Acredite
Você só brilha
Se soltar o que é
Sem ser verdade
Se apaga como vela
E tem mais
Quando sorrir
É quando aperta
Com o coração a poesia
Acredite
Você só brilha
Se soltar o que é
Sem ser verdade
Se apaga como vela
E tem mais
Quando sorrir
É quando aperta
Com o coração a poesia
Sei que seria
Bem capaz
De esperar
Secar as lágrimas
Ver o cacto crescer
E no deserto matar
A sede do momento
A chuva cai
A janela chora
Como lágrimas
No vidro um jeito
Cheio de gotas
Que se espalham
Olhar quieto
Pedindo você
Não sei como o horizonte
Encosta o sentimento
De encontrar o por do sol
Tocando o momento
Na curva do destino
Deve ter um arco íris
Um lugar repleto de estrelas
O infinito tem esse sabor
O vento não leva pra longe
Só movimenta o que precisa
Pra que o novo lugar
Cresça sempre
A semente habita
Onde a busca
É o aprender
Quem sabe o mar
Saiba a saudade
Da areia molhada
De tantos sentimentos
Lágrimas que rolam
Com a maré cheia
Entre as ondas
Meu olhar vira uma gaivota
Que sobrevoa o coração
O prazer do outro está
Onde menos se espera
Nenhum desencontro é casual
Cada eclipse tem seu tempo
Quem gera a dúvida
Tem o atrito
Que alimenta a poesia
De um olhar assim
É o que preciso
Pra começar o dia
Um silêncio que faz
A diferença vem
Com a sua luz
Que me faz sorrir
Dentro o coração agradece
Gostaria se ser
O seu melhor personagem
Que preenchesse bem
As lacunas do coração
Sem solidão
Pudesse namorar
Cada pensamento
Onde você é mais
Como fumaça
O brinquedo se esconde
De mil maravilhas
Nasce o era uma vez
É contagiante não perder
A inocencia da criança
O truque da moeda
O mágico não conta
De uma janela
Vejo debruçar
Um sonho esquecido
No colo um silêncio
Que se agita
Nao tenho
Pra quem contar
Acredito que bastaria
Um pouco desse amor
Nas sombras do coração
O espinho insiste
E não sair
Talvez seja
Orgulho e vaidade
Que não quero largar
Enchi a boca
Despejei palavras
Me arrependi com o vento
O eco devolveu em dobro
O que não sabia
A ignorância me deu
Pra que com o tempo
A saudade soubesse
Não sei de onde veio
Nem pra onde vai
O que fez ou deixou
De fazer ontem
Ou hoje
Só sei que ensina
A brilhar com muito amor
Estrela de Belém
Já misturei muito
Perdi o sabor original
Quebrei a poesia
Que vestia o sentimento
Acreditei no beijo
Desnudando o dia
Pedaços de paz
Atingem em cheio
Com jeito o sentimento
Desnudando a ilusão
Enquanto houver coração
A luz da oração
Sai da lenda
Páscoa
Num sofá esticado
Mal cabe o tamanho
Da vontade que tenho
De viajar sem asas
E pousar no intervalo
Que a saudade grita
Grita muito
O melhor jeito
Vem pronto
Se pensar
Nunca vem
Deixa o vento
Soprar na vela
O leme é você
O barco tem vida
Faz meu coração dançar
Imaginar a vida
Sem espinho
Foto amarelada
Amarrotada no chão
Entre as gavetas
Caiu você
Estou numa mesa vazia
O prato sumiu
O garfo foi embora
A colher saiu a francesa
Virei aperitivo
Um pouco desse sorriso
Pra animar o sentimento
Dia nublado
Tem seu valor
Talvez esconder
Enganar o sol
Gostaria de praticar
Tiro ao alvo
Aquele dardos
No bar embriagado
Me recuso a ficar sóbrio
Quando sinto dor
Poderia negar
De nada adiantaria
Esconder o sabor
Que se espalha no ar
A panela queimou
Quem esqueceu
Sabe o cheiro
Por um instante
Percebi a folha
Que suavemente
Pousava no pensamento
Onde que fui parar
Amo o jeito
Como voce pensa
Abre um olhar intenso
Que ousamos chamar de dia
Dar várias pinturas e pensamentos
Pra que possamos criar
Outros lugares
E nas noites tantas estrelas
Que não cabem num sonho só
Deus te abençoe universo
Não quero sua foto
Minta que está com saudade
Dance esquecendo a música
Afine o coração
Tire o espinho
Lembre que ainda
Existe você
Manter a mente aberta
Passar uma vassoura
Descobrir o lixo
Não se contentar
Com o tapete sacudir
Agitar bem
Pra pousar
De leve no seu olhar
O que é natural flui
Quem emperra
Precisa mudar
A represa prende
O que tem mais
Deixe passar
Um pouco de você
Pra ver a diferença
Estou tão perto
Que esqueço
De amar cada momento
De apreciar o coração
Tecer o desafio
De chorar e sorrir
Como uma pirâmide
Que deixa o mistério
Pra outra vida
Estou aqui por você
Quieto no canto
Parte coração
E a outra saudade
Tocando no piano
A falta que sinto
Anjo caído
Agradeço dando
Um abraço forte
Sentimento puro
Desejo e vontade
Alimentando os sonhos
Deslizando nos pensamentos
Saem pela boca
Boca do poeta
Gostaria de ser de lá
Mas sou daqui
Sem perceber
Creio que nem lá
Nem aqui
Pareço confuso
Em cima do muro
Que eu não perca
O sorriso de cada lugar
Tiro no pé
Tô nada bem
Lembra uma música
Sentindo o gramado
Na orla namorando o mar
No sentimento das ondas
Não faço chover
Nem sei brilhar
Sem nuvens
Por onde anda
Quem sabe
Um pouco mais
Um gole de vida
Um gole importante
O vulcão cospe o que sabe
Quem fica em volta
Se apavora
Quando acorda
Acho que fico assim
Quando saio da cama
O ineditismo tem essa cara
De surpresa com olhar
Inquieto que saboreia
O momento com a cor
Dentro pede muito
Estou habituado
Com uma régua
Diferente
Lugares que parecem
Pousar no coração
Paisagens que me fazem
Encontrar o que sou
Sonhar dar muito trabalho
Realizar então muito mais
Os atalhos atrasam
O que precisamos aprender
Não sair do lugar
Pensando que é bom
Animando a preguiça
Pressinto que o dia voa
Tirando do chão
Alcança a tarde
Invade a noite
Sente a madrugada
Pressinto que o dia voa
É de um alvoroço só
Essa goteira indo embora
Que não vejo
Onde vai dar a trilha
Um silêncio que faz
Dando arrepios
Sair do radar
Viver nas montanhas
Acenando sempre
Pra natureza na janela
Outra música no ambiente
Quem sabe um dia
Volte pra casa
Dando espaço para raiva
Dissipar o medo
O que alimentou
Nem faz falta
O sorriso é o que amo
Por que então
Esquecer de amanhecer
O que você ver
Ninguém ver
Nem sente
O sabor da lágrima
E correr atrás
Tem um sentido estranho
De animar o outro
Estou gritando tanto
Que esqueci
De ficar rouco
Esse mundo
É bem diferente
Do que imaginava
Perde as cores a toa
Fica triste com a chuva
Se alegra com o sol
Quando não dorme
Lembra da lua
Ainda bem
Que todos somos
Diferente
Tentei abrir as mãos
Descobri mais
Que os dedos
Namorei os calos
As unhas queriam
Ser maiores
Mas arranham
O sentimento que abraça
O aperto de mão
Enxergar algo a mais
O que tá escuro
Nada esconde
Só distrai
Faz pensar
Que o longe é sempre
O que é junto
Se chama você
É uma pausa que favorece
Que dar a liga do bolo
Faz o galho
Reconhecer a raiz
Lembrar da flor
Querer o fruto
Melhorar a receita
O bolo da vida
O que tanto devora
E faz vibrar
Acreditar que o dia
Só acorda
Quando a luz
Do coração
Chama mais alto
O luar brilha timidamente
Fugindo das estrelas
Levanta um olhar
Que inspira o simples
Onde menos se espera
Estou sorrindo
Ninguém é tão sóbrio
Que não possa derreter
Uma lágrima
Cutucar a poesia
A vida só pede amor
É um recurso natural
Esse beijo que me invade
A alma que sobrevoa
Não é a toa
Que vim a esse mundo
Aprender sem as asas
Anjo azul
Gosto de beber
De me esconder
De mim mesmo
Me virar pelo avesso
Deixar de ser
Eu mesmo
Prazer passageiro
Me dar esse líquido
Como um ritual
Celebro e peço saúde
E digo é apenas social
Por que bebo mesmo
A explosão não é um lugar apropriado
Pra se esconder em paz
Nem um parque de diversão
Sem diálogo
A explosão tem a intensidade
Do que pensa que não fez
Assim nasce a explosão
Escondi tão bem
Que esqueci
Nas chaves da memória
Mesmo assim estou tranquilo
Devo ter uma boa razão
Para me presentear assim
Criando tantos desafios
Tirando o tédio
Um contador de estórias
Dar todos os sentidos
Cria a vida
Onde menos se espera
Mata a sede
De cada curiosidade
Só após o era uma vez
Atravessar a rua
Sentir o outro o lado
Um mundo novo
A calçada diferente
Lugares que parecem
Nunca mudar
O sentimento tem cor
Faz um tempo
Que não vejo
Seu sorriso por aqui
Por onde tem andado
Essa luz que tanto
Corre do meu olhar
O que tem feito
Pra se esconder
Da alegria do seu coração
A lenda do sorriso
Saudade de você estrela
Que me fazia sorrir
Me dava muitos sonhos
Guiava na noite
Beira mar
Fazia uma festa
No sentimento o coração
É tão longe esse olhar
Que acolhe o horizonte
Derruba a escuridão
Acorda cedo
Num silêncio descobre
O que tanto precisa
Te deixo entrar
Sem nada ver
Um leve sorriso
Sinto tua presença
Um abraço breve
Que passeia
Vento e janela
De uma transparência simples
Tecendo em palavras
O som ganha o sentimento
Que escorrega nas rimas
Encontra o ninho
No sentimento habita a poesia
Descobrir que o lugar tem a mágica
Um tato invisível que arrepia
Faz do céu um palco
Que abre as cortinas
Despindo o horizonte
Acenando sempre
Pode vir
Vou clarear
Nos pequenos gestos nasce o abraço
O calor do momento acelera
Sem correr
Fica mais vivo o momento
Os detalhes crescem
Atingindo o melhor
Um presente que só os simples
Conseguem ver
A tristeza tenta esconder os raios de sol
Enganar a chuva com nuvens
Espalhar cada olhar
Como cartas marcadas
O xadrez sabe o valor da rainha
O xeque-mate só vem
Quando o rei se perde
O que seria dito
Seria pouco
Um mergulho assim
Tem todo sentido
De se encontrar
E de tão escondido
Só vem
Após o arco íris
Que insiste
Muitas palavras
Encarar as coisas
De cara limpa
Segurar os sentimentos
Pelas mãos
Ir além das lágrimas
Sem esquecer o amor
Pra que a vida não enferruje
O que a chuva limpa
Gostaria de agradecer
Não sei como
Como juntar
Tantas pedras
E formar um caminho
Que dar o lugar
Onde a luz
Lembra você
O silêncio não afasta
Faz ficar junto
O que parecia perdido
Um lugar infinito
Que está dentro
Dentro do coração
Esperei as nuvens passarem
E só assim percebi
Que não nunca esteve
Ausente nos dias de chuva
E que a claridade
Era o seu coração sorrindo
Pra que o dia brilhasse melhor
O entardecer tem um jeito mágico
De namorar o por do sol
Quase beijando a lua
Sabor de estrelas
Que invadem o sentimento
Pedindo outro encontro
Romântico mesmo
E como a noite não esconde
Só aumenta o mistério
De cada olhar
Assim nasce o desejo
Águas de março
Seria simples
Não vejo o degrau
Escorrego no corrimão
Num vai e volta
A planta cresce
Em algum lugar
Está a semente
Em você
Preciso repousar
Venho de muito longe
Apreciar esse momento
Quem vem nascendo
Prazer de acordar
Sentindo o abraço
Do sol
Ninguem dar desconto pra saudade
Como em muitas coisas
A metade ou pedaços
Não parecem existir
Inteiro olhar
Coração martelando
Numa concha do mar
Como você está
Sinto sua falta
É isto
Sinto sua falta
Estou aqui
Juntos
Há um abismo
Uma conversa com o espelho
Faz de conta que não nasci ainda
E passeio pela madrugada
Me despedindo da lua
Pensamentos leves
Que a insônia namora
E só sossega
Quando te vejo brilhar
Horizonte acordando
Em orbita
Sinto o planeta
Ficando pequeno
Onde cada lugar
Vira poeira
Um foguete no pensamento
Sabe no que não paro de pensar
Afasta a poeira
Veste o amor
Tira o que está fora do lugar
Arruma o pensamento
O que é muito bom
Fica melhor ainda
Tentarei fazer melhor da próxima vez
Reparar mais os pingos nos is
Descer do palco
Ver antes da platéia
De onde vem
O silêncio dos aplausos
Quando acerto o caminho
Ninguém mais está fazendo do teu jeito
Esperando asas pra ver melhor
E desembrulhar passou de moda
O presente se ganha todo dia
Doce ou amargo
O sabor é você quem faz
Vamos ver
Se o tempo melhora
A louça suja
Sai da pia sozinho
E tapete mágico voa
Sem pedir nada
Perde o presente
Quem acredita
Na preguiça
Abrir a vez
Acenar com o horizonte
Que estou indo
Sonhando pra realizar
Cada momento como único
O desafio nunca é o problema
O sentimento tem a chave
Que liberta o dia
Encontro na saudade
O motivo de te encontrar
Sempre pela vida
Não existe ausência
Só a presença
E o pensamento
Que não fica longe
Quando precisa visitar
Nada traduz esse vazio
No peito esse vacuo
Que insiste em pedir mais
Presença de espírito
Olhares ausentes
Paginam meu viver
Jararaca não é um anjo
Mas se esconde bem
Na pele do cordeiro
Tem boa educação
E sabe bem das leis
Não confunde o quer
Chacoalha a vítima
Alguns chamam de política
Filhos fazem por merecer
Criando momentos
Que mudam o tempo todo
O curso da vida
Quem não tem
Nem tem como teorizar
Só acreditar que assim
Começa o herdeiro
Saco de pancada
Até parece
Que é de verdade
Ficar tão moído
De tantos sentimentos
Que nem espremendo
Sai algo
Saco de pancada
De um jeito as coisas acontecem
E outros nem percebemos
Como o sol dar vida
O vento faz circular
Alegria que espalha
Por mais que se esconda
O que torna a esperança
Essencia do cotidiano
Muita cachaça
Lugar incomum
Desafio tocar
Assim entre a melodia
Do jazz ao chorinho
Nasce o músico
O poeta delira
Estou em silêncio
Dando presença
Fazendo sentido
A música no ar
Com as folhas
Que caem
Mudando o compasso
O que me impulsiona
Não vem desse mundo
Enche o coração
Dando vida
Por onde passa
Nasce o momento
De acreditar com amor
Foi pra agitar
Que percebi
Que as asas
Iam de encontro
Único pensamento
Momento feliz
Bicando a janela
Bom dia beija flor
Sinto falta do tic tac
O romance do analógico
Ansiedade diferente
Suspense de fato
Os atrasos eram
A nostalgia do esqueci
Esqueci de dar corda
Entre o intervalo
O descanso apresenta
Um necessário olhar
Reconhece o sentido
Capaz de acordar o dia
Os lábios parecem famintos
Como num ranger de dentes
Pra dar o bote
A tocaia pede paciência
O alimento corre
Muda de lugar
Quando somos apressados
Deixou escapar
O primeiro sorriso
Assim nasce o dia
Sem pedir nada
Um presente sempre
Que esquecemos de agradecer
O primeiro sorriso
De uma palavra nasce o desejo
A vontade que monta
Aprendendo com o reflexo
De cada dia um som
Uma nova música
Que lembra o seu olhar
De um entardecer assim
Que leve longe o pensamento
Um tesouro que se esconde
Ilha secreta no coração
Que atravessando o tempo
Encontra o mar
Seria razoável acreditar
Que o mar não mata a sede
E a chuva refresca e limpa
Que a raízes pedem mais
Pra que as folhas sejam
Mais verdes
Foram as desculpas
Que fizeram
A casca de banana
Escorregar tanto
E sair do lugar
É mudar onde pisa
A dificuldade tem cara de montanha
Que no primeiro momento é tão bonita
Cansa somente lá no meio da escalada
Despencar não parece seguro
E subir mais menos ainda
E quanto maior menor fica
Quem nos vê lá debaixo
Lembrei de beliscar o sol
Dar um abraço quente
E desejar bom dia
Dizer que entendo
Porque as vezes se esconde
E namora as nuvens
Lembrei de beliscar o sol
O vinho pede
A taça de cristal
Mesa vestida de sonhos
Que vai de encontro
Talheres de prata
Um piano de cauda
Pura nostalgia
Incrível que assim seja
A escultura tem a solidão
Que assombra a inspiração
Sem saber onde vai dar
Ganhando a forma
Que o sentimento pede
Relógio quebrado
Ou o tempo parou
Emperrou a fila
Olhar parece surtar
Rasgando o grito
Namora o reflexo
Que faz o dia nascer
No suave me perdi
O vento contra
Lembrei do leme
Soltei a ancora
Esperei a maré
Fui com a lua
De tanto sacudir
Voou moedas
Pra todos lados
Um olhar absurdo
De tantos sentimentos
Quem dera pudesse
Segurar o por do sol
Parecia voar sem rodas
Pelo paralelepípedo
Entre as calçadas
Casas de muros
Com tantas rosas
Lugar nostálgico
Rio antigo
Santa Teresa
Falta pouco pra sentir
A águia no olhar
No pico da montanha
De novo mergulhar
Entre as nuvens
Um vale descobrir
Flutua coração
Um papel especial
Deve ser feito
Num monte de coisas
Que misturamos
Ingredientes sentimentos
Que destilam com o tempo
No alambique da vida
Um louco na cozinha
Viaja forte
Na panela de pressão
Pimentão alho e cebola
Cadê o limão
Esfrega no frango
Mela no vinagre
Se apavora
Pra que pegue
Logo o gosto
Dando uma canja
Sentimento e tempero
Tudo nesse mundo
Parece partido
Perdeu o elo
Tem um que
De quebrado
Uma correria
Pra dar tempo
De fazer tudo
O que não fez antes
Será que nasci desafinado