Não te joguei pra longe
Só não pude te ver
E o pressentimento
Esse sim buscava
Lembrando a saudade
Que nunca se cansa
O encanto do encontro
Não te joguei pra longe
Só não pude te ver
E o pressentimento
Esse sim buscava
Lembrando a saudade
Que nunca se cansa
O encanto do encontro
Uma dança de palavras
Namorando os sentimentos
Montanhas saem do lugar
O mar sobrevoa o céu
O coração assiste
Repousa no fim
Uma dança de palavras
Abraço aberto
Explode colado
Mistura no fundo
Sacudindo vem a tona
Gosto suave
Acolhendo o paladar
Trás de volta
Pode rir eu sei
Abraço aberto
Agora sim
É você pra valer
Não tem vez
Nem lua com sol
Chuva ou deserto
Vento leva
Pra longe
Um bocado de feliz
Pra essa gente
Poder sorrir de verdade
Que confusão o que
Cadê o caos
Me dê a mão
Segura firme
Sabe quando
O filme passa
E você precisa acordar
A emoção tem seu valor
Explode no peito
Faz qualquer sentimento
Ser mais
E não engana
Só aproxima o olhar
Já dei tantas voltas
Que estou tonto
Nem vejo a direção
Como ganhar o eixo
O momento pede
Muitos beijos
Te desafio a perder a coragem
E atirar a roupa no canto
Sentir o medo
Tomando conta
Com um desejo absurdo
Aprender com o avesso
Nem fiquei sabendo
Que aquela luz
Na janela escondia
Um retrato na mesa
Era sim
Um olhar nostálgico
É debaixo pra cima
Que balança
As pontas são nobres
Ganham beleza
Enquanto um descansa
O outro fica no topo
Gangorra
Não ficou esquecido
O beijo nos pés
Catando conchas
Do Leme ao Arpoador
Várias tribos
Aquele olhar de praia
Namorando a saudade
Que não desgruda do coração
Já houve um tempo
Que desistia
De ter paciência
E descobrir
Que não existia
Ter paciência
Demorei a ver
O que era necessário
Ser paciência
Estava tão perto
Que não pude
Nem adivinhar
Tropecei perdendo
As meias curtas
Não cobriam
O susto fazia parte
Fantasia e monstros
Dia das bruxas
Só seria necessário
Abraçar o infinito
Se tivesse
Essas pernas e abraços
Que mergulhassem
No sabor do dia
Não esqueço o teu olhar
A pimenta esquenta
O sentimento arde
Ganha além do tempero
Uma sede insaciável
Salva os distraídos
Pra apagar o incêndio
Muita água
Tateando os sentidos
Segurando o lugar
O prefácio namorando
O prólogo saindo da timidez
O que era uma vez
Já vai longe
Do meio até o final
Ainda escolho ler
Sentir suas páginas
Meu livro
O livro oxigena o pensamento
Desafia o coração
Dar um bom mergulho
No abismo sempre
Revela sem amarras
Uma dança de palavras
Que seguem
A vida como narrativa
O livro é a versão mais avançada
De quem ousou
Destilar até ficar de ressaca
Um brinde à vida
Cada um ler como quiser
Ou até pula
Aquele labirinto
De tantos detalhes
Pra descobrir o fim
O livro melhor companheiro
É um abrir de páginas
Odisséia ímpar
Devorando a imaginação
Nem te conto
O pensamento delira
O texto ganha
Mais que imagens
A dedicação nasce
No sentimento do livro
Livro sem orelha
Será que tem problema
Tem um ar de desprezo
Faltando manuseio
Mal sai da capa
Cai no esquecimento
Ou não encontrou
Leitor com orelha
Sabia que ia usar
Isso contra mim
Diálogos amorosos
São buscas
Que desatam
O desafio de cada nó
O veneno da cobra
Ajuda quando precisamos
De uma hora pra outra
Tô assim deslumbrado
Cabeça no ar
Pé de vento
Arranca furacão
Por onde passo arranco
Até as raízes
Só sossego
Quando amanheço
Com seu olhar
Na leveza da pena
Nascia o escritor
No suplício da inspiração
Um olhar distante
Conquistando detalhes
Que enriqueciam a natureza
De qualquer que fosse
O coração do leitor
Copo de geléia
Era um troféu no bar
Com pão e manteiga
Ovo cozido
De cores
Roxo e rosa
Tinha até mesa de sinuca
Palito de dente
Prato feito
Se comia em pé
Goiabada cascão
Sinto muita falta
De gentilezas
Da xícara no pires
Do chá das seis
Onde foi parar
O olhar do bonde
Só ficaram os arcos
Morro dos prazeres
É difícil de acreditar
Caminhada longa
Cada lugar
Não daria tempo
De ir em todos
E chegar nesse momento
Vendo flores
Que nuvem é essa
Demora a passar
Quero ver
O luar azul
Sentimento bom
Esse olhar
Namorando a noite
Amordace o silêncio em palavras
Suaves no coração
Abrande o impossível
Acima sempre
O sentimento abraça
Em todos acredite
Irradie o que te faz melhorar
O almoço esfria
O apetite passa
Detalhes acordam
A foto busca o passado
A lente ganha o foco
Óculos escuros
Se fosse pra correr
A paisagem morreria
Perderia a cor
A flor esqueceria
Pólen sem abelha
Regar a vida
É beber sem pressa
Pra descobrir o mergulho
Encontre cada calo
Que de suas mãos nascem
Não tem desculpas
Até os pés sabem o valor
De cada calo na vida
Na ponte existia um lago
Que bebia da fonte
Os seres olhavam
O brilho das águas
Refletiam bem
Que o beijo dure
Não dar descanso
Acelera o coração
Queima a pele
E ainda diz
Calma
Tudo está
Em paz
Tirar tudo
Perde o clima
A fantasia rasga
Praia sem ondas
Olhar com lágrimas
O que se esconde
Tá no que se veste
Quando escrevo
Tiro um peso de mim
Alegria escondida
Detalhes viram palavras
Que entoam o silêncio
Que os olhos fazem
Pra escolher com saudade
Quando termino
De ler o livro
Sim você sabe
Não adianta se esconder
Tanto de mim
Assim aumenta
Fica melhor
Ganha cor
Estou em pedaços
Sim você sabe
Há muita coisa
Que não me lembro
As lágrimas da chuva
Confundem muito
Inundam o coração
Uma tempestade
E um olhar tranquilo
Foi além do beijo
Que o infinito dar
Pelas manhãs
Saboreia forte
Cada desejo
Que ainda se encontra
Fugindo dos sonhos
Longe de mim
Incansável desejo
Areia molhada
Beijando os pés
A maré sentindo
Que as pegadas
Desmancham
Longe de mim
Cria um embaraço
Levar um susto
Cair no chão
Espalhar as idéias
Ocupar um espaço
Que antes parecia
Tão seguro
Casca de banana
Esqueci o bife na panela
Acebolado me olhando
Esperando o sentimento
Que saboreia até a sobremesa
O estômago ronca
Como uma sinfonia
A harmonia é uma busca
Cadê a harmonia
Que fome
De um lugar trouxe você
Onde fica a cachoeira
Que chorando
Como lágrimas
Escolhem nas margens
Uma rede pra repousar
Um ninho que alimenta
E poe na boca
O cantar da noite
Fazer mais
Deixar com você
Buscar menos
Aborrecimento
Sentimento de conquista
O mesmo gosto
Simplesmente erguer
O olhar de bambu
Fazer mais
Deixar com você
Buscar menos
Aborrecimento
Sentimento de conquista
O mesmo gosto
Simplesmente erguer
O olhar de bambu
Sem escrever
Vi o propósito
Do diário em branco
Diálogo calado
Lábios cerrados
Um silêncio libertador
Tão transparente
E a chuva escondia
Sem escrever
Perdi o guloso
Que existia em mim
O suculento prato
Esqueceu o prazer
Quero uma explicação
O sentimento enjoou
Ou o caminho de casa
Ganhou vida melhor
Era só pra dizer
O quanto é longe
Cada olhar
Era só pra dizer
Que o sentimento muda
Mesmo que tudo passe
Era só pra dizer
Que os dias se foram
E alegria virou saudade
Era só pra dizer
Lembro o abraço perdido
No momento que olho
E admiro o mar
No namoro das gaivotas
Atravesso o mundo
Sem perder de vista
O que me faz tão bem
Lembro o abraço perdido
Gostaria de ficar
Bem próximo
Descobrir o que se esconde
Tanto entre as folhas
Sentir a altura
Lá fora no topo
Avistar as outras
Altas como você
Beijar forte
A floresta
Espero que esteja
Se escutando
Percebendo o eco
Que ganha contornos
No reflexo que existe
Pra aproximar seu coração
Do meu olhar
Quem dar asas
Sabe o valor
O chão espelha
Bem o que parece longe
E sempre está
No alcance
Nada tem um sentido
Tão forte como rever
Por onde passou
E perceber que mudou
A árvore tá lá
Bem maior
E dando frutos
O bem te vi amanhece
Só no melhor da festa
Se descobre o melhor
Nada de mistério ou surpresa
Um suspiro que se prolonga
Extasiando o coração
Quem desconhece
Ainda vai encontrar
Não desanime nunca
Coração azul
Não sou mais
Quem eu era
E tampouco o que serei
Deve ser a mudança
De pele que o olhar
Pede como despedida
Num balançar da rede
O corpo descansa
Pela eternidade
Espero sua vez
Gratidão presente
De uma torcida febril
Aquelas de arrancar
Delirar no fôlego
O nevoeiro tem um ar
De disfarce e baile
A fantasia da natureza
Espero sua vez
Não me leve a mal
Te conheço de longas datas
A falta que sinto
Demorei a entender
Não vem de fora
Fico a pensar
Por que demorei
A perceber
Despedaçando o vestido
Que se rasga com o tempo
Devorando sem pena
O presente num suspense
A fome tem razão
Mar sem ondas
Sentimento retrô
Não fique assim
Sei que um dia
Atrás do outro
Não convence
Como um beijo
Que encontra
A saudade tem sabor
Deixa o coração mais leve
Arranca a certeza
Que perturbava
Faz da ausência
Um brilho no olhar
Sem demorar
Está colado
No beijo do dia
Um lugar nos seus olhos
Onde o amor acontece
É muito bom
Sentir seu cheiro
Silêncio batendo forte
Aqui dentro
E olhar querendo
Pular todos sentimentos
Olhando o mar sem luar
De uma espera incontrolável
Dou uma olhada simples
Tentando abrir o sentimento
O que se esconde
Atrás do monte
De areia que se espalha
Entre as dunas
Deserto azul
O não falar da gente
Nos leva a lugares distantes
Paradoxalmente estamos
Bem mais perto
Do que antes
Sem passado ou futuro
Poesia quântica
A intensidade dar o calor
O temperamento da vida
Que exala e irradia
Com o jeito de cada um
Existe um olhar
Que une bem
O coração nunca está sozinho
Entre o balanço e o sol
Existe uma paisagem
Que vem devagarzinho
Acordando o dia
Dando um beijo sincero
Fazendo brilhar
O encanto da vida
Entre o balanço e o sol
Trago em mim
O que desconheço
Páginas vazias
Ganham riquezas
E quem dar valor
Ganha o sentimento
A verdade que acompanha
Os que sabem amar
Sem pedir nada em troca
Bastou encostar
Outro arrepio
A corrente se abriu
O pássaro ainda não sabe
Que a paixão passa
O anel perdeu o dedo
Pra que soubesse
A união que se aproxima
Tem o jeito que sempre pediu
Me admira você
Esquecer do abraço
Entrelaçando um olhar
De uma dança de salão
Um tempo onde as velas
Eram mais na noite
Os cavalos ainda são
Como um coração apaixonado
Me admira você
Perdi algo
Naquele meio tempo
Um reflexo
Ficou preso
Espelho partido
Catando os pedaços
A chuva caindo
Faz falta
Um ombro amigo
Não existe um tratado
Específico no beijo
No mergulho que estica
Até o fundo
Entre beslicar e morder
Um grande prazer
Que só se satisfaz
Com outro beijo
Eu sou o desafio
Soltando faíscas
Nem portas
Ou janelas
Escondem o momento
Vou além
Pra poder
Te perceber melhor
Poderia dizer
O que me fascina
Se desmancha
Ganha imaginação
Se dilui
Ganha tantos beijos
Que perco a coragem
De colorir
Deixar como está
Aquele banco no jardim
A chave que só abre por dentro
O vento é a pressa que crio
Me faz perder muito
Onde o simples parece longe
Talvez seja a criança
Que se distrai com o brinquedo
Queria te dar um pouco mais
O que não sou não conta
Quem dera saciar
Descobrir o que tanto
Tanto faz
Bem ao coração
Vem pequeno
Tateando a pele
Formigamento elétrico
Criando cores
Um quadro de sentimentos
Desfaz qualquer nó
Nó na garganta
Tirando o véu
Mistério nú
Boquiaberto
No coração da inspiração
Caminho das Índias
Uma pitada leve
Olhar bem acentuado
Pra você
Lembrar de mim
Merecia mais
Tudo em demasia
Catando o beija flor
Girassol tá de olho
Lá debaixo
Um sorriso humilde
A grama repousa
Sentindo o prazer
Merecia mais
Preciso da corrente mágica
Que esvai os desafetos
Abriga o desafio
De fazer o coração
Abraçar com os olhos
Cada paisagem
De uns tempos pra cá
O cadarço do tênis
Chinelo de dedo
Anda folgado
O jeans desbotado
A blusa rasgando
O sentimento de busca
A erosão que pede
O que mudar
Se o olhar insiste
Com o lugar
Despertar o pergaminho
Argumento necessário
O mistério dissolve
As entranhas do coração
Lampejos nascem
Pra que venha a tempestade
E as nuvens possam
Ficar em paz
Seja sincero
E tudo se abrirá
Essa é pra você
Que alcança
Brinca de olhar
Sem precisar
Estar perto
Uma viagem
De encontros
Tempos em tempos
Fazem valer
O jardim da vida
É na música
No cantinho
Lugar comum
Digo que não sei
Mesmo dançar
Uma aliança
Que vem buscar
Nada disso tem importância
Diferente de tudo
É na música
É num toque
Estalar de dedos
Quem é sóbrio desconhece
No alcance nasce
Despenca na chuva
Gota do oceano
No equilíbrio da corda bamba
O poeta delira
É possível
Moldar o sentimento
Desprezar a vontade
O chocolate derreteu
Na solidez do amor
É possível
Antes que o sol me esqueça
Dedico o momento
Pra que a luz
Seja comum caminho
Que as palavras
Sejam ecos
Que de um olhar
Lá bem no horizonte
Na poesia encontre o beijo
De suas flores
Nascem os frutos
E por sua vez
As sementes
Que nada mais
São os olhos
Que a natureza
Propicia aos mansos
Para que aprendam
Tocando o coração
A gente pode ser feliz
Levar pra cima
O prato sujo na pia
Dar preguiça
Um passa ao outro
Até virar um monte
Esquecendo quem começou
Como único culpado eu sou
Sermão da montanha
Desculpas
Nunca vou tirar
O incentivo
De fazer as coisas
Animar sempre
Deixarei o desânimo
Morrendo de fome
Mesmo que tudo pareça
Mais que nublado
Se refresque na chuva
Que limpa além do coração
Que venha o sol
O que desloca
Faz acontecer
Ganha movimento
Gera vida
Um olhar primeiro
Igual ao sol
E com a lua
O descanso sempre
Como uma roda
Que não se cansa de girar
Ei amigo
Canta direito
Bem no colo
Não perca o sossego
Deixe o vento olhar
O caminho se faz
Devagar assim
Lembrando o samba
Quase um Blues
Muita dor
E também esperança
Escorrega do samba
A gafieira real
Salada vai bem com Jazz
Muitas línguas
Caindo a garoa
Partir pra o abraço
Aconchego do mar
Surpreender o beijo
Que a natureza pede
Na trilha sentir
Como é longe
O silêncio do coração
Ninguém sente
Ou nem sabe
Como esse olhar
Que respira
Entre a mata e o mar
E pra descobrir
Onde estou
Olho pra cima
E todos lados
Experimentando o momento
Viagem do louco
Entorpece bem
Escultura e mistério
Que tudo salva
Entre linhas e palavras
Ganhando vida
Obra prima
Tudo que preciso está aqui
Entre o céu e a terra
De um silêncio profundo
Incessante pulsar do coração
Desse olhar ao infinito
Acalme a tempestade
Desperte o momento
Liberte o equilíbrio
Aceite sem o peso
O pássaro não voa
Com o sentimento preso
Entre os grãos de areias
Sinto nos dedos
A ampulheta escorrer
Dar um passeio
Que semeia
O que antes era árido
A estrela nasce
Germina o solo
Sagrado mandamento
O corpo se despede
E de volta a luz
A estrela nasce
Você me leva pra casa
Desembrulha o olhar
Namora a janela
Se esconde da lua
Brinca de solidão
Só pra ficar
Mais perto
Você me leva pra casa
Não posso ver você
O que faz o lugar
Ser bom
Sentimento louco
Que se alimenta
De muitas saudades
Parece que sabe
Usar a intuição
Não posso ver você
Você pode e consegue
Ir sempre mais
Adiante o coração
Respire cada sentimento
Sinta o arrepio
Que se esconde
É tem muito mais
O que muda está
Além do olhar
Deixei você muito tempo
Largado no canto
Sentimento solitário de dizer
Sem abraço
No meio da estante
Havia um livro
Que perdeu a alegria
Indo pra o sebo
Agora sei
Está tudo tão diferente
O quanto faz falta
Só me restou mesmo
A capa do livro
Um chafariz de ouro
Apresenta e acena
Não alaga o olhar
Em suas bordas
Fico quieto
Linda memória
As mãos passeiam
Um barquinho de papel
Quem sabe faz
Acorda o movimento
Recolhe as pedras
Descobre o sabor do vento
Canta forte
Esquece o esqueleto
Voa mesmo
O pássaro do coração
Olhe pra mim
Nem diga
Que o silêncio aproxima
As mãos não percebem
O suor do tímido
Que quer correr
A todo custo
A solidão se afasta
Onde o coração quer muito
Conhecer teu abraço
Está tendo um dia daqueles
Quem nem o sorriso
Até do palhaço
Quer se esconder
Quem sabe escolher
O silêncio amigo
O que era desconforto
Agora faz cócegas
Sem exagero
Nem parece
Que existiu
Algum dia
Assim são
Os sentimentos
Ciganos
Existe sim
O que abre
Caminho faz
Vontade azul
Diante de todos
Que sempre apresenta
Segue em frente
Um abraço forte
Deveria ser
Arte primordial
Em todos momentos
Nada escapa
Olhar mágico
De ensinar
Também aprender
Junto e trocar
Trazer valores
Essenciais ao coração
Mais que um dom
Esse ser que nos dar
Aula única na vida
Obrigado professor
É um parque de diversões triste
Ser este normal
Disciplinado até no coração
Uma ordem impecável
Onde o valor do sentimento
Pesa menos no cotidiano
Quem se atreve
Último da fila
Eu fujo de você
Não corri o bastante
Por isso ando
Tão atrasado
Na busca de um consolo
Olhando o mar
Estirado numa rede
Balançando com a brisa
Que não se cansa de chamar
Não corri o bastante
Você tem idéia
Que nem sempre
Posso olhar
Ou estar por perto
E sentir a saudade
Vir e voltar
Rodear o pensamento
E repousar no coração
Abrindo o dia
Ninguém se aborrece a toa
Se o caldo entorna
O leite derramado
Sangue sobe até os olhos
Abespinhado coração
Diz pra mim
Quem atirou
A última pedra
Ainda está vivo
Onde foge o detalhe
Engulo o sentimento
Bem que tento
Ver o que vento
Passeia entre as folhas
Um longo olhar
Muito verde
Que me cura sempre
Abraço xamã
De um momento ao outro
Ecoa pela mata
Tanto verde
Um silêncio que preenche
Trilhas e mais trilhas
Um olhar de orquídeas
Estrondoso coração
Sinto no teu tronco
Gigante é você
Meu jequitibá
Preciso descontrair a melodia
Bagunçar a harmonia
Juntar tudo
Liquificador do coração
Deixar a música
Ganhar o sorriso
Namore você sabe
De onde veio
Toda inspiração
Que me faz ser
Nem o tempo
Pode esquecer
O infinito está
Bem forte no olhar
Nem mesmo sei dizer
Certas virtudes
Embaraçoso olhar
O que te faz ser
Ganhar vida
Fugir da verdade
O pinoquio não escondia
Muitas vezes mando
A razão pra ponte que partiu
Descambo pra valer na intuição
Faço valer o suor de cada sentimento
Olhar apaixonado
Um universo que seduz
Muito além do poeta
Na clareza do coração
Surgem as palavras
Na clareza da lua
A intuição com leveza
Na clareza das mãos
A ajuda que vem
Na clareza do olhar
Aprender que tudo é luz
Na clareza dos pés
Que são suas asas nesse mundo
Na clareza do coração
O pulsar da vida
Que só te pede amor
Seja claro com você
Fique a vontade
Ignore minha presença
Me olhe como uma sombra
Que só reflete
Por onde passa
Momentos que acordam
Bem mesmo o coração
Mexa com cuidado
Pode ficar refogado
Agarrar lá no fundo
Não presta se colar
Demais tudo
Soltinho é uma delícia
Deixe o coração viver
Era um olhar discreto
Longo e cheio de pretensão
Tinha o suspense
Em cada revelação
Verdadeiros cliques
Pela vida
O filme e as fotos
Bem amareladss
Preto e branco
Tinham outro charme
Não alcanço
O que tanto
Te faz sorrir
O vento tira
O chapéu anima
Cabelo endoida
Um jeito assim
Nunca vi
É de cair o travesseiro
O momento pediu
Tinha que ser
Foi na espuma
Entre as conchas
E muita areia
Saboreando o mar
Eu sou apaixonado
Por suas ondas
Meu mar
Ninguém consegue saber
O quanto me faz bem
Assim chegar
De mansinho
Encostar na pele
Sentir o que mexe
Muita água e suor
Difícil de te encarar
Estou de olho em você
Meu sol
Chocolate
Atração fatal
Da sua cor
Ao sabor
Quanto mais melhor
Te quero
Bem mais
Não largando a saudade
Que me devora
Muito o olhar
Chocolate
Você não é desse lugar
Precisa pedir em dobro
Sem desculpas
Que não entende
E que sabe pisar
Com vontade
Cada chão
Sente seu olhar
Não há o que discutir
Essa lua é sincera
Não se esconde
Entre as nuvens
Apenas aguarda
Um sentimento na noite
Só quero pra mim
Esse pouco de luz
Que vejo querendo
Acordar pela janela
Que me faz sorrir
Mesmo com nuvens ou chuvas
Me dar um calor de criança
É bom saber que nossa amizade
Semeia o coração
Só quero pra mim
Esse pouco de luz
É num cantinho mágico
Que vem a poesia
A doce inspiração
Que acontece
As folhas caem
O irmão vento
Acena refresca
O que o suor
Não esconde
O sentimento nasce
Na glória
Perdi o hábito
De ver a inocência
Esquecer o medo
De acreditar
Que o dia nasce
E descansa na noite
O brinquedo mudou
Cansou o coração
Perdi o hábito
Mordendo a jugular
Liberando a energia
De viver intensamente
Aprender com o coração
Libertar o humor
Recarregar a bateria
Abrindo bem a semana
É bom sentir o momento
O que não existe
Se torna música
Única inspiração
Que desnuda demais
Qualquer que seja
É bom sentir o momento
Quer saber como bate meu coração
É assim mesmo dentro desse sopro
Que as vezes fica muito longe de mim
E nem aprecio o mais simples abraço
Que a vida humildemente
Tem sempre me dado
Além de qualquer lugar
No olhar de um eterno
Saxofone eu vou
De pedacinho em pedacinho
Vai ganhando o jeito
Traços e linhas
Desenham bem
O curioso olhar
Que não para de piscar
Beijando o dia
É um delírio
Te ouvir assim
Casamento perfeito
Sax guitarra baixo
Num duelo amoroso
Onde cada um
Dar a vez
Na melodia
Improviso da vida
Música no coração
Puro Jazz
Poesia nua
Crua de gentilezas
É o meu lugar
Frenesi Jazz
Música que faz flutuar
Onde antes era um mar
Nasce um oásis
Se já não fosse o bastante
O dia vem nascendo
Numa alegria intensa
Que ainda se esconde
Nos poucos raios
Desse olhar inesquecível
Que aprendi a desenhar
Numa folha de papel
Namorando o amanhecer
Seria possível que uma lágrima
Decobrisse o caminho
Pra escoar toda tristeza
E pelas margens pudesse
Espalhar o que sacia
A sede e a fome
De todos seres
Bendito os que choram