31 de mai. de 2018

Tua vez

De um sol
Queria surgir
Num canto qualquer
Qualquer cor faria
A diferença entre
O mar e a montanha
Desde que fosse
Tua vez

Sem sono

Um medo que arrepia
Dar um soluço
Uma reação em cadeia
Curto circuito
De querer gritar
Assombrar o silêncio
Se fosse devagar
O prazer não seria
O mesmo
Sem sono

Suor noturno

Suor noturno
Não tem ideia
Vem de repente
Semente pra que
Amadurece no bar
No encontro da música
Nasce a melodia
Dos lábios inquietos
Um samba que olha
Quem namora a lua
Não dorme cedo
Suor norturno

Dando sinais

Fui buscar muito
Um sentimento
Forte sempre
Inundando
Pedindo
Em silêncio
Ouça o vento
Antes da tempestade
Dando sinais

Lugar sem paredes

Parece que o suor
Navega como um rio
Só vem na emoção
No calor e na febre
Criando um delírio
Um olhar vago
De estar junto
A um outro lugar
Um lugar sem paredes

Café sem dono

Café sem dono
Bagunça tudo
Junta a sede
De acordar
Melhor
Se o mundo
Soubesse
Nunca esqueceria
De abraçar
Teu humor
Café sem dono...

Esperando o trem

Esperando o trem
Ninguém ver
Cadê o trilho
Sem estação
Atravessando
Terras e fronteiras
Que só o pensamento
Pode alcançar
Sem cansar estou
Por dias melhores
Esperando o trem

Tô assim

Tô assim
Jogado fora
Querendo rede
Esticar o esqueleto
Descansar muito
Esquecendo de agradecer
Que não tem moleza
Zona de conforto
Tô assim

30 de mai. de 2018

Segredo da poesia

Teria sentido
Se você soubesse
De onde vem
O brilho da estrela
Que acontece
Quando a tarde cai
O por do sol silencia
Dando um abraço
Que ninguém ver
Talvez esse seja
O segredo da poesia

O que não tem tempo

Fiquei de te libertar
Te prendi no passado
Nos sentimentos
De cada olhar
E paisagem
Por mais que
O disfarce
Do sorriso
Seja a música
Que marcou
O que não tem
Tempo

Cartas na mesa

Quando perde o encanto
Tudo parece fugir
Tanto que o vento
Não diz de que lado
Sopra o que pede
Se fosse o coração
Daria um pouco
Dessa saudade
Que só faz crescer
Gostei das cartas
Na mesa

Tua inspiração

Já tive medo
Ganhei muitos sustos
Mudei de degrau
O que mudou
Tem outro nome
Poesia e desejo
De amar sempre
Muito mais
Medo de perder
Tua inspiração

29 de mai. de 2018

A lua não viu

De um jeito leve
O vinho ficou
Sozinho na mesa
Pedindo pra você
Lembrar muito
A falta que faz
Soltar o coração
A lua não viu

Teu cheiro

Não me cure de você
Mesmo que perca a saudade
E se for só paixão
Espere mais um pouco
O vento levar
Ainda tenho
Teu cheiro

Namorando sempre

Gostaria de ver
A nuvem passar
Sei que não importa
Chuva ou sol
Querendo desculpa
Uva sem caroço
Tem casca
Mesmo assim
Engasga a vida
Respira e cai dentro
Namorando sempre

28 de mai. de 2018

Comigo

Quando te peço fôlego
Deixo a cortina cair
O beijo sofrer
Encontrar a saudade
A alegria da lua
Vem assim
Que adormece
E retorna a sonhar
Comigo

Olhar estelar

Nada do que fiz
Ou disse
Tem valor
Quando vejo
O mar desmanchar
Com a maré
Invade o coração
Me levando em ondas
Como é bom te ouvir
Bater forte na vida
Olhar estelar

27 de mai. de 2018

Sabor da música

Eu não te disse antes
Sem ver escondi
O sabor da música
Que ouvia sempre
Quando você
Simplesmente
Sorria ao passar

Não aprisione

Não aprisione
O que há
De melhor
Em voce
Não deixe
Ir embora
A música
Que faz
Bater
Em cheio
Teu coração..

Sentido de viver

O que se abre mais adiante
Num delírio nasce
Presente passado futuro
Jogo de cartas
Sem nome e rosto
Mostram o palco
A poesia vem
Pra te fazer
Ser mais um sentido
Sentido de viver

Vamos pra vida

Eu sei que vem
Sem nada dizer
Um silêncio
Nos lábios
Pra que discutir
Conhecemos
O que se cala
E dispara forte
O mais profundo
De todos encontros
Vamos pra vida

Perdido

É quando
Me apaixono
Entrego
A direção
Curva fechada
Querendo chuva
Não sei dançar
Tanto os detalhes
Estrela deixa
Um pouco
Do teu olhar
Inesquecível
Perdido
Sentimento ...

Meia noite

Porque tinha
Que ser
A meia noite
Seduzindo
A lua
Olhar solto
De tanto sono
Um sozinho
Cheio de tudo
Nada que a saudade
Não consiga completar
Toda solidão...

Que você seja feliz

Não tenho
Pra quem dizer
Escapar o sentimento
Descobrir vendo o sol
Nascer num ritmo sempre
Com nuvens ou com horizonte
Clareando um pensamento
Como eu quero
Que você seja feliz

26 de mai. de 2018

Poesia e espelho

É pra você soltar
Valer o dia
Desprender
O sentimento
Deixar ir
Como pipa
Sem linha
Perceber
Que o vento
Está em todos
Todos lugares
Não precisa
Correr mais
Eu sou também
Como você
Poesia e espelho..

Frio com calor

Deixando a vela
Se apagar
Esfria demais
O frio entrou
Ficar sem chama
Ver a janela fechada
Querendo chuva
Pra quem sabe
As nuvens não lembram
Que sou amigo do sol
E me apaixonei pela lua
Estou sem descansar
Preciso muito
Que não esqueça
De brilhar pra mim
Aquecer a vida
Frio com calor

Esquecidos

O que tenho
A oferecer
Não agrada
O sabor mudou
A essência
Ficou crua
Nua com o tempo
Caiu da árvore
Antes do tempo
Do casulo a borboleta
Pra que lembrar
Se somos esquecidos...

Perdendo você

Amo tuas tatuagens
Esqueço a pele
Teu calor
Olho sem parar
Nas cores
Do que está
Tão bem vestido
Nem reparo
Quem tem
Um olhar e coração
Entre o rótulo
E a embalagem
Me perco no desfile
Virando música
Em forma de poesia
Perdendo você

25 de mai. de 2018

Sinto falta do silêncio

Sinto falta do silêncio
Que chamo de meu espaço
A alma repousa como uma folha
Sem se perder da árvore
Mesmo que caia
Mantém a ligação
Onde cabe muito mais
Do que preciso imaginar
Serve pra tudo
Nem a música escapa
A poesia flutua
Quando estou lá
Sinto falta do silêncio.

Loucura

Tentei remar
Muitas vezes
Contra a loucura
Perdi amores
O lugar comum
Uma corrente
Que arrasta
O sentimento
Largado no mar
Onde estou
Não sei mais
Só me lembro
Tentei remar

Sem cura

Existem coisas
Que não se pode
Curar
O rio segue
A corrente única
Que sabe
Como natureza
Nunca imaginaria
O mar
Nem tem ideia
Do que são ilhas
Se pudesse voar
Teria a visão
O desejo esquecido
De cada poesia




Na superfície a poesia

Destravando o coração
Cachoeira cheia
De lágrimas vazias
Pedras que rolaram
Castelo escondido
O que não desaba
Tá bem fundo
Pedindo pra você
Lembrar ficar
Na superfície
A poesia

Amor de tartaruga

Pelo visto ganhei
O melhor presente
De toda uma vida
No calor de muitas
Muitas brigas
A recompensa veio
Libertando
Dizendo somente
Que bom que aprende
A amar
Mesmo que tão
Lentamente
Amor de tartaruga

Você

Da calmaria a tempestade
Do doce ao amargo
E no meio uma luz
Que faz sorrir
Sempre
Em qualquer momento
Fazendo os extremos
Se unirem com amor
Esse lugar
Eu ouso chamar
De você

24 de mai. de 2018

Agarrando o violão

Preciso imaginar
Compor a música
Do teu olhar
Perdido querer
Brincar pra valer
Tirar o jeans
Soltar o tênis
Livrar os pés
Deixar fluir
Chegando no bis
Agarrando o violão

Eco da vida

Tenho medo de gritar
Escutar o próprio
Eco da vida
E não querer
De volta
O que tanto
Antes ousei
Sem paciência
Perco a vez

O suor da poesia

Pra te devolver
O tempo me disse
Percorrer sem pressa
Não prender o sentimento
Segredo ilha paixão
Precisei crescer
Pra melhor
Te encontrar
A pele revela
O suor da poesia

O coração ama

Você sabe
Que sinto
Muito mesmo
A dança no olhar
Um piano suave
Lembra pra mim
Quando sai
Sem medo
O coração ama

Saudade do mar

Esperei o vento soprar
De um jeito simples
Veio me acordar
De um sonho
Nadei olhando
As ondas
Só queriam
Dizer o quanto
Faz falta
O teu sorriso
Saudade do mar...

23 de mai. de 2018

A lágrima tem dois sabores

Certos caminhos
Nos levam
A situações marcantes
Como uma cicatriz
Pra lembrar
Por onde passou
A lágrima tem
Dois sabores
Mesmo que ainda
Não sinta....

Vamos juntos

Minha mente se desprende
E vai a lugares
Nunca antes conhecidos
Bebendo com alegria
A fonte que jorra
E mesmo que o tempo
Pareça correr tanto
Estarei em casa
Por onde estiver
Vamos juntos...

22 de mai. de 2018

Oráculo

Pra sentir toda
Tua carícia
Penteia o tempo
Semente escorregou
Caiu bem na fonte
Capim desenhou
Quem tem fome
Não se cansa
Encontra
O de comer
Oráculo

Sem palavras

Namoro tua tatuagem
Despindo a saudade
Um suor que vem
Depois da emoção
Invade o olhar
De um brilho
Sem palavras...

Eu sou teu par

Nosso jeito
De calar
O amor
Escute
A música
Equilibrista
De que lado
Ficou
A dança
Sem jeito
Eu sou
Teu par

Sofá

Esqueci de sair
Do sofá
Vontade de ficar
O tempo todo
No teu colo
Despertar desejos
Quem sabe só assim
Calar tua boca
Com um longo
Sorriso

Flauta

Nem foi
Tanto assim
A flauta
Traduz
O sentimento
Sem perder
O melhor
Fôlego
É bom
Despertar
Teu olhar....

Zangado

Se perco a paciência
Mergulho de verdade
Derramo o vaso
Fico seco
Dando uma de cacto
Passeio no deserto
Nem tudo que é claro
Brilha quando
Estou zangado...

Desconfiado

Desconfiado
Olhar baixo
Tipo cadê você
Que alimenta
Implica demais
Saudade sempre
Apimenta bem
O ritmo que muito
Me tira do sério
Quando me faz
Amar...

Olhar de cobertor

Pra ficar pertinho
Esquentar tudo
Juntar cada calor
Namorar o frio
Alguns amam
Outros correm
De muita roupa
Ninguém escapa
A poesia tem
Muitas temperaturas
Olhar de cobertor

21 de mai. de 2018

Novelo de lã

Nada do que fiz
Te fez mudar
Olhar sem chuva
Nuvem cigana
Sereno olhar
Entre os dedos
O gato sente
O arrepio
Agarrar
Sem chance
Novelo de lã

Olhar de cachorro

Como sair
Sem ficar
Tão enrolado
Pra esquentar
Sem cair
No frio
Labaredas
Lareira cigana
Cabana de outras
Muitas vidas
Olhar de cachorro

Poeta solitário

Muitas vezes
Não ouço
Tua música
Fico em silêncio
Batendo no coração
Se fosse só saudade
Daria o que os lábios
Tanto pedem
Poeta solitário

Janelas do coração

Amaria abrir
As janelas
Do coração
Não sei onde
Escondi tanto
Que nem a saudade
Sabe ao certo
Como começou
O vento a soprar

20 de mai. de 2018

Balde

Do que me faz sorrir
Me despejo em lágrimas
Sendo um balde sozinho
Quando enche de saudade
Precisando transbordar
Pra que o jardim floresça
Descubro que a lua
Só namora o sol
Através do amor

Solidão no vento

A chuva cai
Dando sinal
As nuvens
Falam mais
Não deixe
O sol calar
O que faz
O amor
Quando encontra
A solidão no vento

19 de mai. de 2018

Doce

De um encanto
Vestindo o olhar
Um passeio
Pra poucos
Como não saborear
Ficar com sede
É um outro lado
De cada sentimento
Que me faz apaixonar
Por um coração
Tão doce
Como não gostar




No coração do vento

O que acalma o vento
Vem de bem perto
Não precisa de portas
Janelas nem teto
Faz o olhar saltar
Piscar muito
Cheio de graça
De cada tatuagem
Vou desnudando
Teu coração

Pule mergulhe

Não estou de fora
Olhe aqui dentro
Pareço escondido
De fazer inveja
A qualquer ostra
Pule mergulhe
Só não fuja
Do melhor
Sentimento
De sua vida

Precipício

Pra que subir
Se estou
Aqui esperando
Pra descer
O sentimento
Largado aparado
Pela violência
Que traduz
A saudade
Que esfolou
Trouxe de volta
A emoção adrenalina
De amar bem de frente
Ao precipício ...

Taça de vinho

Numa taça de vinho
Te imagino sinto
Ganhar um arrepio
Que afasta a timidez
Dando um calor
Que nem te conto
Onde começa a noite...

Arretado

Não estou certo
Que acerto
Perco o beijo
O respeito
Sem jeito
Nenhum querer
Tem freio
Para de rimar
Menino arretado
Sangue pernambucano
Subindo pelas ventas
Em terras cariocas

Antes que a chuva caia

Um maluco da ideia
Dança muito na praça
Tento pegar o foco
Filmar o instante
Segurar o sorriso
Urbano na letra
Sentimento concreto
Cimento limpando
Com amor
Mandando o som
Antes que a chuva caia

Muitas ondas

Erguendo a solidão
Paredes intransponíveis
Invisíveis medo
Querem a posse
Abraço a alegria
Libero o humor
Deixo de ser escravo
O mar não me pede nada
Só me dar muitas ondas
Muitas ondas

Abridor de latas

Abridor de latas
Não força a entrada
Descobre o caminho
Se está difícil
Como alavanca
Segura o peso
Finge que tá leve
Espera o momento
Quando acena
Que pode
Vejo o mundo
Se abrir

Não esqueça de mim borboleta

Não preciso
De muita coisa
No sorriso da flor
Jorra o profundo
Sentimento lugar
Longe é perto
Quando sonho
Sem pedir
Estou mais
Não esqueça
De mim
Borboleta

18 de mai. de 2018

Nó na garganta

Foi o que não disse
Alimentou a agonia
Surtou o prazer
Se fosse só saudade
Daria um jeito
De conquistar
Teu coração
Dando um nó
Na garganta

Trem doido

Sempre tive dúvidas
Quando via o trem
Voar pelos trilhos
Parecia um caminho
Preso com destino
Só dando estações
Como opção
O que mudou
São as asas
Que ouso
E permito
Abrirem
Sempre o coração
Trem doido

17 de mai. de 2018

Queria ter ser teu ritmo

Parece está
Em todos lugares
Sentimento que une
Amanhece abrindo
Mais os olhos
Navio sem âncora
Quando o cais
Se perde de vista
Ilha estrela
Queria ter
Ser teu ritmo

16 de mai. de 2018

Avesso

Me sentindo pelo avesso
Conhecendo a caverna
Nas pedras escrevi
Provoquei a erosão
Ferrugem correu
A intuição pulei
Nem assim
Foi embora
O amor

O amor não tem distância

Olhei muitos rostos
O espelho busquei
Pedaços sem encaixe
Deitei no espinho
O cacto amei
Lambi o deserto
De cada beijo teu
Espantei a solidão
Que bom você veio
O amor não tem distância

Flor de lotus

A música me escolheu aqui
Embaixo então subi
Cantei no degrau
Toquei no profundo
Sentimento despido
Louco de se declarar
Até os poros
Um amor sereno
Nasceu a flor
De lotus...

Mundo estelar

Gostaria muito
De estar lá
Quem sabe
Outra tribo
Sentido
Mundo estelar
Me deixa ficar

Chave do dia

Do que
Esse cara
Tá falando
Quando
Atravessa
O pensamento
Sentimento
Quem tem
Mesmo
A chave do dia...

Só vejo você

Recolher
O prato
Sujo
Fome
Sede
Lugar
Parafuso
Confuso
Todo lado
Só vejo
Você

Ninguém quer ser solidão

Não se trata
Do que precisa
Sentir é tudo
Nada pra se vestir
Deixa a música
Rolar junto
Acender misturar
Pra saber
Onde chegar
Ninguém quer
Ser solidão

Anjo azul

Chorando pelos cantos
Pra desaguar as lágrimas
Alimentar a saudade
Dos tempos do mar
Sentindo o vento
Roçar pedaços
Da estrela poesia
Ver que demorei
Estou no por do sol
Te aguardando
Anjo azul

Oasis do coração

Namorando a areia
Sentindo o deserto
Levar a ilusão
Beijar a sede
Oasis do coração

Paixão

A solidão não
Não deixe
Tão apertado
O coração
Libera um pouco
Me diz de que lado
Fica tua boca
Sede boa
Paixão

15 de mai. de 2018

Aguia e borboleta

Nunca te disse
Sempre caminhei
Falei de coisas
Pra aprender
O voo da águia
Tive que pousar
Conhecer mais
Muitas mudanças
O coração acelerou
Parou quase o vento
Na mão uma borboleta

Florir você

É como se o silêncio
Quisesse engolir
Desejar o beijo
A esquina curva
Calçada cheia
Espremido
Avanço entre
A multidão
Dispersando
O pensamento
Que que custa
Teu olhar corre
Quem te imaginou
Se chamava amor
Florir você
By @viajanteblue
Inspirada música florir djavan

Luna

De uma forma
Ou de outra
Volto pra você
Se imagino muito
As estrelas saem
E como no por do sol
Me escondo pra conhecer
Os segredos da lua
Luna

Lembra pra mim

Sabe aquele olhar
Esperto esparramado
De que não quer
Nada por nada
Te puxando
Pra todos
Os lados
Se fosse preguiça
Já teria enjoado
Lembra pra mim

Caindo de boca

Sinto muita falta
De apenas conversar
Ver os lábios
Cruzar o sinal
Comer rápido
Queimar a língua
Declarar pra o coração
Que estou sempre
Caindo de boca

Dentro da saudade

Olha que passei
Senti o voo
O pássaro indo
Pra casa
O que de longe
Bate no peito
Acorda mais
Dentro da saudade

Uma flor no coração

Por sua cor deslizo
Atravesso o jardim
A ponte estica
Pra que eu consiga
Ver o horizonte
Uma flor no coração

Amor de sabor

Na poça d'água
A chuva revelou
Como desviar
Outro destino
Subir na árvore
Pegar na fruta
Amor de sabor

14 de mai. de 2018

Eu te roubo de você

Eu te roubo de voce
Arranco o vestido
A vitrine perde
Os lábios tem sede
O que não se afoga
Apavora qualquer um
Que não encara o amor
Eu te roubo de você

Perdi meu amor dentro de você

Perdi o meu amor
Dentro de você
Não resisti
Deixei a mesa vazia
O salão não existe mais
A dança sem jeito
Voou ficou pra sempre
Outra vez em nós.



No gosto das ondas

Pra onde o mar
Te levar tem
Uma ilha que nunca
Fica vazia
Quem namora
Conhece a lua
Que essa maré
Faz sem palavras
Sente no gosto
Das ondas

Poesia nua

Entrelaçado o desejo
Cria o abraço
Que torna
Tudo possível
Navega atravessa
Saindo do cais
Uma saudade
Que levo
Pra todos lugares
É como vejo você
Poesia nua

Rasgando os sentimentos

Rasgando os sentimentos
Mantenho deitado
No peito teu rosto
Um beijo com sabor
Uma pegada de pele
Trazendo o suor
O jeito único
Erupção vulcão
Calor no olhar
Quando habita
O amor

Uma estrela só

Uma estrela só
Eu me perco
Preciso muito
De muitas coisas
Algumas vezes
A sede que sinto
Que nunca passa
Me guia
E aquela é
Uma estrela só

Leve o vento

Não fiz isso
Fiquei sentado
Esperando o calor
Subir nas paredes
Quis pular a saudade
Do que corro tanto
Quero de volta
Todo olhar
Quem sabe
Leve o vento

Beijos roubados

Beijos roubados
Coração intragável
Meio barro meio tijolo
Temos de sobra
Obra que começa
Nunca termina
Ninguém se enrola
Ao ponto de não amar
Segurando a mão
Mergulho em você
Entre a luz e a sombra
Um vale perdido
Beijos roubados

Pegou de jeito

Pegou de jeito
Levei um susto
Disparando o coração
Quer colo
Só encontra
Mais solidão
Quem reclama muito
Esquecendo de agradecer
Não conhece o vento
Que quer pousar
Pegou de jeito

13 de mai. de 2018

Equilíbrio

De toda luz
Que venha
Sem pressa
De chegar
Deixa pousar
Descanse nas asas
O que é por amor
Sempre volta
Pra o lugar
Equilíbrio

Debaixo do tapete

Com sono escrevi
Escrevi num papel
Amassado molhado
Orvalho da noite
Quase sem vida
O que não servia
Alimentou o lixo
Debaixo do tapete

Não sei seu nome poesia

O pincel veio
Decidir muito
Revelar tudo
Em cores diferentes
Onde aprendi a voar
Ver de perto teu coração
E de longe nasceu
Muitas saudades
Ousei amar
O dom das palavras
Não sei seu nome
Poesia

Pra mim

Mesmo sendo
Desafios
Ousamos
Lagrimas
Saudades
E de que parte
Lembro mais
Vem na música
A dança
O jeito
Único
De ser
Feliz
Pra mim

12 de mai. de 2018

Alfarrábios

O livro se vestiu
De tantos caminhos
Criou orelhas
Nas páginas
De tanto uso
Algumas rasgaram
E ficaram amareladas
Perdido na estante
Namorou a poeira
E a solidão
Ainda lembro
Da capa
Que perdeu a cor
E nem por isso
Deixei de aprender
Com outros autores
Alfarrábios

Língua solitária

Uma nuvem rondava
O entardecer
Merecer como
Se é um prato quente
Nem pelas beiradas
Deixei de queimar
A língua ficou
Solitária

Flor do deserto

Se o desejo fosse
Como água da fonte
Que nunca secasse
Iria imundar muito
O que me dar saudade
E só tem sentido
Quando em você
Penso sem tirar
Nenhuma pétala
Flor do deserto

Um dia de fúria

Por cima
De qualquer
Atropelo
Casca de banana
Perde a graça
Pisando na jaca
Seria engolir
Semente de abacate
Entrar em fila errada
Delirar no sabor da pimenta
Um dia de fúria

Fazendo amor

Estou mergulhando
Águas profundas
Me perco na superfície
Pra que gritar
Se não ouço
O beijo que o vento
Insiste quando quer
Fazendo amor

Cigana ímpar

Quero muito
Te ver
Dançar
Espalhar
Detalhe sentimento
Vida espelho amor
Um tesouro no mar
Nada consegue distrair
Quando pede silêncio
De todas as ciganas
Única no coração
Ímpar

No ninho da águia

Vim te ver
De perto
Sentir
Teu calor
Abrir os poros
Escorregar
Na pele
Dando
Arrepios
Subindo
Estou aqui
Embaixo
Espero
Te alcançar
Muitas vezes
Teu olhar
No ninho da águia

11 de mai. de 2018

Primeiro beijo

Não tive momentos
Que passaram
Sinto que estão
Tão vivos
E despertos
Que saem
Sem pedir licença
Tomam de assalto
Numa febre
De suor inesquecível
Primeiro beijo

A lua fugindo do sol

Vamos ver
O segredo
Que não se abre
O que sinto por você
Se a cortina guarda
Tanto os detalhes
Sem a sombra
Que faz sempre
Quando vejo
A lua fugindo do sol

Nas margens

Nem sei
Por onde começar
O grito nasce
Quando a natureza
Ecoa com tantos
Jeitos de abrir
Na mata a cachoeira
Um rio que muda
Durante as estações
Pra quem fica
Nas margens

10 de mai. de 2018

Sente na pele

Tirei mesmo
As rédeas
Sem freio
Corro o risco
Curva fechada
Dar o ritmo
De escolher
O lado sincero
Que cada um
Sente na pele

Teu gosto na poesia

Não resisto
Quero colorir
Teu rosto
As tatuagens
São poucas
Nas entranhas
Do coração
Sentir
Teu gosto
Na poesia
Tua cor
Não resisto

A saudade tem de sobra

Não digo nada
Engulo o silêncio
Abro o sorriso
O melhor abraço
Devoro sem dúvidas
O que o tempo
Não pode dar
A saudade
Tem de sobra

Rave

Engolindo o sanduíche
Outra tribo
Devorando olhares
Pra alcançar o mar
A bicicleta repousa
Nos pedais o silêncio
Infinito beijo
Esse encontrar
Que não pede distancia
Faz pulsar a poesia
Rave

9 de mai. de 2018

Ritmo do amor

Deixa eu falar
Um pouco
Com você
Respirar
Teu ar
Dançar
O que seus pés
São com o coração
É muito importante
Escute bem
O ritmo do amor

Bom de enlouquecer

É bom de mergulhar
E ainda se sentir seco
Dando um avesso
Misturando o corpo
Da água pro vinho
Não me deixe fugir
Bom de enlouquecer

Namorando a lua

Essa me rasga
Dilacera os sentidos
Nem preciso beber
Pra encarar
Teu vento
Namorando a lua
Não tem segredo
Que a noite
Não conte
Pra o coração

Fome de você

Quando fico de olho
Sem alcançar
Muitas noites
As vezes não vem
Fica escondida
Pérola no céu
Só me resta
Ser ostra
Até quem sabe
Me leve
Tenho fome
De você

Tanto

Fiquei a pé
Sentindo o chão
Querendo subir
A ladeira sem fôlego
Olhei firme
Desejei vontade
Só veio preguiça
A ajuda nasceu
Quando parei
De reclamar
Tanto

Não existem mais cartas

Não existem mais cartas
A demora em responder
O desencontro da garrafa
Com bilhete dentro
Quando se perde
Numa ilha deserta
O correio entrou nas nuvens
Gostava do tambor
Sinal de fumaça
A incerteza era certa
De que alguma coisa
Acontecia além da linguagem
Não existem mais cartas

Com muito amor

Quando o vento
Fica preso
Vem o furacão
O café vira
Na mesa
Criando
Uma mancha
Que só sai
Com muito amor

8 de mai. de 2018

Vento do amor

Um passeio no tempo
Fôlego pouco
Querendo a brisa
Tateando a bicicleta
Surreal prosa
Alguns correm
Chamam de exercício
Ao ar livre
Vestido diferente
O boné quer voar
Óculos não escondem
Quando encontro
O vento do amor

Longe estou

Longe estou
Perdido sentindo
Que aperta
Bem no coração
Alarme solto
Não deixa esquecer
Que a saudade só bate
Com as ondas
Nunca calando

Teria tempo

Teria tempo
Se soubesse
Que da chuva
Saem as lágrimas
Que prendo sempre
Quando volta
Do sonho
Que criei
Teria tempo

Círculo

Procurei não achei
Quis morder
Só vi a sombra
Quando cansei
Parei encontrei
O círculo não acredita
Que existam pontas
As estrelas não esperam
Estão onde precisam
Quem ama vive
De bem com o brilho

Deixei fugir

Deixei fugir
Escorrendo suor
Nem vi o degrau
Quis pular
Caí mais ainda
Andar errado
Paisagem escondida
Querendo a cobertura
Quem puxou a corda
Como subir
Deixei fugir

7 de mai. de 2018

Lobo e a borboleta

Sem lado pra escolher
No meio do mar
Horizontes iguais
A estrela guia
Ilumina sempre
Quando vejo
A lua vem o lobo
Como a borboleta
Viaja entre as vidas
Oasis cigano deserto
Um amor de várias
Várias vezes

Vem com o mar

Eu me perco em você
Penduro na concha
Não escondo a pérola
Venho buscar a ostra
O pescador sente
A maré encontrou
Louco amor
Vem com o mar

Namorando o tamborim

Pegando outra rua
Sentindo no pé
Bem forte
O tambor da vida
Passeio no coração
Um filme que passa
Correndo meu lugar
Rodas muitas
Namorando o tamborim

Quando tem lua

Como não se ferir
Com curvas tão
Tão pontiagudas
Farpas silenciosas
Afiadas e espinhos
De onde vem
Teu sorriso essência
Não adianta por
Tanta roupa
Eu ainda te vejo
Quando tem lua

Lá vem o bonde Santa Teresa

Saudade dos teus trilhos
Suas ladeiras ruas
Apertadas no tempo
Que não mudou
Paralelepípedo
Asfalto invadiu
Misturou o antigo
Os bares e sobrados
De muitas pinturas
Belezas naturais
Resistem sempre
Passando pelos arcos
Cortando a Lapa
Subindo os prazeres
Largo Guimarães
Silvestre ao pé
Do corcovado
Lá vem o bonde
Santa Teresa

Lugar feliz

Abaixei o olhar
Pra te observar
Melhor e abrir
Sem palavras
Sentindo o silêncio
Que você faz
Quando respira
Tão perto de mim
O coração parece
Parar e dormir
Num lugar feliz

Manhã de sol

Do nada percebi
Que sorrateiramente
Vinha um pouco
De tudo
O que ainda
Não tinha visto
Me surpreendi
Em saber
Que dessa vez
Veio pousar
No meu coração
Manhã de sol

6 de mai. de 2018

Troca afetiva

Sem esperar retorno
Veio como um raio
De onde que vem
Essa alegria
De estar junto
Criando faísca
Irradia o próximo
Troca afetiva

Poesia azul

Quando vem
Com muita
Muita emoção
O coração tem
O que fica cheio
Transborda em lágrimas
O rio segue para o mar
De um ao outro
Nasce o encontro
Poesia azul

Que existe o amor mesmo que ainda não sinta

De um olhar nasce
Um carinho na pele
Dando um calor
Que vai do coração
A tudo que está
Em volta
Se pensa
Que vou correr
Não tem jeito
O que vem no amanhecer
Guardo pra que saiba
Que existe o amor
Mesmo que ainda
Não sinta

5 de mai. de 2018

De encontro com a poesia

Navegando nas estrelas
Nada distrai o pensamento
De onde vem o sorrir
Também nasce o brilho
De mais um dia
Quero muito
Te namorar
De encontro
Com a poesia

Sede

Se faltou emoção
A árvore secou
Não tinha
De onde tirar
Quando o sentimento
Foge sempre
O pássaro perde
O ninho do encontro
As  vezes as estações
Só pedem
Que saia do lugar
Ou mude de galho
Estou com sede

Gripe

O nariz alerta
Com carinho
E atenção
Me tira do sério
Desafinação
No humor
De tantos
Paliativos
Só me resta
Me render
Espirrar
Dando um beijo
Na gripe

4 de mai. de 2018

Dúvidas e lágrimas

Quando tive dúvidas
Pisei em falso
Senti o peso
De não arriscar
Só fiquei leve
Avançando no tempo
Sem prender
Tanto os detalhes
Lagrimas existem
Pra o olhar clarear
Toda a vez o coração

Um pouco de você

Tive medo
De não chegar
Onde estou
O que mudou
Talvez seja
Como olho
Cada momento
E o que não percebo
Volta sempre
Até que um dia
Descubra
Um pouco de você

3 de mai. de 2018

Dança do mundo

Nunca sei decor
Como você dança
Vivo pisando
Nos teus pés
Por mais
Que lenta
Seja a música
Esqueço que não preciso
Correr tanto
Pra acompanhar
Na batida do coração
Existe a melhor
Dança do mundo

Que o sol não sumiu

Como pedir desculpas
Se ainda vejo
Como defeito
Asas são como os pés
Deixam fluir
O que irradia
Calor e frio
São os seus sinais
De que vale está
Em todas as estações
As nuvens passam
Desde que acredite
Que o sol não sumiu

Prepare o coração

Prepare o coração
Não fique na beira
Do entusiasmo
Só olhando
O tempo passar
Ouse sentir
O que cada
Correnteza
Diz em silêncio
Que o vento
Não é só
E só sopra
Pra os que
Animam
Não se arrisque
A viver sem poesia
Demorei um pouco
Descobri você

2 de mai. de 2018

Silêncio amigo

Do nada
Tive a impressão
Do reflexo
Sair andando
Sozinho do espelho
Uma miragem sincera
Sem precisar do oásis
Alcançando o deserto
Por um silêncio amigo

Café caindo

Tentei o equilíbrio
Algo me distraiu
Tipo olhando
Tantos lados
Podia ser
Chocolate
Desejo
Tinha que ser
Apertando
A almofada
Sozinho na cama
Se fosse
Pra acordar
Café caindo

Frágil desmancha

Frágil desmancha
Percebe o vento
Destila o desejo
Mistura o que não tem
Fica vazia a saudade
Esquecida em algum
Lugar escondido
Esperando o calor amor
Tesouro ilha coração
O brinquedo mudou
Melhor abrir com cuidado
Frágil desmancha

1 de mai. de 2018

Sem ponte

Não tirei você do pensamento
Acendi as luzes pra acreditar
Que estava no quarto
Quieta em silêncio
Habitando o coração
Num mundo diferente
Que não sei atravessar
Sem ponte

Inesquecível

Quero flutuar
Me perder
No teu espaço
Sentir o aperto
O abraço longo
Beirando o silêncio
O gosto nos lábios
Quem disse
Que o tempo muda
Não sabe a saudade
Inesquecível

Ponta do lápis

Depende da fome
Saindo do forno
O que não faz
Exagero não amar
Colorir sem a ponta
Ponta do lápis traduz
Soltando o olhar
Linda melodia
Poesia

Caos azul

Pareço que vou descansar
E quando menos espero
Vem o outro lugar
Deslumbrar agitar
Bagunçar tirar
Tudo do lugar
Caos azul

Borboleta da lua

Não deixe de mudar
Chuva sol lua beijo
Pintando o cenário
A foto que aproxima
O que está mais dentro
Escondido pra o amor
Borboleta da lua

Rótulos

Namorei rótulos furados
Remédios tomei
Pra me curar
Ser o que não sou
Criei abismos
Pulei com a pressa
Do absurdo preço
De rasgar o coração
Nem o prego segurou
O quadro da parede
Esqueci que as roupas
São a fantasia
Do mar que mergulhei
Rótulos

Eclipse do amor

Não deixe de brilhar
Pequena estrela
Não ligue
Pra o tamanho
Das coisas
Aprenda
Que tudo passa
Passa sempre
Cada encontro
Une muitos corações
Eclipse do amor

Caixa de pandora

Sei que fui capaz
De chorar vendo
A cachoeira se perder
Espalhar o que sobrou
Ao vento de cada sentimento
E pra juntar os pedaços
Precisei de muitos sorrisos
Reinventar o palhaço
Abrir a caixa de pandora

Estou longe de você

Estou longe
De tanto fugir
Cabelos rebeldes
Lábios apertados
Palavras silenciosas
Que não saem
Com o vento
Estou longe
De você