Já tive impressão
De está naquele lugar
Como uma janela
Que se abre
Não perde a cortina
Deixando ver
O que tanto diz o coração
Ganhando fantasia
Quarta feira de cinzas
Já tive impressão
De está naquele lugar
Como uma janela
Que se abre
Não perde a cortina
Deixando ver
O que tanto diz o coração
Ganhando fantasia
Quarta feira de cinzas
Se fosse coragem
Diria que faltou
Que não abusei
Deixei com a saudade
O outro lado da vida
Mão suada de tanto correr
Não saber segurar o fôlego
Mergulhar na ansiedade
Retorno sem surpresa
Não importa a fantasia
Acordamos no outro dia
O bloco pede passagem
Repaginando a vida
Outros detalhes
Ganham momentos
Que seja o desfile
A fantasia caindo
Um beijo no pensamento
Sabendo voar no coração
Pra que possam ser
Um lugar mais perto
No Carnaval da vida
Quando se está por baixo
E o outro ajuda
Não se importa
Que a maioria
Acredite na ilusão
Que a fruta estraga
Só assim a semente
Vem cuidar
Mão amiga
Pensando nas conchas
Na areia pisando
Sentindo o mar
Areia solta
Com a maré
Lá longe
Parecia alguém
Muito nevoeiro
O bom das nuvens
Ninguém sabe
O que tanto esconde
Se fosse apenas
O sol lua estrela
Daria tempo
De imaginar
O que faltou
Na saudade
Sacolejei o tempo
Revi fotos
Tão amareladas
No corredor do olhar
Um passeio forte
Sem rumo nem leme
Pra que vela
Se me chamo vento
Fiquei quieto esperando
O grito cessar lentamente
Até que fosse verdadeiro
O soluço que ficou
De tanta saudade
Outras memorias
Acho que foi
Como sentir
Os pés na areia
Molhando o olhar
Enquanto houver
Como música
Bate as ondas
No coração um mar
Atrás das nuvens
Espera a passagem
Viagem no olhar
Tesouro criança
Estica que alcança
Escapando pelos dedos
Presenciar o movimento
Acenar pra o silêncio
As folhas batem palmas
Quando caem dos galhos
Deve ir pra algum lugar
Um olhar na multidão
Tento afastar o triste
Que quer se acomodar
Tanto em cada sentimento
Bagunçar muito
O que salva
Vem do humor
Irresistível sempre
Tenho impressão
Que vou levando
Sentindo o vento
Bater forte
O que faltou
No beijo sem jeito
Querendo parar
Guardar na foto
Olhando o que passou
Encontro partido
Por um momento
Que venha
Salte sem medo
Não tenha lado
Da fantasia nasce
O melhor prato
Saboreie
Por um momento
Pra que esquecer
Se posso
Recordar sempre
Dar outra cor
Outra emoção
Quem sabe
A música volte
Pra que esquecer
Não esconda
O que tem
De melhor
Ajude
Se assim for
Sem forçar
Irradie amor
Não consigo
Abrir os olhos
Estou cego
Perdi o sentido
Que faz sorrir
A criança sempre
Olhando pra o lado
Errado das coisas
Fogo na lareira
Me diz muito
Outra vida
Inverno intenso
Não tem lugar
O que precisa acordar
Fora muda
Dentro se encontra
Deixa a trilha do sol
Brilhar intensamente
Abrir o dia
Soprar o coração
Agitar a nuvem
Perceber o horizonte
Deixa a trilha do sol
Pra que jogar pra o alto
Se as coisas voltam a cair
Até pensamentos ganham
O peso daquele olhar perdido
Só falta soltar
Você sabe
O prazer do grito
Quando choro
Porque resta
Ainda algo de bom
Como um sorriso quebrado
Não tem como colar
Nem remendar
Vejo que o melhor
Não está tão escondido
Não seria brincadeira
Deixar de perceber
Como a árvore
Insiste a crescer
Pena que os olhos
Se percam na impaciência
E com o tempo
Outros sorrisos
Então as folhas caem
E os frutos ganham
Sempre o coração
Faltando poesia
Tato e sentimento
Uma pitada de sempre
De tantos sabores
Entre o picante e doce
Nasce dentro mais você
Não tem receita
Só sua vontade sempre
Acredite de coração
Faltando poesia
Estrela que passeia
Estica meu olhar
Trás de volta
Tantos sonhos
Não esquece a criança
O prazer de ser
Aprender com a vida
Pareço de longe
Estou com você
Vim para encontrar
Ajudar o próximo
Sentir cada olhar
Enquanto o sol
Batia forte
Só havia sede
Tive que esperar
A lua para descansar
Estrela de Belém
Não haveria
Razão de ser
Perder a cabeça
Esquecer os braços
Planejar sem chão
Pra acordar cedo
O sono pede
Um pouco de paz
Um dia atrás do outro
Não tem como contar
O coração infinito
Que atinge a todos
Da alegria a tristeza
Se esticar cansa
Viver é perceber
Que não existe fim
Só recomeços
Não perdi o gosto
De te ver sorrir
Nem as lágrimas
Como o mar
E quando vira
A maré leva
Sem pedir
É bom ficar
No mar
O sorriso rasga
Mais dentro
Não sobra espaço
Cadeira de balanço
Solo de guitarra
Piano lindo
Ecoa fácil
Nunca deixe
De amar viver
A música em você
Faltou um pouco de boa vontade
O copo não estava tão vazio assim
Das pétalas que caíram
Eu respirei aflito muito
Esperando a outra estação
Haveria um limite
Um jeito próprio
De dizer as coisas
Dançar com a possibilidade
Sem jogar dados
Conquistar o sentimento
De onde vem a esperança
Não existe lugar
Pra se esconder
E pra se enganar muitos
Onde há pouca sombra
Habita a luz
Que não precisa ganhar
Nada em troca
E reconhece o que o outro
Ainda é
Sermão da montanha
É um passeio
Mergulho sem fim
Beijo na noite
Namorando a madrugada
Não perde o sono
Quando conhece alguém
Que não tenha coração
Virando amizade
Nessa vontade única
Tento te buscar
Estrela perdida
Das manhãs
Quem sabe o valor
O amor reconhece
Esteja aonde estiver
Estive perdendo a essência
Olhando o mar vi que são ondas
Cada momento na vida
Como as estações
Do frio ao valor
E de tantos lugares
Sentirei falta
Dessa dimensão
Saudade infinita
Que macarrão doido
Cabeça de nhoque
Lasanha dançante
Orégano espalhado
Queijo ralado
A vida é massa
Era tão macio
Que perdi a vontade
De encontrar
Esperei o tédio
Fiquei no último andar
Pra descobrir
Onde ficava a escada
No terraço da vida
Que o desejo sobressaia
E não seja desperdício
Pra que possa nascer
Quem sabe na sede
É que vem
Tudo de novo
O momento pede o beijo
O sol lambendo o horizonte
Olhar preguiçoso
Aos poucos
O sorriso dentro
Correndo pra fora
Mais um domingo
Seja justo pra acertar
Não guarde as farpas
Lembre deixe solto
Saiba o vento que leva
Sem colher tempestade
O que nasce em você
Onde desperta a música
Encontro o melhor
Pra que esconder
Pipa sem linha
Voa mais
Dou um jeito
De te olhar
Enquanto o sol
Não vem
Namorando a lua
Esse piano enlouquece bem
Faz sair do chão cada vez
Passeia dando cor única
Que encaixa o coração
Virando uma tempestade
Pra que repousar
Se posso alcançar
Longe dar muita saudade
Deve ser diferente
Saber voar
Ver tudo de cima
Escolher o ninho
E difícil deve ser
Usar os pés
Quando só
Se tem asas
Gaiola sem porta
Uma corda longa
Tanto pode ajudar
Criar uma ponte
Enforcar o momento
Parece desespero
Em frente ao mar
Morrer de sede
Será que existe
Âncora sem corda
Precisei sair do absurdo
Pra encontrar o impossível
Derrapar na alegria
Sem esconder as lágrimas
Altos e baixos
São nos detalhes
Os melhores encontros
Amadurecem sem perder
O melhor da fruta
Ganhando o sabor
Brincando com os dedos
Desligar o fio
Tirar a tomada
Esquecer a bateria
Encher a cara
Mergulhar fundo
Onde esqueci de ser
De volta pra casa
Já tive dúvidas
Perdi as calças
Nem a nudez ajudou
Descobri que o livro
Sem conteúdo
Não tem valor
Quero fugir do detalhe
O retalho encarar
Costurar o momento
Reconhecer o erro
O defeito que admiro
Sombrio prazer
A noite descobre
As estrelas que somos
Quer me ver de verdade
Não tira o olho
Da vitrine
Compra sem saber
Depois reclama
Do absurdo preço
Ou escolha melhor
O coração habita
Em qualquer lugar
Que esteja
Mesmo que não veja
Irradia sempre
O que de melhor
Estar em com você
Só sei que falta muito
Talvez a altura assuste
Sem voar não vou saber
Escalar é óbvio demais
Resisto com sentimento
Fora da matrix
Olhei e fugiu o momento
Que a noite guardava o dia
Nunca descobri em qual bolso
Cabia tanta luz assim
Sem se apagar
Eu era criança
Pensei em ser a diferença
Pequena vontade de ver
O que se esconde além do horizonte
Dar a volta lá no fim das montanhas
Segurar o por do sol
E poder dizer
Demorei a chegar
Poderia ignorar
Óbvio que não adiantaria
Talvez uma pitada de paciência
Sem surtar no silêncio
Que faz cada olhar
Atravessando a rua
Vou ver o sol nascer
Acreditar mais
Cortar o cabelo
Sentir a unha
Do dedão do pé
Enroscar a dúvida
Mexer fundo
Derramar a lágrima
Alcançar o teu olhar
Se eu tivesse
Que pintar
Esqueceria a cor
Deixaria o arco iris
Fazer a festa
Quando fica solto
A vida cresce muito
Sempre foge
Confuso na mente
Acelera o coração
Admirador sempre
Adormece lembra
Sempre no por do sol
Gosto da confusão
Que provoca
Entre as partes
Um surdo momento
Não aconselho
Qualquer solidão
Ainda acho
Que sorrir
É mais fácil
Que chorar
Não sei
De onde vem
Desde que nasci
Descobrir assim
O pássaro voa
Quando sou de coração
Não desejei esquecer
Esperneando a vontade
Foi que encontrei
O pedaço de mim
Que ficou no mar
Acho que parei
De pertubar tanto
Dando silêncio
Coração selvagem
Devo admitir
Que a fila anda
O sentimento engole
Sem provar
No sabor da solidão
Não existe
Motivo maior
Que o amor
Não saiba dar
Acolhe a todo momento
Mesmo sem olhar
Acontece no coração
Decidir voar
Caçar nuvens
Curioso olhar
Repousa no horizonte
Acenando um solitário
Sinal de fumaça
Soltei um beijo no ar
Vendo se voltava
Respirei fundo
Até sentir
O sabor na boca
Desejando o mar
Descobri a lua
Querendo sorrir
Fugiu romanticamente
Sem falar nada
Quem não quer
Ver estrelas
Não olha pra o céu
Eu já sabia que o deserto
E chegar do outro lado
Seria uma viagem de muita sede
E aprender com a miragem
Quero ver um pouco de você
Eu não resisto
A alegria de viver
Rasgando o verbo
Sai cada olhar
A música vem junto
Esperando chegar
O melhor da dança
Eu não resisto
O que é fácil
Tem o prazer
De ir embora
Logo sem falar
O que dura
Tem um sentido
Quase impossível
De namorar o infinito
Esteja onde estiver
O que havia
De tão cheio
Transbordou demais
Ganhou caminho
Carinho no olhar
Desejou saudade
Preciso lembrar
Onde perdir
Toda verdade
Criança descoberta
Sorriso solto
De ver graça
Momento amigo
Não faltou surpresa
De algum lugar veio
Criou a vez
Respirou fundo
Fez do barco a vela
Um namoro com o cais
Deixou a âncora
Com saudade
Hoje acordei assim
Querendo sol
E pensando na chuva
Numa indecisão
A flor da pele
Então senti
Um arrepio
Que subiu a coluna
Abracei o coração