Estou assustado
Não sei pra que lado correr
Ou simplesmente silenciar
E sentir a respiração
Quase parar
E sentir sem medo
O coração novamente pulsar
Estou assustado
Não sei pra que lado correr
Ou simplesmente silenciar
E sentir a respiração
Quase parar
E sentir sem medo
O coração novamente pulsar
As vezes, o caminho muda de lugar
Ou tudo fica diferente
E melhor ainda
O pensamento mergulha no coração
E retorna inspirado
De que nada é como antes
A ferida não cura
Mas, alimenta a saudade
Na cicatriz surge a esperança
Vamos espernear pela vida
Gritar pra valer
Aproximar o sentimento
Arregalar o olhar
Beijar o chão
Sem deixar cair
O que o melhor do seu coração
Pode sempre fazer por você
A raiva supera obstáculos
Desafia sem perdão
Avança e desmancha
Esquece o passado
Reconstroi o presente
A raiva vai além da implicância
Teima e queima sempre
Cuidado com a sua raiva
É distraído que brinco
Observo, admiro
Os caminhos do cavaquinho
Demoro a perceber
Apenas quatro cordas
Que se embaralham
E me causam embaraço no coração
Ainda aprendo
Com sincero amor
Muitos segredos em silêncio
Quem supera
Não esquece
Nem perde a vez
De ser mais confiante
Tem um entusiasmo
Que contagia
Uma sala de espera
É puro coração de viver
Sabe mudar
A cor do dia
A expectativa é o fôlego
E ansiedade como palha
Queima o momento
Nem tem como chegar antes
Como correr sem saber pra onde ir
No máximo, a expectativa nasce
Ocupar o espaço antes
Sem expectativa, vem com a experiência
É uma viagem
O desenrolar do macarrão
Descobrindo o garfo
E despertando sabores
A língua vibra
Numa emoção faminta
O macarrão tem a magia
De alimentar meu humor
Aprendi com o mar
Que só posso sair
Através das ondas
Sem as ondas é outro caminho
Da correnteza e a maré
O maior ver no menor
A união amorosa
De cada dia por vez
É de um jeito forte
Que os sentimentos emperram
O coração dispara
Dando sinal
Que o furacão arrasta
Tudo a sua volta
E só sossega
Quando encontra
O tal de equilíbrio
Que nervoso doido
Existem segredos e lendas
Mergulham e habitam
As profundezas do coração
Arrancam lágrimas e sorrisos
Deixam pegadas firmes
E voam como sementes
Verdadeiras lições
De uma forma
Ou de outra
Estamos por aí
Espalhados, esparramados
Jogado ao vento
Feito folha
Que só cai
Quando precisa
Semear o chão
É na simplicidade
Que nos reconhecemos
Melhor que os defeitos
E não tem como
Perder de vista
A sombra do que somos
Através da luz
A beira do simples
Bem simples
Simplesmente, a vida
Vejo você no barco
No balançar das ondas
Sem lugar comum
Através dos olhos
Um novo sentimento
Mergulha o coração
O barco leva
Quem fica não esquece
Lá longe o mar
O impacto absorve
E encolho para sentir
Melhor o momento
Que se aproxima
Atinge em cheio
Um passeio no coração
Já busquei
Com muito esforço
Entender vários sonhos
Especialmente os pesadelos
Acordar bem suado
Tremores no pensamento
Fazem o coração gritar
Pelo avesso, o desconforto
O pesadelo tem resposta
Mas, ainda me preocupo
Com a pergunta
Que não sonhei
O desencontro é um caminho
Quem tem outra curva
Um jeito diferente
De ver a vida
Através do coração
Sem pisar o outro
Várias palavras
Levam o olhar
Outros desencontros
No final do dia
Só temos as pessoas
Em quem confiamos
E erguer o olhar
Sereno através da paz
Que irradia e clareia
A tristeza que rodeia
E não tem passagem
É assim que o coração
Cresce e acredita
Entre a formiga e a cigarra
É molegando
Num arrastar
Sair da cama
Nem sempre é
Uma alegria que contagia
Aconchegante esse olhar
Que desperta mais um dia
Bem molenga
Aprecio esse jeito louco
Torto de abraçar a vida
Segurar o coração por um fio
E num folego especial
Sorrir num grito
Além da bola
Um gol
O barco só afunda
Quando esquecemos a âncora
E o cais é porto seguro
Se soubermos descansar
Tudo tem seu tempo
O mar leva com a maré
O que a corrente ensina
Além do barco
Navega um coração
O que amanhece
Que se despe no olhar
E de várias maneiras
No íntimo revela em parte
Como o dia vai ser
Dar um ritmo novo no coração
Essa bússola de sentidos
Como um estranho no ninho
Em cada canto um olhar
Um mistério que se abre
Alguns sorrisos nascem
Só me resta entrar
Na dança, em silêncio
De tão devagar
Quase não percebo
O que se esconde
Sentimentos que silenciam
Alimentam de saudade
A solidão, as vezes volta
Como numa música
Fica preso no pensamento
Eu vi uma flor
Nascendo do nada
Indo pra vários lugares
Sei que só alguns poderei
Conhecer e aprender
A flor olha a luz
Como um girassol
Eu ainda não sei
Como sem olhos
Ela sabe o caminho
Deixa disso
Larga o vestido
Existe o feitiço
Ninguém desespera
Que a lua espera
Escorrega no sono
Tira um ronco
Cadê a rima
Nem vi
Olho pra pizza
E várias camadas de queijo
Misturam o sabor
Do oregano a azeitona
Fatias separam
Numa busca frenética
Sacia o momento
Fria ou quente
E a lenha me causa suspiros
A pizza passeia
Os olhos teimam
Resisto ao sono
Que quer me levar
Pra um mundo de sonhos
De uma tentação verdadeira
Seduz o corpo pelo cansaço
O sono vem
Pra alguns o fim de tudo
E pra outros, novos caminhos
A pele morre ou se renova
Seu cabelo embranquece ou morre
Uns ficam com mais paciência
Ou o humor zera com a idade
Faça chuva ou faça sol
O dia nasce e morre
Você é de morte ou de nascer
Dias de chuva
Escondem o sol
O mar tem outra cor
Calçadas vazias
A cidade flutua
Num olhar pela janela
Olhando cada pingo
Despencar das nuvens
A chuva é um mistério
O que faz o dia brilhar
Está além
Além do coração
Pois, sempre existirão desafios
Desafios que nos darão alegrias
E também lágrimas
Esteja nublado, chuvoso ou sol
É fato
O que faz o dia brilhar
Está sempre em voce
Vamos beliscar a vida?
Não sei quem eu sou
Ou fui algum dia
Mas, vou desvendando
E de mistério em mistério
Tudo muda de figura
A roupa cai bem
E o espelho diz
Não sei quem eu sou
E vou sendo
O que preciso aprender hoje
Mergulhar na agenda
Desvendar horários
O quem sabe me perder em detalhes
Ficar dando voltas
E empurrar pra outro
Outro dia pra se aprender
Uma pintura captura a eternidade
A fotografia tem traços ironicos
Do momento que se apresenta
Como uma escultura que se despe
Aprendo com os que amam
Amam as imagens do cotidiano
Mesclo a música num sentimento
E como um mar
As ondas nascem
Pelo horizonte
Uma pintura
De um suave olhar
Que deslizo no coração
É com vontade que subo
Elevo a alegria
Claro que sinto falta
E o que faz falta
É a saudade do que ainda
Vou descobrir
Vamos ver
Se o vento bate a favor
Quem sabe seja
O momento de ser
E não apenas ter
Que venha o sol
Irradie a vida
A gente escreve
Desde que se faça o caminho
Como a canção
Todo dia é dia de viver
Andar de bicicleta
É um sonho ainda
Que mantenho vivo
Nos pedais, o suor, a liberdade
Sentir na orla, a brisa
Até o asfalto ganha cor
São duas rodas que voam
Já tive várias
De vários tipos
De rodinha até de corrida
Já caí muitas vezes
E ainda caio muito
Assim como na vida
Se eu não pedalar
Perco o equilíbrio
É no amanhecer
Que ouço em silêncio
Balanço em meus braços
Aqueço de saudade
Cada clarear do dia
Reconheço que preciso
Muito aprender
Mas, principalmente
Acordar
Pode perguntar
Despir longas respostas
Colorir as intenções
Se debruçar como as gaivotas
Nas ondas que levam
E apenas só descobrir
Que sobre a roupa estendida
No varal espera o sol
Para secar o que se perguntou
E as vezes me calo assim
O que te faz olhar pra frente
Serão pegadas que ficaram
Caminhos esquecidos
Ou guardados com saudade
Impulsionar como uma mola
Que encolhe e estica
Esperar o momento
Aproveitando sempre
O que a vida dar
E também tira
Existem lugares e momentos
Que são tesouros sempre
Faz o tempo deslizar
Voar com muita saudade
Onde a memória desencontra
E como uma borracha
Nasce o que se esquece
E fica o que se precisa
Como um desafio
Me desfaço de tantas coisas
Desperdício ou inconveniente
Inconveniente é a rebeldia
Que assumo e consome o coração
De teimosia constante
Coragem muitas vezes insana
E por sua vez se revela
Um tesouro perdido
Que custo acreditar
É o que me salva sempre
A natureza namora bem
E os olhos passeiam
No exemplo do dia a dia
As folhas beijam a calçada
Formam um tapete
Verde como um caminho
Que namora o horizonte
Quem pensa que namorar
O próximo é o máximo
Não sabe namorar a essência
O que o coração tem de melhor
Que é unir o que separa o amor
Namorar é deixar o amor entrar
Sempre sem pedir
Sou algo cru
Mal temperado
Fugindo das panelas
Mergulho entre as tribos
Saboreio esses corações
Admiro a coragem de cada trilha
Busco essa paz
Que se distancia
Quando me aproximo
Mas, dou um beijo na paciência
Que me faz pular da cama
Cuide bem
Da vida que lhe resta
A luz do sol está em seus olhos
Enquanto houverem lágrimas
Eu sou um barco que veleja
Sem vento esperando a maré
Aguardando a última vez
Não deixe que o absurdo da gaiola
Viva prendendo o melhor de você
Ainda há tempo
Cuide bem
Namorar o olhar
O dia chuvoso espalhando
Como lágrimas pela janela
Desperta sem pedir
Mesmo cheio de nuvens
Sempre fui de encarar
E o desafio de sentir
O dia amanhecer
Quando a chuva vem
É o retrato que fica
Um coração num dia de chuva
Ficar dando voltas
Além de ficar tonto
Não te leva a lugar nenhum
Ponto de partida ou chegada
Tanto faz
Quem não arrisca
Fica sem saber
O que precisa mudar
Entre perdas e ganhos
A vida só despedaça
Quem pensa que é inteiro
Os anos passam
Esqueço que pesa
O silêncio é a luz
Que busco
A alegria do meu vira lata
É o seu lamber e latido
De sempre de me ouvir
Cantar e tocar
Me cansei de ficar mudo
Como aquela canção
De um olhar curioso
Feito criança
Descubro a esperança
Espelho meu
Me diz por que a vida voa ?
O coração esse eterno mergulho
Devolve a saudade
Ou pelo menos guarde
O meu sorriso
Nunca perca
O sentido da vida
Voce faz sentido sim
Os sentidos podem levar
Abrir novos caminhos
Rever antigas idéias
Faz sentido e o coração acena
Eleve o olhar e vá fundo
Onde apenas voce acredita
Além dos sentidos
Já desejou ser outra pessoa
Apenas fugir de sua vida ?
E vendo esse pensamento
Algo a mais se conforta
Um elo que acorda e se arrasta
Numa correnteza de desejos
De que nada ficou pra trás
Mas, sempre esteve na sua frente
E bastava um leve e sereno
Encontrar e parar
De se esconder
Uma cachoeira de sentimentos
Invade o olhar
Uma janela entreaberta
Relembra que o sol não esconde
O chão parece voar
Nem tudo está em seu lugar
Mas, precisa estar
E através de cada medo
Avançar mais um dia
É óbvio se tudo fosse possível
A escada seria sem degraus
Não existiriam curvas no caminho
O longe perderia seu valor
O amor nunca abandonaria o coração
E todos dias seriam
O meu aniversário é óbvio
Muitos caminhos
Não tem volta
Atravessam o horizonte
E nas fronteiras do coração
Repousam num livre pensamento
Que liberta o sentimento
Na brisa do mar
Um sorriso próximo
É de um equilíbrio genial
Numa balança doida
Onde as mãos seguram
E perguntam sem saber
O interesse maior
Que passeiam por vários
Olhares gulosos
Ávidos
Pra que chegue logo
Cadê o garçom
E a majestosa
Bandeja
O tempo deixa essa sensação
De longe sem perceber
Saudade estando perto
Mistura de lugares
Que acompanham
As personagens
De toda vida
O tempo não leva
Deixa, não o quem
Mas, o que ...
Repete sempre
O que precisamos
Apenas aprender
Com o tempo
Qualquer excesso
É a essência
Do exagero
Que invade
Faz o olhar orbitar
Entorta o coração
E a música dança
Sem par
Numa taça de vinho
Qualquer excesso
É a essência
Do exagero
Que invade
Faz o olhar orbitar
Entorta o coração
E a música dança
Sem par
Numa taça de vinho
Por mais que seja
Uma luz faz brilhar
E aquece o coração
Desfaz o que prende
Eleva o olhar
E tem mais
O que fazer
Quando a vida transborda
Alegria por onde passa?
Onde você esqueceu
A alegria?
Certamente um bom descanso
Perco todas dúvidas
Nada de sede ou fome
Uma respiração leve
Me atiro sem piscar os olhos
Na imensidão do corpo
Que pede depois
De um longo dia
O merecido repouso
Certamente um bom descanso
Não são apenas através
Das atitudes imaginadas
E nem de pensamentos
Arquitetados que chegamos
A beira da perfeição
O agir requer um impulso
Além do coração
Onde a leveza do ser
Se completa
Foi de propósito
Sem querer
Ou tanto faz
Sentimento indiferente
O passado pode levar
E o presente segurar
Um futuro que depende
Qual o propósito
De encarar
Sai do colo
E vamos caminhar
Silêncio no olhar
Pra que tantas chaves
Nem tudo consigo abrir
É como fechadura enferrujada
Emperra, não tem jeito
As vezes, a janela salva
E vira porta
E quem nunca perdeu
Alguma chave
E quem disse
Que o coração não tem chave?
Se tivesse não sofreria tanto
O melhor caminho
É aquele que nos faz bem
Mesmo que cause desconforto
Ensine desafios de todo tipo
Como ervas daninhas
Mas, confundimos muito ainda
O que nos faz bem
Com o que é aparentemente
Agradável
Nem tudo é o que parece ser
Quando olho uma ponte
Sinto algo atravessar
Ir além das mãos
Que foge dos dedos
Só sei que essa ponte me alegra
Alegra o coração
Essa ponte chamo de vida
De um lado ao outro
Me sinto uma ponte
Eu não sou flor que se cheire
As vezes me iludo facilmente
Mas, não vá pelo perfume
Que exalo sem perdão
Onde os sentidos perdem a direção
Nem todos abraços resolvem
O que a sedução afasta
Sentirá falta
Segure firme o coração
Pois, o amor está além dos espinhos
Eu não sou flor que se cheire