31 de jul. de 2015

Que quebra o espelho e agradece

É fácil julgar

Jogar pedras

Só perceber

Erros alheios

Não conheço ninguém

Que fale do que não gosta

Em si mesmo

Que quebra o espelho e agradece

O que se aproxima sempre muda

Isso fica entre

Entre você e eu

Uma porta aberta

Que as vezes fecha

Fecha o sentimento

Bloqueia a vida

A luz que poderia ser

O que se aproxima

Sempre muda

O muito só se consegue com pouco

Quando se fala muito

Perde-se o sentido das coisas

O calar muito esconde as palavras

Sempre observar muito

Deixar de agir

Só pensar no caminho do meio

É nunca aprender

A lição das pontas

Os extremos existem

Para falar, calar, observar, agir

O muito só se consegue

Com pouco

A vida coça muito

Existe essa coceira

Que incomoda

Nas mãos dizem

Que é dinheiro vindo

No corpo é falta de banho

Coceira nas costas então

Dar um alívio

Quando dão uma mãozinha

A vida coça muito

30 de jul. de 2015

É onde nasce a liberdade

A liberdade é tudo

Que não está preso

Preso a qualquer

Que seja o pensamento

É motivo de sobra

Pra qualquer criança sorrir

Sem motivo

É onde nasce a liberdade

A luz abre qualquer caminho

A luz abre

Qualquer caminho

Quando olhamos

Que nada está fora

E o que desequilíbra

É gostar do espelho

E quem uem gera luz sabe

Que irradia paz

Como saio do labirinto que criei

Entre tantos palpites

O melhor me escapa

Nem vem como sugestão

Um caminho tranquilo

Onde o descanso

Sempre poderia encontrar

Como saio do labirinto

Que criei

Nem as pedras incomodam

Sai assim solto

Esse desejo doido

A esperança sem sono

Pode ser sem medo

O presente só abre

Pra quem insiste

Esse ir mais além

Contente da vida

Nem as pedras incomodam

Deixa como está

Deixa como está

Repare bem

Tem dois lados

A moeda quando cai

Nunca fica em pé

Não importa

O que sente

Deixa como está

Timidez

Difícil é vencer a timidez

Nada representa

Ficar sem jeito

Se sentir tão observado

Ser centro de atenção

Coração se agita

Acompanhando a timidez

Não abandona as estrelas reconhecendo um outro dia

Começo a desprender

Revelando o sentido

Sentimento que vem

Vem no carinho

De caminhar pela areia

O olhar que abraça

Aquela luz no horizonte

Se veste de saudade

Não abandona as estrelas

Reconhecendo um outro dia





29 de jul. de 2015

Sem elo o amor une

O que é difícil falar

Sobrecarrega o coração

Anima o silêncio

Leva no sentimento

O que não se abre

Desprende a vida

Sem elo

O amor une

Onde será que todos ainda não sabem

Desde de pequeno

Escuto que dar

Pra ser feliz

Com muito pouco

Onde será que todos

Ainda não sabem

Um admirável novo mundo

Me sentindo um objeto

Cheio de idéias

Os pensamentos jorram

As vezes se tornam

Um vaso quebrado

E também

Um filme distante

Um admirável novo mundo

É a gente mesmo que força a barra da vida

É um absurdo

Esquecer do que mais precisa

E lembrar o que distrai

O que afasta do caminho

Tenho dúvidas que seja o outro

Nunca é o outro

É a gente mesmo

Que força a barra da vida

As pessoas mudam os lugares ficam

De uma lembrança

Nasce o sentimento

Simples de ver

O que  o pensamento busca

E alcança bem além

As pessoas mudam

Os lugares ficam

28 de jul. de 2015

A dor que sente não é

A dor que sente não é

Por causa do que você é

É pela vida que você teve

Mas, a vida pode muda

Você pode se tornar melhor

E não sai do olhar

Ficar calado

Não impede

Que escute

A verdade

Que entra

E não sai

Do olhar

Se vestem do que ainda gosto

Não tive tempo

De enxergar

Ver o que outro

Era de verdade

Talvez tenha esquecido

Que o orgulho e a vaidade

Se vestem do que ainda gosto

A montanha não dar voltas está lá firme

O que me distrai

Tira as forças

Do que desejo

Ocupando espaço

Do que não preciso

A montanha não dar voltas

Está lá firme 

Clareia mais adiante

Meus instintos dizem

Que há um capítulo inteiro

Que acho que não li

Vem com o aprender

Sentir o cotidiano

Reparar o passado

Como uma alavanca

Que as vezes demora

Clareia mais adiante

27 de jul. de 2015

Já fui assim

Já fui assim

Olhar distraído

Tímido demais

Desengonçado

Deslocado

Coração deslumbrado

Já fui assim

Já fui assim

Já fui assim

Olhar distraído

Tímido demais

Desengonçado

Deslocado

Coração deslumbrado

Já fui assim

Já fui assim

Já fui assim

Olhar distraído

Tímido demais

Desengonçado

Deslocado

Coração deslumbrado

Já fui assim

Já fui assim

Já fui assim

Olhar distraído

Tímido demais

Desengonçado

Deslocado

Coração deslumbrado

Já fui assim

O que a balança não perdoa vive desequilibrando

Nem lembro mais

Como era antes

Ou se tinha importância

Quem sabe perdeu

Mudou de lugar

O que a balança não perdoa

Vive desequilibrando

26 de jul. de 2015

Até que eu fizesse a diferença para alguém

Eu não sabia a diferença

Mudamos o mundo

Todos os dias

É algo bacana

De se pensar

Até que eu fizesse

A diferença para alguém

Onde a solidão existe ocupando a saudade

Não existem espaços

Mas,  lugares não vistos

E de tão despercebidos

São um mundo a parte

Onde a solidão existe

Ocupando a saudade

Festa de criança

Estranho está numa festa

Onde não se conhece ninguém

E não ser penetra

Ser convidado especial

Festa de criança

A nossa casa é onde a gente está

Queria muito descobrir

O que faz o João de barro

E quem o bem te vi viu

A nossa casa é onde

Onde a gente está

Sensação de pobre

Rindo a toa

Abre o verbo

Desperta o humor

Será que nunca passa

Essa sensação de pobre

A inspiração voa sem aterrisar

Encher a cara

Fazendo poesia

É perigoso

Destila o sentimento

Momento etílico

A inspiração voa

Sem aterrisar

Evapora coração

Sabe que sim

Esse olhar

Que muda

Pede sempre

E o tempo devora

Evapora coração

Intuição é pra os de coração forte

Já tive dúvidas

E certamente escolhi

E não encolhi

No escuro ou chute

Intuição é pra os de coração

Coração forte

Que enlouquece qualquer sono

O que foi mesmo

Sussurrou escondido

Algo parecido lembrou

Um zumbido de pernilongo

Que enlouquece

Qualquer sono

Ladeira acima

Em descompasso

Trajetória simples

O que está solto

Entre os pólos

Um eixo que entorta

Desmancha o sentimento

Será que existe

Ladeira acima

Cadê o despertador

Jogar pra longe

Não afasta a saudade

O céu amanhece

Ninguém desce

Ou sai da cama

Sem pisar o chão

Sentindo o sonho

Acordar no olhar

Cadê o despertador

25 de jul. de 2015

A mágica existe

A mágica existe

Quando os olhos não alcançam

E as mãos perdem os sentimentos

E o que atrás vem

É pra lembrar

Quem abre o caminho

A mágica existe

Quem já deixou

Quem já deixou

Esquecido num canto

Uma saudade perdida

Ocupando espaço

Largando de vez

Quem já deixou

No entardecer

Esperando a lua

Escondida nas nuvens

Um olhar pequeno

Sem intenção

A luz do dia adormecer

Dando aos mãos

Pra noite com saudade

No entardecer

Quem sente escuta bem o coração

Fico aqui buscando

Pra ver se acho

A música que acelera

Cria a oportunidade

Sorrir com lágrimas

Filme que se renova

No interior de cada um

Quem sente

Escuta bem o coração

Cantar além

São pessoas intensas

Que poem a alma pra fora

Dilaceram os sentimentos

Numa melodia que namora

Namora a harmonia de cantar

Cantar além

Sobe e desce

Descendo aquela escada

Chego ao chão

A magia se perde

O elevador decola

Voa sem subida

Brincadeiras da vida

Sobe e desce

24 de jul. de 2015

Outros lugares

Talvez quem sabe

Seja especial

A fruta que cai

Amadurece assim

Ganhando o sabor

Da direção e escolha

E conhecer outros lugares

Foi nadar pra fora

De tanto me fechar

Esqueci a saída

Só olhei a parede

Esqueci a janela

Nem lembrei da porta

O que salvou

Foi nadar pra fora

Um lugar aqui dentro

Entre um suplício e outro

Nasce o esforço

O conforto no olhar

De quem visita sempre

Mesmo não estando presente

Um lugar aqui dentro

Não perca o paladar

Pra que deixar quieto

O que pode ficar tarde

Quem sabe passar do ponto

Ir de encontro

Morno o sentimento

Entre aquecer e esfriar

Não perca o paladar

O que está havendo com você

Você não está bem

O que está havendo com você

Quem está bem

Não some

No meio de uma conversa

O que está havendo com você

E silenciosamente o dia acorda

É assim

Sem dizer nada

Que as coisas mudam

Mudam de lugar

Ganham outros olhares

Algo se desprende

E silenciosamente

O dia acorda

23 de jul. de 2015

Que leva a folha num leve sorriso

Não quero mais

Viver assim

Descobrir e perder

O passado que persegue

E fico dando voltas

Até cansar

De soprar

Como um vento

Que leva a folha

Num leve sorriso

Mais desse olhar

Olhando pela janela

Atravessando mundos

Indo além dos sonhos

Despindo a ilusão

Encontro mais

Mais desse olhar

O pensamento cativa

O pensamento cativa

É é de se estranhar

O que muda na paisagem

Quem conforta

Perde o rumo

A gaiola esquece o encanto

Vira cativeiro

O pensamento cativa

Com amor seja

Seja com amor

Anime o coração

Atenção aos detalhes

A costura segue a linha

Através dos botões

Que soltam e prendem

Com amor seja

22 de jul. de 2015

Um luar assim na madruga

Olha que posso gostar

Virar abóbora

Ou carruagem

Após meia noite

Além das estrelas

Um luar assim na madruga

Vai se tornar uma parte como se lembra

Há um vazio que sinto

Que infecta

Cada pensamento meu

Fica mais fácil com o tempo

Mas, isso nunca se vai

Vai ser tornar uma parte

De como se lembra

Do outro lado da ponte

Eu seria sincero

Se pudesse ver

Seus pés voarem

Atingir o que espero

Ver o que tem

Do outro lado ponte

Perguntas são armadilhas boas

Perguntas são armadilhas boas

Pra conseguirmos respostas

Saem além do pensamento

Brincam com a inspiração

Sem lugar certo

Acertam o coração

Nem tudo são flores

Esta é a única hora

Que fico em paz

Não é mais comigo

Sei o que quer dizer

Nem tudo são flores

Difícil reconhecer

Difícil reconhecer

Orgulho e a vaidade

De mãos dadas

Se entrelaçam

Com o tempero da arrogância

Nada que a ilusão

Não possa auxiliar com eficiência

Difícil reconhecer

Sem receita de bolo

Fazer acontecer

Seria impróprio

Impossível não perceber

Virar a página

E marcar mais

Uma vez o que aprender

Sem receita de bolo

Coração seco

Coração seco

Seco de emoções

Tomate seco

Amargo que esquece

O doce pelo seco

O que seca

Não é a vida

Mas, o coração seco

21 de jul. de 2015

Ser diferente bagunça

Ser diferente bagunça

Esculhamba a ordem

O que parecia natural

Perde a certeza

É dar um nó

Sem perder

E ficar bem na foto

Como se meus sentimentos fossem grandes demais

Como se meus sentimentos

Fossem grandes demais

A margem de um rio

Esperando ser mar

A vezes o dia

Vira uma noite

Que se completa

Esse não é você

Está entre palavras e olhares

Tudo o que voce tenta não dizer

De quem não está escutando

Então estaria tudo bem

Esse não é você

Uma trilha sonora que beira a perfeição

Uma trilha sonora

Que beira a perfeição

Me fazendo sentir

Cada curva e abismo

Adrenalina constante

Deixando música tocar

Encostar bem mais

O melhor lugar se cria sempre

O melhor lugar

Se cria sempre

Por maiores que sejam

Os seus passos na vida

Nada tem o sabor especial

Aquele que nunca acaba

Que pede mais

Porque sabe

O que seu coração sente

Virando soluço

Acho que os lugares

Se enjoam de mim

Me expulsam

Sem dar recado

Como num susto

Virando soluço

20 de jul. de 2015

Pura timidez

Um lugar assim

Que se esconde

Onde mesmo

Sentimento demais

Quem sabe seja

Pura timidez

É um abuso o tamanho desse mar

Ser razoável

Ter opinião

Pela metade

Se misturar na multidão

Acreditar que de alguma forma

O grito se sobressai

É um abuso

O tamanho desse mar

É justa toda solidão

Me faça o favor

De retribuir

Onde faltou

Um bocado de verdade

Que não me falte

O bom senso original

Que se espelha na criatividade

Que afinal de contas

É justa toda solidão

O desafio é você

Tudo em demasia

Entorna perde o jeito

Escorre a ladeira abaixo

Segue caminho perdido

O copo tem limite

Talvez a sede não

Aqueça o sentimento

Conquistando o que precisa

E não se prendendo

Apenas aos desejos

O desafio é você

19 de jul. de 2015

Onde a vida é a voz

Aproveite

Pois quando

Me calar

Será de vez

O silêncio rodeia

A espera

Onde a vida é a voz

O amor reconhecendo a diferença como igual

Águas tranquilas

Boas escolhas

O que é bom pra todos

Somos tão diferentes

Pra que sejamos iguais

Onde fica a criatividade

O desafio deve ser isso

O amor reconhecendo

A diferença como igual

18 de jul. de 2015

Eu e o mar

Não sei quanto

Já caminhei

E vi sem perceber

Invadindo tantas estações

Vendo o século virar

A linguagem mudou

A emoção ganhou muito

O pensamento quase telepatia

A brisa que namora

Eu e o mar

Uma sensação de paz

Uma sensação de paz

É dessa forma que sei

Em seu devido tempo

Corajoso ou tolo

A moeda tem o lado

Enquanto houver luz

O caminho não se perde

Uma sensação de paz

Voce tem que aprender a se perdoar

Acho difícil de acreditar

Talvez não esteja

Procurando no lugar certo

Sei o que vejo e o que sinto

Tenho esperanças

Voce tem que aprender

A se perdoar

Até clarear o dia

Geralmente esqueço

Quando corro muito

Os detalhes que são muitos

É quase pintar um quadro

Esquecendo o valor das cores

O pincel pede vida

O cotidiano pede cinza

Insisto e vou mudando

Até clarear o dia

17 de jul. de 2015

Num louco olhar

Isso machuca

As vezes sim

Um beliscão no coração

Nasce como saudade

Namorando a solidão

E num estalo

Está lá

Num louco olhar

Quando você vive em um aquário

Quando você vive

Em um aquário

Não existe isso de mudança

Fico dando voltas

Exagero que nada

Esquecer o aquário

Não é sair do aquário

Cãibra

Cãibra  é  um delírio doido

Um contorcer no olhar

Vai além da dor

Que parece sem fim

Dar um suor

Um susto no corpo

16 de jul. de 2015

Assim moldei você

Não quero um pedaço

Nem inteiro

Se pareço confuso

Pode até ser

Porque não me ver

Sem sentir o óbvio

Ganhando a escultura

Coragem é o que pede a vida

Assim moldei você

Um sonho antigo

Um silêncio gritando

Rompe pela brisa

Na beira de um olhar

Esperando a lua beijar

O mar com as marés

Um sonho antigo

Humor é a quebra de alguma coisa

O humor é a quebra

De alguma coisa

Que parecia

Ter sentido

Originalmente mudou

Graças ao humor

Sem perder

O lado sério da vida

O bobo e suas virtudes

Voltando a rir

Rir de mim mesmo

Me assegura

Um lugar ao sol

Noites de luar intenso

O pensamento nasce

Pelo dia sorrindo

De tão bobo que sou

Ser  bobo é um dom divino

Esquecido pelos que acham

Que tem o poder

O bobo e suas virtudes

15 de jul. de 2015

Você é você

Decidir é ato solitário

Diante das escolhas

Ninguém sabe

O que se passa

Dentro de você

E por mais que seja

Válida a experiência alheia

Único no universo

Você é você

Não existe o que tudo satisfaz

A espreita esperando

O que for

Ganha vida

Moldado por escolhas

Acertos e erros

Não existe

O que tudo satisfaz

Oração da ajuda

Mantenha aquecida

A chama da compreensão

Lucidez necessária

O brilho dos olhos

Deixe o coração pulsar

Nem que voe em pensamentos

Ajude sempre

14 de jul. de 2015

Acontecem nos sonhos

Uma proposta indecente

Está numa ilha deserta

Perder a memória

E se curvar ao momento

Pensamento longe

De se acordar

Acontecem nos sonhos

13 de jul. de 2015

No inverno um luar

Aproveitando o momento

Com essa luz que me inspira

Alguns insistem

Que seja tão pálida assim

No inverno um luar

Presente com amor

Voce sorrir

Quando ler

Empresta a interpretação

Opinião e sentimento

Ensaia um namoro

Uma faísca sempre

Presente com amor

Onde ficou o equilíbrio

A lentidão gera paciência

Outra lente de se ver

Ver a vida

Respiração diferente

Detalhes esquecidos

Na infância um olhar

Brincar em cada momento

Sem perder o lado sério

Onde ficou o equilíbrio

Abri mão

Abri mão

Quase perdi os pés

O chão

Abracei a solidão

E conquistei a saudade

Os dedos ainda sentem

O abraço abandonado

Abri mão

Que o vento namora antes da tempestade

Isso é fácil

É algo que posso fazer

Não vai substituir

Nem trazer de volta

Serenamente sei

Que o vento namora

Antes da tempestade

O que vem depois

Se pudesse

Botaria pra longe

O que distrai

E atrasa com prazer

Aprender nunca é fácil

Fácil é descobrir

O que vem depois

12 de jul. de 2015

A melhor imaginação

É assim mesmo

Esse olhar misterioso

Que não desconfia

Mergulha em cada abismo

Sem jeito

Rodeia o momento

Até aterrisar

A melhor imaginação

E nascem os sentimentos mais distantes

A princípio

Nem desconfio

De onde vem

Essa brisa

Maresia

E são nas ondas

Que as palavras escapam

E nascem os sentimentos

Mais distantes

A vida é atravessar o mar

A vida é atravessar o mar

E conhecer o mistério

Desvendar o que antes

Antes era segredo

Sério como as ondas

Que só leva e traz

O desejo da maré

11 de jul. de 2015

Além da poesia

Pode ser

Que eu não esteja

Mais nesse mundo

E até os lugares

Deixem de existir

E se assim for

Creio que o último suspiro

Tem o seu valor

Além da poesia

Quem acende o sol

Só sei que vem

Vem sempre

Atravessa o coração

Vai pra longe

Até sumir no horizonte

E volta como se nunca

Nunca tivesse saído

Ainda descubro

Quem acende o sol

10 de jul. de 2015

Quem estava errado

Me divertir nos lugares errados

Rasgar o sorriso pra valer

Desarrumar os sentimentos

Quem sabe assim

Descobrir de verdade

Quem estava errado

Com a lua namorando estrelas

Estória nova e verdadeira

Momentos confusos

Embaraços que fazem bem

A panela não queima

Quando o fogo guarda

Com a lua namorando estrelas

Tudo tem vida

Já fiz de tudo

Mas, creio que tudo

Tudo é pouco

Pra imensidão do mar

E por mais que imagine

A gaivota não se cansa

De dançar entre as ondas

Tudo tem vida

A festa de viver

A memória não perde

Persegue cada momento

Faz o sentido de cada olhar

Um quebra cabeça

De muitas partes

Nem sempre sobra

Espaço pra esquecer

A festa de viver

9 de jul. de 2015

A onda é outra agora

Fico a espera

Da grande aventura

Que não acabe nunca

A onda perfeita

Onde o menino

Voava com sentimento

Explodindo o olhar

A onda é outra agora

Multidão sem fim

Uma multidão sem fim

Vários lados

Estrada urbana

Luz e escuridão

Se confundem

Espalham idéias

Que se perdem

Uma multidão sem fim

Uma flor no olhar

De algum lugar

Veio o sorriso

Conquistando o impossível

Mesmo que tudo pareça

A solidão acompanha

Até despertar

Uma flor no olhar

Perdi o quieto

São raras vezes

Que lembro

De lugares assim

Quietos me confortam

Dão um prazer inenarrável

Qualquer voz quebra

Como vidraça o coração

Perdi o quieto

O caminho é estreito

É calado que ouço melhor

Me asseguro de dúvidas

Observo largamente

O pensamento em rodeios

A certeza abate a surpresa

O caminho é estreito

8 de jul. de 2015

Endereço certo

Esse tem endereço certo

Rio que desagua

Não espera o mar

Invade mais

Mais que as palavras

Que qualquer poeta

Possa se inspirar

Esse tem endereço certo

Furacão da vida

Me faça o favor grite

Voce pode ousar

Precipitar o sentimento

Destilar sempre

O furacão da vida

Não  exige

Só pede

Que seja melhor

Vontade e espaço

De lado me sinto

Esqueço de ficar

De frente

Perco a consideração

Até o reflexo do espelho

Vontade e espaço

Saudade de lá

Quando quiser

Pode se aproximar

Esse lugar existe

Como um eco

Que nasce

De um grito

Que se repete

Saudade de lá

Senão o vento leva

Senão o vento leva

Bagunça o dia

Espalha o olhar

Por todo canto

Segredo e misterioso

De um jeito ou de outro

Senão o vento leva

Quem semeia reconhece o destino

Faça do passo seguinte

Um degrau, ponte

Até mesmo um outro dia

Descanse o pensamento

Enquanto não vem

Quem semeia

Reconhece o destino

Desembaraçar o coração

Preciso de momentos

Que me façam  chorar

Descobrir a emoção

Revelar o seco

O amargo escondido

Desembaraçar o coração

7 de jul. de 2015

Pé de feijão

O tamanho pouco importa

Dessa montanha não te vejo

Nem sei como se esconde

Tão embaixo de mim

Talvez com o tempo

Descubra o pé de feijão

Pé de feijão

O tamanho pouco importa

Dessa montanha não te vejo

Nem sei como se esconde

Tão embaixo de mim

Talvez com o tempo

Descubra o pé de feijão

Leve pela vida

Não é

Que é divertido

Me distrai muito

Esse olhar perigoso

De brinquedo novo

Que devora a curiosidade

Aquecendo o coração

Deixando o peso

De bem antes

Leve pela vida

O caminho aberto

O caminho aberto

Prolonga o horizonte

Avista a ponte e o abismo

Requer suprema vontade

Perseverança plena

Geralmente só os humildes

Reconhecem a virtude da vida

6 de jul. de 2015

Longe de se viver

Seria longe

Se te perdesse

De vista não sei

Porque além

É um lugar

Muito longe

Longe de se viver

Algo fora de foco

Algo fora de foco

Habita o pensamento

Não quer ficar

Perturba mesmo assim

Sem nexo

A beira do bom senso

Algo fora de foco

Me divirto com os detalhes

Me divirto com os detalhes

Retalhos de vários momentos

Bagunço o prato principal

Nem quero sobremesa

Fico apenas no café

Acredito no jejum

Me divirto com os detalhes

O silêncio age de verdade com paz

Por não ficar em silêncio

Perdi muito mais do que ganhei

Confundi silêncio com inércia

Com não agir

Me prendi as aparências

A lição que ficou

Não tem efeito colateral

O silêncio age 

De verdade com paz

5 de jul. de 2015

Abrir a porta pensando na janela

Odeio quando  acontece

E sei como  parece

Um mundo de ilusão

Desaba sem pedir licença

Abrir a porta

Pensando na janela



Lembrar a vida

Por isso

Não podemos

Tomar café

Trocar olhares

Matar a saudade

Rever o filme

Lembrar a vida

É o que meu coração pede o tempo todo

Eu era um pássaro

Livre pra ir

Aonde quisesse

Agora não sou mais

Estou nesse mundo

Pés e asas

Parecem que não combinam

É o que o meu coração

Pede o tempo todo

A ilha namora o que ainda sou

Estou de olho

Nessa ilha

Que me cerca

De tantos olhares

E dando voltas

A ilha namora

O que ainda sou

4 de jul. de 2015

Queima o coração

De um susto

Um alívio

Nada sossega

O inquieto ser

A curiosidade teima

Queima o coração

Página em branco

Nada passa despercebido

Ninguém passa a limpo

O passado é fixo

E só sujeito sempre

A nova interpretação

E colorir a vida

Nunca sai do pensamento

Página em branco

3 de jul. de 2015

Além Majur

Quando a cor é verdadeira

E causa inveja e dor

O que irradia beleza

Beleza de viver

Invade cada olhar

Que brilhe como pessoa

E que a cor seja sempre

Além Majur

Jeito bom de sentir

Jeito bom de sentir

Fluir o dia

Um agradecer no olhar

Desperta sempre

Alimenta bem

O que o outro não ver

2 de jul. de 2015

Por que a vida separa tanto o que deveria ser junto

Só brincar é fácil

Levar as coisas a sério

Tem outro colorido

Um preto e branco

De razão e lógica

Que esconde a intuição

E o prazer da vida

Ainda descubro o porque

Porque  a vida separa tanto

O que parece ser junto

O mar não ignora nunca

Não era minha praia

Mesmo assim insisti

Fiquei triste

Coração pesado

Naufragando o pensamento

O mar não ignora nunca

O sorriso da vida

O que não tarda

Um dia chega

Que o diga a esperança

Não se cansa

De apontar

Sempre novos desafios

Pra que possamos

Não só erguer e também

Descobrir o sorriso da vida

1 de jul. de 2015

O que a lua namora

Se é pra olhar

Que tudo se desnude

Como as folhas caem

As lágrimas sabem

Na margem do rio

A cheia leva

Sem pena

O que a lua namora

Sem beira

Será que não ligo

Ou não vejo bem

Que a paisagem só muda

Quando a janela é outra

Melhor ainda

O coração pede assim

Sem beira

Acorde o mundo

Levanta a cabeça

Sacode a poeira

Chuta o que perturba

Pra um canto

Onde ninguém merece

Se atreva a acordar

Acorde o mundo