30 de abr. de 2016

Me ver melhor sem conhecer

De um lado e de outro

Um desfile de olhares

Um desafio silencioso

Se fosse sempre

Diria que você da janela

Me ver melhor

Sem conhecer

Outono carioca

É uns daqueles dias

Olhar nublado

Outono frio

Pra quem gosta

Admiro esse humor

Gelado quente

Quase inverno

Entre o chocolate

E aquele vinho

A lenda da amizade

Acreditei em jardins

Gnomos e duendes

Arco íris

Pote de ouro

Pólen mágico

Voei por outros mundos

Estranhos e com fantasia

Atravessei o coração

Para te encontrar

A lenda da amizade

29 de abr. de 2016

Entre guarda chuvas

Aquela bota

Cheia de lama

A chuva forte

Era uma aventura

Sair assim

Entre guarda chuvas

Escada de tantos degraus

Escada de tantos degraus

Tem dia que as pernas reclamam

Ladeira da vida

Se quer algo

Tem que descer

Senão fica sem

Sem saída

Buscando você

De um silêncio

Nasce quieto

O dia frio

Com nuvens

Por onde tem

Um pouco no olhar

Buscando você

A ilusão muda de lugar

Estava difícil de perceber

Que qualquer fosse

O obstáculo ensina

Que por mais

Que não pareça

A ilusão muda de lugar

28 de abr. de 2016

Num sorriso sempre

Quem é você

Que se aproxima

Sem dizer

Nenhuma palavra

Faz o coração bater

E me dar a vida

Num sorriso sempre

Na beira do lago

O frio aproxima

Faz a lareira

Querer a cabana

E os sonhos acordarem

Na beira do lago

27 de abr. de 2016

Uma surpresa que vem

Uma surpresa que vem

Como um vento suave

Após a tempestade

Sentindo a correnteza

O mar em ressaca

Imensas ondas

Uma surpresa que vem

Anjo no olhar

De um abraço levo

Um silêncio vazio

Sem eco

O pássaro sente

Saudade das asas

Anjo no olhar


Uma pintura cheia de poesia

Precisei olhar muito

Observar de olhos fechados

Cada som e respiração

Esquecer as respostas

Me concentrar no pulsar

O que a mente queria

Uma pintura cheio de poesia

26 de abr. de 2016

O beijo da lua

Esperei até cair no sono

Tinha um olhar de saudade

Tocando o sentimento

Suave brilho

Um encontro e tanto

O beijo da lua

Ninguém estaciona na vida

Olhou bem e viu

Que não havia espaço

Entre a calçada

Teve que assumir

Que afinal de contas

Ninguém estaciona

Na vida

25 de abr. de 2016

Está escondido

Está escondido

Esperando a chuva

Pra molhar

Um pouco mais

O que nada

Sem olhar

Quer sair

A magia do amor

Corri e não deu tempo

Você já estava presente

Clareando as nuvens

Respirei fundo

Ganhei um sorriso

E agradeci o momento

A magia do amor

O espinho insiste pra que lembre

O espinho insiste pra que lembre

Que nada pode te fazer menor

Que vai aprender sempre

Como uma mola que estica

Até descobrir o horizonte

O infinito tem esse olhar pelo dia

O limite está

Perto do conforto

Quando precisa

Faz o que parecia

Perdido e impossível

O infinito tem esse

Olhar pelo dia

24 de abr. de 2016

O sol andou

O sol andou

Ganhou a sombra

Atravessou o olhar

Levou o calor

Pra além do coração

Aquecendo a poesia

Se liberta que ajudarei

Se liberta que ajudarei

A cachoeira respira melhor

Quando não existe a barreira

O mergulho nunca é raso

Entre as ondas está o seu sorriso

Afogue o que precisa afogar

Esqueci de buscar a paz

Esqueci de buscar a paz

Mergulhei na infinita dor

De estar entre os extremos

Rasguei o papel da vida

Escrevi nas pedras

Para que a erosão

Soubesse o que passei

Não se vista de sentimentos

Não se vista de sentimentos

Que não são seus

Apertada ou folgada

Devolva a roupa

A vida é uma vitrine

Só pra quem olha de fora

A ostra é lenta

Eu gosto de amor

Não me alimento de ódio

A fogueira aquece

Escurece o medo

Ainda estou

Quieto em silêncio

A ostra é lenta

O sentimento do coração

Não pergunte

Descubra

A folha não cai sozinha

O que acontece antes

Pise firme e forte

Está em todo lugar

O sentimento do coração

Não estou ouvindo

Não estou ouvindo

O vento bate forte

Demora a chegar

No lugar que se encontra

Inventei um eco no coração

Pra enganar a tristeza

Pra quem acorda cedo antes do sol

Lista de preocupações

É um caso sério

Que ninguém se identifica

Como agradecer

Se isso tudo

Só tem sentido

Pra quem acorda

Cedo antes do sol

23 de abr. de 2016

Esqueço que é outono

Esqueço que é outono

Anoitece cedo

Um sereno diferente

A lua escondida demora

Noites longas

Tem uma saudade louca

Sou de um lugar

Que ninguém conhece

Nem nem lembro

Onde fica

Só sei que o coração

Tem uma saudade louca

As pessoas são espelhos

As pessoas são espelhos

Que não agradecem

Damos muitas voltas

Com as desculpas formidáveis

Sentindo as palavras

O reflexo custa muito

A ser o exemplo


Não sou limpo comigo

Pensei que limpar

Era tomar banho

Sempre estar

De roupa limpa

Cheiroso e asseado

Descobri que xingo

Xingo demais o que sou

Moralmente limpo

Faltando muito

Muito mais que uma vida

Não sou limpo comigo

Namorar a vida

Abrindo a janela

Sentindo o dia

Entrar no coração

Apreciar a paisagem

De quem tem o olhar

Saindo do sonho

Namorar a vida

22 de abr. de 2016

O amor não esconde nunca seu coração

Não há escuridão

Que resista

A essa paz

Que ilumina

O amor não esconde

Nunca seu coração

Olhar de um monge

Gostaria de esperar

Ainda não sei respirar

Retirar do ar

Esse mar simples

Que insisto

Em não sair da praia

Olhar de um monge

Beijou seu coração

Não esqueci

Somente me calei

Repousei a borboleta

Que de tão sincera

Beijou seu coração

Em busca do amor

Na coleira do personagem

Carrego cada momento

Sem desperdício

O sentimento que abraça

Retém o coração

Que as vezes sai

Em busca do amor

Doce é doar sempre

O açúcar está lá

Com afeto adoçando

E o que é demais enjoa

Afasta sem saber

A solidão não é doce

Doce é doar sempre

Debaixo do guarda chuva

Debaixo do guarda chuva

Escondo o prazer

De dançar nas nuvens

É tão seco

Que a emoção não vem

Nem correr mais

Perdeu a graça

Debaixo do guarda chuva

O suor não escolhe a pele

O suor não escolhe a pele

Passeia em detalhes

Que escapam a razão

O calor dar as vezes

Esse banho natural

Como tatuagem

Explora o momento

Manjar dos deuses

O tempero dar o sentido

Ao sabor que alcança

Dando prazer

A língua num olhar

Que até a dúvida

Esquece a certeza

Manjar dos deuses

21 de abr. de 2016

A chuva vem lembrar

Será que estou de cabeça pra baixo

Vejo tudo quase ao contrário

Um sentido estranho

Que não desaparece

Quando mais tento

Limpar o pensamento

A chuva vem lembrar

Sem cicatriz

Uma ferida que se abre

Pede o abismo

Como um ritual

Tem o que celebrar

Nem que seja a dor

O mudar diz bem

Sem cicatriz

Ciclovia Niemeyer

Entre duas rodas

Um passeio mágico

Voando pelo mar

É difícil perceber

Que não é um sonho

O que precisamos

Respeito a vida

Ciclovia Niemeyer

No calor da palavra

No calor da palavra

Tem a cara do sentimento

Desnudando a fogueira

Empolgando o coração

Da fantasia vem a ilha

Que resiste a lenda

Não abandona a poesia

No calor da palavra

De onde vem

De onde vem

Aquela nuvem

Que faz sombra

Alivia o calor

Um mergulho sincero

Que repousa

De onde vem

As gaivotas sorriam com as ondas

O que parecia diferente

Estava no lugar

O sol sorria bem

Na linha do horizonte

Encostando no mar

As gaivotas sorriam

Com as ondas

20 de abr. de 2016

Claro como por do sol

Qualquer embaraço

Tira a lembrança

Do lugar a saudade

Tocando sempre

Aquele olhar claro

Claro com o por do sol

Animando mais um dia

Não tinha a menor idéia

E todas as dúvidas

Principalmente as impossíveis

Uma escada sem degraus

Me parecia tudo de bom

Animando mais um dia

A coragem que ficou lá em baixo

Como arremessar a pedra

Sem subir o muro

Sentir a montanha

Reconhecer que o coração

Pulsa mais

Quando o fôlego revela

A coragem que ficou lá em baixo

Assim morre a canção

Me faça o favor

De desaparecer

Como fumaça

Outra praia

Que não possa

Deixar saudade

Assim morre a canção

Na janela do trem

Preciso desse espaço

Que mal cabe no coração

Transborda sempre

Tem jeito de outra estação

Na janela do trem

Entre o prazer e a dor

Entre o prazer e a dor

Existe uma linha

Como uma pipa

Só pede ao vento

Seja gentil

Senão eu caio

Estou em suas mãos

Olhar lento de descanso

Por um lugar

Onde a caverna

A beira da luz

Chegasse em silêncio

Dando um sombra

Um olhar lento

De descanso

Sem tempestade a vida pára

Sem tempestade a vida pára

A mudança não ganha espaço

O dia esquece o sol

A noite fica sem luar

O coração se perde do amor

O atrito é a luz

Que faz nascer sempre

19 de abr. de 2016

Assim nasce o índio

O índio sabe

Que não é dono

Dono de nada

Deseja cada estação

Como um novo caminho

Acredita na lenda

Que a natureza é maior

Que o coração da vida

Assim nasce o índio

Libertando a vida

Uma peça faltante

Sem encaixe

Em qualquer lugar

Faltou a raiz

Voou no pensamento

Que a folha pediu

Impediu não

Libertando a vida

Espero o sol sair

Espero o sol sair

Do seu esconderijo

Que engana a noite

Um descanso diferente

Acenando sempre

Faz ficar junto

Um horizonte no olhar

18 de abr. de 2016

Meia lua

A lua já vem

Pálido olhar

Ligeiro que escapa

O pensamento

Que só pede

Relaxe

É sua vez

Meia lua

Que doem no espelho

Já deixei pra trás

Tantas lembranças

Promessas no tempo

Que a tristeza

Vive a namorar

A preguiça de viver

Mais solto

Com as escolhas

Que doem no espelho

De natural não temos nada

De natural

Não temos nada

Desafiamos

A todo momento

O curso do rio

A correnteza do mar

Até o ar

Queremos poluir

De natural

Não temos nada

17 de abr. de 2016

Encontrar o meio

Nunca entendi

Estamos juntos

Respirar diferente.

Na grama deitar

Sentir o céu

Encontrar o meio

Alimenta muito o sorriso no coração

Nada é tão breve

Como um suspiro

A brisa do mar

No colo um silêncio

Que não se apaga

Alimenta muito

O sorriso no coração

Quem sabe o sentimento perdido encontre o lugar

Resolvi esticar numa rede

Sentir o corpo estalar

Buscar o caminho

Em qualquer parte

Esteja o coração

Quem sabe

O sentimento perdido

Encontre o lugar

Lado do sol

Por ser distraído

Esqueci a dor

E o impossível

Talvez seja

O lado do sol

Que escolhi

Olhar

16 de abr. de 2016

Cansou e virou brisa

Tem nada de especial

Lembrar da flor

O perfume doce

A dança que namorou

Tanto tempo

Tempestade no pensamento

Cansou e virou brisa

Quase perdi os sentidos

Quase perdi os sentidos

Um abismo sem ponte

Pra onde as ondas

A correnteza e a tristeza

Mandaram pra longe

Entre os fios levei um choque

Entre os fios

Levei um choque

Que faz bem

Ao coração

Arrepio forte

Na pele esticada

Um prazer doido

Uma onda em você

Tenho a preferência

Por lugares quietos

Que não me afoguem

O sentimento sincero

Na multidão um eco

Uma onda em você

O ninho na mão

Boquiaberto liberto

A palavra com o som

Pra que o pássaro

Voe com pensamento

O ninho na mão

A desculpa perfeita se chama não acordar

Gosto da desculpa

Me acomoda muito

Me dar o descanso

Desnecessário

Pra não crescer

Ilusão como presente

Do sinal sempre

Verde na rua

A desculpa perfeita

Se chama não acordar

Pra aprender mais

Um caminho se abre

Num clarão

Fico sem graça

Não posso levar

Todos comigo

Só um de cada vez

Então vou ficando

Pra aprender mais

O que faz a estrela brilhar

A vida é um sopro

Que não se apaga

O que parece uma chama

Mais adiante encontra

O que faz a estrela brilhar

Tirando os pés do chão

Seria procurar muito

Buscar no olhar

O que o momento

Sentimento traduz

Tirando os pés do chão

15 de abr. de 2016

Encontrar a paz

Perder tempo

Tempestade em copo d'água

Olho do furacão

Esquentar a cabeça

Se isso tudo é

Encontrar a paz

Tô no caminho certo

Ou esquecendo o coração

14 de abr. de 2016

Tem a praia no coração

Que venha a luz

Não seja um obstáculo

Esconder não faz parte

Não viver escondido

Seja mais

Não escolher o perdido

O que nada sem olhar

Pra onde as ondas nascem

Tem a praia no coração

E chamam de política

Ando me sentindo um monstro

Querendo mastigar o mundo

Engolir a seco

Quem começou essa bagunça

De tantos lados

Ninguém inteiro só partido

E chamam de política

O grito ganha a vez

Braços cruzados

Olhos fechados

Respiração profunda

Desejo no olhar

Cresce a sede

De um lugar ao outro

O grito ganha a vez

13 de abr. de 2016

Mar de palavras

Dando as mãos

O invisível une

A aparência se desfaz

Sem a capa do livro

Ganha sentido

Um mar de palavras

Nó de marinheiro

Ando sem bússola

Esqueci o barco a vela

Perdi a ancora

Ainda sei o sabor

De cada cais

Nó de marinheiro

Que tenho asas

Sempre faz falta

Sentir a brisa

Dar o conforto

O coração respira

Mais leve

Dar até pra dizer

Que tenho asas

12 de abr. de 2016

Como uma sopa esperei esfriar

Pensei em abrir os braços

A gaiola era mais confortável

O descanso de uma ilusão

Que me entendia bem

Como uma sopa

Só esperei esfriar

Como uma sopa esperei esfriar

Pensei em abrir os braços

A gaiola era mais confortável

O descanso de uma ilusão

Que me entendia bem

Como uma sopa

Só esperei esfriar

Daquele lugar que não sai da solidão

Quero fatiar o momento

Sentimento sem molho

Nem tempero tem

Faltou um pouco

Daquele lugar

Que não sai da solidão

Um beijo nas estrelas

Imagino segurar o pensamento

Levar na bandeja o olhar

O cabelo nem pergunta

Sabor que alimenta

Um silêncio que faz

Um beijo nas estrelas

Parte pra cima

Parte pra cima

Sai fora do lugar

Lembra a semente

Ninguém discute

Quem faz a sombra

Sabe a luz o caminho

Parte pra cima

A lenda do sorriso

A lenda está lá

Esperando que percorra

Crie sempre

Desafios que se tornam

Inspiração pra muitos

Na mágica do livro

Repousa o pensamento

A lenda do sorriso

11 de abr. de 2016

A tristeza não permite que se veja o coração

Talvez te perca para doença

Que contagia com ilusão

Esconde a iluminação

Comprova o que é perto

Como impossível de se ver

Nesse caso vence a razão

A tristeza não permite

Que se veja o coração

Se debruçar no tempo

Se debruçar no tempo

Sentir a ampulheta

Que vira de lado

Faz escorrer a areia

De grão em grão

Os segundos ganham

O que não para nunca

Se debruçar no tempo

Se debruçar no tempo

Sentir a ampulheta

Que vira de lado

Faz escorrer a areia

De grão em grão

Os segundos ganham

O que não para nunca

Coração em paz

Por um momento senti

Que estava em outro lugar

Num abraço tão apertado

Que me marcou profundamente

Agora sei onde guardo

E deixo o coração em paz

Então evita a felicidade

Quem perde o fôlego

Sem mergulhar

Talvez tenha problema

Problema de ficar

A vontade com que gosta

Então evita a felicidade

Acredite alguma coisa acontece

Driblar o humor contrariado

Louco por querer morder

Engolir o dia

Desafio dos grandes

Recomendo respirar fundo

Soltar o olhar

Sentir o ritmo

Até conseguir

Sair da cama

Acredite alguma coisa acontece

Acredite alguma coisa acontece

Driblar o humor contrariado

Louco por querer morder

Engolir o dia

Desafio dos grandes

Recomendo respirar fundo

Soltar o olhar

Sentir o ritmo

Até conseguir

Sair da cama

Acredite alguma coisa acontece

10 de abr. de 2016

Que parece se esconder na tristeza

Nada desfaz o laço da vida

Que quer sempre nos presentear

Nuances do cotidiano

Fazem valer o brilho

Que parece se esconder

Na tristeza

A maré molha a concha

A maré molha a concha

Num banho constante

Vai e vem

Balança e arrepia

De tanta alegria

Que te perco de vista

O amor não deve ser água parada no coração

Quem que disse que não

Que o amor também

Quando fica

Como água parada

Quer sair

Pra ver o mundo

Aprender com você

O amor não deve ser

Água  parada no coração

A dança não termina nos pés

A dança não termina nos pés

Nasce forte nesse lugar

Que nos faz caminhar

Como música no vento

A dança mora bem

Bem mesmo

Dentro de você

9 de abr. de 2016

Cadê a árvore

Cadê a árvore

Que plantei

Esqueci de cultivar

Ou o capim escondeu

Onde mesmo

Que tive

Que acreditar

Que o impossível era possível

Cadê a árvore

Cadê a árvore

Que plantei

Esqueci de cultivar

Ou o capim escondeu

Onde mesmo

Que tive

Que acreditar

Que o impossível era possível

8 de abr. de 2016

Cada segundo de vida

Não se esqueça da dúvida

De abrir os olhos

Do abraço imenso

Que é amar

Cada segundo

De vida

Não me prenda desejo

Não me prenda desejo

Quero viver solto

Saber a corda e o nó

Não me aprenda desejo

Deixa acontecer

Pra que eu tome jeito

E num só coração

Aprenda a desejar o melhor

O que vem a tona

O que vem a tona

Onde estava antes

Não devia ser importante

E se era chamou o vulcão

Que acordou com fome

E energia de viver

Perdendo o mar

Coitado era um rio

A cidade cresceu

Tomou conta

Ganhou enchente

E a gente com febre

Virou rio sem direção

Perdendo o mar

Na janela do ônibus

Na janela muitas paisagens

Retratos vou tirando

O olhar fixo

Parece confuso

Parafuso de ideias

Liquididicador da vida

No jogo da verdade

Na janela do ônibus

Sentindo o asfalto

Sentindo o asfalto

Solavancos de montanha russa

Trazendo sustos especiais

E muitas reclamações

O sorriso de cada buraco

Me faz voar o pensamento

Sentindo o asfalto

O que tanto guardo

Seria um lugar

Que me inspirasse

A verdade em cada momento

Sentimento na curva suave

Contornos dando prazer

De aprender mais

O que tanto guardo

Mar de rostos

Mar de rostos

Um grito no silêncio

Da vida surge esse olhar

Tão desconhecido

Sem palavras

Pensamento profundo

Ganha sentido

Mar de rostos

Abrindo o dia

Abrindo o dia

Libertando o olhar

O que vem é novo

Se repete porque

Porque precisa aprender

Se ver diferente

Bom sinal

Abrindo o dia

7 de abr. de 2016

Faxina no pensamento

Faxina no pensamento

Onde menos se espera

Encontro cada  coisa esquecida

O que mais preciso por no lixo

Largar de mão

É o que mais desejo

E vou enrolando

Pura adrenalina de viver

O que alimenta a esperança

Tem fome de alegria

Esbanja humor

Não dar sono

Pura adrenalina de viver

Esqueci meu lugar

Esqueci meu lugar

Ou nunca soube

Perdi o ninho

Saindo da ilusão

Ou a cama é um paraíso

Pedras do Arpoador

Será que tenho tempo  ainda

De ver as gaivotas

As ondas quebrarem

Invadir com mariscos

As pedras do Arpoador

6 de abr. de 2016

Como um beijo de outono

Um sol diferente

É diferente a estação

Nem calor nem frio

Um temperado com sabor

Um ar de que

O que muda

Tem um ambiente

Como um beijo de outono

5 de abr. de 2016

Fica comigo

O suor veio com a sede

Fronteiras livres

Entregando as nuvens

Poucos raios de sol

Tocando no horizonte

Um dedo apontou

Fica comigo

Se faltou o beijo

Se faltou o beijo

Não sei

O vestido ficou

Rasgou com o tempo

O espelho nem reflete mais

O longo sorriso

Virou saudade

4 de abr. de 2016

So te resta o amor

Me faça um favor

Grite a vontade

Não segure o medo

Nem a tristeza

Chute o balde

Pise na jaca

E se nem assim

Só te resta amor

O encontro é um beijo desnudando o coração

Fácil de se jogar

Sentir o abismo

Como um descanso

Alimentando a adrenalina

O encontro é um beijo

Desnudando o coração

A bola fugia do alcance

A bola fugia do alcance

Pulando o muro

Sobrando na rua

Pra voltar

Ganhou o sorriso

Que fez brilhar

Muito o coração

3 de abr. de 2016

Pra amanhecer outra vez

Queria me aproximar

Dedicar o sorriso

Sentir a tarde

Namorar o por do sol

Tocando a noite

Pra amanhecer

Outra vez

Parafuso no coração

De vários olhares

O dia vem

Soltando as nuvens

Por onde o horizonte

Parece confuso

Parafuso no coração

Como uma árvore que reconhece cada estação

Pedi assim

Um lugar distante

Aconchegante

Que pudesse

Voltar sempre

Que mudasse a paisagem

Como uma árvore

Que reconhece

Cada estação

2 de abr. de 2016

Cadê as asas

Os olhos pedem muito

Se enganam com a ilusão

Tantas promessas perdidas

Impossível não pensar

Um abismo sem ponte

Cadê as asas

Acredite com fé

Estou de joelho

Sentindo a pressão

Dores nas costas

Peso a mais

Que devo largar

Nada faz falta

Acredite com fé

Sentado num canto da casa

Sentado num canto da casa

Observa o que se passa

Como um filme

Rever cada momento

Na curva do tempo

Pede pra saltar

Não tem como voltar

Não esqueci você

Não esqueci você

Aprendi que o silêncio

Guarda bem

O que a chuva

Precisa levar

O coração sabe

Não esqueci você

1 de abr. de 2016

Quase me esqueci que a vontade não passa

Quase me esqueci

Que a vontade

Não passa

O perfume fica

O sorriso cresce

Mesmo que seja

Por um momento

As palavras tem cores

A inspiração é um passeio

Que nunca sei

Onde embarca

Qual cais

E âncora

Nunca cura

O sentimento dilacerado

As palavras tem cores

Que a poesia reconhece

Reencontrando o violão

Gostaria desse mergulho

Sincero dos lábios

Que silenciam o momento

A música nada esconde

Espalha o encanto

Reencontrando o violão

Até namorar o mar

De um sonho nasce

Nas margens do rio

A lenda viva

Que desperta

Outras paixões

Uma vida diferente

Entre a cheia e a seca

Até namorar o mar

Nada ocupa o vazio da solidão

Se faz de cansado

Entrega o coração

Pede tanto

Que esquece

Nada ocupa

O vazio da solidão

Dar trabalho ou dar jeito

Tudo tem jeito

Só não tem jeito

Aquilo que você

Não quer ter

Dar trabalho

É a frase

Que dar força

Pra que não seja

Nada na vida

Dar trabalho ou dar jeito