Muito pouco tempo
Pra contar por onde
Passei cada olhar
Alimentando a ilusão
O oásis tem vez
Pra crescer
Encare o deserto
Muito pouco tempo
Pra contar por onde
Passei cada olhar
Alimentando a ilusão
O oásis tem vez
Pra crescer
Encare o deserto
Algo parece
Querer desanimar
Atinge em cheio
Cicatriz forte
Demora a sentir
Mudar tem gosto
De sapoti na varanda
No que tenha pressa
Perco o rumo
Se devagar o estímulo
Ainda não sei
Como os extremos
Excitam o que sou
Lá no meio tem
Um lugar chamado vida
Cada um com sua poesia
Se entrega capricha
Segura e faz o fôlego
Anima a esquina
Sente o sorriso
Que as vezes não vem
Se faltou refrão
Grite pra vida
Bem alto pra vida
Estou com você vida
Tentei buscar
O que já tinha
Acumulei pra que
Como uma águia
Pensei ser uma montanha
Aprendi que não se esconde
A luz do dia nasce pra você
Desde que passe a acreditar
Que em suas asas
Habita o anjo
Depois que a tarde se for
Traga pra mim
O que ficou do dia
Distraído distribuindo
Calado sorriso
Longe lugar incomum
Que esqueço de sonhar
Longe é sair da cama
Com sono voar
Longe vem o pássaro
Tentando o ninho
Longe o junto
Esperando você chegar
Me sentindo longe
É de tirar o chapéu
Não é qualquer um
Que consegue fazer
Com que se abra
A janela da vida
Muito bom de sentir
Domingo de sol
Puro entusiasmo deve ser
A maré namorando
O que a mente
Sonha e veste
Tapete vermelho
De um vento senti
Que deveria ir
Além da montanha
Aprender com vale
Conhecer as fronteiras
Quem reconhece o coração
Está no caminho
O abraço não abandona a saudade
Nem abriga a solidão no olhar
Tem um arquiteto no silêncio
Esperando o sino tocar
Quando for o momento
Beijando a noite
Gostaria de explicar
O quanto me faz falta
Ver em pedaços pequenos
Detalhes que escapam
As palavras não traduzem
O que voa também
Entre seus olhos
Vem com sereno
Namorando a lua
Um frio na espinha
Substimei a noite
Na essência a nostalgia
Se mistura com o olhar
Que se aproxima
Me faça um favor
Acredite mais
Não esnobe tanto
Sinta a vez
O impossível está lá
Pra que possa desafiar
Crescer com a vida
Quero sair desse lugar
Que sufoca de solidão
A multidão devora o silêncio
Puro atrito no olhar
Um beijo nas estrelas
Nas noites de fogueira
Como espantar o frio
Meu nome é inverno
Espalhe a poeira
Aos quatro ventos
Sinta a respiração
O leme do barco a vela
Que não desiste
De caminhar pelo mar
Mesmo com vento contra
O olhar da criança sorrir
A lenda da correnteza
Que só se solta
Quando nasce a vontade
Existe a certeza
Que escapa aos olhos
E o universo presenteia
Sem escolher
O mérito é simples
Um ajuda o outro
O sentimento infinito
Nunca descansa
De um lugar assim que preciso
Que sirva sempre um olhar
Horizonte que puxe com vontade
O sentimento que não adormece
E seja tão mágico
Que voar seria andar
Conhecer as nuvens
De onde tirei aquela alegria
Estampada no rosto
Uma chama acesa
Quando menos esperava
Aquecia forte o coração
A criança bate palma
Só assim o mundo sorrir
Um domingo de outono
Dar pra esticar sim
Ir até o horizonte
Respirar forte
Sentir o fôlego
É de se admirar
Que esqueçamos
De viver
Através do tempo
Ganho outro olhar
Passo a admirar
Como o sol
Tocando no rosto
Tem o calor
O valor da vida
Um silêncio verdadeiro
Saudade das ondas
As gaivotas parecem sorrir
Talvez tenha esquecido
Que o vento está a caminho
Esperando que alguém sopre
Seja seguro como o céu
Que parece desabar
Quando chove forte
Percebo melhor suas lágrimas
O espaço fronteira final
Sempre teve um olhar
Do menino além das asas
Da pipa que sonhava
Ganhar o vento numa linha
Se arriscar no mar
Entre as ondas
Sem ver a praia
Esquecendo a ilha
O espaço fronteira final
Mantenha
As portas do coração
Aberta
Pra que veja
A luz
Que paira
Em tudo
E possa
Caminhar
Em paz
Numa simples oração
É com amor que se abre o dia
Se dissipa a turbulência
E por mais que seja o desafio
O aprender ganha o coração
Com um presente único
Único segredo da vida
O que fizer com amor
Escrevo entre a alegria e tristeza
É transparente cada palavra
O sentimento escorrega
Por todos cantos
Que olho durante o dia
Se tiver que escolher
O coração fica apertado
Sente saudade da poesia
Na vida
Perdi mais que pedaços pelo caminho
Um pano esquecido rasgado
Serve de bandeira
Símbolo de uma guerra
Que até hoje
Enfrento aqui dentro
O que esfria é a temperatura
Não o seu coração
Que busca o sol
Pra lembrar
E te aquece
Sem namorar o frio
Namorar é um ato sincero
Cria o encontro maior
Que aproxima
O sol da lua
Da alegria a tristeza
Faz descansar a solidão
Como recompensa
Traz de volta muito
O que não sabemos
E somos de verdade
Pedi ajuda e veio especial
Um silêncio no coração
Tirando os pés do chão
Soltando todo o peso
E tantas lendas
Precisei criar
Outros lugares
É pra balançar chacoalhar
Sentir o gosto do amanhecer
E pelo dia descobrir aquilo
Que mais precisa aprender
Que não tem lugar ou momento
Pegando pelas mãos o vento
Esse papo de quem
Nunca teve
Convence a lua
Não tem como está perdido
Só convence quem dorme
O vento não tem roupa
Balança o varal
Ninguém ver
E arrepia no outono
O que era melhor pra mim
Nunca importou
Talvez seja essa concha
Que ressoa a música do mar
Ondas que quebram o sentimento
Afastando a solidão
Que se esconde no sorriso
Faz de conta que o beijo já foi
O abraço aqueceu
Que ninguém percebeu
O que a verdade
Queria ser
Eu mesmo ainda lembro
O que te agita
Te tira do lugar
Arremessa um arrepio
Congela o silêncio
Delira no sol
Tocando no piano
As folhas seguiam o vento
Espalhavam um ar de chuva
As nuvens insistiam
Querer descobrir
Uma poesia no olhar
Esqueço de por em palavras
O que tanto penso
Crio vários atropelos
Olho do furacão
Foge o fôlego
De aprender a sorrir
De dentro pra fora
Faltou o detalhe
O desejo escondido
A sede do oásis
O olhar a beira do rio
Sem a saudade
Se esquece
O beijo de viver
A pele muda
Quando precisa
Renovar sempre
A gente não muda
Então não renova
Nada na vida
A pele não muda você
Você que muda a pele
Pense em mim
Quando dançar
Em algum momento
A música levará
O que tanto
Me faz sonhar
Existe um leão
Dentro de mim
Que ruge sem parar
Agradece o dia
Beijando a noite
Uma eclipse
Que beira o amor
Se fosse sonhar
Teria tempo
De conhecer
Cada tempestade
Apreciar após
O olhar da calma
Nem dei conta
Que existe
Tantas paisagens
Que por mais
Que quisesse
Teria tempo
Me sentindo muito
Um curta metragem
A tempestade sempre
Momento doido
Agita tudo
Esquecendo o silêncio
Se é possível dizer
Nenhuma palavra
Pra levantar
Ganhar a coragem
Dei corda
Sem precipitação
Avancei até a ponta
Sentindo a ponte
Me levar
Pra outro lugar
Suas cordas afinam
Um sincero olhar
Se faz necessário
Não sei onde vai dar
Um som namora o outro
Combina também
Amo tocar
Era pra te dizer
Que sem a música
Perdi a dança
Encontrei o momento
No ritmo do coração
Deixei o beijo
A chuva não esconde
Nuvens que falam
Anunciando com o vento
Uma salada de pensamentos
Conheço esse sorriso
Quero um pouco mais
Desse sabor mágico
Que me faz pedalar
Entre os carros
Um voo louco
No asfalto um olhar
Bicicleta
Essa música me deixa bêbado
De saudade do mar
Das ondas que fingiam
Querer a praia
Uma magia no tempo
O que a maré não levou
Será que faz diferença
Correr tanto
Se o tempo nunca
Te dar descanso
Alimentando a pressão
Perdendo o dia
Aprendendo que chorar
Não é tristeza nem alegria
Libertando o sentimento
Que pede passagem
Desentope clareia
Ajuda o coração
A ver que nem tudo
São flores
O louco parece perdido
Sentindo mais
O que ninguém ver
Tão intenso
Mesmo sendo
Diferente seria
O sentimento
O louco parece perdido
Não há porque negar
Tenho vergonha
De não lembrar
O vento suave
Vestia mais
O detalhe marcou
Do mar ao morro
Cadê a criança
Que existia em voce
Queria escrever algo
Que aquietasse um pouco
Fosse colo ao pensamento
Tirasse o peso sim
O desconforto da solidão
A poesia tem seus dias
As nuvens levam o olhar
Pra longe o sonho
O pescoço doi de tanto
Esticar sem alcançar
As mãos criam asas
E nem assim sei
Como encontrar
O que sinto com as nuvens
Dia de chuva tem esse olhar
De ficar quieto na janela
Ou namorar o guarda chuva
Quem sabe uma capa
Encarar o que são
Esses pingos d'água
Bem que fosse
Um buscar
De palavras
Soltas ao vento
Pedindo inspiração
A poesia não pede
É puro sentimento
O que esperava ser uma pausa
Ganhou outro degrau
Como uma alavanca ganhou
Atropelou o momento
Deu um salto
No pensamento a música
No violão os primeiros acordes