31 de out. de 2015

O encanto do encontro

Não te joguei pra longe

Só não pude te ver

E o pressentimento

Esse sim buscava

Lembrando a saudade

Que nunca se cansa

O encanto do encontro

Uma dança de palavras

Uma dança de palavras

Namorando os sentimentos

Montanhas saem do lugar

O mar sobrevoa o céu

O coração assiste

Repousa no fim

Uma dança de palavras

Abraço aberto

Abraço aberto

Explode colado

Mistura no fundo

Sacudindo vem a tona

Gosto suave

Acolhendo o paladar

Trás de volta

Pode rir eu sei

Abraço aberto

Agora sim

Agora sim

É você pra valer

Não tem vez

Nem lua com sol

Chuva ou deserto

Vento leva

Pra longe

Um bocado de feliz

Pra essa gente

Poder sorrir de verdade

O filme passa e você precisa acordar

Que confusão o que

Cadê o caos

Me  dê a mão

Segura firme

Sabe quando

O filme passa

E você precisa acordar

A emoção tem seu valor

A emoção tem seu valor

Explode no peito

Faz qualquer sentimento

Ser mais

E não engana

Só aproxima o olhar

Muitos beijos

Já dei tantas voltas

Que estou tonto

Nem vejo a direção

Como ganhar o eixo

O momento pede

Muitos beijos

Aprender com o avesso

Te desafio a perder a coragem

E atirar a roupa no canto

Sentir o medo

Tomando conta

Com um desejo absurdo

Aprender com o avesso



Um olhar nostálgico

Nem fiquei sabendo

Que aquela luz

Na janela escondia

Um retrato na mesa

Era sim

Um olhar nostálgico

Gangorra

É debaixo pra cima

Que balança

As pontas são nobres

Ganham beleza

Enquanto um descansa

O outro fica no topo

Gangorra

Namorando a saudade que não desgruda do coração


Não ficou esquecido

O beijo nos pés

Catando conchas

Do Leme ao Arpoador

Várias tribos

Aquele olhar de praia

Namorando a saudade

Que não desgruda do coração

Ser paciência

Já houve um tempo

Que desistia

De ter paciência

E descobrir

Que não existia

Ter paciência

Demorei a ver

O que era necessário

Ser paciência

30 de out. de 2015

Dia das bruxas

Estava tão perto

Que não pude

Nem adivinhar

Tropecei perdendo

As meias curtas

Não cobriam

O susto fazia parte

Fantasia e monstros

Dia das bruxas

Não esqueço o teu olhar

Só seria necessário

Abraçar o infinito

Se tivesse

Essas pernas e abraços

Que mergulhassem

No sabor do dia

Não esqueço o teu olhar

A pimenta esquenta

A pimenta esquenta

O sentimento arde

Ganha além do tempero

Uma sede insaciável

Salva os distraídos

Pra apagar o incêndio

Muita água

29 de out. de 2015

Meu livro

Tateando os sentidos

Segurando o lugar

O prefácio namorando

O prólogo saindo da timidez

O que era uma vez

Já vai longe

Do meio até o final

Ainda escolho ler

Sentir suas páginas

Meu livro

O livro oxigena o pensamento

O livro oxigena o pensamento

Desafia o coração

Dar um bom mergulho

No abismo sempre

Revela sem amarras

Uma dança de palavras

Que seguem

A vida como narrativa

O livro melhor companheiro

O livro é a versão mais avançada

De quem ousou

Destilar até ficar de ressaca

Um brinde à vida

Cada um ler como quiser

Ou até pula

Aquele labirinto

De tantos detalhes

Pra descobrir o fim

O livro melhor companheiro

No sentimento do livro

É um abrir de páginas

Odisséia ímpar

Devorando a imaginação

Nem te conto

O pensamento delira

O texto ganha

Mais que imagens

A dedicação nasce

No  sentimento do livro

Livro sem orelha

Livro sem orelha

Será que tem problema

Tem um ar de desprezo

Faltando manuseio

Mal sai da capa

Cai no esquecimento

Ou não encontrou

Leitor com orelha

O veneno da cobra ajuda quando precisamos

Sabia que ia usar

Isso contra mim

Diálogos amorosos

São buscas

Que desatam

O desafio de cada nó

O veneno da cobra

Ajuda quando precisamos

Só sossego quando amanheço com seu olhar

De uma hora pra outra

Tô assim deslumbrado

Cabeça no ar

Pé de vento

Arranca furacão

Por onde passo arranco

Até as raízes

Só sossego

Quando amanheço

Com seu olhar

28 de out. de 2015

O coração do leitor

Na leveza da pena

Nascia o escritor

No suplício da inspiração

Um olhar distante

Conquistando detalhes

Que enriqueciam a natureza

De qualquer que fosse

O coração do leitor

Goiabada cascão

Copo de geléia

Era um troféu no bar

Com pão e manteiga

Ovo cozido

De cores

Roxo e rosa

Tinha até mesa de sinuca

Palito de dente

Prato feito

Se comia em pé

Goiabada cascão

Morro dos prazeres

Sinto muita falta

De gentilezas

Da xícara no pires

Do chá das seis

Onde foi parar

O olhar do bonde

Só ficaram os arcos

Morro dos prazeres

Vendo flores

É difícil de acreditar

Caminhada longa

Cada lugar

Não daria tempo

De ir em todos

E chegar nesse momento

Vendo flores

Namorando a noite

Que nuvem é essa

Demora a passar

Quero ver

O luar azul

Sentimento bom

Esse olhar

Namorando a noite

Amordace o silêncio em palavras

Amordace o silêncio em palavras

Suaves no coração

Abrande o impossível

Acima sempre

O sentimento abraça

Em todos acredite

Irradie o que te faz melhorar

Óculos escuros

O almoço esfria

O apetite passa

Detalhes acordam

A foto busca o passado

A lente ganha o foco

Óculos escuros

Regar a vida é beber sem pressa

Se fosse pra correr

A paisagem morreria

Perderia a cor

A flor esqueceria

Pólen sem abelha

Regar a vida

É beber sem pressa

De cada calo na vida

Pra descobrir o mergulho

Encontre cada calo

Que de suas mãos nascem

Não tem desculpas

Até os pés sabem o valor

De cada calo na vida

Que o beijo dure

Na ponte existia um lago

Que bebia da fonte

Os seres olhavam

O brilho das águas

Refletiam bem

Que o beijo dure

Calma tudo está em paz

Não dar descanso

Acelera o coração

Queima a pele

E ainda diz

Calma

Tudo está

Em paz

Tá no que se veste

Tirar tudo

Perde o clima

A fantasia rasga

Praia sem ondas

Olhar com lágrimas

O que se esconde

Tá no que se veste

Quando termino de ler o livro

Quando escrevo

Tiro um peso de mim

Alegria escondida

Detalhes viram palavras

Que entoam o silêncio

Que os olhos fazem

Pra escolher com saudade

Quando termino

De ler o livro

27 de out. de 2015

Sim você sabe

Sim você sabe

Não adianta se esconder

Tanto de mim

Assim aumenta

Fica melhor

Ganha cor

Estou em pedaços

Sim você sabe

Uma tempestade e um olhar tranquilo

Há muita coisa

Que não me lembro

As lágrimas da chuva

Confundem muito

Inundam o coração

Uma tempestade

E um olhar tranquilo

Fugindo dos sonhos

Foi além do beijo

Que o infinito dar

Pelas manhãs

Saboreia forte

Cada desejo

Que ainda se encontra

Fugindo dos sonhos

Longe de mim

Longe de mim

Incansável desejo

Areia molhada

Beijando os pés

A maré sentindo

Que as pegadas

Desmancham

Longe de mim

Casca de banana

Cria um embaraço

Levar um susto

Cair no chão

Espalhar as idéias

Ocupar um espaço

Que antes parecia

Tão seguro

Casca de banana

Que fome

Esqueci o bife na panela

Acebolado me olhando

Esperando o sentimento

Que saboreia até a sobremesa

O estômago ronca

Como uma sinfonia

A harmonia é uma busca

Cadê a harmonia

Que fome

26 de out. de 2015

E poe na boca o cantar da noite

De um lugar trouxe você

Onde fica a cachoeira

Que chorando

Como lágrimas

Escolhem nas margens

Uma rede pra repousar

Um ninho que alimenta

E poe na boca

O cantar da noite





O olhar de bambu

Fazer mais

Deixar com você

Buscar menos

Aborrecimento

Sentimento de conquista

O mesmo gosto

Simplesmente erguer

O olhar de bambu

O olhar de bambu

Fazer mais

Deixar com você

Buscar menos

Aborrecimento

Sentimento de conquista

O mesmo gosto

Simplesmente erguer

O olhar de bambu

Sem escrever

Sem escrever

Vi o propósito

Do diário em branco

Diálogo calado

Lábios cerrados

Um silêncio libertador

Tão transparente

E a chuva escondia

Sem escrever

Perdi o guloso

Perdi o guloso

Que existia em mim

O suculento prato

Esqueceu o prazer

Quero uma explicação

O sentimento enjoou

Ou o caminho de casa

Ganhou vida melhor

Era só pra dizer

Era só pra dizer

O quanto é longe

Cada olhar

Era só pra dizer

Que o sentimento muda

Mesmo que tudo passe

Era só pra dizer

Que os dias se foram

E alegria virou saudade

Era só pra dizer

Lembro o abraço perdido

Lembro o abraço perdido

No momento que olho

E admiro o mar

No namoro das gaivotas

Atravesso o mundo

Sem perder de vista

O que me faz tão bem

Lembro o abraço perdido

A floresta

Gostaria de ficar

Bem próximo

Descobrir o que se esconde

Tanto entre as folhas

Sentir a altura

Lá fora no topo

Avistar as outras

Altas como você

Beijar forte

A floresta

25 de out. de 2015

Pra aproximar seu coração do meu olhar

Espero que esteja

Se escutando

Percebendo o eco

Que ganha contornos

No reflexo que existe

Pra aproximar seu coração

Do meu olhar

Quem dar asas

Quem dar asas

Sabe o valor

O chão espelha

Bem o que parece longe

E sempre está

No alcance

O bem te vi amanhece

Nada tem um sentido

Tão forte como rever

Por onde passou

E perceber que mudou

A árvore tá lá

Bem maior

E dando frutos

O bem te vi amanhece

Coração azul

Só no melhor da festa

Se descobre o melhor

Nada de mistério ou surpresa

Um suspiro que se prolonga

Extasiando o coração

Quem desconhece

Ainda vai encontrar

Não desanime nunca

Coração azul

24 de out. de 2015

Não sou mais quem eu era

Não sou mais

Quem eu era

E tampouco o que serei

Deve ser a mudança

De pele que o olhar

Pede como despedida

Num balançar da rede

O corpo descansa

Pela eternidade

Espero sua vez

Espero sua vez

Gratidão presente

De uma torcida febril

Aquelas de arrancar

Delirar no fôlego

O nevoeiro tem um ar

De disfarce e baile

A fantasia da natureza

Espero sua vez

Por que demorei a perceber

Não me leve a mal

Te conheço de longas datas

A falta que sinto

Demorei a entender

Não vem de fora

Fico a pensar

Por que demorei

A perceber

Sentimento retrô

Despedaçando o vestido

Que se rasga com o tempo

Devorando sem pena

O presente num suspense

A fome tem razão

Mar sem ondas

Sentimento retrô

A saudade tem sabor

Não fique assim

Sei que um dia

Atrás do outro

Não convence

Como um beijo

Que encontra

A saudade tem sabor

Um lugar nos seus olhos onde o amor acontece

Deixa o coração mais leve

Arranca a certeza

Que perturbava

Faz da ausência

Um brilho no olhar

Sem demorar

Está colado

No beijo do dia

Um lugar nos seus olhos

Onde o amor acontece



23 de out. de 2015

Olhando o mar sem luar

É muito bom

Sentir seu cheiro

Silêncio batendo forte

Aqui dentro

E olhar querendo

Pular todos sentimentos

Olhando o mar sem luar

Deserto azul

De uma espera incontrolável

Dou uma olhada simples

Tentando abrir o sentimento

O que se esconde

Atrás do monte

De areia que se espalha

Entre as dunas

Deserto azul

Poesia quântica

O não falar da gente

Nos leva a lugares distantes

Paradoxalmente estamos

Bem mais perto

Do que antes

Sem passado ou futuro

Poesia quântica

O coração nunca está sozinho

A intensidade dar o calor

O temperamento da vida

Que exala e irradia

Com o jeito de cada um

Existe um olhar

Que une bem

O coração nunca está sozinho

Entre o balanço e o sol

Entre o balanço e o sol

Existe uma paisagem

Que vem devagarzinho

Acordando o dia

Dando um beijo sincero

Fazendo brilhar

O encanto da vida

Entre o balanço e o sol

22 de out. de 2015

Trago em mim

Trago em mim

O que desconheço

Páginas vazias

Ganham riquezas

E quem dar valor

Ganha o sentimento

A verdade que acompanha

Os que sabem amar

Sem pedir nada em troca

Tem o jeito que sempre pediu

Bastou encostar

Outro arrepio

A corrente se abriu

O pássaro ainda não sabe

Que a paixão passa

O anel perdeu o dedo

Pra que soubesse

A união que se aproxima

Tem o jeito que sempre pediu

Me admira você

Me admira você

Esquecer do abraço

Entrelaçando um olhar

De uma dança de salão

Um tempo onde as velas

Eram mais na noite

Os cavalos ainda são

Como um coração apaixonado

Me admira você

Faz falta um ombro amigo

Perdi algo

Naquele meio tempo

Um reflexo

Ficou preso

Espelho partido

Catando os pedaços

A chuva caindo

Faz falta

Um ombro amigo

Com outro beijo

Não existe um tratado

Específico no beijo

No mergulho que estica

Até o fundo

Entre beslicar e morder

Um grande prazer

Que só se satisfaz

Com outro beijo

Pra poder te perceber melhor

Eu sou o desafio

Soltando faíscas

Nem portas

Ou janelas

Escondem o momento

Vou além

Pra poder

Te perceber melhor

Aquele banco no jardim

Poderia dizer

O que me fascina

Se desmancha

Ganha imaginação

Se dilui

Ganha tantos beijos

Que perco a coragem

De colorir

Deixar como está

Aquele banco no jardim

A chave que só abre por dentro

A chave que só abre por dentro

O vento é a pressa que crio

Me faz perder muito

Onde o simples parece longe

Talvez seja a criança

Que se distrai com o brinquedo

Queria te dar um pouco mais

Queria te dar um pouco mais

O que não sou não conta

Quem dera saciar

Descobrir o que tanto

Tanto faz

Bem ao coração

Nó na garganta

Vem pequeno

Tateando a pele

Formigamento elétrico

Criando cores

Um quadro de sentimentos

Desfaz qualquer nó

Nó na garganta

Pra você lembrar de mim

Tirando o véu

Mistério nú

Boquiaberto

No coração da inspiração

Caminho das Índias

Uma pitada leve

Olhar  bem acentuado

Pra você

Lembrar de mim

Merecia mais

Merecia mais

Tudo em demasia

Catando o beija flor

Girassol tá de olho

Lá debaixo

Um sorriso humilde

A grama repousa

Sentindo o prazer

Merecia mais

21 de out. de 2015

Abraçar com os olhos cada paisagem

Preciso da corrente mágica

Que esvai os desafetos

Abriga o desafio

De fazer o coração

Abraçar com os olhos

Cada paisagem

O que mudar se o olhar insiste com o lugar

De uns tempos pra cá

O cadarço do tênis

Chinelo de dedo

Anda folgado

O jeans desbotado

A blusa rasgando

O sentimento de busca

A erosão que pede

O que mudar

Se  o olhar insiste

Com o lugar

Seja sincero e tudo se abrirá

Despertar o pergaminho

Argumento necessário

O mistério dissolve

As entranhas do coração

Lampejos nascem

Pra que venha a tempestade

E as nuvens possam

Ficar em paz

Seja sincero

E tudo se abrirá

Essa é pra você

Essa é pra você

Que alcança

Brinca de olhar

Sem precisar

Estar perto

Uma viagem

De encontros

Tempos em tempos

Fazem valer

O jardim da vida

20 de out. de 2015

É na música

É na música

No cantinho

Lugar comum

Digo que não sei

Mesmo dançar

Uma aliança

Que vem buscar

Nada disso tem importância

Diferente de tudo

É na música

O poeta delira

É num toque

Estalar de dedos

Quem é sóbrio desconhece

No alcance nasce

Despenca na chuva

Gota do oceano

No equilíbrio da corda bamba

O poeta delira

É possível

É possível

Moldar o sentimento

Desprezar a vontade

O chocolate derreteu

Na solidez do amor

É possível

Na poesia encontre o beijo

Antes que o sol me esqueça

Dedico o momento

Pra que a luz

Seja comum caminho

Que as palavras

Sejam ecos

Que de um olhar

Lá bem no horizonte

Na poesia encontre o beijo

Tocando o coração

De suas flores

Nascem os frutos

E por sua vez

As sementes

Que nada mais

São os olhos

Que a natureza

Propicia aos mansos

Para que aprendam

Tocando o coração

19 de out. de 2015

Sermão da montanha

A gente pode ser feliz

Levar pra cima

O prato sujo na pia

Dar preguiça

Um passa ao outro

Até virar um monte

Esquecendo quem começou

Como único culpado eu sou

Sermão da montanha

Que venha o sol

Desculpas

Nunca vou tirar

O incentivo

De fazer as coisas

Animar sempre

Deixarei o desânimo

Morrendo de fome

Mesmo que tudo pareça

Mais que nublado

Se refresque na chuva

Que limpa além do coração

Que venha o sol

Como uma roda que não se cansa de girar

O que desloca

Faz acontecer

Ganha movimento

Gera vida

Um olhar primeiro

Igual ao sol

E com a lua

O descanso sempre

Como uma roda

Que não se cansa de girar

18 de out. de 2015

Lembrando o samba

Ei amigo

Canta direito

Bem no colo

Não perca o sossego

Deixe o vento olhar

O caminho se faz

Devagar assim

Lembrando o samba

Caindo a garoa

Quase um Blues

Muita dor

E também esperança

Escorrega do samba

A gafieira real

Salada vai bem com Jazz

Muitas línguas

Caindo a garoa

Como é longe o silêncio do coração

Partir pra o abraço

Aconchego do mar

Surpreender o beijo

Que a natureza pede

Na trilha sentir

Como é longe

O silêncio do coração

Mata e o mar

Ninguém sente

Ou nem sabe

Como esse olhar

Que respira

Entre a mata e o mar

E pra descobrir

Onde estou

Olho pra cima

E todos lados

Obra prima

Experimentando o momento

Viagem do louco

Entorpece bem

Escultura e mistério

Que tudo salva

Entre linhas e palavras

Ganhando vida

Obra prima

17 de out. de 2015

Tudo que preciso está aqui

Tudo que preciso está aqui

Entre o céu e a terra

De um silêncio profundo

Incessante pulsar do coração

Desse  olhar ao infinito

Pássaro não voa com o sentimento preso

Acalme a tempestade

Desperte o momento

Liberte o equilíbrio

Aceite sem o peso

O pássaro não voa

Com o sentimento preso

O que antes era árido

Entre os grãos de areias

Sinto nos dedos

A ampulheta escorrer

Dar um passeio

Que semeia

O que antes era árido

A estrela nasce

A estrela nasce

Germina o solo

Sagrado mandamento

O corpo se despede

E de volta a luz

A estrela nasce

Você me leva pra casa

Você me leva pra casa

Desembrulha o olhar

Namora a janela

Se esconde da lua

Brinca de solidão

Só pra ficar

Mais perto

Você me leva pra casa

Não posso ver você

Não posso ver você

O que faz o lugar

Ser bom

Sentimento louco

Que se alimenta

De muitas saudades

Parece que sabe

Usar a intuição

Não posso ver você

O que muda está além do olhar

Você pode e consegue

Ir sempre mais

Adiante o coração

Respire cada sentimento

Sinta o arrepio

Que se esconde

É tem muito mais

O que muda está

Além do olhar

Capa do livro

Deixei você muito tempo

Largado no canto

Sentimento solitário de dizer

Sem abraço

No meio da estante

Havia um livro

Que perdeu a alegria

Indo pra o sebo

Agora sei

Está tudo tão diferente

O quanto faz falta

Só me restou mesmo

A capa do livro

Um barquinho de papel

Um chafariz de ouro

Apresenta e acena

Não alaga o olhar

Em suas bordas

Fico quieto

Linda memória

As mãos passeiam

Um barquinho de papel

Pássaro do coração

Quem sabe faz

Acorda o movimento

Recolhe as pedras

Descobre o sabor do vento

Canta forte

Esquece o esqueleto

Voa mesmo

O pássaro do coração

Conhecer teu abraço

Olhe pra mim

Nem diga

Que o silêncio aproxima

As mãos não percebem

O suor do tímido

Que quer correr

A todo custo

A solidão se afasta

Onde o coração quer muito

Conhecer  teu abraço

16 de out. de 2015

Está tendo um dia daqueles

Está tendo um dia daqueles

Quem nem o sorriso

Até do palhaço

Quer se esconder

Quem sabe escolher

O silêncio amigo

Os sentimentos ciganos

O que era desconforto

Agora faz cócegas

Sem exagero

Nem parece

Que existiu

Algum dia

Assim são

Os sentimentos

Ciganos

Um abraço forte

Existe sim

O que abre

Caminho faz

Vontade azul

Diante de todos

Que sempre apresenta

Segue em frente

Um abraço forte

15 de out. de 2015

Obrigado professor

Deveria ser

Arte primordial

Em todos momentos

Nada escapa

Olhar mágico

De ensinar

Também aprender

Junto e trocar

Trazer valores

Essenciais ao coração

Mais que um dom

Esse ser que nos dar

Aula única na vida

Obrigado professor

Eu fujo de você

É um parque de diversões triste

Ser este normal

Disciplinado até no coração

Uma ordem impecável

Onde o valor do sentimento

Pesa menos no cotidiano

Quem se atreve

Último da fila

Eu fujo de você

14 de out. de 2015

Não corri o bastante

Não corri o bastante

Por isso ando

Tão atrasado

Na busca de um consolo

Olhando o mar

Estirado numa rede

Balançando com a brisa

Que não se cansa de chamar

Não corri o bastante

Abrindo o dia

Você tem idéia

Que nem sempre

Posso olhar

Ou estar por perto

E sentir a saudade

Vir e voltar

Rodear o pensamento

E repousar no coração

Abrindo o dia

13 de out. de 2015

Ninguém se aborrece a toa

Ninguém se aborrece a toa

Se o caldo entorna

O leite derramado

Sangue sobe até os olhos

Abespinhado coração

Diz pra mim

Quem atirou

A última pedra

Ainda está vivo

Abraço xamã

Onde foge o detalhe

Engulo o sentimento

Bem que tento

Ver o que vento

Passeia entre as folhas

Um longo olhar

Muito verde

Que me cura sempre

Abraço xamã

12 de out. de 2015

Jequitibá

De um momento ao outro

Ecoa pela mata

Tanto verde

Um silêncio que preenche

Trilhas e mais trilhas

Um olhar de orquídeas

Estrondoso coração

Sinto no teu tronco

Gigante é você

Meu jequitibá

Deixar a música ganhar o sorriso

Preciso descontrair a melodia

Bagunçar a harmonia

Juntar tudo

Liquificador do coração

Deixar a música

Ganhar o sorriso

11 de out. de 2015

Namore você sabe de onde veio

Namore você sabe

De onde veio

Toda inspiração

Que me faz ser

Nem o tempo

Pode esquecer

O infinito está

Bem forte no olhar

10 de out. de 2015

O pinoquio não escondia

Nem mesmo sei dizer

Certas virtudes

Embaraçoso olhar

O que te faz ser

Ganhar vida

Fugir da verdade

O pinoquio não escondia

Muito além do poeta

Muitas vezes mando

A razão pra ponte que partiu

Descambo pra valer na intuição

Faço valer o suor de cada sentimento

Olhar apaixonado

Um universo que seduz

Muito além do poeta

Oração na clareza

Na clareza do coração

Surgem as palavras

Na clareza da lua

A intuição com leveza

Na clareza das mãos

A ajuda que vem

Na clareza do olhar

Aprender que tudo é luz

Na clareza dos pés

Que são suas asas nesse mundo

Na clareza do coração

O pulsar da vida

Que só te pede amor

Seja claro com você

Fique a vontade

Fique a vontade

Ignore minha presença

Me olhe como uma sombra

Que só reflete

Por onde passa

Momentos que acordam

Bem mesmo o coração

9 de out. de 2015

Deixe o coração viver

Mexa com cuidado

Pode ficar refogado

Agarrar lá no fundo

Não presta se colar

Demais tudo

Soltinho é uma delícia

Deixe o coração viver

Tinham outro charme

Era um olhar discreto

Longo e cheio de pretensão

Tinha o suspense

Em  cada revelação

Verdadeiros cliques

Pela vida

O filme e as fotos

Bem amareladss

Preto e branco

Tinham outro charme

8 de out. de 2015

É de cair o travesseiro

Não alcanço

O que tanto

Te faz sorrir

O vento tira

O chapéu anima

Cabelo endoida

Um jeito assim

Nunca vi

É de cair o travesseiro

Meu mar

O momento pediu

Tinha que ser

Foi na espuma

Entre as conchas

E muita areia

Saboreando o mar

Eu sou apaixonado

Por suas ondas

Meu mar

Meu sol

Ninguém consegue saber

O quanto me faz bem

Assim chegar

De mansinho

Encostar na pele

Sentir o que mexe

Muita água e suor

Difícil de te encarar

Estou de olho em você

Meu sol

Chocolate

Chocolate

Atração fatal

Da sua cor

Ao sabor

Quanto mais melhor

Te quero

Bem mais

Não largando a saudade

Que me devora

Muito o  olhar

Chocolate

Cada chão sente seu olhar

Você não é desse lugar

Precisa pedir em dobro

Sem desculpas

Que não entende

E que sabe pisar

Com vontade

Cada chão

Sente seu olhar

7 de out. de 2015

Sentimento na noite

Não há o que discutir

Essa lua é sincera

Não se esconde

Entre as nuvens

Apenas aguarda

Um sentimento na noite

Só quero pra mim esse pouco de luz

Só quero pra mim

Esse pouco de luz

Que vejo querendo

Acordar pela janela

Que me faz sorrir

Mesmo com nuvens ou chuvas

Me dar um calor de criança

É bom saber que nossa amizade

Semeia o coração

Só quero pra mim

Esse pouco de luz

6 de out. de 2015

Na glória

É num cantinho mágico

Que vem a poesia

A doce inspiração

Que acontece

As folhas caem

O irmão vento

Acena refresca

O que o suor

Não esconde

O sentimento nasce

Na glória

5 de out. de 2015

Perdi o hábito

Perdi o hábito

De ver a inocência

Esquecer o medo

De acreditar

Que o dia nasce

E descansa na noite

O brinquedo mudou

Cansou o coração

Perdi o hábito

Mordendo a jugular

Mordendo a jugular

Liberando a energia

De  viver intensamente

Aprender com o coração

Libertar o humor

Recarregar a bateria

Abrindo bem a semana

4 de out. de 2015

É bom sentir o momento

É bom sentir o momento

O que não existe

Se torna música

Única inspiração

Que desnuda demais

Qualquer que seja

É bom sentir o momento

No olhar de um eterno saxofone eu vou

Quer saber como bate meu coração

É assim mesmo dentro desse sopro

Que as vezes fica muito longe de mim

E nem aprecio o mais simples abraço

Que a vida humildemente

Tem sempre me dado

Além de qualquer lugar

No olhar de um eterno

Saxofone eu vou

3 de out. de 2015

Beijando o dia

De pedacinho em pedacinho

Vai ganhando o jeito

Traços e linhas

Desenham bem

O curioso olhar

Que não para de piscar

Beijando o dia

2 de out. de 2015

Puro Jazz

É um delírio

Te ouvir assim

Casamento perfeito

Sax guitarra baixo

Num duelo amoroso

Onde cada um

Dar a vez

Na melodia

Improviso da vida

Música no coração

Puro Jazz

Poesia nua crua de gentilezas

Poesia nua

Crua de gentilezas

É o meu lugar

Frenesi Jazz

Música que faz flutuar

Onde antes era um mar

Nasce um oásis

Namorando o amanhecer

Se já não fosse o bastante

O dia vem nascendo

Numa alegria intensa

Que ainda se esconde

Nos poucos raios

Desse olhar inesquecível

Que aprendi a desenhar

Numa folha de papel

Namorando o amanhecer

1 de out. de 2015

Bendito os que choram

Seria possível que uma lágrima

Decobrisse o caminho

Pra escoar toda tristeza

E pelas margens pudesse

Espalhar o que sacia

A sede e a fome

De todos seres

Bendito os que choram