Esqueci de abrir a porta
A janela não viu o sol
Pousou uma nuvem
Pra esconder
O que guarda tão bem
Os lábios pela manhã
Esqueci de abrir a porta
A janela não viu o sol
Pousou uma nuvem
Pra esconder
O que guarda tão bem
Os lábios pela manhã
Fiquei olhando timidamente
O que tanto escondia
A lua não quis contar
Onde guarda o sol
O sorriso sabia
Noites de outono
Sopra com insistência
Tocando a pele
Mesmo sem ter mãos
Sinto o coração
Pulando com o vento
Na orla do Conde
Beijando o domingo
O sino não esconde o som
Que ecoa tão bem
Evita a curva
Atinge em cheio
Que não dar tempo
Dos olhos piscarem
A vida também canta
Pensei que estar em todos lugares
Era como o sol e a lua
Um encontro sempre
Sem perder o dia e a noite
O vento na montanha
Namorando a brisa do mar
Pelas manhãs
O bem te vi agita
Lembra que o dia
Acorda antes
Dos olhos cantando
Sempre com o amor
Vamos de novo
Nem sempre sei por em palavras
Os sentimentos calam
Só sobram as lágrimas
Numa barreira sufocada
Que saem na marra
Bebo de sua essência
Fragrância incrível
Que exala muitas
Muitas cores
No pensamento
Um olhar intenso
Perfuma por onde passa
Imagina só
Vi a pétala crescer
Num sorriso que não tem tamanho
Saudade que nasce
Pede emprestado o amanhã
Pra que logo aconteça seja
Sem dar tempo pra solidão
Você me leva para um lugar diferente
De onde quero sempre mais
E toda vez que volto
Tenho a impressão
Que nunca estivemos
Tão próximos do infinito
Seria tão louco abraçar
Cada momento mesmo sabendo
O quanto único é sempre
O que não sai nos lábios
Encontra o silêncio
Que vontade de beijar
As nuvens
Nem que seja um pouco por dia
A flor está lá firme olhando
Como um girassol nada espera
O encontro tem sua vez
Tecendo a vida
A verdadeira face
Não morde o coração
Nem devora o sentimento
Desfaz todas as sombras
Numa alegria intensa
A estrela habita com amor
Ganhe o impulso
Comece firme
Qualquer dúvida
Respire fundo
Solte o ar
E vai amanhecendo
É no abrir dos olhos
Que se tem a luz
A clareza que une
Sem palavras
O brilho acorda
O momento solta
O pensamento mais livre
Estou onde bem antes
Costumava lembrar
Lá vem o sol
Tive um sonho que caminhava
Deslizando entre as nuvens
As vezes namorava o sol
Esperando a lua
De longe sentia o mar
O desejo das ondas
Não tire a cor da vida
Colabore participe
Se parecer solidão
Que seja esse sozinho
Que ganha o seu colo
Abrace seu coração
O que é impossível
É esconder o que pula
Sempre no coração
Por um lugar assim
Daria tudo
Mergulharia de cabeça
E por a mão no fogo
Seria aquecer a alma
Reconhecer a paz
Quem conhece
Tem o segredo do amor
Pra quem você disfarça
Talvez algum dia descubra
Que o reflexo não faz falta
O espelho espera que venha
Sem pressa outra vez
Por mais que resista
O vento me leva
O que era longe
Se entrega
Deixa no colo
Como um coração
Pulando de alegria
Sem abismo não existiriam as pontes
Sem as pontes o mudar perderia
O muro que criamos
Sem o muro o amor
Saberia encontrar o amor
O amor sem abismo
O abraço é um beijo
Que não disfarça
Ganha o olhar
Quando aperta
Nasce a saudade
É especial
Quem reconhece
Tudo pede um ritmo
Que faz da dança
Um olhar melhor
Quando tudo parece
Sem sentido
Um lugar comum nasce
Os pés viram música
De uma altura o sentimento
Se joga até alcançar
Um momento bom
Bem agradável
Pra que a balança
Do coração possa sorrir
São tantos pedaços
Que tem dia que esqueço
Inteiro é um lugar
Pensamento profundo
Envelhece só quando
Fica inteiro
Preferindo ficar quieto
No canto a porta entreaberta
Deixando os raios de sol
Encontrar um pouco mais
O que vi pela janela
Tem gosto de vida
Descobri que limpar
É encontrar o equilíbrio
A luz acesa
Não só palavras
Sentimento e ação
O que passa na mente
Não se traduz
O que se pensa com amor
O que você poe pra fora
Se precisar veja
O que tem além
Do muro que separa
O brilho do seu olhar
A alegria nasce
Quando esquecemos
Os muros na vida
Onde não havia tempo
A tempestade sempre
Dava o caminho
Pra que pudesse
Acreditar no horizonte
Que escondia
Um pouco de você
Ninguém abre a janela
Sem perceber a luz
Que espera sem pressa
Pra que sinta
O coração do dia
A vingança me consumiu
Várias vezes
E me fez muito mal
Sequelas que não perdi
Que ainda aprendo
De que nada adianta
Se o coração não muda
A luz adormece
Longe demais
Deve ser um lugar
Bem estranho
Atrás do sol
Beijando a lua
Quem sabe um dia
Tenha coragem
Pensei que poderia
Levantar o ânimo
Substimei o frio
Que não aquece
Sentimento longe
O coração vive
Esperando o sol
Saiu assim na lata
Pegando coragem
Como uma pipa
Namorando o vento
Sente o momento
A árvore diz
Mova-se você
Não sei o que faço nesse mundo
Só sei que preciso fazer o melhor
Dar o melhor pedaço de cada sentimento
Abocanhar o desafio como uma vitória única
Enxergar que o princípio não é o fim
Que o fim dar voltas no infinito
Por um momento acreditei
Que essa luz era voce
E a sombra escondia
Agora sei
Que o por do sol
Aguarda a lua
Tento me esconder
Seus raios me encontram
Tirando das sombras
Numa alegria sempre
Abrindo o dia
O domingo tem essa cor
Cansado de ser feliz
Então senta
E chora
Desperta as lágrimas
Enxague o coração
Quando cansar novamente
Volte a ser feliz
Parece bom
Mas não é bom
Viver pelas aparências
Rechear o exterior
De cores que não existem
Um brilho sem o calor
Que pede todo sentimento
O que está na aparência
Só faz sentido
Pra quem vive de aparência
O que vale a pena não está escondido
Tempestade avisa com vento e chuva
O deserto lembra que precisa do oásis
E tem mais que uma vida
Aquelas nuvens que passam
Na curva do destino
Nunca estive
Tão longe
De reconhecer
Que vale a pena
Sentir a areia
Que a maré
Simplesmente
Fala com as ondas
O que está faltando
Enriquece o sentimento
O abraço é longo
Em algum lugar do passado
Tem a praia no coração
As ondas inesquecíveis
O namoro das gaivotas
Indo beijar o mar
Onde a fé me mostra
O que mais preciso ver
Ser e não fugir
De cada tropeço
Antes existe sim
Além da montanha
Também tem
Bem mais
Onde a fé me mostra
Em algum momento
Precisamos ser
Decisivo com a estrela
Que espera o entardecer
Nem que demore
Várias vidas
Traz pra perto de mim
Isso em você
O sentido quieto
Um calor no canto
Pedindo pra ficar
Flor azul
Tento lembrar o retrato
O teatro que se pinta
Com as palavras
E as cores no pensamento
Que ganham mais
O sorriso do dia
No olhar
O que não sou
Deixo na superfície
Para que cuide de mim
Seja um escudo armadura
Várias peles
O que faz sentido
Nunca está fora
De uma alegria
Nasce uma janela
De vasos floridos
Cortinas claras
Que alimentam
Melhor o dia
Ouvi o vento
Pensei que me chamava
Pra limpar o dia
Clareando o caminho
Desperta e vem
Foi o que escutei
Ouvi o vento
Nos ensina com a liberdade
Que proporciona
Vários caminhos
Dando muito mais
Do que precisamos
Talvez saibamos
Com o tempo melhorar
E retribuir
É de sua natureza
Acolher esses seres
Mãe terra
Mãe das mães
A alavanca tira o peso
Que tá no mesmo lugar
De uma ajuda invisível
Vem a mágica
Que não se ver
Sem peso a alavanca morre
Ninguém escapa
A dor de cabeça
Quando acontece
Um desespero só
Parece partir
O pensamento
Onde cada pedaço
Guarda uma estória
A solidão tem seu caminho
Próprio de vários desapegos
Luz própria
Doa o que mais precisa
Pra que a vida
Não enferruje
Com más companhias
Ajuda quando
Menos se espera
A solidão tem seu caminho
Nada é seguro
Nem a lógica explica
A ciência dança
Entre a teoria e prática
Um desfile de pensamentos
Não sai da cabeça
Quando o coração ama
O mundo vive numa pressa
Impressionante a falta
A falta de tempo
De observar
O que mais precisamos
Talvez o sentido esteja
Nos momentos felizes
Que ousamos criar
Outros lugares
Li um livro
Que marcou
Ficou forte
Em suas páginas
O sentimento
Tinha um jeito
Próprio de me mostrar
Que eu posso ser melhor
Em toda parte
Eu te procuro
Nem olho pra dentro
Penso que o principal
Está lá fora
Perdido em algum canto
Gostaria de acertar mais
Mergulhar sem perder
O valor do fôlego
Aprender a dar
Importância a essência
De cada um
Um vinho diferente
Sabe o olhar
Que tem a taça
O que não dar pra adiar
O costume fala tão alto
Que desconfio
Que perdi o caminho
Onde será
Que partiu o coração
Medo de viver é como chocolate
Quando você menos espera
Não esquece o sabor
Quer mais e mais
Tem amargo
Misturado
Derrete na boca
Medo de viver é como o mar
E o chocolate
Tenho um desejo
Não vejo
Como se esconde
Está aqui dentro
Em algum lugar
Lembra a semente
O coração pede silêncio
Bem que gostaria
De aproveitar mais
Ficar perto
De cada sentimento
Mexer no olhar
Ganhando o dia
O que seria justo
Reconhecer o espaço
Que outro tem
Ou invadir e dizer
Que em nome da amizade
A fronteira muda de lugar
É um delírio incomum
Sentir o beijo
Que a brisa dar
O mar alcança forte
O que pede meu coração
Existem surpresas
Que podem
Ser evitadas
Não perdem de vista
Estão lá prontas
Pra serem na vida
No caminho de volta
Percebi que não vi
Muitas partes
Detalhes que
Faziam a diferença
Espero que ainda
Tenha mais tempo
Escapei de suas mãos
Perdi o suor
O calor do olhar
Me abriguei na solidão
No silêncio das ondas
Esperando outra ressaca
Olhando o mar em paz
Tem dia que tudo está em paz
Atinge em cheio
Nem dar tempo
De sentir saudade
Tem dia que tudo está em paz
Sonho longínquo
Que me faz cantar
Voar num sorriso
Sinto tua presença
Pleno abraço no coração
O universo longo encontro
Lua de mel em muitos mundos
O que faz a estrela
A luz lembra a cor do amor
O mar em outra vida
A flor beija
O beija flor
Farpas não escolhem
Elas são
Afiadas mesmo
Entram até
Onde não deveriam
A brecha é sempre
A oportunidade perfeita
Humor roleta russa
De altos e baixos
Um vale perdido
Que não sossega
O nunca tem
Essa paisagem
Infinita de surpresas
O que eu não sei
É leve como uma pluma
Que não quer pousar
Só voar sempre
Sempre em todo lugar
Enquanto houver vida
Ousarei sonhar
O que eu não sei
Obrigado pelo sorriso sincero
Que agita o coração
Não sei como agradecer
Um brilho intenso
Mesmo com frio
Clareia o momento
Um sentimento que não se traduz
Sol de outono
Se fosse pouco
Estaria colado
Querendo sentir
A mesma respiração
Sem cuidado é a paixão
Que tira o espaço
Enquanto o amor é
O melhor caminho
Para ficar de pé
Dando um beijo na vida