De um lado e de outro
Um desfile de olhares
Um desafio silencioso
Se fosse sempre
Diria que você da janela
Me ver melhor
Sem conhecer
De um lado e de outro
Um desfile de olhares
Um desafio silencioso
Se fosse sempre
Diria que você da janela
Me ver melhor
Sem conhecer
É uns daqueles dias
Olhar nublado
Outono frio
Pra quem gosta
Admiro esse humor
Gelado quente
Quase inverno
Entre o chocolate
E aquele vinho
Acreditei em jardins
Gnomos e duendes
Arco íris
Pote de ouro
Pólen mágico
Voei por outros mundos
Estranhos e com fantasia
Atravessei o coração
Para te encontrar
A lenda da amizade
Aquela bota
Cheia de lama
A chuva forte
Era uma aventura
Sair assim
Entre guarda chuvas
Escada de tantos degraus
Tem dia que as pernas reclamam
Ladeira da vida
Se quer algo
Tem que descer
Senão fica sem
Sem saída
De um silêncio
Nasce quieto
O dia frio
Com nuvens
Por onde tem
Um pouco no olhar
Buscando você
Estava difícil de perceber
Que qualquer fosse
O obstáculo ensina
Que por mais
Que não pareça
A ilusão muda de lugar
Quem é você
Que se aproxima
Sem dizer
Nenhuma palavra
Faz o coração bater
E me dar a vida
Num sorriso sempre
O frio aproxima
Faz a lareira
Querer a cabana
E os sonhos acordarem
Na beira do lago
Uma surpresa que vem
Como um vento suave
Após a tempestade
Sentindo a correnteza
O mar em ressaca
Imensas ondas
Uma surpresa que vem
De um abraço levo
Um silêncio vazio
Sem eco
O pássaro sente
Saudade das asas
Anjo no olhar
Precisei olhar muito
Observar de olhos fechados
Cada som e respiração
Esquecer as respostas
Me concentrar no pulsar
O que a mente queria
Uma pintura cheio de poesia
Esperei até cair no sono
Tinha um olhar de saudade
Tocando o sentimento
Suave brilho
Um encontro e tanto
O beijo da lua
Olhou bem e viu
Que não havia espaço
Entre a calçada
Teve que assumir
Que afinal de contas
Ninguém estaciona
Na vida
Está escondido
Esperando a chuva
Pra molhar
Um pouco mais
O que nada
Sem olhar
Quer sair
Corri e não deu tempo
Você já estava presente
Clareando as nuvens
Respirei fundo
Ganhei um sorriso
E agradeci o momento
A magia do amor
O espinho insiste pra que lembre
Que nada pode te fazer menor
Que vai aprender sempre
Como uma mola que estica
Até descobrir o horizonte
O limite está
Perto do conforto
Quando precisa
Faz o que parecia
Perdido e impossível
O infinito tem esse
Olhar pelo dia
O sol andou
Ganhou a sombra
Atravessou o olhar
Levou o calor
Pra além do coração
Aquecendo a poesia
Se liberta que ajudarei
A cachoeira respira melhor
Quando não existe a barreira
O mergulho nunca é raso
Entre as ondas está o seu sorriso
Afogue o que precisa afogar
Esqueci de buscar a paz
Mergulhei na infinita dor
De estar entre os extremos
Rasguei o papel da vida
Escrevi nas pedras
Para que a erosão
Soubesse o que passei
Não se vista de sentimentos
Que não são seus
Apertada ou folgada
Devolva a roupa
A vida é uma vitrine
Só pra quem olha de fora
Eu gosto de amor
Não me alimento de ódio
A fogueira aquece
Escurece o medo
Ainda estou
Quieto em silêncio
A ostra é lenta
Não pergunte
Descubra
A folha não cai sozinha
O que acontece antes
Pise firme e forte
Está em todo lugar
O sentimento do coração
Não estou ouvindo
O vento bate forte
Demora a chegar
No lugar que se encontra
Inventei um eco no coração
Pra enganar a tristeza
Lista de preocupações
É um caso sério
Que ninguém se identifica
Como agradecer
Se isso tudo
Só tem sentido
Pra quem acorda
Cedo antes do sol
Esqueço que é outono
Anoitece cedo
Um sereno diferente
A lua escondida demora
Noites longas
Sou de um lugar
Que ninguém conhece
Nem nem lembro
Onde fica
Só sei que o coração
Tem uma saudade louca
As pessoas são espelhos
Que não agradecem
Damos muitas voltas
Com as desculpas formidáveis
Sentindo as palavras
O reflexo custa muito
A ser o exemplo
Pensei que limpar
Era tomar banho
Sempre estar
De roupa limpa
Cheiroso e asseado
Descobri que xingo
Xingo demais o que sou
Moralmente limpo
Faltando muito
Muito mais que uma vida
Não sou limpo comigo
Abrindo a janela
Sentindo o dia
Entrar no coração
Apreciar a paisagem
De quem tem o olhar
Saindo do sonho
Namorar a vida
Não há escuridão
Que resista
A essa paz
Que ilumina
O amor não esconde
Nunca seu coração
Gostaria de esperar
Ainda não sei respirar
Retirar do ar
Esse mar simples
Que insisto
Em não sair da praia
Olhar de um monge
Não esqueci
Somente me calei
Repousei a borboleta
Que de tão sincera
Beijou seu coração
Na coleira do personagem
Carrego cada momento
Sem desperdício
O sentimento que abraça
Retém o coração
Que as vezes sai
Em busca do amor
O açúcar está lá
Com afeto adoçando
E o que é demais enjoa
Afasta sem saber
A solidão não é doce
Doce é doar sempre
Debaixo do guarda chuva
Escondo o prazer
De dançar nas nuvens
É tão seco
Que a emoção não vem
Nem correr mais
Perdeu a graça
Debaixo do guarda chuva
O suor não escolhe a pele
Passeia em detalhes
Que escapam a razão
O calor dar as vezes
Esse banho natural
Como tatuagem
Explora o momento
O tempero dar o sentido
Ao sabor que alcança
Dando prazer
A língua num olhar
Que até a dúvida
Esquece a certeza
Manjar dos deuses
Será que estou de cabeça pra baixo
Vejo tudo quase ao contrário
Um sentido estranho
Que não desaparece
Quando mais tento
Limpar o pensamento
A chuva vem lembrar
Uma ferida que se abre
Pede o abismo
Como um ritual
Tem o que celebrar
Nem que seja a dor
O mudar diz bem
Sem cicatriz
Entre duas rodas
Um passeio mágico
Voando pelo mar
É difícil perceber
Que não é um sonho
O que precisamos
Respeito a vida
Ciclovia Niemeyer
No calor da palavra
Tem a cara do sentimento
Desnudando a fogueira
Empolgando o coração
Da fantasia vem a ilha
Que resiste a lenda
Não abandona a poesia
No calor da palavra
De onde vem
Aquela nuvem
Que faz sombra
Alivia o calor
Um mergulho sincero
Que repousa
De onde vem
O que parecia diferente
Estava no lugar
O sol sorria bem
Na linha do horizonte
Encostando no mar
As gaivotas sorriam
Com as ondas
Qualquer embaraço
Tira a lembrança
Do lugar a saudade
Tocando sempre
Aquele olhar claro
Claro com o por do sol
Não tinha a menor idéia
E todas as dúvidas
Principalmente as impossíveis
Uma escada sem degraus
Me parecia tudo de bom
Animando mais um dia
Como arremessar a pedra
Sem subir o muro
Sentir a montanha
Reconhecer que o coração
Pulsa mais
Quando o fôlego revela
A coragem que ficou lá em baixo
Me faça o favor
De desaparecer
Como fumaça
Outra praia
Que não possa
Deixar saudade
Assim morre a canção
Preciso desse espaço
Que mal cabe no coração
Transborda sempre
Tem jeito de outra estação
Na janela do trem
Entre o prazer e a dor
Existe uma linha
Como uma pipa
Só pede ao vento
Seja gentil
Senão eu caio
Estou em suas mãos
Por um lugar
Onde a caverna
A beira da luz
Chegasse em silêncio
Dando um sombra
Um olhar lento
De descanso
Sem tempestade a vida pára
A mudança não ganha espaço
O dia esquece o sol
A noite fica sem luar
O coração se perde do amor
O atrito é a luz
Que faz nascer sempre
O índio sabe
Que não é dono
Dono de nada
Deseja cada estação
Como um novo caminho
Acredita na lenda
Que a natureza é maior
Que o coração da vida
Assim nasce o índio
Uma peça faltante
Sem encaixe
Em qualquer lugar
Faltou a raiz
Voou no pensamento
Que a folha pediu
Impediu não
Libertando a vida
Espero o sol sair
Do seu esconderijo
Que engana a noite
Um descanso diferente
Acenando sempre
Faz ficar junto
Um horizonte no olhar
A lua já vem
Pálido olhar
Ligeiro que escapa
O pensamento
Que só pede
Relaxe
É sua vez
Meia lua
Já deixei pra trás
Tantas lembranças
Promessas no tempo
Que a tristeza
Vive a namorar
A preguiça de viver
Mais solto
Com as escolhas
Que doem no espelho
De natural
Não temos nada
Desafiamos
A todo momento
O curso do rio
A correnteza do mar
Até o ar
Queremos poluir
De natural
Não temos nada
Nunca entendi
Estamos juntos
Respirar diferente.
Na grama deitar
Sentir o céu
Encontrar o meio
Nada é tão breve
Como um suspiro
A brisa do mar
No colo um silêncio
Que não se apaga
Alimenta muito
O sorriso no coração
Resolvi esticar numa rede
Sentir o corpo estalar
Buscar o caminho
Em qualquer parte
Esteja o coração
Quem sabe
O sentimento perdido
Encontre o lugar
Por ser distraído
Esqueci a dor
E o impossível
Talvez seja
O lado do sol
Que escolhi
Olhar
Tem nada de especial
Lembrar da flor
O perfume doce
A dança que namorou
Tanto tempo
Tempestade no pensamento
Cansou e virou brisa
Quase perdi os sentidos
Um abismo sem ponte
Pra onde as ondas
A correnteza e a tristeza
Mandaram pra longe
Entre os fios
Levei um choque
Que faz bem
Ao coração
Arrepio forte
Na pele esticada
Um prazer doido
Tenho a preferência
Por lugares quietos
Que não me afoguem
O sentimento sincero
Na multidão um eco
Uma onda em você
Boquiaberto liberto
A palavra com o som
Pra que o pássaro
Voe com pensamento
O ninho na mão
Gosto da desculpa
Me acomoda muito
Me dar o descanso
Desnecessário
Pra não crescer
Ilusão como presente
Do sinal sempre
Verde na rua
A desculpa perfeita
Se chama não acordar
Um caminho se abre
Num clarão
Fico sem graça
Não posso levar
Todos comigo
Só um de cada vez
Então vou ficando
Pra aprender mais
A vida é um sopro
Que não se apaga
O que parece uma chama
Mais adiante encontra
O que faz a estrela brilhar
Seria procurar muito
Buscar no olhar
O que o momento
Sentimento traduz
Tirando os pés do chão
Perder tempo
Tempestade em copo d'água
Olho do furacão
Esquentar a cabeça
Se isso tudo é
Encontrar a paz
Tô no caminho certo
Ou esquecendo o coração
Que venha a luz
Não seja um obstáculo
Esconder não faz parte
Não viver escondido
Seja mais
Não escolher o perdido
O que nada sem olhar
Pra onde as ondas nascem
Tem a praia no coração
Ando me sentindo um monstro
Querendo mastigar o mundo
Engolir a seco
Quem começou essa bagunça
De tantos lados
Ninguém inteiro só partido
E chamam de política
Braços cruzados
Olhos fechados
Respiração profunda
Desejo no olhar
Cresce a sede
De um lugar ao outro
O grito ganha a vez
Dando as mãos
O invisível une
A aparência se desfaz
Sem a capa do livro
Ganha sentido
Um mar de palavras
Ando sem bússola
Esqueci o barco a vela
Perdi a ancora
Ainda sei o sabor
De cada cais
Nó de marinheiro
Sempre faz falta
Sentir a brisa
Dar o conforto
O coração respira
Mais leve
Dar até pra dizer
Que tenho asas
Pensei em abrir os braços
A gaiola era mais confortável
O descanso de uma ilusão
Que me entendia bem
Como uma sopa
Só esperei esfriar
Pensei em abrir os braços
A gaiola era mais confortável
O descanso de uma ilusão
Que me entendia bem
Como uma sopa
Só esperei esfriar
Quero fatiar o momento
Sentimento sem molho
Nem tempero tem
Faltou um pouco
Daquele lugar
Que não sai da solidão
Imagino segurar o pensamento
Levar na bandeja o olhar
O cabelo nem pergunta
Sabor que alimenta
Um silêncio que faz
Um beijo nas estrelas
Parte pra cima
Sai fora do lugar
Lembra a semente
Ninguém discute
Quem faz a sombra
Sabe a luz o caminho
Parte pra cima
A lenda está lá
Esperando que percorra
Crie sempre
Desafios que se tornam
Inspiração pra muitos
Na mágica do livro
Repousa o pensamento
A lenda do sorriso
Talvez te perca para doença
Que contagia com ilusão
Esconde a iluminação
Comprova o que é perto
Como impossível de se ver
Nesse caso vence a razão
A tristeza não permite
Que se veja o coração
Se debruçar no tempo
Sentir a ampulheta
Que vira de lado
Faz escorrer a areia
De grão em grão
Os segundos ganham
O que não para nunca
Se debruçar no tempo
Sentir a ampulheta
Que vira de lado
Faz escorrer a areia
De grão em grão
Os segundos ganham
O que não para nunca
Por um momento senti
Que estava em outro lugar
Num abraço tão apertado
Que me marcou profundamente
Agora sei onde guardo
E deixo o coração em paz
Quem perde o fôlego
Sem mergulhar
Talvez tenha problema
Problema de ficar
A vontade com que gosta
Então evita a felicidade
Driblar o humor contrariado
Louco por querer morder
Engolir o dia
Desafio dos grandes
Recomendo respirar fundo
Soltar o olhar
Sentir o ritmo
Até conseguir
Sair da cama
Acredite alguma coisa acontece
Driblar o humor contrariado
Louco por querer morder
Engolir o dia
Desafio dos grandes
Recomendo respirar fundo
Soltar o olhar
Sentir o ritmo
Até conseguir
Sair da cama
Acredite alguma coisa acontece
Nada desfaz o laço da vida
Que quer sempre nos presentear
Nuances do cotidiano
Fazem valer o brilho
Que parece se esconder
Na tristeza
A maré molha a concha
Num banho constante
Vai e vem
Balança e arrepia
De tanta alegria
Que te perco de vista
Quem que disse que não
Que o amor também
Quando fica
Como água parada
Quer sair
Pra ver o mundo
Aprender com você
O amor não deve ser
Água parada no coração
A dança não termina nos pés
Nasce forte nesse lugar
Que nos faz caminhar
Como música no vento
A dança mora bem
Bem mesmo
Dentro de você
Cadê a árvore
Que plantei
Esqueci de cultivar
Ou o capim escondeu
Onde mesmo
Que tive
Que acreditar
Que o impossível era possível
Cadê a árvore
Que plantei
Esqueci de cultivar
Ou o capim escondeu
Onde mesmo
Que tive
Que acreditar
Que o impossível era possível
Não se esqueça da dúvida
De abrir os olhos
Do abraço imenso
Que é amar
Cada segundo
De vida
Não me prenda desejo
Quero viver solto
Saber a corda e o nó
Não me aprenda desejo
Deixa acontecer
Pra que eu tome jeito
E num só coração
Aprenda a desejar o melhor
O que vem a tona
Onde estava antes
Não devia ser importante
E se era chamou o vulcão
Que acordou com fome
E energia de viver
Coitado era um rio
A cidade cresceu
Tomou conta
Ganhou enchente
E a gente com febre
Virou rio sem direção
Perdendo o mar
Na janela muitas paisagens
Retratos vou tirando
O olhar fixo
Parece confuso
Parafuso de ideias
Liquididicador da vida
No jogo da verdade
Na janela do ônibus
Sentindo o asfalto
Solavancos de montanha russa
Trazendo sustos especiais
E muitas reclamações
O sorriso de cada buraco
Me faz voar o pensamento
Sentindo o asfalto
Seria um lugar
Que me inspirasse
A verdade em cada momento
Sentimento na curva suave
Contornos dando prazer
De aprender mais
O que tanto guardo
Mar de rostos
Um grito no silêncio
Da vida surge esse olhar
Tão desconhecido
Sem palavras
Pensamento profundo
Ganha sentido
Mar de rostos
Abrindo o dia
Libertando o olhar
O que vem é novo
Se repete porque
Porque precisa aprender
Se ver diferente
Bom sinal
Abrindo o dia
Faxina no pensamento
Onde menos se espera
Encontro cada coisa esquecida
O que mais preciso por no lixo
Largar de mão
É o que mais desejo
E vou enrolando
O que alimenta a esperança
Tem fome de alegria
Esbanja humor
Não dar sono
Pura adrenalina de viver
Esqueci meu lugar
Ou nunca soube
Perdi o ninho
Saindo da ilusão
Ou a cama é um paraíso
Será que tenho tempo ainda
De ver as gaivotas
As ondas quebrarem
Invadir com mariscos
As pedras do Arpoador
Um sol diferente
É diferente a estação
Nem calor nem frio
Um temperado com sabor
Um ar de que
O que muda
Tem um ambiente
Como um beijo de outono
O suor veio com a sede
Fronteiras livres
Entregando as nuvens
Poucos raios de sol
Tocando no horizonte
Um dedo apontou
Fica comigo
Se faltou o beijo
Não sei
O vestido ficou
Rasgou com o tempo
O espelho nem reflete mais
O longo sorriso
Virou saudade
Me faça um favor
Grite a vontade
Não segure o medo
Nem a tristeza
Chute o balde
Pise na jaca
E se nem assim
Só te resta amor
Fácil de se jogar
Sentir o abismo
Como um descanso
Alimentando a adrenalina
O encontro é um beijo
Desnudando o coração
A bola fugia do alcance
Pulando o muro
Sobrando na rua
Pra voltar
Ganhou o sorriso
Que fez brilhar
Muito o coração
Queria me aproximar
Dedicar o sorriso
Sentir a tarde
Namorar o por do sol
Tocando a noite
Pra amanhecer
Outra vez
De vários olhares
O dia vem
Soltando as nuvens
Por onde o horizonte
Parece confuso
Parafuso no coração
Pedi assim
Um lugar distante
Aconchegante
Que pudesse
Voltar sempre
Que mudasse a paisagem
Como uma árvore
Que reconhece
Cada estação
Os olhos pedem muito
Se enganam com a ilusão
Tantas promessas perdidas
Impossível não pensar
Um abismo sem ponte
Cadê as asas
Estou de joelho
Sentindo a pressão
Dores nas costas
Peso a mais
Que devo largar
Nada faz falta
Acredite com fé
Sentado num canto da casa
Observa o que se passa
Como um filme
Rever cada momento
Na curva do tempo
Pede pra saltar
Não tem como voltar
Não esqueci você
Aprendi que o silêncio
Guarda bem
O que a chuva
Precisa levar
O coração sabe
Não esqueci você
Quase me esqueci
Que a vontade
Não passa
O perfume fica
O sorriso cresce
Mesmo que seja
Por um momento
A inspiração é um passeio
Que nunca sei
Onde embarca
Qual cais
E âncora
Nunca cura
O sentimento dilacerado
As palavras tem cores
Que a poesia reconhece
Gostaria desse mergulho
Sincero dos lábios
Que silenciam o momento
A música nada esconde
Espalha o encanto
Reencontrando o violão
De um sonho nasce
Nas margens do rio
A lenda viva
Que desperta
Outras paixões
Uma vida diferente
Entre a cheia e a seca
Até namorar o mar
Se faz de cansado
Entrega o coração
Pede tanto
Que esquece
Nada ocupa
O vazio da solidão
Tudo tem jeito
Só não tem jeito
Aquilo que você
Não quer ter
Dar trabalho
É a frase
Que dar força
Pra que não seja
Nada na vida
Dar trabalho ou dar jeito