Como uma estrela
Sai do olhar
Árvore feliz
Que não perde
O galho guarda
O ninho deixa
O que está
Em suas mãos
Como uma estrela
Sai do olhar
Árvore feliz
Que não perde
O galho guarda
O ninho deixa
O que está
Em suas mãos
Acreditei que o mar
Me levaria pra longe
Das ilusões da paixão
A brisa não engana
Deixou a vela do barco
Quieto esperando
O coração se animou
Será que deixei pra trás
Olhei pro lado contrário
Acreditei na dúvida
Engoli o desejo
Fiquei entalado
Vomitei o coração
Estive perto
O mar levou
Ficou o olhar
A concha na areia
Não perdeu
O que a maré
Trouxe de volta
Nesse desencontro
Eu vejo
A lua com o sol
Gostaria de recordar
Fazer aparecer
Um pouco de luz
Na sombra do quarto
Deixar livre
O que não cabe
No pensamento
Não faço idéia
Que o absurdo
Venha de encontro
Eclipse dando detalhes
O sol não derrete
As nuvens que dão
A passagem pra que saiba
O quanto é especial
Muita luz e paz
Espírito de criança
Sinto teus dedos
Deslizar
Toque genial
Intervalo
Viagem
Coragem
Pra que juntar
O armário tá cheio
Sinto teus dedos
Impossível não chorar
Sinto teus dedos
Deslizar
Toque genial
Intervalo
Viagem
Coragem
Pra que juntar
O armário tá cheio
Sinto teus dedos
Impossível não chorar
Num furacão de ideias
Nasce a flor
Que imagina o jardim
E em volta se assusta
Percebe o coração
Sem amor
Um desejo velho
Vem a tona
Parecia esquecido
Precisava acordar
Sair da cama
Sentir o prazer
De se levantar
A lenda da preguiça
Mesmo que fosse tarde
Iria querer de novo
Te ver se por
Com o mar
Quem sabe
O encanto
Seja da sereia
Esperando você
Sabe quando olho
Em volta sinto
Que tá faltando
Aquele lugar
Que de tempo em tempo
Escolho como antigo
Pra de novo voltar
Pra superfície
Velhas feridas
Não tenho como
Contornar o inevitável
Reconheço a dor
Que faz mudar
Em vez do amor
Quem sabe na próxima
Próxima vez
Muitas vezes
É bom esticar
Esticar os braços
Segurar o infinito
Não largar
Surreal arco íris
Vindo do coração
Me sinto em casa
Olhando o mar
Ondas no olhar
Um capricho sonhar
Quintal de tantos horizontes
Me sinto em casa
As vezes preciso buscar
Sem sair do lugar
Reconhecer a paisagem
O interior sem perder
A ilusão do exterior
A poesia faz isso
Com a maestria de poucos
Ouso estando poeta
Através do olhar
Caio no sentimento
Delírio da surpresa
Que se veste
Mais uma vez
Intenso coração
Catando folhas
Uma busca simples
Sem pedir muito
Segue a estação
O que antes era verde
Acho que não me desfaço
De nada do que aprendi
O que falta fica voando
Preso em pensamento
Ouso imaginar
A essência da liberdade
Entusiasmo de viver
Não deixe escapar
O que vem de longe
Faz mudar
A semente precisa
Que acorde
Traga você de volta
Teria pedido mais
Se soubesse
Que viria
Como um brilho
Que se poe
Acorda e adormece
Ontem falei com você
Parece que ainda
Está aqui
Tua cor
Sabe que gosto
De deixar em silêncio
Saborear o vento
O momento sentir
Lembrar o coração
Do que se alimenta a ilusão
Quem sabe seja de cada brinquedo
Enquanto não quebra
Ou enjoa voa
Domina forte no pensamento
Quando o vento passa
Nem tenho saudade
É assim que vem
Sem compromisso
Toma conta
Cheio de rodeio
Num silêncio de palavras
O ninho tem
O que tem do outro lado
Um rosto conhecido
Ficou no tempo
Que não havia
Um minuto de sossego
O vento levava a pipa
A linha crescia
parecia alcançar o céu
A vida não pousa nunca
Eu sou outra estrela
Escondida no horizonte
Que desperta com a lua
Aguarda o dia sempre
Entre um mundo e outro
Estou mais perto
De cada sentimento
Um pedaço daquele olhar
Olhar de saudade
Será que nasce
Se plantar sem medo
De qualquer erva daninha
Que venha o medo
Com medo e tudo mais
Sempre vale a pena viver
Ninguém distrai
A mente
Sofrendo
E tão somente
Conversando
Com as amarras
Descobre
Que em cada nó
Existe o melhor
Para você
Será que foi
Sempre assim
Que o sol amanhecia
Sozinho esperando
Algum olhar chegar
Onde a criança sorria
Se não me bastasse
Um pouco de folga
Sair do sufoco
Tem seu preço
O buraco nasce
Quando se cava
Sem olhar
O tatu tem poesia
Gostaria de dizer
O que ficou faltando
Se nem lembro mais
Perdi a âncora
Estou a deriva
Ilha sem garrafa
O mar se recusa
Como mandar
Mensagem
Pra te ver mais
Esperando o por do Sol
Abraço distante
Gigante saudade
Boquiaberto acorde
No violão descobre
A trilha sonora
Ainda não me acostumei
Quase acordar assim
Te ver indo e vindo
Energia sentir
Coração solitário
Cigana vida
Olhando o mar
Além de descrever
Vai com a dança
O ritmo dos pés
Seguem as mãos
De tão soltas
Fazem voar
Uma cor sentimento
Que não se traduz
Linda música
Nada faz tanta falta
Nem o sabor nem a sede
Se pudesse imaginar
Daria muito mais
Que a poesia
Do seu olhar
Basta soltar
Acontece
Quando você sorrir
Acho que deixei rolar
Lá no fundo onde as pedras
Caminham com o olhar
Pedindo a erosão
Que mude o sentimento
Como uma estrela
Uma gaivota no olhar
Namorando o sol
Com o mar
Sentimento intenso
Encontro maior
A brisa vem
Deixando a maré
O coração brilhar
Antes que tudo acabe
Resista semeando
Com a vontade de criar
O papel pode está amassado
Teu coração é muito mais
Independe do que o outro seja
Acredite o mar está em você
Vem de longe
Sem saber
Descobre o segredo
Feito mistério
De muita luz
Nasce uma nova amizade
Queria te pedir
Algo devagar
Sem pressa
Passear com os dedos
Me perder no suor
Na emoção de cada encontro
Celebrar o palco
Agradecer a vida
Demorei pra te buscar
Sentir tua brisa
Levantar o olhar
Me esquecer um pouco
Pra que o furacão
Passe sem arrancar
Todos os sentimentos
Meu coração se segura
Balança quando ver
Que o vento não cabe
Voa entre os dedos
E segue caminho
Deixando saudade
Meu coração se segura
Pra ser feliz
É preciso perder
Merecer o olhar
Que nao se apaga
E conhece a chuva
A lágrima da lua
Encontra nas nuvens
O sol que nao se cansa
Dentro do caminho
Existe a possibilidade
Se perder é uma delas
Encontrar a lição
O tesouro de quem sabe
Que em cada passo
Nasce o dia
Na palma da mão
Tem o calo
O que precisou
Ficou na saudade
Tempestade no coração
Outro degrau
Demorei a descobrir
Que o caminho das pedras
Não existe mesmo
Que a ilusão é o quadro
Mudando a cor
A pintura da vida
Nada mais é
O que te faz bem
Depois do entusiasmo
Águas mansas
Círculo fechado
O silêncio nasce
Descobrindo você
Pra que fugir
Se te encontro
Sempre com saudade
É de se admirar
Quem se espantou
Ate hoje não sabe
O valor do susto
Um amontoado de coisas
Deixei escapar a saliva
De tanto falar secou
E nada importante
Foi dito
Rota de fuga
Quase saí do sério
O quadro despencou
Perdeu o parafuso
Será que a parede
Esqueceu de segurar
A lembrança que faz
Falta em todo lugar
Pra tirar o óleo
Sem derramar
A vontade
De ser com sede
Sentir o pote
Espalhar a semente
Fugir da preguiça
Quero o disfarce
A transparência
O vestido e cor
Sem despir a flor
Olhar de abelha
Pão de mel
De suas águas
Vem o sonho
De suas asas
Um colo no céu
De suas lágrimas
Sai o peso
De suas mãos
Nasce o desejo
De sua vontade
Sente a vez
De sua liberdade
Estrela poesia
Sinceramente espero
Que der certo
Saiba abrir
Sem perder
A coragem
Ouvir com paciência
É do silêncio que vem
O coração da vida
Ouço seu coração
Sangrar
Ficar em pedaços
Quase perder
Os sentidos
Tento o silêncio
Pra que possa
Curar a ferida
Ouço seu coração
Com a emoção
Veio a aventura
O descobrir sem partir
O inteiro ainda confunde
E pra saborear
Os pedaços falam
Como pétalas
Abrindo o coração
Depois um tempo
Acaba acreditando
Que entre as pedras
Nasce com o mar
Um olhar tranquilo
Que passeia sem pressa
Só querendo encontrar
O motivo que faz
O sol sair sorrindo
Varrendo as folhas
Do abacateiro
Uma floresta no quintal
Viagem das manhãs sinceras
O coração parece voar
De tanto agradecimento
Do himalaia ao Tibete
Longa inspiração
Alquimia e poesia
Infinito amor
Olhar de gato
Cão chupando manga
Fila sem fim
Um aperto só
Além da imaginação
Querendo acordar
Não tem como
Tempestade e poesia
Quero voar
Com gaiola
E tudo
Cantar sempre
Tentar acompanhar
Com assobios
Muitos pássaros
De um sorriso
Trago de volta
Escondido no horizonte
Um beijo com o mar
Esse olhar que acorda
Toma forma
De mais um dia
Cadê o sol
Senti o gosto
Amaciei o olhar
Desci a paciência
Descobri a salada
Que é abraçar
E soltar a saudade
Se fosse só escorregar
Estaria tudo bem
Só que arde sempre
Não importa o banho
Nunca está limpo
Esfolado e machucado
De tão desconfiado
Nem minha sombra
Tem coragem
Nem quer companhia
Pode ser exagero
Comer pelas beiradas
A língua agradece
Precisei de muitas vezes
Pra está onde estou
Rebuscar cada detalhe
No coração da floresta
Perder o rumo
Noites sem estrelas
Descobrir a bússola
Me encontrar de novo
Olha que sempre
Estive ao seu lado
Algo como arrepio
Não tão longe assim
Senti chegar
O vento tem nome
De onde lembro
Vem teu olhar
Entre as árvores
Num jardim esquecido
Na saudade de um coração
Nem fiquei sabendo
Como o tempo mudou
Só precisava do silêncio
É bom acordar assim
O que entra na janela
A cortina não esconde
Estou a beira
De um colapso
Colisão eminente
Pensamento nas nuvens
Quem sabe um banho
Banho de chuva
Precisando correr
Me sentir mais leve
Respirar novos ares
Parar de bater a cabeça
A vida é dura
Não preciso ser
Como uma pedra
Quero me distrair
Tá difícil esperar
Que o sol e a lua
Se encontrem
Enquanto isso
Namoro tua poesia
Não pretendo desistir
Nem jogar a toalha
Se fosse partir
Daria um pedaço
Da saudade
Que sinto de você
Quando olho o mar
Eu escuto as ondas
Tento fazer as pazes
Não pisar no prego
Aparecer
De vez em quando
E sem notar
Devo admitir
Tenho sido
Muito chato
Esqueci que tenho paredes
Se for pra gritar
Solte o medo
Não precisa correr
Nem tem como
Quando quem acompanha
É como o vento
Uma sombra calada
Sem rosto