Poderia por
Como troféu
Cada vez
Que aceitasse
Perderia o estímulo
Tiraria a fome
Da preguiça
Pra que avançar
Se posso repetir
Coração enjoado
Poderia por
Como troféu
Cada vez
Que aceitasse
Perderia o estímulo
Tiraria a fome
Da preguiça
Pra que avançar
Se posso repetir
Coração enjoado
Penso que as mãos
Estão vazias
Que os pés
Sentem
Na beira do rio
O que tanto
As águas querem
Dizer sem palavras
Estou longe
De onde nasceu
Igarapé
Vem de lá
O vento beija
Dando saudade
Não sei quando
Volta aqui
De quem viu
Viveu outra época
Soprei forte
Demorou
A estourar
Por mais forte
Que fosse
O fôlego
Vontade de gritar
O coragem nada é
Como um impulso
Vira onda
Desmancha
Depende
Que seja
Vontade
O que não vale
É deixar
O tempo passar
Um eco
É o que preciso
Pra te ver
Ouvir de novo
Roçar na areia
O que a concha
Namora nem o mar
Ousa separar
Além do coração
O que perco
Acredito que
Exista o propósito
Da semente que não ver
Árvore e a fruta
Percorrer o caminho
Quando a solidão
Encontra o amor
O prato fica transparente
Transborda a toda hora
Não resisto a dança
Inquieto desejo
O tempo diz
Não vou correr
Se quiser lembrar
Que a roupa muda
De palco
O vestido não engana
Será que esqueci
De lembrar
Que a areia
Não disfarça
Avança
Diz aos pés
Só te molho
Com a maré
O que busco
Parece fugir
Entre os dedos
Escorrega sempre
Dar um arrepio
Que vai no vento
Daria um enorme
Salto de alegria
Te ver atravessar
Esse mar de tristeza
Espero que o desafio
Ajude a conquistar
O espaço vazio
Que ficou no coração
Entre um e outro olhar
Não esqueça de cumprimentar
O dia agradece
Perdi o gosto de saber
Que a saudade não foi embora
Ganhou o casulo da borboleta
Que sem as asas ainda
Esquece que a pressa tira
O tempo de cada estação
Nem tudo é do jeito que penso
Queria rabiscar
Sentir tua pele
Encarar o sol
Espreguiçar o mar
Abrir o que não vejo
Sem que voce soubesse
Num folego e desejo
Admirar teu por do sol
Queria rabiscar
Tolerância é algo que escapa
Como escada com casca de banana
Cada degrau parece infinito
Sem sair do lugar até aprender
Enquanto não enjoar nada muda
Que vontade doida de subir
Ao sabor das emoções
Crio coragem
Sorriso solto
Invade a boca
Que detalhes o que
Nem precisa
O que é junto
Nem em pedaços
Se perde
É um delírio te ver
Entre as montanhas
Te sentir nos vales
E do nada sair
Num olhar
Merecer a pintura
Que nasce
Merecendo o coração
O que me traz
Mais perto
De você
É o mergulho
Que não faz
Sobrar nada
Aqui do lado
De fora
Sem avesso
De uma frase
Escondo a fogueira
O que passou
Ainda tem lenha
Das cinzas
Estou de volta
Acendendo a poesia
Quando desperto
Vejo passear
Sem correr
O corpo pede
Fique mais
Mais um pouco
Antes que tudo
Acorde de vez
Quando a vida
Te dar um beijo
Cheguei tarde
Talvez fosse
Para amadurecer
O tempo corrido
Entre uma chuva
E outra
Ainda sinto saudade
De cada banho
Privilégio das nuvens
Quando abraço
Os sentimentos
Algo se liberta
Aqui dentro
Segue o rio
Encontra o mar
É bom bagunçar
O coração
O que não tem solução
Deixa o coração levar
Pra que se desesperar
Que a chuva já vem
O vento anuncia
Sempre antes
Olhar quieto
Se não fosse a dor
Já teria chegado
E por mais
Que insista
Tudo volta ao começo
Parece que enquanto
Não acertar
Não sairei
Do lugar
Teimosia
Penso que não adiantou
Ajudar sem pedir
Mergulhar
Sem ver
O fundo
E perceber
Que era raso
A solidão
Ainda me assusto
Só sei esconder melhor
Mergulhar sem fôlego
E dizer tudo bem
Diante do perigo
Que me impulsiona
A ser mais
Que um momento
De paz
Nada disso
Faria sentido
Se a boca
Calasse
Em silêncio
Brotando
Estou onde
Nunca imaginei
No coração da poesia
Seria claro
Se soubesse
O diamante
Ainda me contento
Com o simples carvão
Sem roçar a pele
O sol toca
O que bate
No coração
A vida é mudança
Do que era antes
Deixou de ser
Sem quebra cabeça
O guarda chuva
Não guarda a chuva
O beijo não revela
A lágrima escondida
A vida é mudança
Não está aqui
Voa pelas nuvens
Um sonho acordado
Aguardando os olhos
Que parecem abertos
E tão longe
Não está aqui
O dom de fazer
O outro sorrir
Deve ser uma dádiva
Sem preço e valor
Ganhando o vento
Como uma pluma
Descobre o melhor
Que insistimos
Em guardar
A flor se abre
Quando encontra
Outras vidas
Caso não bastasse
O absurdo atravessa
Namora o surreal
Devora o tempo
Nem de longe
Perde de vista
Acompanha como sombra
Sem dúvidas a vida seria
O que chamamos de tédio
Se não me engano
Perdi o nó
O sapato e a vez
Esqueci o calo
A dor de repetir
Sem voz
Na garganta
Cada vez
Que o amor chegar
Senti que passou
O momento
Nem assim
Joguei fora
A letra no papel
Ganhou o sorriso
De ficar amarelo
O medo ficou
No passado
Acredito
Que não esqueci
De sentir
Cada abraço
Colo
Sorriso
O que faltou
Escondi
Nas lágrimas
Saudade
Estou onde
Nasce a poesia
Eu não brinco
Com o coração
O mar atinge
As ondas
Colorindo
Deixando aparecer
O que ainda sonho
E já sou eu
Se fosse pra conquistar
Escolher a flor sem espinho
Não valeria o coração
Nem o perfume bastaria
O amor conhece
Quem sabe ser
Muitas vezes
Um jardim
Será que te faz
Dançar sorrir
Partir namorar
Colar cada pedaço
Só sei que é
Bom te ouvir
Som do coração
Olho no olho
Parece fugir
De cada encontro
Encanto e lugar
Como imã atrai
E afasta sem
Sem pedir
Além das palavras
Olho no olho
Descobri que só bastava
Estender as mãos
Esticar os dedos
E deixar os primeiros raios
Raios de sol
Tocarem o invisível
Desejo de amar
Começar outro dia
Teria coragem
Se soubesse antes
Que viria como flor
Pétala e solidão
Quem sabe seja
Um pouco do desejo
Que tenho guardado
Pra você
Ainda catando
Conchas do mar
O castelo de areia
Derrete o sonho
Pra que venha
Outro e outro
O palhaço sorri
Quando encontra
O que chama o coração
Ainda catando
Conchas do mar
O pensamento tem lugar
Janela porta aberta
Derrama alegria
Enxagua a tristeza
Bagunça tudo
O pensamento tem lugar
Se tenho espaço
Busco e acompanho
O rumo do vento
Mesmo sem saber
Que a curva está
Onde menos espero
Quando corro da vida
Ficou como um sopro
Vazio querendo sentido
De chegar em silêncio
Ganhar o vôo
De algum jeito
Descobri pra que veio
De suas asas
Vejo o anjo
Eu sou às vezes
Essa tempestade
Sem sentido
Copo que transborda
Mata a sede
Água que leva
E volta na chuva
Eu sou às vezes
Fechando os olhos
Pra ver se o mundo
Aqui dentro melhora
Não esfola a ferida
Que é pisar na flor
Antes do perfume
Fechando os olhos
Parece que partiu
Fez um olhar diferente
De que fez
Nem se deu conta
Que a saudade tem
Muito sentimento
Viajou pras nuvens
Penso que precisei
Soltar as amarras
Gritei até ficar rouco
Esperneei o que pude
Falei o que não queria
Ouvi além do gosto
Ainda assim sinto
Que o mundo é uma ilha
Acredito que sim
Fiquei de olho
As folhas mudaram
A cor de cada sentimento
Queriam dizer mais
Acho que faltou a música
O jeito certo de ser
Tão diferente
Estou aqui
Olhar quieto
Querendo bem
Horizonte claro
Pintar o dia
Sem você
Não tem graça
Casa vazia
Fiquei esperando
Como uma elipse
Perdi o lugar
Quem sabe
Onde nasce
Encontra o olhar
Não desperta a chuva
Nem o arco íris
Dançava sem música
Pelo menos ninguém
Ouvia o que os pássaros
Insistiam com suas asas
O ninho escondido
Desejo de amar
Corri pra te pegar
Antes do amanhecer
Escondi a lua no bolso
Respirei fundo
Abri os olhos
O lugar me fez sorrir
Poesia e coração
De suas asas pude repousar
Aprendi com as montanhas
Que o delírio vem da subida
De como escalar sem escapar
Que quanto mais alto
Perco o que me prendia
As nuvens não descansam
É bom de apertar
A bochecha
O olhar bobo
Distraído
Leve
Tenho a sensação
Que lá vem
A fome
As lágrimas rolam
Até as fraldas
Pequenino ser
Quando faz falta
Sinto um vazio
Apertar o peito
Quase estrangular
O fôlego do momento
Gostaria de rir
Está uma bagunça
Danada de boa
Não sei
No que vai dar
Só sei que a prosa
Foi embora
A saudade virou poesia
Gostaria de ser claro
Confundi o vento
Abandonei a calmaria
Abracei a tempestade
Criei a coragem
De estar mais perto
Do que antes
Com cuidado pisei
Exagerei em admirar
Beijar cada olhar
Se cismei
Corri nos detalhes
Do que tanto amei
Passei longe
Esqueci de olhar
Sentir seu coração
A capa do livro
Me distraiu
Com encantos
Castelo de areia
Pensa que esqueci
De te abraçar
Quando acorda
Mesmo as vezes
Um tanto escondido
O sorriso vem
Com o dia
Tarde
Acabou
O beijo
Saí
Contra
A vontade
Liberdade
Virou
Desejo
Descobri
Que sou
Feito
De correntes
E elos
Os detalhes fogem
Através da parede
O que tem do outro
Deve ser o lado
O lado de quem olha
Teu som encanta
Balança muito
Descansa bem
Conheço de longe
O que vem
Sempre renova
Tamborim
Mantenha o eixo
Siga o equilíbrio
Teime com a âncora
Se vier a raiz
Conheça a semente
Quem mente
Ganha a ilusão
O que faz disparar o coração
Sentir a brisa passear no olhar
Um silêncio que envolve um sorriso
Se pudesse o sentimento andaria
Sem os pés da poesia
Já nem lembrava
O gosto de ver
Mar aberto
Sentir a areia
Namorar o olhar
A poesia virou onda
É difícil resistir
A força do vento
Confundir o prazer
Deixar quieto
É difícil resistir
Me sinto em paz
Quando esqueço
De alcançar o longe
Sorrir sem motivo
Querendo abraçar
As ondas do mar
É onde a poesia
Une todos sentimentos
Quando o triste
Vem forte
Arranca o coração
Espalha pela grama
Faz o olhar escorrer
Pra o mar
Predomina o sentimento
Quem atravessa o rio
Descobre a margem
Tira o coração dos olhos
Eu caminho com você
Quando se corre muito
Se perde o encontro
A colisão não acontece
O cisco no olhar
Não faz a diferença
O sentido adormece
Parece que demora
Feito bicho da seda
Teia ninho prazer
Construir também é
Ir adiante sem pedir
Parece que demora