar longe
Namoro a essência
Eu não esqueço
O quanto precioso
É de arrepiar
Sentir o fôlego
Mergulhar fundo
De cada lugar
Pedaços de vida
Eu já te disse
Que hoje fugiria
De todos os beijos
Se o sol esquecesse
Que muitas vezes choro
Como chuva no coração
Solidão pode parecer
Um alívio
Busca sem fim
Um delírio
Que pra saciar
Não precisa
Fazer nada
De tão chato
Passeio no agradável
Vou longe na poesia
Que o tato arrepia a pele
Que muda conforme o humor
Irresistível sempre
De tão chato
Quem disse
Gritou ao vento
Perdeu o silêncio
Ganhou o eco
Ao redor lábios
Pra que buscar
Outra saudade
O que estava fazendo
É bom ou perdeu a viagem
Ainda falta o brilho
Que a música pede
Um humor assim
Pra que escada
Escalando montanhas
Esperando um forte abraço
Acaricia o momento
Sentindo as margens
Lembra o encontro
Na correnteza do rio
Nasce a poesia
Impossível não seguir
Os passos que libertam
O coração pula
Quero voltar
A sorrir
Faltou espaço
Pensei tanto
Copo cheio
Até parece
Que o dia voa
Gostaria de tirar
A saudade que tenho
Das ondas do mar
É tudo que pensou
Que fosse
Um distrair
Aprendendo com o olhar
O vento espalhando
Como música
O silêncio das folhas
Como não derrete o sol
Me sinto como manteiga
De algum jeito admiro
Tanto esforço em brilhar
Sem moeda de troca
O que não esmaga
Engana o momento
Tritura o sonho
Sem mastigar
Engole tudo
Será que entope
Quantidade certa
Encontrando o sóbrio
Sentir a brisa
Fugir num olhar
Tem gosto forte
É quando vem
O ínfinito