30 de nov. de 2017

Coração enjoado

Poderia por

Como troféu

Cada vez

Que aceitasse

Perderia o estímulo

Tiraria a fome

Da preguiça

Pra que avançar

Se posso repetir

Coração enjoado

29 de nov. de 2017

Igarapé

Penso que as mãos

Estão vazias

Que os pés

Sentem

Na beira do rio

O que tanto

As águas querem

Dizer sem palavras

Estou longe

De onde nasceu

Igarapé

28 de nov. de 2017

Outra época

Vem de lá

O vento beija

Dando saudade

Não sei quando

Volta aqui

De quem viu

Viveu outra época

27 de nov. de 2017

26 de nov. de 2017

Além do coração

Um eco

É o que preciso

Pra te ver

Ouvir de novo

Roçar na areia

O que a concha

Namora nem o mar

Ousa separar

Além do coração

Quando a solidão encontra o amor

O que perco

Acredito que

Exista o propósito

Da semente que não ver

Árvore e a fruta

Percorrer o caminho

Quando a solidão

Encontra o amor

25 de nov. de 2017

O vestido não engana

O prato fica transparente 

Transborda a toda hora

Não resisto a dança

Inquieto desejo

O tempo diz

Não vou correr

Se quiser lembrar

Que a roupa muda

De palco

O vestido não engana

Só te molho com a maré

Será que esqueci

De lembrar

Que a areia

Não disfarça

Avança

Diz aos pés

Só te molho

Com a maré

24 de nov. de 2017

Dar um arrepio que vai no vento

O que busco

Parece fugir

Entre os dedos

Escorrega sempre

Dar um arrepio

Que vai no vento

O dia agradece

Daria um enorme

Salto de alegria

Te ver atravessar

Esse mar de tristeza

Espero que o desafio

Ajude a conquistar

O espaço vazio

Que ficou no coração

Entre um e outro olhar

Não esqueça de cumprimentar

O dia agradece

23 de nov. de 2017

Nem tudo é do jeito que penso

Perdi o gosto de saber

Que a saudade não foi embora

Ganhou o casulo da borboleta

Que sem as asas ainda

Esquece que a pressa tira

O tempo de cada estação

Nem tudo é do jeito que penso

Queria rabiscar

Queria rabiscar

Sentir tua pele

Encarar o sol

Espreguiçar o mar

Abrir o que não vejo

Sem que voce soubesse

Num folego e desejo

Admirar teu por do sol

Queria rabiscar

Tolerância

Tolerância é algo que escapa

Como escada com casca de banana

Cada degrau parece infinito

Sem sair do lugar até aprender

Enquanto não enjoar nada muda

Que vontade doida de subir

Ao sabor das emoções

Ao sabor das emoções

Crio coragem

Sorriso solto

Invade a boca

Que detalhes o que

Nem precisa

O que é junto

Nem em pedaços

Se perde

22 de nov. de 2017

Merecendo o coração

É um delírio te ver

Entre as montanhas

Te sentir nos vales

E do nada sair

Num olhar

Merecer a pintura

Que nasce

Merecendo o coração

Sem avesso

O que me traz

Mais perto

De você

É o mergulho

Que não faz

Sobrar nada

Aqui do lado

De fora

Sem avesso

Acendendo a poesia

De uma frase

Escondo a fogueira

O que passou

Ainda tem lenha

Das cinzas

Estou de volta

Acendendo a poesia

21 de nov. de 2017

Quando a vida te dar um beijo

Quando desperto

Vejo passear

Sem correr

O corpo pede

Fique mais

Mais um pouco

Antes que tudo

Acorde de vez

Quando a vida

Te dar um beijo

20 de nov. de 2017

Privilégio das nuvens

Cheguei tarde

Talvez fosse

Para amadurecer

O tempo corrido

Entre uma chuva

E outra

Ainda sinto saudade

De cada banho

Privilégio das nuvens

É bom bagunçar o coração

Quando abraço

Os sentimentos

Algo se liberta

Aqui dentro

Segue o rio

Encontra o mar

É bom bagunçar

O coração

Olhar quieto

O que não tem solução

Deixa o coração levar

Pra que se desesperar

Que a chuva já vem

O vento anuncia

Sempre antes

Olhar quieto

Teimosia

Se não fosse a dor

Já teria  chegado

E por mais

Que insista

Tudo volta ao começo

Parece que enquanto

Não acertar

Não sairei

Do lugar

Teimosia

Que era raso a solidão

Penso que não adiantou

Ajudar sem pedir

Mergulhar

Sem ver

O fundo

E perceber

Que era raso

A solidão

18 de nov. de 2017

Eu continuo sem sorrir

Indo onde

Seu rosto

Não tem nome

Lugar horizonte

Eu continuo

Sem sorrir

Um momento de paz

Ainda me assusto

Só sei esconder melhor

Mergulhar sem fôlego

E dizer tudo bem

Diante do perigo

Que me impulsiona

A ser mais

Que um momento

De paz

No coração da poesia

Nada disso

Faria sentido

Se a boca

Calasse

Em silêncio

Brotando

Estou onde

Nunca imaginei

No coração da poesia

Seria claro

Seria claro

Se soubesse

O diamante

Ainda me contento

Com o simples carvão

Sem roçar a pele

O sol toca

O que bate

No coração

A vida é mudança

A vida é mudança

Do que era antes

Deixou de ser

Sem quebra cabeça

O guarda chuva

Não guarda a chuva

O beijo não revela

A lágrima escondida

A vida é mudança

Não está aqui

Não está aqui

Voa pelas nuvens

Um sonho acordado

Aguardando os olhos

Que parecem abertos

E tão longe

Não está aqui

Outras vidas

O dom de fazer

O outro sorrir

Deve ser uma dádiva

Sem preço e valor

Ganhando o vento

Como uma pluma

Descobre o melhor

Que insistimos

Em guardar

A flor se abre

Quando encontra

Outras vidas

17 de nov. de 2017

O que chamamos de tédio

Caso não bastasse

O absurdo atravessa

Namora o surreal

Devora o tempo

Nem de longe

Perde de vista

Acompanha como sombra

Sem dúvidas a vida seria

O que chamamos de tédio

16 de nov. de 2017

Cada vez que o amor chegar

Se não me engano

Perdi o nó

O sapato e a vez

Esqueci o calo

A dor de repetir

Sem voz

Na garganta

Cada vez

Que o amor chegar

O medo ficou no passado

Senti que passou

O momento

Nem assim

Joguei fora

A letra no papel

Ganhou o sorriso

De ficar amarelo

O medo ficou

No passado

Estou onde nasce a poesia

Acredito

Que não esqueci

De sentir

Cada abraço

Colo

Sorriso

O que faltou

Escondi

Nas lágrimas

Saudade

Estou onde

Nasce a poesia

14 de nov. de 2017

E já sou eu

Eu não brinco

Com o coração

O mar atinge

As ondas

Colorindo

Deixando aparecer

O que ainda sonho

E já sou eu

Muitas vezes um jardim

Se fosse pra conquistar

Escolher a flor sem espinho

Não valeria o coração

Nem o perfume bastaria

O amor conhece

Quem sabe ser

Muitas vezes

Um jardim

Som do coração

Será que te faz

Dançar sorrir

Partir namorar

Colar cada pedaço

Só sei que é

Bom te ouvir

Som do coração

Olho no olho

Olho no olho

Parece fugir

De cada encontro

Encanto e lugar

Como imã atrai

E afasta sem

Sem pedir

Além das palavras

Olho no olho

Raios de sol

Descobri que só bastava

Estender as mãos

Esticar os dedos

E deixar os primeiros raios

Raios de sol

Tocarem o invisível

Desejo de amar

Começar outro dia

13 de nov. de 2017

Pra você

Teria coragem

Se soubesse antes

Que viria como flor

Pétala e solidão

Quem sabe seja

Um pouco do desejo

Que tenho guardado

Pra você

Ainda catando conchas do mar

Ainda catando

Conchas do mar

O castelo de areia

Derrete o sonho

Pra que venha

Outro e outro

O palhaço sorri

Quando encontra

O que chama o coração

Ainda catando

Conchas do mar

12 de nov. de 2017

O pensamento tem lugar

O pensamento tem lugar

Janela porta aberta

Derrama alegria

Enxagua a tristeza

Bagunça tudo

O pensamento tem lugar

Se tenho espaço

Se tenho espaço

Busco e acompanho

O rumo do vento

Mesmo sem saber

Que a curva está

Onde menos espero

Quando corro da vida

Vejo o anjo

Ficou como um sopro

Vazio querendo sentido

De chegar em silêncio

Ganhar o vôo

De algum jeito

Descobri pra que veio

De suas asas

Vejo o anjo

11 de nov. de 2017

Eu sou às vezes

Eu sou às vezes

Essa tempestade

Sem sentido

Copo que transborda

Mata a sede

Água que leva

E volta na chuva

Eu sou às vezes

Fechando os olhos

Fechando os olhos

Pra ver se o mundo

Aqui dentro melhora

Não esfola a ferida

Que é pisar na flor

Antes do perfume

Fechando os olhos

Viajou pras nuvens

Parece que partiu

Fez um olhar diferente

De que fez

Nem se deu conta

Que a saudade tem

Muito sentimento

Viajou pras nuvens

Que o mundo é uma ilha

Penso que precisei

Soltar as amarras

Gritei até ficar rouco

Esperneei o que pude

Falei o que não queria

Ouvi além do gosto

Ainda assim sinto

Que o mundo é uma ilha

10 de nov. de 2017

Tão diferente

Acredito que sim

Fiquei de olho

As folhas mudaram

A cor de cada sentimento

Queriam dizer mais

Acho que faltou a música

O jeito certo de ser

Tão diferente

Casa vazia

Estou aqui

Olhar quieto

Querendo bem

Horizonte claro

Pintar o dia

Sem você

Não tem graça

Casa vazia

9 de nov. de 2017

Não desperta chuva nem o arco íris

Fiquei esperando

Como uma elipse

Perdi o lugar

Quem sabe

Onde nasce

Encontra o olhar

Não desperta a chuva

Nem o arco íris

Desejo de amar

Dançava sem música

Pelo menos ninguém

Ouvia o  que os pássaros

Insistiam com suas asas

O ninho escondido

Desejo de amar

Poesia e coração

Corri pra te pegar

Antes do amanhecer

Escondi a lua no bolso

Respirei fundo

Abri os olhos

O lugar me fez sorrir

Poesia e coração

As nuvens não descansam

De suas asas pude repousar

Aprendi com as montanhas

Que o delírio vem da subida

De como escalar sem escapar

Que quanto mais alto

Perco o que me prendia

As nuvens não descansam

8 de nov. de 2017

Pequenino ser

É bom de apertar

A bochecha

O olhar bobo

Distraído

Leve

Tenho a sensação

Que lá vem

A fome

As lágrimas rolam

Até as fraldas

Pequenino ser

Gostaria de rir

Quando faz falta

Sinto um vazio

Apertar o peito

Quase estrangular

O fôlego do momento

Gostaria de rir

A saudade virou poesia

Está uma bagunça

Danada de boa

Não sei

No que vai dar

Só sei que a prosa

Foi embora

A saudade virou poesia

Do que antes

Gostaria de ser claro

Confundi o vento

Abandonei a calmaria

Abracei a tempestade

Criei a coragem

De estar mais perto

Do que antes

Do que tanto amei

Com cuidado pisei

Exagerei em admirar

Beijar cada olhar

Se cismei

Corri nos detalhes

Do que tanto amei

Castelo de areia

Passei longe

Esqueci de olhar

Sentir seu coração

A capa do livro

Me distraiu

Com encantos

Castelo de areia

7 de nov. de 2017

Sorriso vem com o dia

Pensa que esqueci

De te abraçar

Quando acorda

Mesmo as vezes

Um tanto escondido

O sorriso vem

Com o dia

6 de nov. de 2017

Correntes elos

Tarde
Acabou 
O beijo
Saí
Contra
A vontade
Liberdade
Virou
Desejo
Descobri
Que sou
Feito
De correntes
E elos

O lado de quem olha

Os detalhes fogem

Através da parede

O que tem do outro

Deve ser o lado

O lado de quem olha

5 de nov. de 2017

Tamborim

Teu som encanta

Balança muito

Descansa bem

Conheço de longe

O que vem

Sempre renova

Tamborim

4 de nov. de 2017

Quem mente ganha a ilusão

Mantenha o eixo

Siga o equilíbrio

Teime com a âncora

Se vier a raiz

Conheça a semente

Quem mente

Ganha a ilusão

Sem os pés da poesia

O que faz disparar o coração

Sentir a brisa passear no olhar

Um silêncio que envolve um sorriso

Se pudesse  o sentimento andaria

Sem os pés da poesia

3 de nov. de 2017

2 de nov. de 2017

É difícil resistir

É difícil resistir

A força do vento

Confundir o prazer

Deixar quieto

É  difícil resistir

Me sinto em paz

Me sinto em paz

Quando esqueço

De alcançar o longe

Sorrir sem motivo

Querendo abraçar

As ondas do mar

É onde a poesia

Une todos sentimentos

Quando o triste vem forte

Quando o triste

Vem forte

Arranca o coração

Espalha pela grama

Faz o olhar escorrer

Pra o mar

Eu caminho com você

Predomina o sentimento

Quem atravessa o rio

Descobre a margem

Tira o coração dos olhos

Eu caminho com você

1 de nov. de 2017

Ouvindo a canção

Com saudade

Estou num lugar

Muito distante

No meio da multidão

Ouvindo a canção

Quando se corre muito

Quando se corre muito

Se perde o encontro

A colisão não acontece

O cisco no olhar

Não faz a diferença

O sentido adormece

Parece que demora

Parece que demora

Feito bicho da seda

Teia ninho prazer

Construir também é

Ir adiante sem pedir

Parece que demora