O vento não leva tudo
Só refresca o momento
Algumas folhas ficam
Como uma lenda no ar
Que nunca contou
Acredita que existiu
O vento não leva tudo
O vento não leva tudo
Só refresca o momento
Algumas folhas ficam
Como uma lenda no ar
Que nunca contou
Acredita que existiu
O vento não leva tudo
Na curva do coração um rio
O sonho não envelhece
A música ecoa mais
Ganha a palavra doce
Tenho fome da saudade
Tocando no peito
Na curva coração um rio
Busquei a miragem
Entrando em cena
Um olhar intenso
Que não pesquei
A isca veio
Deixei escapar
Busquei a miragem
Vestir o momento
Conhecer o sentido
O vento beijar
Se fosse apenas
Outro olhar
Eu voaria
Até você
Vivendo por algo maior
Despertando o coração
O chão se abre
Como abismo
Vem a ponte
Faltou muito pouco
Não espere o tempo passar
De um vento nasce
O que a vela precisa
Faz acordar o leme
A maré agradece
No olhar uma ilha
Entre dois mundos
Havia um vale
Um lugar infinito
Onde o desejo
Corria como um rio
Voltando para o mar
Mesmo a subida sendo
Um desafio sempre
Ganhei vários momentos
Que não escaparam
Ficaram perto
Alcançaram o coração
O tempo não leva
O que se aprende
Morro dois irmãos
Antes que fujam os detalhes
A âncora solte o cais
Que a saudade exista
O abraço surge
Olhar pela janela
Se soubesse antes
Sairia correndo
Não deixaria cair
Guardaria com alegria
Libertando o sentimento
Que são as pétalas da vida
Faria um passeio de graça
Ao redor desse olhar
Mergulharia na emoção
Das ondas na areia
Na concha escondida
Muita dor de cabeça
Ouriço do mar
Esqueci de por
A cabeça no lugar
Conheci a tempestade
Pra depois
Escutar o silêncio
Sem pressa
Voltei pra vida
Quando descansei
Não vi você passar
Fiquei muito
Olhando o horizonte
Perdi a lição
O pássaro mudou
De ninho
Pedaço de queijo
Tem o sabor
Que encontra
De longe sinto
Um olhar intenso
Faz um laço
Não tem jeito
Perco o abraço
Quem sabe
Seja o lugar
Que tenha mudado
E a ilusão ido embora
Ligeiro engano
Ou desculpa da vida
Sem ondas
Diria muitas coisas
Perderia o sentido
Quem sabe o por do sol
Leve pra mim o perto
Que insisto deixar
Não seguro mais
As suas mãos
A folha cai da árvore
O olhar segue
Namora muito
Onde vai pousar
Um ninho no coração
Tem o pássaro
Que você não ver
De um pássaro
Tirei as asas
Do sol o calor
Das nuvens
Um suspiro
Que me lembrou
Algodão doce
E um suspiro
No olhar você
No que o pavio esconde
Faz sentido a explosão
O carinho da erosão
Que não dar detalhes
Poe em pedaços
O que sobrou do coração
Desculpe se sou original
Não agrado aos rótulos
Etiquetas sociais
Se não pertenço a tribo
Nem tampouco
Dou sossego
Ao silêncio
Eu sou Sagitário ♐
Ei deixa
A adrenalina fluir
O impacto mais forte
Beijar bem o coração
Arder a pele
Sentir o sol
Descobrir a essência
Um amor de domingo
O tempo esmaga
Muda a importância
Dissolve o impossível
Atravessa o coração
O que te faz diferente
Vem de encontro
Ao que mais precisa
Diante de tantos olhares
Escolhi a formiga perdida
No canto de uma sombra
De uma árvore enorme
Parecia engolir o tempo
Entre suas folhas
Pousava a borboleta
O que parecia impossível
Namorando o abismo
Me ajude a levantar
Pra que possa
Sentir melhor
Agradecer o sorriso
Que beira sempre
Quando mais preciso
O que a saudade não leva
Olha que nada
Fica pra trás
Bolo doido
Mistura o sabor
Embriaga o jeito
Diferente de abraçar
Quem ver não acredita
Não acredito em milagres
E em ações que movem
Cada lugar mesmo
Que seja uma montanha
Aprendi que não se deve
Ficar olhando o medo
A tristeza que manda
Ficar dando voltas
Quem nao escolhe viver
Já sabe o que acontece
Desde o início quando acorda
Onde as praias se reúnem
Nasce o por do sol
Entre as ondas e gaivotas
Surge um olhar
Na conchas a cor
Ousei amar
O coração do mar
Só te pedi a roupa
Sem cor
O lábio da sede
A nuvem que esconde
O desejo que atrai
E trai o sentimento
A ilusão do ouro
Alcance
O que te dar paz
Atinja em cheio
Descubra o tempo
Vista o melhor olhar
Pra que o coração saiba
Que a estação do amor
Está chegando mais
Atribuo a impaciência
Tudo que me faz errar
Com ajuda da ignorância
Impecável companheira
A cachoeira se perde
Quando ver a represa
Mande embora
O que não precisa
O rio só corre com amor
Quando saímos das margens
Bom pra limpar
Olho grudado
Na janela
Que parece
Chorar
Sentimento nas nuvens
Descem do alto
Cada pingo que sorri
Coração agradece
Domingo de chuva
Em outros tempos diria
Que a luz abre o caminho
Demorei a entender
Que quando está claro
Não é a luz de fora
Ou do outro
Que me guia
Sou eu que estou
Aprendendo a brilhar
Luz do amor
O vento é um sentimento
Que arrasta com o tempo
Mesmo havendo curvas
Repete como um eco
O caminho de volta
Não perde o fôlego
Existe pelo prazer
De ver o cabelo voar
Que calor doido
Sobe as vendas
Solta os parafusos
O que bagunça
É o amor
Que a vida
Dar pra você
Se tem motivo de alegria
Não abandone o que te alimenta
Renove o caminho
Pra que saiba o desafio
Quando o crescer pede
Um novo olhar
Espero poder
Abrir a porta
Lembrar ao coração
Que tudo continua
Da semente a fruta
Se é tristeza
É pra que saiba
O que muda
O sorriso reconhece
O amigo sempre
Preciso me encontrar
Rasgar a fronteira
Ser sincero com a lua
Fazer o poeta sorrir
Acreditar que vem
Um olhar intenso
Na estrela do coração
Se fiquei de longe
Muito perdi
O beijo voou
Não desceu
Das nuvens
De que adianta
Agora tenho fome
Em busca de outros prazeres
Encontro o mar absurdo
Que é mergulhar no coração
Acreditar na onda
Que quebra na praia
Matando a saudade
A gente faz companhia
Bebendo a saudade
Tocando no olhar
Por que não desejar
O melhor beijo
Gostaria de ser
Um porco espinho
Abraçar o mundo
Pra verem
Que a dor
Não vem
Do espinho
Vem de quem
Foge do abraço
O sonho dentro do sonho
Nunca se deve acordar
Saborear mesmo
Que passe depressa
E só fique a solidão
O sonho dentro do sonho
É num abrir de portas
Que as coisas mudam
As figuras ganham
As cores do momento
A cortina desce
O palco volta pra casa
Chega
Vamos continuar
De onde paramos
A reprise tira
O tesão do desafio
Nem o dia
Termina direito
Faltando o abraço
Porque pediu
Pra me mentir
Jogar no lixo
Levar a flor
Sem querer
Ficou o espinho
Benvindo ao amor
A paixão é um balão
Que voa muito
E quando esvazia
Sabe pra onde ir
Deixa feliz
Quando se acorda
Tem o que precisa
Só escolher
Sentir a página
Virar sempre
Após aprender
Nada é melhor
Que sentir
O sorriso no coração
Bocejar
Abrir a boca
Cheio de sono
Parecendo devorar
Na certeza de que
Nada importante
Pode acontecer
Pra tirar de letra
Abusar no peito
Desfilar mesmo
Cada passo
Entrar firme
Encarar o medo
De ser feliz
Diga logo
Onde está
O sorriso escondido
Janela vestida de luz
Bem te vi cedo
Namorando o acordar
Preguiçoso horizonte
Ninguém te fez mal
Você que não viu
Onde pisou
A folha amassada
Pegadas no olhar
Beijo na solidão
Um deserto no coração
Poderia jurar
Que senti
Um arrepio
Escalando
Minha coluna
Um prazer
Que não termina
Cresce quando chega
Você não fala muito
Só tem o olhar
Que parece
Ver o que não existe
Insiste no coração
Parecia que não ia ter fim
Feito montanha russa
Difícil segurar o fôlego
Fora dos trilhos
Chegando na estação
O passageiro tem esperança
O anzol que perde a isca
Não merece o peixe
Deixa de lado
O jeito de crescer
Sem a dor de cabeça
Que é sair do mar
O pescador nasce
Fui buscar e perdi
O pouco que tinha
E disse a esperança
Posso segurar
Suas tranças
E balançar
Para sentir
O quanto
O coração
Quer falar
Surpreendente alegria
Invade o momento
De estar mais perto
Aconchegar o mar
Parece molhar o sol
Lá na ponta do horizonte
O vermelho do tomate
Me tira do sério
O amarelo do melão
Me dar saudade
O verde do abacate
Me dar o momento
A cor da cenoura
Me lembra o coelho
A poesia e suas cores
De outro lugar
Eu vejo
A fronteira
E quem não esteve
Do lado de lá
Porque não lembra
Mais de casa
Que a viagem
De volta
Seja feliz
Me deixou entrar
Esquecendo a saída
Subi a montanha
Alcancei o espaço
Vazio fiquei
Do que antes
Me prendia tanto
De tanto tentar
Encontrei
O que escondia
A sombra
Lhe desejei sorte
E dei um abraço
Pra que fosse
Tranquilo pelo dia