30 de abr. de 2017

Deixar você ir

Deixar você ir

Um passeio no infinito

Perco o sentido

Alívio na dor

É de cabeça e sem esquecer

Sem perder o sonho

Deixar você ir

29 de abr. de 2017

Toda uma vida

Sei que tudo voa

Sem a pena a pluma

De tão leve

Não sente

Que a parede resiste

Mesmo que o tempo dure

Toda uma vida

De novo você

Se acaso tivesse uma chance

Daria um espirro longo

Só assim atravessaria

A rua voando sem asas

E de toda sorte

Ganharia o pouso

Da esperança de encontrar

De novo você

Não tem praia

Sem poder respirar

O fôlego aperta

Não desespera

Dar a saída

Assusta sem medo

Não tem praia

Só assim o rio encontra o mar

De um passo em falso

Descubro o abismo

Saio do altar

Alegria e lágrimas

Lados diferentes

Só assim o rio encontra o mar

Não perca a fome de viver

Mastigue a vontade

Não engula

O que não precisa

O estômago não esconde

A fome quando quer

Não perca a fome de viver

Pra que escolher se não quero mudar

Sou egoísta demais

Não consigo ver claramente

Nem percebo mais as palavras

Me perco em cada esquina

Pra que escolher

Se não quero mudar

A ilha precisa do mar

Pedi um pouco de silêncio

Pra sentir o lugar

Onde me encontro

Quero beber

Celebrar antes que passe

Fique sem festa

A ilha precisa do mar

O olhar da pergunta

Sei que não tenho

Cada resposta

Nunca sei

Pra onde leva

A essência

Que faz nascer

O olhar da pergunta

Louco desejo

No que isso vai dar

Não sei a poesia

Que foge

Entre os dedos

Um jeito estranho

De perder o abraço

Daquele sentimento

Que retorna sempre

Louco desejo

Solidão no coração

Bebendo vinho no porão

Despercebido momento

Que agrada muito

Distrai a confusão

Que é desarramar

Solidão no coração

28 de abr. de 2017

27 de abr. de 2017

Ninguém sabe onde estou

Ei que vontade doida é essa

Acelerar além do freio

Beijar o chão

Quase queimo o sol

Se faltar esperança

Chamo as nuvens

Ninguém sabe

Onde estou

Trago de volta você pra casa

Tirando a poeira

Da poesia na vida

Arrisco em pedaços

A energia do amor

Um brilho de sol

Lua cheia no olhar

Avião sem asa

Trago de volta

Você pra casa

No caminho eterna canção

Existia uma nuvem

Que não deixava ver

A poesia nas coisas

Acho que deu tempo

Antes que o tempo cesse

Ainda bem vem alguém

Alguém muito mais

No caminho eterna canção

Vitrola

Não existe verdade escondida

Ninguém traz de volta

Por mais que insista

O que pulava na agulha

Jeito incorrigível

Tanto na qualidade

Como nos defeitos

Tinha o melhor som

Rodava quase sem parar

Uma estrada de rotações

Em algum lugar

Ficou a vitrola

26 de abr. de 2017

O quanto você me faz sorrir

Não tenho o requinte do pintor

Nem a poesia conhece o sentimento

A cor do som deve ser o caminho

Que nasce em cada coração

Criei a essência nessa inspiração

Talvez a fusão do chá responda

O quanto você me faz sorrir


Admiro o voo da águia

Admiro o voo da águia

Atrevido quase infinito

Perco de vista

Quando nas nuvens

E o mergulho tem fôlego

De fazer inveja

A qualquer imaginação

Alguém tomou seu lugar

Alguém tomou

Seu lugar

Tirou as paredes

Se vestiu de janela

Olhar de porta

Sem paisagem

Tome cuidado

Lá fora

Lugar incomum

Eu sou escravo

De cada desejo

Onde tudo cai

Pareço em pedaços

O que me torna

Um lugar incomum

Tem muito tempo que não converso com ninguém

Tem muito tempo

Que não converso

Com ninguém

Fico dando voltas

O precipício é forte

Seria pouco

Se não houvesse

Esse olhar

No sorriso das ondas

Se sobrar tempo

Quero lembrar

Sem pressa

O clima com sabor

De nublado com chuva

No sorriso das ondas

25 de abr. de 2017

O velho mar

Gostaria de lhe oferecer flores

Me perder nesse longo instante

Na eternidade desse olhar

Que é sentir o por do sol

Encontrando a noite

Dando beijos nas ondas

O que velho mar

Perdi o dom

Perdi o dom

Do coração puro

Quando encontra

O amor reconhece

Não existe longe

Nem a ilusão

O tempo não leva

Ninguém resiste

Sem a correnteza

O rio não se une ao mar

Perdi o dom

24 de abr. de 2017

Brincando com o espelho

O que está esquecido

Adormecido pão duro

Sem sair do forno

Vai pra torrada

Se passar do ponto

Tem outro sabor

Brincando com o espelho

23 de abr. de 2017

Através das ondas

Enquanto houver tormenta

Deixa o navio balançar

Fazer parte

Observar o momento

Através das ondas

A vida tem um jeito de lembrar quem você é

A vida tem um jeito de lembrar

Quem você é

Atinge cada alvo

Sem perder a chance

De ensinar o que não ver

Faz o vento soprar

Quando tudo parece quieto

Me sentindo engessado no tempo

Me sentindo engessado no tempo

Sem poder ir ou voltar

Nem existe mais rebobinar

A chuva cai sem parar

Os raios de sol fugiram

Acho que a estrela brilha

Quando deixamos de acreditar

Que o desafio é aprender

Me sentindo engessado no tempo

22 de abr. de 2017

O amor continua

O amor continua

Atravessa outros mundos

Na fica só na memória

Habita os lugares

Olhares do coração

Sem páginas a vida

É um livro eterno

Sei que irei sentir

Muita saudade

O amor continua

Cadê o tesouro

Acho que não importa

De onde veio e vai

Se evoluir melhorar

Tem tudo pra ajudar

O que a ostra insiste

Em não abrir

De uma forma

Ou de outra muda

Cadê o tesouro

O sorriso perdido

Não se desculpe

As mesas desejam

Quando as cadeiras

Estão ausentes

Se falta lógica

Encontre a intuição

O sorriso perdido

21 de abr. de 2017

Dar pra ver o mar

É muita pressão

Esqueço de explodir

Bom pra dançar

Fone de ouvido

Sentado na praça

Vejo passar o bonde

No olhar a águia

Andando de bicicleta

Dar pra ver o mar

Onde sonhar era um sorriso

Espalhado pelos cantos

Tentando lembrar os pedaços

Quem sabe a fatia

Saciar a fome

Que tenho do tempo

Onde sonhar era um sorriso

20 de abr. de 2017

No lugar do retrovisor

Outro dia que voa

Vai de encontro

Ao passado sempre

O que deu pra fazer

Ficou na memória

No lugar do retrovisor

19 de abr. de 2017

Nem vi a lua chegar

Escutei uma voz

Ao longe quebrando

Com as ondas na maré

Buscando a solidão

Nem vi a lua chegar

Tava frouxo

Tava frouxo

Esqueci de apertar

Sentir a torneira

Pingando na solidão

Então inundou o sentimento

Perdido pelo dia

Veio uma vontade

De esganar aquele olhar

Quando o dia nasce tímido

Por onde começar

Se não existe fim

Olhando o beijo

Que o sol dar

Tanto sair das nuvens

Quando o dia nasce tímido

18 de abr. de 2017

Ninguém perde a paciência a toa

Ninguém perde paciência a toa

O que não tinha cabresto

Voa com o vento

Se acha que pode segurar

O que tanto esconde dentro

Mistura tudo sempre

Chega um dia que entorna

Ninguém perde a paciência a toa

Imperdível cada sorriso

Imperdível cada sorriso

Mágica de estar bem

Vem das raízes

Do plantar olhando

Sem problemas

Não existem os desafios

O aprender precisa

Desse ingrediente

16 de abr. de 2017

Que bom que veio outra vez

Luzes e jasmim

Querendo dar um passeio

Pra saber onde vai dar

Cada olhar no caminho

Sentir o mar dizendo

Que bom que veio outra vez

A beira do navio buscando desaguar

Se sentindo

Jogado fora

Mais vazio

Quase oco

A beira do navio

Buscando desaguar

Dentro do coração cabe o sonho

Quem atinge os exageros

Sabe onde chega

Desperdiça o tempo

Segue regras sem cabeça

Até cair sem ver

O pião não roda

Pra ficar tonto

Precisa da natureza

Pra encontrar o equilíbrio

Dentro do coração

Cabe o sonho

15 de abr. de 2017

Com muita vontade de chorar

Com muita vontade de chorar

Confortar a emoção

Descabelar o coração

Soltar o olhar

Sempre abraçar

O que é novo

Vem com amor

Escolha você

Não quero ver

Você triste assim

Que seja sem sol

Agradeça a chuva

Se vier o frio

Aqueça o coração

De todos lugares

Escolha você

Na poesia janela aberta

Tentou me dar liberdade

De olhos fechados

Porta trancada

De tanto medo

De ver o mar

Que cada um é

Sonhei forte

Está vindo

Na poesia a janela aberta

14 de abr. de 2017

Ninguém tece a vida esquecendo de amar

Veio me tirar do lugar

Sentir a agulha

Que costura o novo

Sem desperdiçar

O que ficou velho

Ninguém tece a vida

Esquecendo de amar

A montanha lembrou a altura do mar

Acho que fiquei a toa

Vendo o vento passar

Sem pedir nada

Descendo a serra

A montanha lembrou

Da altura do mar

Quando vem a águia

A ilusão tem seu valor

Ganhando alturas

Conforto lugar

Sem asas sonha

Quando vem a águia

O sonho fugiu

O sonhou fugiu

Correu como doido

Bateu a cabeça

Sem ver a curva

Só parou quando

Teve que acordar

Tem que andar muito

Se fosse pra descobrir

O que tanto esconde

Lá atrás do sol

Não tem escolha

Tem que andar muito





Virando uma ostra

Resolvi buscar

Outras pedras

Sentir melhor

O caminhar

Talvez o descanso

Tenha sido a ilusão

Necessária no coração

Virando uma ostra

Demora a calmar

Balança de um lado ao outro

Como um sorriso um pêndulo

Não sabe onde vai dar

Encontra a maré

Se tá de ressaca

Demora a calmar

Esperando que fique

Uma mão que passa invisível

Dar arrepio só de sentir

Impossível esquecer

Se posso sempre lembrar

Em cada encontro

Alimento a saudade

Esperando que fique

13 de abr. de 2017

Perdi o jeito

Perdi o jeito

Ou fiquei menos

Exigente no coração

Ouço longe

O passo da formiga

Que mastiga a folha

E se não fossem as nuvens

Eu diria que a luz apagou

Perdi o jeito

A sua música

Pode a trilha ser sempre

Um olhar sol lua

Noite dia

O que sopra

É só o vento

Bem baixinho

A sua música

12 de abr. de 2017

Momentos de paz

Tenho muito ciúme

Do tempo que não tenho

Ou que tanto desperdiço

E como sair do casulo

Se o coração pula alegre

É bom esse olhar

Momentos de paz

11 de abr. de 2017

Na poesia o velho e o mar

Sem receio

Atravessei o medo

Venci muitas lágrimas

Altos e baixos

Parecia montanha russa

Cada curva e abismo

Esquecendo os detalhes

Ganhei a ilusão

De que um dia

Saberia em que praia

Te encontraria

Na poesia

O velho e o mar

Surfei muito

Estive tão perto

Que perdi a noção

Do perigo de perder

Em cada onda

Um olhar

Surfei muito

Persiga o cheiro que sai da panela

É preciso esvaziar

Pra poder encher

Criar sentido

Revirar o avesso

E se nem assim

Vier o sabor

Persiga o cheiro

Que sai da panela

10 de abr. de 2017

Me joguei de cabeça

Me joguei de cabeça

Senti a pressão do mergulho

Escapar por um fio

O sentimento fugiu

Da surpresa sem saber

Que o medo era

O que impulsionava

A vontade de chegar

Onde você estava

9 de abr. de 2017

Ir a Bahia e eu vou

Como sair desse sonho lugar

Que criei labirinto

Destino menino das ondas

Não se prenda ao espelho

Reflexo vida e luz

Outras palavras

Ir a Bahia

E eu vou

Pensar diferente

Pensar diferente

Ousei muito

Fiquei inquieto

Tive pressa

Comi cru

Muitos momentos

Perdi alguns sabores

Criei outras saudades

Não acreditei que repetir

Era o melhor a fazer

Até acertar

Pensar diferente

7 de abr. de 2017

6 de abr. de 2017

Outra fome

Cansado de brigar

A pólvora acabou

Veio o silêncio

Na borda do prato

Esperando acordar

Outra fome

Namoro a essência

Não consigo chegar

Nem ficar perto

Até insisto

Perco a coragem

Sinto a montanha

Um olhar longe

Namoro a essência

Pedaços de vida

Eu não esqueço

O quanto precioso

É de arrepiar

Sentir o fôlego

Mergulhar fundo

De cada lugar

Pedaços de vida

Como chuva no coração

Eu já te disse

Que hoje fugiria

De todos os beijos

Se o sol esquecesse

Que muitas vezes choro

Como chuva no coração

5 de abr. de 2017

Solidão pode parecer um alívio

Solidão pode parecer

Um alívio

Busca sem fim

Um delírio

Que pra saciar

Não precisa

Fazer nada

De tão chato

De tão chato

Passeio no agradável

Vou longe na poesia

Que o tato arrepia a pele

Que muda conforme o humor

Irresistível sempre

De tão chato

4 de abr. de 2017

Pra que buscar outra saudade

Quem disse

Gritou ao vento

Perdeu o silêncio

Ganhou o eco

Ao redor lábios

Pra que buscar

Outra saudade

Escalando montanhas

O que estava fazendo

É bom ou perdeu a viagem

Ainda falta o brilho

Que a música pede

Um humor assim

Pra que escada

Escalando montanhas

Na correnteza do rio nasce a poesia

Esperando um forte abraço

Acaricia o momento

Sentindo as margens

Lembra o encontro

Na correnteza do rio

Nasce a poesia

Quero voltar a sorrir

Impossível não seguir

Os passos que libertam

O coração pula

Quero voltar

A sorrir

Faltou espaço

Faltou espaço

Pensei tanto

Copo cheio

Até parece

Que o dia voa

Gostaria de tirar

A saudade que tenho

Das ondas do mar

3 de abr. de 2017

O silêncio das folhas

É tudo que pensou

Que fosse

Um distrair

Aprendendo com o olhar

O vento espalhando

Como música

O silêncio das folhas

Como não derrete o sol

Como não derrete o sol

Me sinto como manteiga

De algum jeito admiro

Tanto esforço em brilhar

Sem moeda de troca

2 de abr. de 2017

1 de abr. de 2017

É quando vem o infinito

Quantidade certa

Encontrando o sóbrio

Sentir a brisa

Fugir num olhar

Tem gosto forte

É quando vem

O ínfinito